Xadrez da financeirização de Trump a Temer

Não aposte no fracasso de Donald Trump. Esse americano truculento, primário, grosseiro, tem trunfos na manga para algumas mudanças fundamentais, que poderão relançar a economia norte-americana.

Poderá ser um Franklin Delano Roosevelt às avessas. Enquanto Roosevelt salvou a economia norte-americana brandindo o discurso da solidariedade, valendo-se do triunfo econômico para consagrar a democracia, Trump poderá trazer de volta o dinamismo aos EUA e consagrar a intolerância e o voluntarismo como fator determinante.

Como é uma questão intrincada, vamos por partes para compor o nosso xadrez.

Peça 1 – a financeirização no século 19

No século 19 há a internacionalização do sistema financeiro mundial, comandando a globalização do período. Instituiu-se o livre fluxo de capitais e montou-se uma articulação entre o Banco da Inglaterra e demais bancos centrais, deles para com os financistas dos países periféricos, visando conseguir o máximo de vantagens para o capital.

No início, o padrão ouro impedia jogadas especulativas mais profundas. Mas ficava a liquidez global dependendo dos humores do Banco da Inglaterra. Bastava o banco subir suas taxas para enxugar o ouro dos demais países e, consequentemente, obrigá-los a restringir as moedas em circulação – que tinham o ouro como lastro.

Essas restrições levaram ao abandono gradativo do padrão ouro, substituído pelo papel moeda e pela desregulação total dos mercados. E, aí, bolhas especulativas passaram a explodir em várias partes do planeta.

Peça 2 – os principais personagens da financeirização

O jogo político dos grupos financeiros dava-se através dos seguintes personagens, que descrevo em meu livro “Os Cabeças de Planilha”:

1. O financista interno, que faz o meio campo entre os capitalistas nativos e o meio político e a ponte com o sistema bancário inglês.

2. O economista, subordinado ao financista, que se apresenta como o portador da nova ciência mundial, capaz de fazer os países atrasados se desenvolverem.

De posse desses dois ativos – recursos financeiros e a plataforma política embasada no discurso do economista -, o financista monta os pactos internos, com políticos e partidos..

3. O terceiro personagem é o político, presidente ou Ministro da Fazenda.

4. A mídia, influente nos centros de poder, mesmo para um país com apenas 5% de alfabetizados. Foi através dos jornais que Rui Barbosa ganhou sua primeira vitrine, combatendo os planos de remonetização da economia do gabinete de Ouro Preto, o último Ministro da Fazenda do Império.

Deposto o Imperador, o primeiro presidente (golpista) Marechal Deodoro da Fonseca convida Rui para Ministro da Fazenda. Sua primeira atitude foi retomar o plano de remonetização da economia, mas aí escolhendo o seu banqueiro, o Conselheiro Mayrink, espécie de Daniel Dantas da época, banqueiro sem capital que passa a controlar a emissão de moeda no país.

O resultado final são bolhas especulativas, tacadas financeiras de Rui e seus sócios e movimentos voláteis do câmbio que impedem a consolidação de qualquer tentativa de estabilidade e de industrialização. O país vai se arrastando até os anos 30.

Foi só após mais uma moratória, no início dos anos 30, o governo Vargas encontrou força para proibir definitivamente o livre fluxo dos capitais. Sem ter como se movimentar, esses capitais desceram ao reino da terra, financiando indústrias e novos empreendimentos. O Brasil começava a nascer ali.

Peça 3 – a 2a Guerra e os regimes que venceram o financismo

Essa hegemonia massacrante do capital produziu concentração de renda por todas as partes, dificultou a ascensão econômica de países, produziu conflitos comerciais e se encerrou com a Primeira Guerra Mundial. Ganhou uma sobrevida até a crise de 1929. E foi sepultado no pós-Segunda Guerra.

Os abusos do financismo lançaram um manto de descrédito sobre o sistema democrático em todo mundo. Percebeu-se que as democracias deixavam países desarmados, ante a influência do dinheiro nas eleições, através da parceria de capitalistas locais com os internacionais e com políticos locais, deixando o país indefeso ante o capital predador.

Em três frentes houve o rompimento com a financeirização. Na Europa, com a ascensão do nazifascismo. Na Eurásia, com a ascensão do comunismo. Nos Estados Unidos, com a new deal de Roosevelt e seu plano de grandes obras públicas.

Nos três casos, os países se transformaram em potências econômicas. Mesmo a Alemanha, com as enormes dívidas de guerra, encontrou alternativas criativas que lhe permitiram adquirir matérias primas e retomar o crescimento.

A decisão sobre o melhor regime se deu nos campos de batalha.  Com a vitória dos aliados, se consolida o modelo democrático de mercado norte-americano e o comunismo soviético.

O mundo se reorganiza em torno de novas instituições, disciplinam-se os fluxos de capitais com um novo modelo cambial e criam-se instituições para promover o desenvolvimento nas regiões mais pobres e amparar países com problemas de solvência.

Peça 4 – o neoliberalismo e os desequilíbrios sociais

As lições da Guerra encerram-se em 1972. O presidente norte-americano Richard Nixon promove a desvinculação do dólar com o ouro, reinstaurando o primado da financeirização global.

Gradativamente a desregulação financeira vai estendendo o manto da financeirização sobre os diversos países, impulsionada pelas mudanças tecnológicas e pela falência dos modelos centralizados de planejamento. Atinge o auge com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética. E não para.

As bolhas especulativas se sucedem. À bolha da prata no início dos anos 80, se sucedem as bolhas do mercado imobiliário nova-iorquino, no final dos anos 80, a bolha das montadoras, as bolhas cambiais que balançam da Inglaterra ao México, da Coreia ao Brasil, as bolhas de empresas de tecnologia. E, à frente do FED (o Banco Central norte-americano), um acadêmico, Alan Greenspan, sendo enaltecido como gênio das finanças, capaz de controlar todas as bolhas e garantir a prosperidade eterna.

O sistema financeiro passa a reciclar recursos de potentados árabes, empresários japoneses, do narcotráfico, da corrupção política e empresarial. E consolida-se valendo-se da adesão ampla com o meio acadêmico, especialmente os economistas, desenvolvendo teorias cada vez mais despregadas da realidade, visando iludir eleitores – com o bordão da “lição de casa” – e preservar os ganhos do capital.

E também se beneficia com a adesão incondicional da mídia, tanto norte-americana quanto de outros países.

Peça 5 – os efeitos da crise de 2008

Nas eleições de 2008, a mídia foi unanimemente anti-Obama. Agora, anti-Donald Trump. O que ambos têm em comum? Certamente, não as posições morais, um Obama libertário e um Trump troglodita, mas a crítica ao sistema financeiro e a ameaça ao reinado do financismo.

Mesmo assim, o financismo logrou preservar seu poder político. Quando veio a crise de 2008, um pesado manto ideológico fez com que as ações de salvamento focassem o sistema bancário, em detrimento dos demais gastos públicos, inclusive dos devedores. Mais que isso, impôs cortes fiscais draconianos em economias que afundavam, ampliando ainda mais a recessão. Desmontou estados nacionais.

Tudo isso levou a uma enorme reação global contra o sistema, basicamente o modelo financista que gerou concentração de renda, entregou a maior crise desde 1929, e ainda arrebentou com os orçamentos nacionais.

Mais que isso, a globalização das corporações promoveu a precarização do trabalho, a redução do emprego. No próprio país sede da financeirização, a lógica do capital atropelou a lógica nacional. E tudo isso era revestido por um pretenso cientificismo.

O ponto que une todas as ações antiglobalização, portanto, não é a xenofobia, o racismo explícito – presente em grupos de ultradireita e no discurso de Trump -, mas a crítica a essa financeirização.

O mundo racional, cartesiano, intelectual, obedecia a um pêndulo que ora gerava políticas mais nacionais, ora políticas mais internacionalizantes. Com os exageros de mercado, nos Estados Unidos a bola da vez caiu no colo da malta, tangida por discursos racialistas.

Peça 6 – o desafio de Trump

A subordinação total à financeirização, criou uma falsa ciência, com tantos absurdos, que bastará romper com seus dogmas para revitalizar as economias.

Há uma grande possibilidade da política econômica de Trump ser bem-sucedida, se romper de vez com a financeirização. Caso comprometa o orçamento público com investimentos pesados em infraestrutura, práticas industriais protecionistas e outros recursos antiglobalização, conquistará uma vitória maiúscula para seu país, e problemas para o resto do mundo.

Se vingarem suas propostas de política externa, reduzirá drasticamente as intervenções norte-americanas no mundo, principais responsáveis pelas guerras e pelos êxodos globais.

A eventualidade de seu sucesso ampliará as práticas protecionistas por todo o planeta. E Trump poderá ser o grande inspirador dos racistas, xenófobos, intolerantes por todos os pontos do planeta.

O modelo do cowboy solitário que se impõe, pela vontade, sobre partidos políticos e sobre o sistema será um referencial perigosíssimo para os avanços dos direitos sociais.

Peça 7 – o neoliberalismo à brasileira

No Brasil, no momento em que se resolvesse a questão da dívida pública e dos juros pagos pelo Tesouro, a recuperação da economia seria questão de meses. A política monetária do Banco Central, 14% de taxa básica de juros para uma economia que amarga a maior depressão da história, não é apenas um erro de análise: é crime. Se um dia houver um tribunal para julgar os grandes crimes financeiros da história, não isentará um dirigente de BC brasileiro desde Francisco Gros a Ilan Goldjan – o criador da planilha das metas inflacionárias.

Mais que isso, o eventual sucesso de Trump poderá demonstrar que o sistema de freios e contrapesos das democracias acabou criando freios demais, tornando as democracias disfuncionais e exigindo o estadista capaz de atropelar leis, constituição, separação de poderes.

E o maior exemplo da crise da democracia está aqui mesmo, com um Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luis Roberto Barroso, defendendo o estado de exceção, um mero procurador do Tribunal de Contas definindo políticas fiscais, um juiz de primeira instância e procuradores regionais atropelando direitos básicos, em cima do vácuo do Supremo. E, principalmente, um golpe que resultou na ampliação da falta de rumo, das benesses financeiras em um momento em que a potência hegemônica do capitalismo financeiro diz não.

A eleição de Trump é o ponto de não retorno. O que virá daqui em diante é uma incógnita ampla, que passa pelo reposicionamento estratégico da China, pela maneira como a União Europeia irá se comportar, pelos impactos sobre o comércio global e, principalmente, sobre as maneiras como a democracia irá se modificar, para ser preservada. 

E, em todos os campos institucionais, o Brasil irá para essa guerra armado com personalidades públicas de pequena dimensão, Michel Temer, Eliseu Padilha, Geddel, Henrique Meirelles, José Serra, FHC, Luis Roberto Barroso, Rodrigo Maia, Carmen Lucia, Rodrigo Janot, nenhum à altura dos grandes desafios que se apresentam em seus campos.

Aumentam as possibilidades de uma solução bonapartista em 2018.

Luis Nassif

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  1. Vencedor do Prêmio Tesouro Nacional massacra PEC 241

     A desatenta Secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, e a banca do XXI Prêmio do Tesouro Nacional premiaram um trabalho que é uma verdadeira desmoralização dos arcabouços teóricos da PEC 241.

    A fundamentação teórica da PEC 241 é o trabalho de 1995 de Alberto Alesina e Perotti intitulado “Fiscal expansions and adjustments in OECD countries” que mostra a possibilidade de contrações expansionistas. Partindo do pressuposto de que a repercussão do gasto pública sobre a economia é baixa devido a função da reação da política monetária, o que no economês é o tal multiplicador fiscal baixo, os autores tentaram mostrar a possibilidade de cortes de gastos públicos resultarem em expansão econômica. Por isso, muitos economistas presos a esse trabalho de 20 atrás defendem a PEC 241 como forma de saída da recessão.

    Os autores Rodrigo Orair, Sergio Gobetti e Fernanda Siqueira (que este ano já venceram o prêmio SOF, bem como inúmeras outras versões do próprio Prêmio Tesouro) aplicam os métodos econométricos desenvolvidos pelos economistas Auerbach e Gorodnichenko da renomada Universidade da Califórnia em Berkeley para o Brasil.

     

    No trabalho dos economistas da universidade americana, houve um questionamento brutal em relação ao trabalho de Alesina e Perotti, por terem mostrado a importância do gasto público para reativar economias em recessão, os tais multiplicadores fiscais eram muito maiores em momentos de recessão dos aqueles estimados no trabalho de 1995. Além deste trabalho, Herndon corrige os erros matemáticos de Reinhart e Rogoff e mostra que não há qualquer correlação entre nível de endividamento público e taxas de crescimento, o que colocou em xeque todo o arcabouço conceitual das consolidações fiscais.

     

    Os resultados de Gobetti, Orair e Siqueira mostram que os multiplicadores fiscais para o Brasil chegam a 1,7 no caso de ativos fixos em recessões, enquanto chegam a 1,5 para benefícios sociais e 1,3 para despesas com pessoal. Estes dados ajudam a explicar o fracasso do brutal ajuste fiscal conduzido por Joaquim Levy. Para uma carga tributária marginal de 40%, a cada R$ 1 bilhão de investimentos em ativos fixos que foi cortado, o PIB caiu R$ 1,7 bilhão e a arrecadação foi reduzida R$ 680 milhões. Fazer ajuste fiscal cortando o PAC, como tentou Levy, é como enxugar gelo, a cada corte de investimentos, mais uma retração na arrecadação.

     

    Ademais, o trabalho também mostrou a ineficácia das desonerações fiscais para impulsionar a economia. O que a ajuda a explicar a perda de dinamismo econômico durante o governo Dilma.

     

     

    Trabalho de Alesina e Perotti: http://www.nber.org/papers/w5214

    Trabalho de  Auerbach e Gorodnichenko: http://www.nber.org/papers/w16311.pdf

    Trabalho de Herndon, Ash e Pollin: http://cje.oxfordjournals.org/content/early/2013/12/17/cje.bet075

    Trabalho Vencedor do Prêmio Tesouro (Gobetti, Orair e Siqueira): https://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/558095/2o-lugar-rodrigo-octavio-orair-086.pdf/ff2dc598-149a-419d-b95f-fb6e54e10d4f

  2. O interessante é que “parece”

    O interessante é que “parece” que o Trump vai em busca de VALORIZAR empresas produzindo em solo americano, o que trará mais renda para aquele pais…

    Já o nosso, um governo golpista, mediocre, que quer destruir a classe trabalhadora, ficaremos a MILHARES DE LÉGUAS deste “possível” ciclo de crescimento…

  3. Trumpismo

    Contudo, o discurso do presidente eleito já demonstrou ser mais demagógico do que baseado em ideias e planos concretos, além de contraditório. Nem o partido nem sua campanha esperavam a vitória. Agora, o discurso já está mudando rapidamente, uma de suas principais promessas, a maior redução de impostos desde Reagan, deverá ser implantada rapidamente, pois é o maior desejo dos republicanos, com maioria nas duas casas. O secretário do tesouro, especula-se deverá vir do Goldman Sachs ou Morgan Stanley. Trump prometeu a desregulação do mercado financeiro com o cancelamento das normas criadas pós 2007, tudo isso sobre um déficit crescente. A incerteza da eleição de Trump passou dos mercados financeiros americanos, que depois do choque de terça, já estão animados com as perspectivas e está passando justamente para os setores da economia real, que deverão ter muita instabilidade com uma guerra comercial entre EUA e China, restrição do mercado, expulsão de imigrantes entre outras promessas de campanha. A possibilidade de realizar um pacote de infraestrutura eficaz, em tamanho e organização dentro desse cenário de déficit publico, renúncia fiscal e mau humor do investimento produtivo parece remota. Obama propôs investimentos em infraestrutura nas suas duas campanhas presidenciais e em tidos os seus discursos anuais no congresso, para ser vetado repetidamente pela maioria republicana.

  4. A pergunta que não quer calar

    Nassif, quando voce fala de freios e contrapesos só me vem a lembrança o papel de covardia do STF durante o golpe parlamentar. Como fechar uma história, onde a presidente recebe uma pena máxima com o afastamento do mandato popular e nenhum técnico é punido? A saída da Dilma por decreto orcamentário e pedalada deveria resultar na punição dos técnicos do Tesouro, Procuradoria da Fazenda, AGU, MPOG, Banco do Brasil, Banco Central que deram pareceres favoraveis aos atos por ela praticados. A saida da Dilma se fosse realmente em função de um crime de responsabilidade por esses atos (decreto e pedalada) deveria apontar uma crise da nossa burocracia. Mas nada disso, fica todo mundo com cara de paisagem sobre isso. Coloca nosso pais num vexame, onde se pune a presidente e se encerra nisso. Isso é tão verdade que a acusação nunca conseguiu colocar tecnicos do governo federal durante todo a tramitação do impeachment para acusar a presidente, só restaram os enviesados “técnicos” do TCU e a Janaina. E o STF não exerceu seu papel de freio e contrapeso nas várias vezes que foi provocada. Ministros do STFcom emprego vitalicio, bons salários e medo de vaia nos aeroportos. Tenho até receio do tamanho da lixeira que a história reservará para esses golpistas.  

    1. Ninguém liga para isso !!!

      Ninguém liga para isso !!! Morrerão cobertos de glória e seus nomes só irão para a lata do lixo pelo menos 10 anos depois da morte de cada um, assim como Castelo Branco, Médici, etc…

      O Hélio Bicudo já está a beira da morte, por exemplo.

      Quem vai pagar em vida é o povo Brasileiro. E vamos charfundar na lama pelo menos por uns 40 anos…

      Daqui há 60 anos, a Globo pede desculpas.

  5. A pergunta que não quer calar

    Nassif, quando voce fala de freios e contrapesos só me vem a lembrança o papel de covardia do STF durante o golpe parlamentar. Como fechar uma história, onde a presidente recebe uma pena máxima com o afastamento do mandato popular e nenhum técnico é punido? A saída da Dilma por decreto orcamentário e pedalada deveria resultar na punição dos técnicos do Tesouro, Procuradoria da Fazenda, AGU, MPOG, Banco do Brasil, Banco Central que deram pareceres favoraveis aos atos por ela praticados. A saida da Dilma se fosse realmente em função de um crime de responsabilidade por esses atos (decreto e pedalada) deveria apontar uma crise da nossa burocracia. Mas nada disso, fica todo mundo com cara de paisagem sobre isso. Coloca nosso pais num vexame, onde se pune a presidente e se encerra nisso. Isso é tão verdade que a acusação nunca conseguiu colocar tecnicos do governo federal durante todo a tramitação do impeachment para acusar a presidente, só restaram os enviesados “técnicos” do TCU e a Janaina. E o STF não exerceu seu papel de freio e contrapeso nas várias vezes que foi provocada. Ministros do STFcom emprego vitalicio, bons salários e medo de vaia nos aeroportos. Tenho até receio do tamanho da lixeira que a história reservará para esses golpistas.  

  6. Toda a análise é puro chute,

    Toda a análise é puro chute, pois nem se sabe quem é Trump. Ele quer que a indústria que produzia nos EUA volte para lá. Que produza fisicamente o Iphone, por exemplo. Os empresários até aceitariam, desde que pagassem o que pagam ao trabalhador na China –  o que o trabalhador americano não aceitará. 

    1. Pois é. Depois do Obama, que

      Pois é. Depois do Obama, que gerou um enorme expectativa de mudança completamente frustrada, é bom não se iludir. O Trump pode ser apenas mais um engodo para aliviar as tensões internas, para  injetar um pouco de esperanca, desarmar os espíritos golpeados pela exclusão, postergando convulsões naquele país. O poder de fato há muito parece ter saído da Casa Branca ou, pelo menos, não é mais exclusividade do seu ocupante. Resta saber que forças impulsionaram a ascensão desse outsider e se de fato dão aval ao discurso vencedor.

      1. Pra mim, Trump é um jogo de

        Pra mim, Trump é um jogo de perde-perde. No cenário positivo, que ele faça a economia americana gerar muitos e bons empregos (e foi pra isso que metade da população o elegeu)  através de medidas protecionistas, o mundo inteiro vai sofrer economicamente ( e mais ainda o Brasil, pois a camarilha repete o mantra do investimento externo e ele, além de não vir, se somará a destruição das forças produtivas internas. O desastre perfeito)e politicamente os outros países vão procurar o seu Trump (me arrepia até em pensar quem faria esse papel por aqui) e aí cada país vai querer virar uma ilha. Se a política dele der errado, lançara o EUA numa recessão tremenda e o mundo também vai sofrer. Ou seja, as expectativas não são das melhores. 

    2. Não é tão simples como você

      Não é tão simples como você pensa. Para jogar pesado, Trump tem como cacife não apenas maioria nas duas casas legislativas, mas também o domínio total sobre o mercado estadunidense. Ele já declarou que se determinadas indústrias não voltarem para os Estados Unidos, ele taxará em 35% a venda de seus produtos no mercado americano. É uma questão de aritmética básica: Se puderem lucrar pagando salários dignos aos operários americanos, as indústrias voltarão.

  7. Protagonistas de roteiro definido

    O texto é muito interessante e há muito conteúdo histórico em relação aos rumos financeiros que a economia foi tomando nestes últimos 150 anos. O quadro apresentado pelo Nassif é perfeito nesse sentido, considerando as guerras, a ruptura do padrão “ouro” em relação á emissão de moeda, os “Bancos Centrais” e etc. Ainda, considerando as nossas “lideranças” e personalidades que hoje respondem pelo futuro do Brasil, o diagnóstico em relação à solução bonapartista é certeiro. Quem sabe, noutro relato parecido, Nassif nos possa brindar aquela parte da história onde os financistas que tinham base na Inglaterra e Alemanha, resolveram refazer o seu ninho nos EUA, tornando os EUA a maior potencia do mundo.

    Apenas vejo com certo receio o protagonismo do Trump nessa virada e, ainda, as alterações que do seu governo poderão surgir a esse respeito. Nos EUA existe um sistema democrático falso e presunçoso, com muito alarde, mas pouca participação real do eleitor. Existe um sistema democrático tutelado, como numa Gincana, cheia de delegados e superdelegados, para fingir que é o povo quem apita, para dirigir uma boiada de supostos candidatos até apenas sobrarem o Caprichoso e o Garantido. Mas, a rigor, há um jogo de escolha entre apenas duas opções que se revessam há mais de 200 anos, sem demonstrar nenhuma alteração no quadro geral em relação ao verdadeiro poder financeiro que emana dos EUA e que lidera o mundo.

    O poder de fato, na hora “H”, publicou e-mails da Hilary e pendurou a balança em favor do Trump, através do FBI, que nem o Obama conseguiu controlar. O Trump irá tentar fazer o que o poder de fato lhe permitir. Dentro desse quadro, irá sobrar apenas a xenofobia, algum racismo, a resistência aos imigrantes, as bravatas e frases de efeito e, quem sabe, alguma retomada econômica interna, mas tudo dentro de um espaço definido e limitante, baseado em ações comportamentais do Trump dirigidas à sociedade americana e outras ações de cunho doméstico, que apresentem ao povo dos EUA – e ao mundo – que a democracia nos EUA existe e que é o povo quem muda o seu próprio destino. Mas, isso não é verdade. Os EUA mudaram de Presidente como jogador troca de camiseta no camarim no intervalo de jogo.

    1. Há um pequeno engano em sua

      Há um pequeno engano em sua análise. O “poder de fato” não usou o FBI para determinar a derrota de Clinton. O que aconteceu foi que o poder de fato foi obrigado a fazer aqula intervenção através do chefe do FBI, para evitar um desastre ainda maior para Clinton, já que sua campanha teria subornado com centenas de milhares de dólares o número dois do FBI às vésperas da eleição e o caso, que veio à tona e deixou metade do país horrorizada, teria potencial explosivo de inimaginável proporção. Com a intervenção de seu chefe, na verdade uma cortina de fumaça para encobrir com o auxílio da mídia questão muito mais séria, o FBI se sentiu à vontade para falar que sobre Clinton não haveria mais investigação. O que aconteceu com a vitória de Trump foi que os grandes perdedores, Wall Street e os grupos de neocons, foram pegados pela mais absoluta surpresa. E nem se pense que Trump não tem a seu lado uma legião forte de gente que pensa como ele, inclusive generais militares anti-guerra de primeira grandeza no cenário americano. Isso tudo põe em desepero os vencidos, que estão tomados de uma espécie de furor golpista, tal como aconteceu aqui com os golpistas perdedores depois da vitória totalmente inesperada por eles de Dilma Rousseff em 2014. Sendo que lá, mesmo que espalhem o caos, não há possibilidade de haver golpe, e se houver assassinato poderá acontecer até revolução. 

  8. Eu tenho dito para as pessoas

    Eu tenho dito para as pessoas que Brexit, eleição de trump, ascenção da extrema direita, etc. representam a falência do sistema nos moldes em que está funcionando. As pessoas estão insatisfeitas com “tudo isso que está aí”, mas, infelizmente, caem na lábia de gente que lhes oferece soluções simplistas e miraculosas, fazendo discurso que se adapta ao baixo nível de esclarecimento dos povões e classes médias analfabetas políticas. Foi por entenderem a mentalidade  medíocre da classe média que os autores de Os Simpsons previram Trump presidente. Pessoas atribuem aos políticos, a todos os políticos, a culpa pela situação e acabam se tornando presas fáceis daqueles aventureiros que se apresentam como “gestores”, não como políticos. Mas, uma vez eleitos, estes “gestores” e “empresários” montam suas equipes de governo com os políticos adesistas, justamente os piores. Enquanto os progressistas não perderem o pudor de assumir que o povo é burro e a classe média é ignorante e adaptarem seu discurso ao nível deles, a coisa continuará patinando. Muitas vezes é preciso enganar uma criança para fazer com que ela tome um remédio que lhe fará bem.

  9. Esse xadrez é como a série de filmes de James Bond – 007!

    Explico:  os filmes sobre James Bond sempre possuem o mesmíssimo roteiro básico: um super-esportista disfarçado de agente mais ou menos secreto com poder de matar, uns homens maus comandados por um maluco rico que quer dominar o planeta, um órgão governamental que gosta de atrapalhar seus subordinados, umas atrizes noviças em busca de fama, tudo numa competição em que sempre os bonzinhos ganham a parada. O que muda são apenas alguns temas eventualmente na moda quando da produção do filme: guerra fria, drogas, neo-lieralismo, etc.  E tudo isso entremeado por alguns balés, que aparentam ser pancadaria. 

    Ou seja, todas as peças explicadas neste artigo obedecem a um mesmo roteiro, não é? Ora o padrão-ouro atrapalha, ora políticos aprontam, etc. 
     

  10. o trunfo da indireta democracia

    muito se fala que o Brasil seria o país dos golpes. mas nos eua tiveram tantos golpes quanto são as violências que esplalham por outros mundos: lincoln com um tiro nas costas. o cérebro espalhado de jfk. a renúncia de nixon. as fraudes nas eleições do segundo mandato de busho jr.  

  11. Perfeita a análise sobre a

    Perfeita a análise sobre a financeirização global. Eu ainda acrescentaria que a emissão de dólares “do ar” feita pelos EUA para financiarem sua economia deficitária, não apenas está contribuindo para o aumento absurdo da desigualdade, como cirou duas economias no mundo: a virtual e a real.

    Se levarmos em conta que 1% da população detém metade das riquezas, é lógico concluir que metade desses dólares emitidos pelos Estados Unidos vão parar nas mãos desse 1%, aumentando ainda mais a diferença entre os recursos deles e do resto dos 99%.

    Qualquer moeda que fosse emitida por um país da forma como é o Dólar, já teria acabado com o valor dessa moeda. Só os EUA conseguem fazer isso pois como o Dólar é a moeda única do comércio mundial, sempre existe demanda. Além disso, é a base de comparação para a valorização das demais moédas. Dólas X Euro, Dólar X Libra, Dólar X Real. Agora, Dólar X Dólar sempre dá 1.

    Entretanto, mesmo para o Dólar, existem limites. O que mantém o valor da moeda é justamente o fato da metade da riqueza da humaidade, na mão desses 1%, não estar na economia. Esse dinheiro está na Suíça, nas ilhas Jersey, Cayman e outros paraísos fiscais. Se essa dinheirama toda não estivesse lá, paradinha, escondida, mas injetada na economia real, o Dólar não valeria o papel em que é impresso.

    O que isso nos leva a concluir? Que os bilionários, são ricos da “ilha da fantasia”. Seu dinheiro só vale enquanto ele estiver guardado. Eles tem poder a partir de uma fortuna que na verdade não vale nada.

    É como um país com milhares de tanques de guerra em seu exército. Apenas com a ameaça de usá-los, ele consegue impor sua vontade a todos os países vizinhos, sem nunca disparar um tiro. Acontece que os tanques são infláveis, iguais àqueles usados na Segunda Guerra Mundial para enganar os alemães. Enquanto os países vizinhos não descobrem a farsa, o poder é total. Na hora em que a verdade aparecer, já era.

    Isso me leva àquela questão que mencionei antes: as duas economias. Qual a maior diferença entre o mundo real e o virtual? As restrições. Tudo no mundo real tem restrições. Existem limites para a quantidade de alimentos que podemos produzir. Existem limites para a quantidade de minério que podemos extrair. A Terra tem 510 milhões de Km². Mesmo que conseguíssemos ocupar tudo, incluindo o fundo do oceano, não podemos ocupar mais do que a superfície da Terra.

    Já no mundo virtual, não existem limites.Se eu tenho US$ 1.000,00 registrado em um endereço de memória de um computador, basta eu mudar um dígito para ter, instatânemanente, US$ 2.000,00. Não precisei cultivar nada. Não precisei extrair nenhum minério. Não precisei fabricar nada.

    A economia “dos pobres” está calcada no mundo real. Ao receber o salário, um pobre vai comprar arroz, feijão. Coisas reais. Se sobrar uma grana, troca de celular. Até quando guarda algum dinheiro, quase sempre é para o consumo de um bem de maior valor, dar entrada em um carro ou casa, por exemplo.

    As duas economias crescem em velocidades cada vez mais distintas. Por não ter nenhuma restrição do mundo real, a economia virtual, dos fundos, dos títulos, dos juros, dos swaps, cresce muito mais rápido. Quando uma máquina tem duas partes fora de sincronismo, se movendo a velocidades diferentes, nós sabemos o que acontece.

    Voltando ao artigo, só não sei se Trump vai realmente cumprir as espectativas do Nassif. Após a vitória, já surgiu um “Trumpinho Paz e Amor” que talvez simplesmente vá dar uma banana para as promessas de campanha.

  12. Eu adiciono na questão que eu

    Eu adiciono na questão que eu notei que vocês brasileiros não têm estômago para serem players internacionais. O jogo global é jogado sujo, assassinatos de reputação ou literais são norma e vocês gritam em horror diante da idéia (necessária) de eliminar os sabotadores do seu próprio país.

  13. Trump? Obama? Temer jabuti

    Trump não vai mudar nada no mercado financeiro, pois não da pra puxar o freio-de-mão de um carro a 300km/h. O novo presidente americano eleito vai lutar contra sua própria demagogia, através de doses homeopáticas de protecionismo, tbm a meu ver esse bilionário sabe que guerra traz pobreza até pra si. Sobre a menção do xadrez: “Obama libertário” eu discordo, porque o atual presidente patriota dos EUA, apesar de fazer um bom papel democrático com Cuba e na redução de combates bélico, contribuiu de alguma forma para a manipulação dos preços do petróleo desestabilizando economicamente países pobres, entre outros fatores com flexibilização da exploração de xisto (a bolha do gás xisto ainda vai estourar), talvez, o super sincero, Trump não chegaria a tanto. Quanto à Temer/H.Meireles não existe mais nenhuma sustentação, até porque o primeiro é apenas um ‘jabuti’ e o segundo é a pessoa certa totalmente fora de sua época. 

      1. Ia especular sobre isso. Quem

        Ia especular sobre isso. Quem seria o Napoleão? O Bolsonaro, que se proclama o Trump brasileiro é que não é. Só tem os defeitos do americano.

        A qualidade, a saber, o anti-financismo, não se encontra em nenhum exemplar da fauna da direita brasileira. Todos beijam a mão do financismo pregado pelo pig. E todos são pela globalização, na posição entreguista, claro, ou seja de quatro. 

        Talvez o unico que possa caber nesse perfil traçado pelo Nassif, seja o Ciro mesmo. Ainda bem, pois é de centro-esquerda, pelo menos no discurso.

  14. parece que não

    Na imprensa da velha Europa:

    James Damon administrador delegado da JPMorgan, considerado o um pequeno mago de Wall Sreet quando da sua atuação na crise de 2008, é em pole position para o cargo de Secretario do Tesouro.

    Já dizia Tommasi di Lampedusa: “Cambiare per non cambiare”.

  15. “Ademais, o trabalho também

    “Ademais, o trabalho também mostrou a ineficácia das desonerações fiscais para impulsionar a economia. O que a ajuda a explicar a perda de dinamismo econômico durante o governo Dilma.”

    Lula já sabia. Quer ativar a economia? Dê dinheiro para os pobres, não para os ricos.

    Qual a diferença entre ricos e pobres? Ricos tem dinheiro e pobres não. Dãããã. Ou seja: ricos ACUMULAM, enquanto pobres GASTAM (porque precisam). O rico só ficou rico porque ACUMULOU dinheiro. E sempre que receber mais, vai continuar acumulando para ficar mais rico. Pobre, quando recebe, gasta com alimentação, vestuário, transporte, etc. Não sobra para acumular. É dinheiro que movimenta a economia. Dinheiro acumulado nas contas bancárias, aplicações financeiras e principalmente, enviado para o exteriior, não movimenta nossa economia.

    A desoneração fiscal da Dilma só serviu para engordar as remessas de lucros das multinacionais para o exterior.

     

    1. No ponto.
      É por aí mesmo,

      No ponto.

      É por aí mesmo, economia aquecida se faz com movimentação de dinheiro, sendo esse um estimulador de trabalho, não de especulação.

      Mais uma vez o “pouco instruído” Lula mostra-se um gigante político e economico frente a anões como FHC, Temer e grande mída, cujas vaidades são alimentadas pelo capital especulativo.

    2. Concordo

      Que foi furada a tentativa de conciliação de classes, não há dúvida. Assim como, por exemplo, o valor da BF não faz ninguém ficar rico. Mas creio que o que se buscou com esse programa não foi enricar nenehum beneficiário e sim dar a ele a noção de que ele não era mais excluído do sistema. Buscou-se induzir mais do que materialidades, sentimentos. E sentimentos não de ócio e vagabundagem mas de desejo de trabalhar pela própria prosperidade agora que, minimamente, haveria condições materiais. Isso sem falar que esse programa mandava dinheiros para as mães e era condicionado a manter as crianças na escola e nos postos de saúde…

      Já as desonerações fiscais, sim… tirar IPI de SUVs não apenas financia quem já tem como facilita a evasão de divisas, já que a indústria automobilística não é nacional. Onde já se viu beneficiário da BF comprando SUV? Ou será que o PT também acreditou na boa índole de uma classe média que sempre o rejeitou sem nenm querer saber o que é política? Bem, depois daquela história de “regular a Globo porque, ela será nossa melhor propagandista”, de Zé Dirceu aceitando convite para entrevista no Roda Viva “fake” de Marília Gabriela e Augusto Nunes, e o mais significativo, o ex-ministro se defender das acusações dos entrevistadores dizendo que não via a hora de ser julgado pelo STF – programa deletado dos servidores da TV Cultura mas ainda com referências neste GGN ( https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-roda-viva-com-jose-dirceu ) -, Lula pedindo para ser tratado pelos direitos de simples e comum cidadão, só dá prá crer que o PT crê profudamente na lisura das pessoas…

  16. Dificilmente as contas de Temer-Dilma serão separadas…

    Dificilmente as contas de Temer-Dilma serão separadas. Isso significa que logo-logo Temer será descartado e as incertezas políticas e econômicas irão se agravar ainda mais. Pelo visto ainda não encostamos no fundo do poço. Ou seja, por aqui não é possível nenhum tipo de reação à crise a curto prazo.

    1. Acho que com a queda de Temer

      Acho que com a queda de Temer e a entrada de um Tucano com “legitimidade”, as coisas acalmam. A direita vai estar unida, imprensa, judiciário e executivo.

      E esse país estaá mais morto que nunca.

      A esquerda não reage… o PT apanha, apanha, apanha e não reage…

  17. Go west.

    Como tive a oporltunidade de lembrar em outro comentário, ele, Trump, se apresentou como um outsider, anti establishment; ou seja, contra wall street e washington. Resta ver se estes vão deixá-lo se mexer (e como ele vai reagir a isso), pois, sabemos, “não se dá cavalo de pau em transatlantico”.

    Com maioria nas duas casas legislativas e na suprema corte, o caminho para a implantação do ideário conservador estará livre. as ideias malucas poderão ser filtradas pelo sistema, e não serão os democratas que “cobrarão” promessas de campnaha não cumpridas.

    Mas eu não desprezo alguns “detalhes” importantes. Mesmo com algum crescimento econômico devido a politicas conservadoras mirando investimentos em infra estrutura – um caso entre outros em que os republicanos, diga-se, atrapalharam o Obama de todos os modos – o nível de conflitividade já implantado na sociedade americana é altíssimo. Como ensinou o velho Tocqueville, não é somente a escassez que gera conflito, mas também a desigualdade na sua apropriação, até mesmo em momentos de prosperidade! Em outras palavras: se hoje já está assim, no meio de uma crise prolongada desde 2008 – aliás, são decadas e decadas de massacre geral em benefício de 1% do topo – imagina quando houver alguma retomada.

    Outro detalhe: vamos supor que os falcoes, que aparelharam a burocracia de washington, civil e militar, se submetam à “liderança” de Trump, e consintam em maneirar no guerreirismo internacional: ela, a burocracia pesada, vai ficar fazendo o quê? Não desperdicemos a questão posta por Weber na virada do seculo XIX para o XX sobre as possibilidades da burocratização da sociedade norte americana: será, pergunto eu, que esse pessoal todo será (ou terá de ser) mobilizado para a ordem interna? Quais as consequencias disso?

    Eu tenho minhas suspeitas…

  18. “Há uma grande possibilidade

    “Há uma grande possibilidade da política econômica de Trump ser bem-sucedida, se romper de vez com a financeirização”

    leia o artigo de hoje no WSJ.

    Em sua investida para conquistar a Casa Branca, Donald Trump prometeu virar de cabeça para baixo uma estrutura global de poder que estaria beneficiando as grandes corporações. Agora, vários financistas de Wall Street e outros líderes empresariais de sucesso estão na fila para ocupar cargos de destaque no governo do novo presidente. (…)

    http://br.wsj.com/articles/SB11118018393189943792004582428990630587630?tesla=y

  19. Panorama muito bem montado.

    Panorama muito bem montado. Destaque para a sacada da coincidência entre Obama e Trump: a insubordinação à financeirização.

    Uma questão:

    “Gradativamente a desregulação financeira vai estendendo o manto da financeirização sobre os diversos países, impulsionada pelas mudanças tecnológicas e pela falência dos modelos centralizados de planejamento. Atinge o auge com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética. E não para.”

    A China mantém planejamento centralizado de sua economia. E não se pode dizer que esse modelo faliu.

    O que fez o modelo comunista da U.R.S.S. falir mas o da China prosperar? Será que dá para confiar na narrativa da nossa imprensa ocidental sobre o que realmente acontece na China, em Cuba, no Laos, no Vietnã, na Coreia do Norte? Que haja trabalho escravo na China, não duvido, mas imagina a imprensa chinesa relatando casos como por exemplo o das lojas Zara? Ou de como ditadores locais capitalistas tratam crianças trabalhadoras das minas africanas? Bem… isso se a imprensa chinesa for tão maledicente, venenosa, intrigueira e fofoqueira quanto a nossa.

    (Maledicências… Ingleses e estadunidenses têm largo histórico de demonização de quem, buscando os próprios interesses, acaba afrontando os interesses deles, via cultura pop, propaganda ideológica. Será fato que todos os árabes são tão estúpidos quanto retratam filmes como Indiana Jones e Casablanca? E os japoneses, em A ponte do rio Kuai? Os soviéticos, em Dr. Jivago? Quanto Thomas Lawrence, conhecido como Lawrence da Arábia, realmente contribuiu com a causa árabe, principalmente se considerarmos que boa parte da história, inclusive a construção do mito, foi obra de um ocidental, Lowell Thomas…)

    Aos estudiosos do socialismo uma análise comparada entre a U.R.S.S. e a China seria bem vinda, creio.

    ***

    Tenho a impressão de que, com o advento, o fenômeno do estabelecimento dos estados nacionais, o intervencionismo, o imperialismo, costuma provocar quedas dos próprios estados imperadores ou, pelo menos, domínios muito instáveis. E se a Rússia não tivesse nem tentado anexar a Ucrânia, o Usbequistão, a República de Belarus? Algo como “somos comunistas e se alguma outra nação quizer se juntar a nós será bem vinda mas se não quiser, tudo bem também.” Note-se que no caso dos EUA, por exemplo, o capitalismo é orientação do estado… Se seu imperialismo é quase sempre e principalmente cultural e econômico, oras, “dêm-me poder sobre a economia que não estou nem aí para quem [localmente] cuida das leis”. Corrupção: Fulgêncio Batista era cubano; Castelo Branco, cearense…

    Sem entrar na questão de Hobbes e Rousseau, mania do financismo de levar a gente a buscar em cada um de nós o que há de mais corrupto…
     

  20. E cadê as as personalidades
    E cadê as as personalidades da esquerda que você até então os chamava de ESTADISTAS no período ufanista?

    Essas figuras de pequena dimensão ganharam corpo ou foram nomeados por aqueles, né?

    Bem curioso esse xadrez…

    Só há peças adversárias, sobre os nossos interlocutores pouco,ou melhor, NADA, se comenta.

    Qual a novidade da elite burocrática ser conservadora e reacionária?

    Nenhuma, desde SEMPRE é assim.

    A novidade política desse país foi a oportunidade jogada no lixo pelo PT e suas pequeninas lideranças.

    Disso não se comenta ou se pode comentar.

    Por qual motivo, não sei.

    1. “Oportunidade jogada no lixo

      “Oportunidade jogada no lixo pelo PT” ????

      Aconselho a observar os números e o Brasil sob uma pespectiva mais ampla.

      O ganho real da renda dos mais pobres foi de 115%, dos mais ricos 15%, diminuindo consideravelmente a desigualdade.

      As políticas de desenvolvimento regional e territorial foram as mais transformadoras das últimas décadas, incluindo milhões de pessoas e é hoje referência mundial.

      Investimentos em infraestrutura visíveis para quem quiser ver, apesar do aparato ambientalista-indigenista do establishment.

      O PT segurou a privatização de ativos importantes pelo Brasil afora, com destaque para o BANESE. Único banco estadual não privatizado (acho que só no NE).

      Lula-Dilma foram verdadeiros sociais-democratas. Claro que houveram erros, que muito gatuno pegou carona no PT, que os dirigintes do PT acharam que se eternizariam no poder, que não há anjos em Brasília.

      Mas Lula já entrou para a história como o analfabeto-torneiro-mecânico que levantou a auto-estima do brasileiro e que mostrou a FHC como se impor no mundo sem falar uma frase em inglês.

      O modelo lulo-petista não se esgotou, foi sabotado, estrupiado, implodido pelo establishment.

      O brasileiro tem de saber identificar o inimigo.

       

      1. Eu te aconselho raciocínio

        Eu te aconselho raciocínio crítico e melhores fontes de informação.

        Porque são simplesmente MUITO frágeis seus argumentos.

        .

        Imagine dois carros a uma velocidade de 20 km/hora e 150 km/hora.

        O que é mais fácil: duplicar a velocidade para 40 ou para 300?

        Se uma pessoa possui renda de 150 por mês e com o auxílio do governo passa a ter 300 o que acontece?

        Deixa de ser pobre OFICIALMENTE duplicando sua renda.

        Terá entre outras vantagens segurança alimentar. Continuará, entretanto, com um alívio no inferno.

        Com um pequeno detalhe: vê que agora nesse momento o alívio pode estar no fim.

        .

        Tem mais uma coisa que vocês realmente ou fingem não ver ou são ignorantes.

        O fenômeno do aumento da renda é perene na HISTÓRIA dos Estados e mais recorrente no último século.

        Significa dizer que o GANHO MATERIAL obtido pelos brasileiros também ocorre na China, Índia, Colômbia etc…

        Na China você não tem 30 milhões, você tem centenas de milhões saindo da pobreza desde a década de 50.

        Ininterruptamente.

        .

        Falar em infraestrutura pode ser lindo (é ridículo na verdade) quando você compara com….nível brasileiro.

        Quando você compara um nível baixo de investimentos com níveis BAIXÍSSIMOS de investimento.

        Ou, dito de outra forma: também te falta noção quantitativa para aperfeiçoar a análise muito estreita que tem das coisas.

        .

        Comparaticamente – só por esta via – o nível de nossos investimentos em infraestrutura está ridiculamente aquém de outros Brics.

        .

        Tente agora diluir o que foi investido em 13 anos de governo.

        Quanto seria 3,5% do PIB em média?

        Rsss..

        Você realmente não faz ideia do que diz.

        .

        O resto que diz aí é bordão fajuto.

        Engana bem os incautos, tão somente. 

         

    2. Chico,
      você sempre é lerdo

      Chico,

      você sempre é lerdo assim ou se faz de lerdo para provocar? A maior personalidade de esquerda, Lula, está fora do jogo, ameaçado de prisão. Não tem nenhuma personalidade de esquerda que seja protagonista atual do jogo político porque – não sei se você se recorda – houve um golpe de direita no país. O maior engano que cometi soi supor, em certo momento, que seu líder Aécio Neves tivesse alguma dimensão política. Mas ja me penitenciei várias vezes por isso.

      1. Westworld

        Concordo com o Chico aqui e não vou deixá-lo sozinho. 

        As burradas do Lula e da Dilma não podem ser discutidas aqui.

        É uma pena!

        Ps. estamos hoje, 11/11/16 dentro do Westworld, não nos robôs, mas na Inteligência Artificial do Deep Mind e outros. O planeta Terra não admite mais improvisações de voluntaristas inocentes.

        1. Não ligo de remar contra a

          Não ligo de remar contra a maré e se vejo alguém na mesma situação, também o defendo.

          Você se parece comigo neste ponto.

          Valeu!

      2.  
        Olá Nassif. Como sempre,

         

        Olá Nassif. Como sempre, mais uma equilibrada análise de sua lavra que merece ser arquivada para ser confrontada com a paisdagem prevista, que se avisinha. Parabéns também pela resposta ao amigo provocador e um tanto lento.

        Orlando

        1. Companheiro,
          Posso te pedir

          Companheiro,

          Posso te pedir uma GRANDE gentileza?

          Explique pra mim uma coisa:

          Que tipo de prazer é este que vocês sentem sendo baba ovos?

          Qual seria a sensação? Isso te dá alguma coceirinha gostosa na nuca?

          Seu coraçãozinho acelera? Abre aquele sorrisão gostoso na cara?

          .

          Porque, bicho, eu sei que o brasileiro tem essa mania nojenta da adulação desmedida.

          Essa coisinha melosa, esse rapapé asqueroso de tão doce.

          Mas realmente não entendo os motivos…

      3. O maior líder de esquerda

        O maior líder de esquerda incapaz de mobilizar?

        Rssss

        No mínimo BASTANTE contraditório. .

        .

        A maior personalidade da esquerda se pôs fora do jogo por seus próprios erros.

        Pela inacreditável fragilidade dos movimentos que executou no tabuleiro.

        E foram MUITOS toscos e ineptos, inclusive valorizando ou nomeando pessoas que você cita no texto.

        Se preenchêssemos rapidamente uma lista o cara dos caras não foi capaz de extraditar um assassino pra Itália.

        O cara sentou no colo do Gilmar igual uma moça, que o chamou às falas.

        Exonerou e baniu para Portual o Paulo Lacerda, Diretor da PF.

        Quando disseram-lhe que o número de assassinatos era assombroso arguiu o problema ser estadual.

        (vi essa informação AQUI no seu espaço)

        Abre a boca e diz que o trabalhador pode ir “com seu carrinho” para o trabalho, agora.

        Mas não entende o prejuízo para mobilidade urbana com o entupimento de veículos.

        É só uma pitadinha do que fêz o estadista, o bicho grande, o homem reconhecido internacionalmente.

        Se fôssemos para a parte séria do negócio seria obrigado a dizer que Getúlio, JK e militares erigiram nossa indústria.

        Ele a destruiu com sua política macroeconômica copiada do FHC.

        (Pra você, no entanto, houve política industrial…rsss)

         

        .

        Tem de fato dimensão grande apenas para ufanistas.

        Que fazem uso acrítico de rótulos: “tirou 30 milhões da miséria”, “reconhecido internacionalmente” etc.

        Na realidade: possuiu imenso poder, tornou-se deslumbradíssimo, perseguiu armadilhas e caiu em todas elas.

        .

        Hoje fala e NINGUÉM escuta. Porque quando fala, ironia do destino, a Globo não reproduz.

        (uma omissão indesculpável: deixou o povão atolado na ignorância com o controle da informação por meia dúzia)

        E se o escutam, não se sensibilizam, não comove, empolga, encanta.

        Aliás, como se comover com “a desgraça de quem gosta de política é ser governado por quem gosta”?

        É desprovido de boas ideias, e, logo, desprovido de propostas.

        .

        Seu governo se beneficiou amplamente de um contexto externo favorável.

        Não fosse esta circunstância e teria sido um Lech Walesa dos trópicos.

        .

        Totalmente ruim? Óbvio que não. Há méritos e os reconheço.

        Mas, entendam, o saldo é terrível, é negativo.

        Obteve ganhos fugazes enquanto os prejuízos colheremos no lapso de décadas.

        E serão vultosos e hediondos.

        .

        Enfim, companheiro, não foi a noção equivocada do Aécio seu lamentável erro,

        Mas a quase deliberada cegueira a respeito do “estadista”.

        .

        Ps: O Aécio colaborou para a dramática situação que vivemos e trata-se de figura repugnante.

        É infantil quando me aponta o dedo e diz que ele é um líder para mim.

        Há tempos vi meu erro. 

         

  21. Não tenho tanta esperança

    Não tenho tanta esperança nesse governo Trump: nem nas questões internacionais muito menos no que toca o Mercado financeiro. Ele disse tudo e seu contrario durante sua campanha. Para além do demagogo, é um grande mitomano. Eh obvio que os desempregados de Detroit vão mais uma vez levar a pior. Pois a unica coisa que ele certamente fara é baixar os impostos para si mesmo e seus congêneres e isso recaiara com mais força ainda sobre esses injuriados que votaram no anti-establischment. Ja sobre o resto de sua plataforma de campanha, é esperar para ver. Alias, segundo o Jornal Le Monde, ainda ontem no site da campanha de Donald Trump alguns itens de seu programa politico ja tinham sidos apagados. Ele é assessorado nas relações exteriores por Wadi Phares um bom conhecedor do meio-oriente e proximo da Russia…. Mas o que vira, dependera de multiplos fatores.

    Quanto ao Brasil, outra incognita. Cada dia temos mais peças na jogo da Lava Jato, porém tudo dar a entender, as falas de Ministros, como de Luis Roberto Barroso, de que esperam que a Lava jato desemboque na prisão de Lula. E a pressão para que se encerre a Lava Jato, pegando o Lula, deve se grande. Sérgio Moro e sua força-tarefa andam tropeçando em erros basicos na busca de qualquer coisa para dar sustentação à prisão de Lula e mudar, enfim, os rumos das eleições de 2018.

    So não tenho certeza se o bonapartismo – ou o exit – pegara por aqui ja em 2018. Quem sabe?!

  22. Ótima análise como de

    Ótima análise como de costume. No entanto faria algumas observações.

    1. Trump é a antítese do golpe no Brasil. Comparações de Trump com Bolsonaro, MBL e etc não procedem pois os argumentos fundamentais de Trump estão longe do ultraneoliberalismo entreguista promovido pelos golpistas.

    2. Finalmente apareceu nas análises a proposta de política externa de Trump de diminuir drasticamente o orçamento de 600 bi anuais em GUERRA. E aqui algo muito desafiador, acabar com as mudanças de regime no oriente-médio, incluindo Síria.

    3. Trump foi massacrado pelo massmedia implacavelmente. O próprio partido Republicano bateu como nunca no próprio candidato. Hollywood, Wall Street, a Casa de Windsor, UE etc. Obama nunca enfrentou nada igual, e sus propostas eram tão abstratas e generalistas comos as de Hillary.

    4. A Alemanha se recuperou das suas dívidas porque as mesmas foram perdoadas três vezes. A Alemanha foi protegida e domesticada devido a sua capacidade industrial e a disposição do povão de se submeter a castigos sociais em troca da garantia do emprego.

    5. Trump mudou o seu discurso ao longo da campanha e na última semana já se comportava como futuro presidente, evitando ataques a mulçumanos.

    6. Um país que não entrou na equação do Nassif foi a Rússia. Este país tem agido como agente de contenção da fúria neoconservadora americana no oriente-médio e Europa. Mais importante que a China no aspecto militar, a pacificação com a Rússia seria um grande alívio para o mundo.

    7. Próximo ano haverá eleições na França. Quem sabe uma saída da França da UE não dinamita por completo o sistema especulativo financista e assassino mundial de vez.

    Sugiro a leitura de http://www.globalresearch.ca/the-working-class-won-the-election-what-kind-of-trump-administration/5556135 (versão em português http://resistir.info/eua/roberts_10nov16.html)

     

  23. Eita! Que para pessoas que

    Eita! Que para pessoas que são desinformadas em história econômica como eu esse artigo equivale a vários compêndios.

    Frente a pressão da sociedade americana, e aí a mídia terá o seu papel,  não creio que Trump leve adiante as suas bandeiras de campanha sobre a intolerância e o racismo. Mesmo porque a oposição ao seu governo será feita por uma liderança política adulta, não usuária de cocaína e responsável. No seu discurso de derrota  Hillary Clinton deixou claro sua responsabilidade com relação ao país ao pedir a união de todos os americanos e não a divisão da nação como Aécio, FHC e o seu Psdb fizeram por aqui. Além do que, a melhor análise sobre a eleição de Trump foi a que atribuiu a sua vitória não aos racistas xenófobos,  mas aos excluidos americanos. Encaminhando a questão econômica interna não haverá pressão sobre a questão social por parte da sociedade americana.

    Tomara que enquanto a nação imperial se volta para dentro resolvendo os seus problemas econômicos o mundo passe por um período de paz e os povos das nações periféricas possam encaminhar com união e harmonia o seu destino histórico. Menos esse desgraçado Brasil e o seu povo complacente, é claro. Pois com as lideranças e a imprensa que temos se avizinha um longo período de sombras e miséria pela frente.

    Agora… papel ridículo mesmo fizeram os jornalistas da Rede Globo se vestindo de preto para protestar contra a eleição de Trump. Esses jornalistas canalhas, antiéticos e desumanos, que promoveram os grupos de direita e que com seu apoio ao golpe e seu programa de exclusão econômica promovem o apartheid brasileiro com relação ao Nordeste, aos brasileiros mais pobres,  a esquerda e às minorias,  se mostram indignados com o sofrimento dos imigrantes e das minorias sociais nos Estados Unidos. Então tá.

  24. Acho que há um certa supervalorização no papel de Presidente

    Acho que há um certa supervalorização no papel de Presidente dos EUA

    Quem manda no país são as grandes corporações via congresso americano, tanto é verdade que o presidente obama não logrou sucesso em acabar com a venda de armas a população e conseguiu lançar somente 10% de seu mini-SUS (Obama Care), o congresso não deixou e ainda praticamente o obrigou a continuar com suas benesses ao sistema financeiro

    No resto falhou miseravelmente, na política exterior, como exemplo, que resultou, inclusive, no golpe no Brasil e só fez aumentar a distância e o rancor da população contra o sistema financeiro e as tentativas de se intrometer nos mercados financeiros munidiais demonstram a quem servia/serve Obama

    Trump é um fanfarrão que também não terá poder, mas terá apoio da maioria do Congresso nacional, agora devemos esperar se ele seguirá com o que prometeu, ou se tudo foi uma falácia, como nos programas que ele apresentava antes de se tornar presidente, se formos esperar que o congresso americano o acompanhe será um grande rompimento com os grandes conglomerados financeiros e uma reaproximação com as indústrias, senão ficará tudo mais do mesmo

    E não espere um governo fácil, assim como Bush, Trump não teve a maioria dos votos dos americanos, mas devido aos discursos, será um gestão marcada por protestos, pois toda e qualquer atitude do governo contra as minorias será seguida de manifestações, as quais serão reprimidas de qualquer maneira, servindo de exemplo pros demais governos fascistas, inclusive ao Brasil, pois só assim conseguirá cumprir o que prometeu, como expulsar imigrantes e “devolver” o poder à américa branca, mas isso terá de casar com os interesses dos verdadeiros donos do poder nos EUA, ou então ele irá cair

    É a era da temeridade…

     

    1. O estado deixará de ser senhor e se tornará servo da sociedade?

      A Introdução da ‘Guerra Civil em França’, de Karl Marx, Engels escreveu:

      “A Comuna teve mesmo de reconhecer, desde logo, que a classe operária, uma vez chegada à dominação, não podia continuar a administrar com a velha máquina de Estado; que esta classe operária, para não perder de novo a sua própria dominação, acabada de conquistar, tinha, por um lado, de eliminar a velha maquinaria de opressão até aí utilizada contra si própria, mas, por outro lado, de precaver-se contra os seus próprios deputados e funcionários, ao declarar estes, sem qualquer excepção, revogáveis a todo o momento. Em que consistia a qualidade característica do Estado, até então? A sociedade tinha criado originalmente os seus órgãos próprios, por simples divisão de trabalho, para cuidar dos seus interesses comuns. Mas estes órgãos, cuja cúpula é o poder de Estado, tinham-se transformado com o tempo, ao serviço dos seus próprios interesses particulares, de servidores da sociedade em senhores dela. Como se pode ver, por exemplo, não meramente na monarquia hereditária mas igualmente na república democrática. Em parte alguma os “políticos” formam um destacamento da nação mais separado e mais poderoso do que precisamente na América do Norte. Ali, cada um dos dois grandes partidos aos quais cabe alternadamente a dominação é ele próprio governado por pessoas que fazem da política um negócio, que especulam com lugares nas assembleias legislativas da União e de cada um dos Estados, ou que vivem da agitação para o seu partido e são, após a vitória deste, recompensados com cargos. É sabido que os americanos procuram, desde há trinta anos, sacudir este jugo tornado insuportável e que, apesar de tudo, se atascam sempre mais fundo nesse pântano da corrupção. É precisamente na América que podemos ver melhor como se processa esta autonomização do poder de Estado face à sociedade, quando originalmente estava destinado a ser mero instrumento desta. Não existe ali uma dinastia, uma nobreza, um exército permanente – exceptuados os poucos homens para a vigilância dos índios – nem burocracia com emprego fixo ou direito à reforma. E, não obstante, temos ali dois grandes bandos de especuladores políticos que, revezando-se, tomam conta do poder de Estado e o exploram com os meios mais corruptos para os fins mais corruptos – e a nação é impotente contra estes dois grandes cartéis de políticos pretensamente ao seu serviço, mas que na realidade a dominam e saqueiam.” Engels

      Será que na gestão de Trump, o estado deixará de ser senhor da sociedade e se transformará em servo dela?

      1. Não se pode negar

        Não se pode negar a reinventivdade do capitalismo, há mecanismos de disposição continua pra renova-lo e mostrar-lhe uma cara nova quando a atual já não serve a seus propósitos 

        É essa tremenda capacidade adaptativa que coloca pessoas como trump no poder

        Nao esqueçam que hillary trapaceou com bernie sanders, este seria a pessoa que iria ganhar essa eleição por discursar contra o sistema

        Como o trump?!

  25. Trump em rota de colisão com Wall Street e com o Complexo Milita

    O freio e o contrapeso ao Trumpismo é Wall Street e o Complexo Industrial-Militar.

  26. Aproveito a mençao ao nazismo

    Aproveito a mençao ao nazismo como uma reação ao financismo, para permitir-me uma especulação, caro Nassif. Lá o inimigo comum encaixou como uma luva, pois os banqueiros eram todos judeus. Daí com a teoria da eugenia, junta fome com vontade de comer.

    Teria Trump um viés anti-semita? Dizem, não sei, me parece que sua intolerância vai mais para os latinos e muçulmanos. Estes não possuem grana, muito menos um banco. Nesse sentido a intolerância teria que ser contra os chineses, donos da dívida dos EUA. 

    De qualquer forma o cenário atual leva ao radicallismo, em todos os sentidos. 

    1. Hillary perdeu porque pregu o

      Hillary perdeu porque pregu o radicalismo. Segundo ela, a América era excepcional e não deveria seguir regras internacionais, mas impor sua vontade sobre o mundo.

      Trump colocou o dedo na ferida. Não existe crise de imigração natural, mas uma crise plantada para desestabilizar os governos e aumentar a justificativa de mais guerras.

      Os especialistas mundiais não alinhados ao establishment são unânimes. Trump foi a opção pelo fim do militarismo mundial e retorno do capital financeiro à realidade.

      1. Em que planeta você vive?

        ATé parece que a Hillary perdeu porque disse que queria impor a vontade dos EUA no mundo. A população americana está na maior pindaíba, eles não estão preocupados com ‘o mundo’, mas com as contas que tem para pagar. Ela perdeu no número de deputados no colégio eleitoral porque é comprometida até o unha do dedo mindinho com Wall Stree e porque o Sanders que era o candidato de preferencia da população – ganharia facilmente do Trump segundo todas as pesquisas – foi escanteado pela cúpula do partido democrata. Aliém de tudo ela não perdeu no voto popular, ela ganhou.

  27. Trump anunciou três

    Trump anunciou três prioridades para o início do seu governo e não parece fugir muito da financeirização. Ele disse que trataria inicialmente de imigração, serviços de saúde e empregos (https://www.theguardian.com/us-news/video/2016/nov/10/top-priorities-for-donald-trump-video) .  Suas ações envolveriam maiores restrições à entrada de imigrantes e ao acesso aos serviços de saúde (os Republicanos querem acabar com o Obamacare e eliminar o acesso a serviços de saúde para imigrantes ilegais), além de implantar um grande corte de impostos.  Até a construção do muro que seria sua primeira grande obra parece estar bem distante dos planos agora.

    Neste momento, Trump irá tentar assumir para si a agenda do Partido Republicano. Não vejo um cenário de choque com o rentismo de Wall Street nem no curto nem no médio prazo.

    1. «(…) em todos os campos

      «(…) em todos os campos institucionais, o Brasil irá para essa guerra armado com personalidades públicas de pequena dimensão (…)»

       

      ¿E os INTELIGENTINHOS… O que dizer deles? São de GRAAANDE dimensões??? Vejamos:

       

       

      == Os Inteligentinhos ==  OS INTELIGENTINHOS, DA SOCIEDADE CIVIL — estudantes, professores universitários, cineastas, cantorzinhos  etc. Faça o favor! Num JANTAR DE INTELIGENTINHOS faça o seguinte: Chegue num jantar de inteligentinhos e, por exemplo, defenda o impeachment. Haha. Você vai VER o que vai acontecer com você, né? Vão olhar TORTO pra você achando que, de repente, você é dono de um banco, alguém assim! E não alguém que trabalha duro para sobreviver e, por isso, SEMPRE desconfia de quem não o faz… Né?

       

  28. “Michel Temer, Eliseu

    “Michel Temer, Eliseu Padilha, Geddel, Henrique Meirelles, José Serra, FHC, Luis Roberto Barroso, Rodrigo Maia, Carmen Lucia, Rodrigo Janot, “

    quanta porcaria em apenas duas linhas. e ainda ficou de fora o gilmar mendes. assim fica realmente difícil acreditar em qualquer coisa boa para o brasil.

    estamos fodidos

    1.  
      ¿Conhece aquelas contas

       

      ¿Conhece aquelas contas MATEMÁTICAS em que uma SOMA enorme é IGUAL a uma UNIDADE apenas? A uma “COISA” apenas???

      tipo assim:

      Exemplo:

      1+ 1 + 1 + 1 + 1 +1 +1 + 1000 + (100)* + 1 = ?

       

      Veja essa mesmíssima CONTA aqui, mas com SÍMBLOS MATEMÁTICOS diferentes. Veja:

      Michel Temer + Eliseu Padilha + Geddel + Henrique Meirelles + José Serra + FHC + Luis Roberto Barroso + Rodrigo Maia + Carmen Lucia + Rodrigo Janot + 1000 + (100)*2 + Gilmar Mendes = DILMA Rousseff.

      ¿Quem é pior, na MATEMÁTICA POLÍTICA acima?… Raciocine…

    2.  
      ¿Conhece aquelas contas

       

      ¿Conhece aquelas contas MATEMÁTICAS em que uma SOMA enorme é IGUAL a uma UNIDADE apenas? A uma “COISA” apenas???

      tipo assim:

      Exemplo:

      1+ 1 + 1 + 1 + 1 +1 +1 + 1000 + (100)* + 1 = ?

       

      Veja essa mesmíssima CONTA aqui, mas com SÍMBLOS MATEMÁTICOS diferentes. Veja:

      Michel Temer + Eliseu Padilha + Geddel + Henrique Meirelles + José Serra + FHC + Luis Roberto Barroso + Rodrigo Maia + Carmen Lucia + Rodrigo Janot + 1000 + (100)*2 + Gilmar Mendes = DILMA Rousseff.

      ¿Quem é pior, na MATEMÁTICA POLÍTICA acima?… Raciocine…

  29. Ciro Gomes é o “Trump da
    Ciro Gomes é o “Trump da esquerda” aqui ?Lógico q
    sem a fortuna dele,já q Nassif definiu o Ciro como um
    Populista autoritário! Fica a polêmica aì!He he he !!
    Obs:Afirmo q a direita tem mais medo de Ciro do
    que de Lula,fato q pode livrar Lula do impedimento
    as eleições de 2018,visto q Lula tem grande tx rejeição!!

  30. Não creio que Trump, nem de

    Não creio que Trump, nem de longe,  tenha o mesmo perfil de John Kennedy, o último presidente americano (e o único católico) a bater de frente com essas siglas diabólicas (perdão, Janot, mas também eu não sou religioso), FBI, FED, CIA…

    Portanto, não acho que vá peitar qualquer dessas veneráveis instituições.

    Vai afinar o discurso, não tenham dúvidas. 

    Quanto aos mexicanos e cubanos…

    Os muçulmanos não tem dinheiro, mas tem petróleo e quintas-colunas a granel.

    1. Trump fala grosso na campanha e fino no exercício do mandato?

      Será que o Trump é como o Brasil, que fala grosso com a Bolívia e fala em falsete com os EUA?

      Ora, se o Trump falou grosso na campanha e vier falar fino no exercício do mandato, então ele é brasileiro.

  31. Faltam peças importantes neste xadrez

    Nassif faz uma análise que, de certo modo, se esquece de componentes importantes, particularmente as limitações de mudanças econômicas que os EUA podem ou estão dispostos a fazer.

    Uma parte importante da análise relativa à financeirização no início da década de 70 se esquece os reais motivos desta. Os EUA planejaram no pós-guerra um sistema financeiro onde eles seriam líderes incontestes, sem possibilidade de concorrentes, e o dólar deles seria a moeda mundial. Mas isso ruiu com o tempo, seja num primeiro momento com a ascenção da europa ocidental e Japão, ou num segundo momento com a China. Desde a década de 60 que os EUA tem déficits em suas transações com o exterior, muito também porque existe um déficit interno governamental por conta dos altos gastos militares. Isso através dos anos fez com que houvesse um ingresso de renda do resto do mundo aos EUA (particularmente da China nos últimos anos), o que os torna os maiores devedores mundiais. Isso, de certa maneira, tira um pouco da liberdade de ação deles, pois suas políticas econômicas precisam garantir esse fluxo de capitais do exterior para dentro.

    Por outro lado, são justamente estes gastos militares que sustentam eles. A indústria militar é a base do emprego de qualidade nos EUA. Além disso, o contínuo fortalecimento militar fortalece sua moeda, por razões mais políticas que econômicas, mesmo com os demais setores da economia perdendo em competitividade. Em outras palavras, os EUA tem cada vez mais se tornado reféns de uma política que os empurra para intervenções militares no mundo, pois esta é a forma de se manterem hegemônicos, já que economicamente perderam importância para a Ásia principalmente.

    Trump pode tentar fazer uma política nacionalista economicamente, mas isso não chega a ser exatamente uma novidade por aquelas terras. Nos EUA, todos os presidentes agem de maneira nacionalista, só muda o estilo de como agem. Mas as políticas sempre tem como eixo principal dois pontos: manutenção do dólar como moeda de reserva mundial e expansão comercial para conquista de novos mercados. Quem quer que seja o cara com a caneta, o discurso liberal só serve para abrir mercados externos a eles, de preferência aqueles pertencentes a países frágeis e que podem ser mais facilmente dominados, nunca o contrário. O eventual protecionismo que eles venha a adotar dificilmente vai chegar aqui, pois o discurso para nós será sempre o mesmo: vocês tem que se abrir para minha indústria conquistar seus mercados !! Assim como obviamente tem que ficar sob a minha esfera de influência financeira…

    Com relação ao Brasil, a única saída que eu vejo é passar a sofrer uma influência cultural e política maior da China, já que este país é hoje quem tem o domínio do nosso comercio exterior. Mas nossas elites políticas continuam demasiadamente ligadas a Washington e tudo leva a crer que assim ficarão por um bom tempo, pois os laços de dominação cultural são mais difíceis de serem quebrados.

  32. Eu tenho esperança na reação ao governo Trump.

    EM primeiro lugar eu vou repetir de novo: Trump não foi eleito pela maioria dos americanos, ele não representa a maioria dos americanos. As manifestações contra a eleição de Trump com milhares de pessoas que se espalharam nas ruas das grandes cidades americanas não foi algo somente espontaneo e desorganizado: os protestos foram chamados nas redes sociais por organizações socialistas. Sim, voce leu direito, socialistas.  Minha esperança começa aí: enquanto nos EUA as ruas das grandes cidades ficam repletas de pessoas em uma manifestação antifascista, aqui no Brasil as ruas se encheram de pessoas em manifestações fascistas.

    Trump não fará nada sem que ele enfrente nas ruas e na sociedade civil a maior resistencia contra um governo que já houve nos EUA desde a guerra do Vietnã .Ele tocou no ponto nevrálgico daquela sociedade, na ferida histórica aberta que eles carregam até hoje: o racismo. E os EUA têm a pior distribuição de renda que já houve na sua história. A população, pincipalmente a juventude, não acredita mais no sonho americano, os eleitores de Trump são os que ainda não acordaram: e são minoria (algo em torno de 30% dos eleitores).

    O sonho americano virou pesadelo e o Trump representa, pelo menos no imaginário politico americano o pior dos pesadelos: o fascismo. Infelizmente parte da esquerda brasileira confunde o Estado americano com a maioria da população americana e não consegue se dar conta disso.É outro fator histórico: no imaginário politico eles venceram o fascismo em uma guerra. Para a grande maioria dos americanos ter o fascismo dentro dos EUA é como ser invadido por um inimigo externo, é como morrer como nação. A reação popular imediata e intensa a eleição de Trump não foi casual. 

    Como sou de esquerda minha esperança está sempre na reação popular e não em bilionários que chegaram a politica através da grande midia. Trump se projetou porque estava sempre na grande midia, foi até apresentador de reallity Show. Ele é um ‘porco capitalista’ (cartaz em uma manifestação em NY), um produto da grande midia. Ele não é um ‘outsider’ da elite econômica, ele é o establisment em pessoa. Ele é a solução final das elites econômicas, a solução que foi aplicada na Ucrânia, na Itália de Berlusconi, na Argentina de Macri: governar diretamente. Trump foi platado lá porque o real perigo para o status quo era Sanders, e nem era o Sanders, era o movimento, a palavra e a ideia que representa perigo real para as elites: socialismo.

    1. André B.,
       
      Beleza.
      mas sua

      André B.,

       

      Beleza.

      mas sua análise tem um ponto nevrálgico. Tendão de Aquiles. Eis:

      Mas sua Matemática está errada. Trump foi eleito por uma MAIORIA também [voto popular]: foi pau-a-pau. Na realidade foi na práxis meio-a-meio: veja aqui Matemática:

       

      Porcentagem: TRUMP = 47,41%

                           HILLARY = 47,86%

       

      em números absolutos: 

      TRUMP:

      60 265 858 de votos

      60 839 922 de votos

      [HILLARY].

      Então sua análise é falha exatamente nesse ponto FULCRAL. As coisas SÃO MAIS SUTIS…

  33. Nassif se engana com Trump ao
    Nassif se engana com Trump ao imaginar alguma racionalidade política no que ele fala, ele é personalidade midiática, sempre antenado na audiência do momento. Da mesmo forma é tolice das grandes classificá-lo como outsider e anti establishment. Ele é um bilionário e portanto é establishment por definição, apenas faz parte de outro dos muitos braços desse grande polvo. O candidato Obama foi claramente muito mais anti-establishment que Trump, mas este, que é mestre em estratégia de marketing, soube se vender como outsider e critica o tal “sistema”, sistema do qual ele faz parte. Não é acaso que este seja exatamente o mesmo tipo de crítica que faz o americano médio, e mais ainda o abaixo da média, quando quer descarregar sua raiva e frustração pelo fracassos da vida. O tal “sistema” é o Judas perfeito para essa função, e Trump percebeu isso muito bem. De nada importa que seja pouco mais que um personagem ficcional criado apenas para ser linchado.

    1. Boa Ivan,
       
      Está ai

      Boa Ivan,

       

      Está ai escancarado quem são os Príncipes da República que julgam pela consciência, senso comum, ideologias e crenças religiosas. Que punem os filhos de chocadeira e passam a mão na cabeça dos bem-nascidos.

  34. E a Dona Carmem Lúcia adora

    E a Dona Carmem Lúcia adora visitar um présidio como o CNJ não tivesse todos os dados sobre a situação do nosso sistema carcerário Brasil afora,,,será que ela não sabe que todo mundo sabe que ela está é fazendo marketing pessoal..,.parece que a mosca azul a mordeu…ou será que a Globo lhe sussurrou no ouvido que a quer presidento de Pindorama…

  35. Xadrez da financeirização de Trump a Temer

    ao menos no imediato estamos a salvo do brilho do cogumelo termonuclear. mas o anglo-zionismo não se dará por vencido. a América agora experimentará internamente a instabilidade social e política que por décadas desencadeou pelos países do mundo. está em marcha no lar dos bravos o “Inverno Púrpura”.

    no Brasil, Temer e golpistas associados perderam completamente o bonde da História. mas enquanto o povo sem medo continuar a ocupar os espaços públicos, o lulismo sepulta a derradeira chance do PT se reinventar: Diretas Nunca!

    Rio de Janeiro sensacional, tomou a ALERJ com pedra e pau. se em 2013 foram os Black Blocs, agora cada policial se converteu num irado tiranoussauro rex. de Picciani para pezão: “toma que o filho é teu!”

    nunca foi tão grande a separação entre o Povo e a Nação e as instituições. no Brasil em transe, a esquerda tradicional ainda está mais perdida do que a direita golpista. 2018 continua sendo um ano longe demais.

    .

  36. No curto prazoO Brasil está
    No curto prazoO Brasil está sendo preparado para seguir as determinações de Washington e seus financistas de plantão. Muito provavelmente, voltaremos a ser meros fornecedores de matérias primas e produtos não produzidos pelas nações desenvolvidas. No segmento industrial veremos a transferência do controle das empresas brasileiras remanescentes para representantes do grande capital internacional. A perda da soberania e independência não são preocupações da classe dominante (governo incluso) pelo simples fato de não possuírem a noção de pátria, raiz e união. Outra coisa, as forças de ocupação ou FA estarão sempre de prontidão para conter, caso venha a ocorrer, qualquer protesto de grande monta por parte da população.  

  37. Ótimas análises, mas, por

    Ótimas análises, mas, por enquanto, tratam-se de exercício de futurologia.

    Vamos aguardar a posse e o início efetivo do exercício do poder, só depois saberemos  como ele pretende agir e se conseguirá apoio no próprio partido para as mudanças, se de fato houverem, que pretende realizar. 

    Depois da disputa ele já amenizou um pouco o seu discurso e depois da posse, talvez mude ainda mais. Quando estiver na posição de Presidente tomará conhecimento de suas responsabilidades e descobrirá que existem mais coisas entre o Pentágono e a Casa Branca do que vãs promessas de campanha.

     

     

  38. Demitam Temer e Serra!

    A questão maior hoje é o quanto Trump está comprometido com suas propostas de campanha e o quanto conseguirá contrariar Wall Street em sua administração. A questão é que qualquer que seja a resposta a dominação da dupla Serra/Temer é a pior possível para o Brasil.

    Além de toda a grosseria/machismo/racismo/xenofobia das propostas de Trump, existe uma critica pertinente à globalização e seus efeitos nos Estados Unidos.

    Se realmente Trump se voltar para bloquear a presença da China no comércio dos Estados Unidos, rever as cláusulas do TPP ou inaugurar uma politica geral de protecionismo as reações desses países (asiáticos) envolvidos, afetará diretamente o Brasil.

    As exportações brasileiras para os Estados Unidos (nosso principal comprador de bens industriais) e para a China (em consequência, neste caso, da prevista queda das exportações para os EUA) vão cair em muito, restando para o Brasil os mercados latino-americanos e em especial o Mercosul. (note-se que esse raciocínio serve também para a Argentina de Macri).

    A resposta da China poderá ser, e é quase certo que será, se voltar para os países do BRICS, especialmente a Rússia, mas também a Índia. Note-se que é esperada uma politica de trégua com a Rússia e a China também vai ficar feliz com um alivio na belicosidade americana no seu “mar”. O Brasil está preparado para essa guinada?

    Então, as alternativas para o Brasil se fecham agora para o Mercosul e os países do BRICS.

    Esse simples raciocínio mostra a total inadequação da dupla Temer/Serra, que atacou o Mercosul e outros países vizinhos e o BRICS (que o chanceler nem sabe o que é).

    Aumentam as chances da queda rápida de Temer.

  39. Trump e mundializacao

    Trump foi eleito por uma pluralidade de brancos de classe media que temem perder a condicao de poder desde a fundacao da republica americana. E o medo do ‘estrangeiro’, isto e, outras etnias. Esse sempre foi um medo recorrente da sociedade americana, que por um lado e sedenta da mao de obra morena e preta contanto que essa nao aspire nada mais do que desaparecer nos seus guetos apos a labuta. Trump e um Nova Iorquino rico ‘entrepreneur’ que passou a vida inteira usando os instrumentos de Wall Street para persistir no seu sonho megalomaniaco de grandeza. Como presidente, vai fazer o que todos os outros Presidentes republicanos fizeram: cortar os impostos dos ricos, cortar programas sociais e jogar um ou dois ossos aos racistas mediocres do interior americano. Investimento pesado em infra-estrutura? Uma grande piada. O Trump e a repeticao do disastre conservador, desta vez como farca.

     

  40. Durante mais de 10 anos

    Durante mais de 10 anos tentei ajudar a enxergar como o capitalismo resultaria num caos assim.

    Agora que Tramp viu que a divida pública está nas mãos dos chineses; que a grandeza dos EUA sofreu a crise imobiliária por infidelidade e ganância exploratória; que, entre si, devastaram os países aliados da Europa nas condições que se encontram hoje, e causaram ajuste fiscal para documentar privatizações de riquezas do Brasil e o princípio é o mesmo para o Reino. 

    Aos países pobres da Africa fica o exemplo do investimento externo: é assim que fica o futuro das nações quando são alcançadas.

    Me congratulo com as novas transformações morais que no fundo queimaram dentro da minha cabeça.

  41. Dilma & Trump

    Dilma & Trump: Parte 2 de “Apertem os cintos e respirem fundo: eleições agora serão como a de Trump. E em todo o mundo!”
     

    ROMULUS
     SAB, 12/11/2016 – 12:12


     DILMA E TRUMP: PARTE 2 DE “APERTEM OS CINTOS E RESPIREM FUNDO: ELEIÇÕES AGORA SERÃO COMO A DE TRUMP. E EM TODO O MUNDO!” 

    Por Romulus

    Parte 2: teste das teses desenvolvidas na Parte 1.

    Casos concretos:

    – A eleição de Dilma Rousseff e, a seguir, o golpe de Estado de 2016; e

    – A eleição de Donald Trump nos EUA.

    *

    (i) Caso 1: a eleição de Dilma Rousseff e, a seguir, o golpe de Estado de 2016

    Não há sequer a necessidade de elaborar muito…

    Poupo-me e lembro trechos da Parte 1:

    – A disputa [eleitoral] se dá entre o “A” e…

    – … o “anti-A”.

    E não mais contra “B”, “C”, ou “D”.

    PT e anti-PT.

    Certo?

    LEIA MAIS »
     

    1. respirem fundo: eleições agora serão como a de Trump

      Apertem os cintos e respirem fundo: eleições agora serão como a de Trump. E em todo o mundo! (Parte 1)
       

      ROMULUS
       SEX, 11/11/2016 – 17:35

       

      Apertem os cintos e respirem fundo: eleições agora serão como as de Trump. E em todo o mundo! (Parte 1)Por Romulus

      – As redes sociais, seus algoritmos e o “efeito bolha”;

      – Resultado: de um lado da moeda, (i) a polarização e (ii) a radicalização;

      – Do outro, o derretimento do centro do espectro político, resultando no (iii) acirramento das eleições e do pós-eleições;

      – Consequências nefastas: instabilidade política, golpismo e exacerbação ideológica nas políticas do governo polarizador de turno;

      – Estaremos fadados a eleições (i) polarizadas, (ii) radicalizadas, e (iii) acirradas, na base do “51% vs. 49%”.

      – França/2012, Brasil/2014, Argentina/2015, Áustria/2016, Brexit/2016, e…

      – … Trump/2016!

      – E o que mais?

      – Marine Le Pen/2017?

      – … 2018 no Brasil?LEIA MAIS »

      1. Trump: a vingança – kamikaze!

        Trump: a vingança – kamikaze! – do 99% contra o 1%, por Romulus
         

        ROMULUS
         QUA, 09/11/2016 – 08:46

        Trump: a vingança – kamikaze! – do 99% contra o 1%

        Por Romulus

        – Trump promete nada menos que rever todos os acordos comerciais bilaterais dos EUA, para uma substituição de importações tardia… algo inimaginável! E afirmo isso como especialista na disciplina. Só não digo que Trump pratica estelionato eleitoral (mais um) porque ninguém pode afirmar ao certo o que se passa na cabeça do sujeito. Vai que….

        – Vingança do 99%?
        Qual foi o causus belli entre o eleitorado e a classe política tradicional?
        Respondo:
        A implementação em menor ou maior velocidade – mas “inexorável” – do Consenso de Washington a partir dos anos 80.

        – Rentistas e financistas abusaram:
        Tomaram partido da alavancagem que detinham sobre o poder político para sangrar os orçamentos públicos até quase o ponto de ruptura.
        Produziram a maior concentração de renda da História humana:
        Em 2016, pela primeira vez o célebre 1% do topo detém mais riquezas que todos os outros 99%!

        – E os políticos?
        Também abusaram.
        Usaram à exaustão os artifícios de que costumam tomar partido para mascarar a tunga que finança e rentistas fazem no orçamento público.
        Que artifícios?
        Os da política, ora: discursos insinceros, hipocrisia, cinismo, cara de pau e sucessivos estelionatos eleitorais.

        – E o que resta à esquerda, minorias e setores populares no mundo?
        Por ora, imperativos de sobrevivência:
        União (desesperada?) e política de contenção de danos, com luta pela mitigação das perdas dos vulneráveis.
        Simples assim.LEIA MAIS »

      2. Trump: a vingança – kamikaze! – do 99% contra o 1%

        https://jornalggn.com.br/comment/1015143#comment-1015143

        ->Em 2016, pela primeira vez o célebre 1% do topo detém mais riquezas que todos os outros 99%!

        esse é o trágico resultado do “sonho americano”: uma plutocracia literalmente podre de rica que pouco importa em condenar a miséria os demais 99%, comprometer as condições de existência da vida tal qual a conhecemos e mesmo arrastar o mundo ao conflito nuclear.

        em algum momento chegaríamos a um impasse. esse momento é agora. os tempos estão mudando. e as mudanças estão apenas começando.

        a “democracia” norte-americana nunca passou disto desde os “Pais Fundadores” (e repare como a épica expressão ao ser traduzida no bom português se torna flagrantemente brega): “A grande preocupação da sociedade deve  ser a proteção da minoria abastada contra a maioria”.

        ->– E o que resta à esquerda, minorias e setores populares no mundo? Por ora, imperativos de sobrevivência: União (desesperada?) e política de contenção de danos, com luta pela mitigação das perdas dos vulneráveis.

        aqui uma discordância. foi justamente pela incapacidade da ex-querda propor e lutar por alternativas que chegamos a este ponto: é Trump e não Sanders quem pretende enfrentar Wall Street.

        a crise do mundo é a crise da ex-querda. sua incompetência e sua inapetência em lutar por alternativas.

        era para Lula ser um grande protagonista nesta crise mundial e nesta mudança de governo nos EUA. mas o Lulinha paz e amor se encantou em ser “o cara” do Obama. nesta imagem está o fracasso da ex-querda tanto no Brasil quanto no restante do mundo.

        ->Infelizmente (para todos nós!), como noto no título, trata-se de uma vingança… – … kamikaze!

        não necessariamente. o sistema está em colapso em toda parte. com Trump, com Hillary, com Obama, com Sanders… não há saída para a crise eclodida em 2008 que não passe pela guerra ou por uma profunda redefinição do sistema.

        só que a guerra global tornou-se impensável. e as guerras localizadas (Afeganistão, Iraque, África, Síria) não são suficientes para reciclar a economia global.

        além de tudo, o mercado financeiro das operações de alta frequência 24×7 é um buraco negro. não há nenhuma hipótese que não passe por seu completo redesign.

        o mundo já está numa vertiginosa mudança. e não vai parar, de um jeito ou de outro. num rumo ou no outro. Trump é apenas o sintoma desta mudança.

        abraços

        p.s.: os EUA agora experimentará internamente a instabilidade social e política que por décadas desencadeou pelos países do mundo. está em marcha no lar dos bravos o “Inverno Púrpura”. de certa forma, a “guerra”, tão amada pelos 1%, agora também se travará em solo norte-americano. é a primeira vez que terão que lidar com isto, com o próprio veneno.

        .

         

        aos nossos amigos

  42. Como fazer a America grande novamente?

    Com uma guerra mundial que mantenha intacto o território dos EUA. Como não existem no momento sistemas de defesa aérea, que seja eficazes contra um ataque maciço com ICBMs, a America continuará no seu declínio relativo.

    No final da década de 1930, com o mundo ainda vítima dos efeitos da crises de 1929, com o New Deal já implantado e funcionando, o PIB americano representava aproximadamente 1/5 do mundial. Lembrando que a ìndia era colônia britânica e a China em guerra civil e também contra o invasor japonês. Não esquecendo que essas são as duas maiores nações do mundo. Após a devastação da Segunda Guerra os EUA emergiram incontestes economicamente, com mais da metade do valor produzido anualmente no mundo dentro das suas fronteiras. De lá para cá esta participação foi erodindo, se considerarmos a PPC, hoje, está em 1/6 do PIB mundial.

    O discurso do Trump é factível, caso cumpra as promessas de campanha, para reequilibrar internamente o capital produtivo com o especulativo. Por mais sucesso que obtenha será um grande restrito, pois, no resto do mundo apenas tucanalhas e peemedebostas não tomarão medidas semelhantes, preferindo aprofundar o coito anal com o homem laranja.

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