Xadrez da saudade de Lula

Peça 1 – a nostalgia de Lula

Como era previsível, há total incapacidade das forças que planejaram o golpe em montar qualquer projeto minimamente competitivo para 2018.

Não há uma estratégia para superar a crise econômica, mas apenas um projeto ideológico de desmonte do Estado de bem-estar.

O chamado mercado pouco está se lixando para as consequências futuras desse desmonte. Conseguiu-se uma maioria pontual para alterações na Constituição e é o que basta para despertar o espírito animal dos empresários. Demanda, desemprego, instabilidade política são detalhes irrelevantes para esses cabeças de planilha.

Têm-se, então, a seguinte anti-fórmula política dos grupos de poder:

1.     Um modelo cujo caminho para o paraíso consiste na eliminação de direitos sociais, deterioração dos serviços públicos e desmonte das políticas industriais.

2.     A não entrega do combinado: a recuperação da economia. Sequer a elaboração de uma utopia qualquer, capaz de dar sobrevida ao arrocho.

Por outro lado, a intensa campanha negativa da mídia logrou apagar da memória recente da opinião pública os anos de glória do segundo governo Lula. Com o aprofundamento da crise e a ampla incapacidade dos grupos de poder de recriar o sonho, já está havendo uma volta das lembranças dos anos dourados. A ofensiva contra a Lava Jato desnudará de vez a hipocrisia nacional.

O novo discurso de Lula, que estreiou no congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, é matador. Relembra os tempos de glória, as políticas bem-sucedidas, a maneira como derrotou a crise de 2008, tudo isso temperado com a retórica popular de falar diretamente para o trabalhador, sobre a importância do trabalho, da estabilidade em casa etc.

Ontem, no Valor Econômico, uma consultoria política apontava como novo fenômeno a nostalgia da era Lula.

Relembrando as imagens sobre Mohamed Ali, só haveria duas maneiras de parar Lula: no tapetão ou à bala. Mas não é apenas ele que está conseguindo produzir um discurso consistente. Nem esse discurso apagará a polarização que contaminou a vida nacional.

Peça 2 – o projeto desenvolvimentista

As esquerdas, em geral, se perdem em um conjunto de indefinições sobre o papel do mercado, os limites de atuação do Estado, as formas de relacionamento com o meio empresarial, a própria postura internacional do país.

Mas, no essencial, já existe um diagnóstico claro de país, sobre o papel das políticas públicas, das políticas industriais e sociais, da diplomacia, em dois discursos quase similares: o de Lula e o de Ciro Gomes. Todas as ideias já estão aí, muitas delas aprovadas e comprovadas. O único trabalho é consolidá-las em uma proposta de campanha.

Há duas diferenças:

1.     Ciro é candidato de confronto, Lula, da conciliação.

2.     Ciro avança em um tema central, mas que ainda é tratado como tabu por Lula: a política monetária com o peso dos juros. Mas Lula tem o acervo de políticas bem-sucedidas e, principalmente, a grande vitória sobre a crise de 2008.

Ciro consegue produzir uma defesa articulada da política do confronto, como única saída para a democracia brasileira.

O maior argumento de Ciro reside na maneira como a mídia e o sistema se comportaram esses anos todos, afastando qualquer veleidade de pactos nacionais, bem comum e outros temas que habitam cabeças idealistas – não a fria lógica de negócios dos grupos de mídia.

A retórica só não basta, se não respeitar a correlação de forças. No entanto, os abusos da camarilha de Temer, a absoluta insensibilidade da política econômica, em breve produzirão efeitos concretos.

É fácil impingir à opinião pública a ideia da PEC 55, a lógica de dona de casa do ajuste fiscal – tão ao agrado do Ministro Luís Roberto Barroso – os argumentos sobre o déficit da Previdência e outros chavões. São questões conceituais de difícil compreensão – como era a PEC 37, que selou a parceria Globo-MPF. Ou mesmo as Dez Medidas em que apenas 10 entre cada 10 mil apoiadores têm noção mínima sobre seu significado.

A hora da verdade estreiará quando essas medidas começarem a produzir efeitos concretos, no desmonte da saúde, educação e segurança, e na ampliação da crise fiscal dos Estados.

A greve da PM do Espírito Santo é um ensaio. A ela, se seguirão greves de várias categorias em todos os estados do país, porque os gênios que comandam a política econômica não tem a menor sensibilidade sobre o nível de stress que se pode impor à economia.

A aposta de Ciro é que, nesse grau de descrédito, haveria condições de atrair setores relevantes em torno do discurso de um projeto nacional que conferisse ao presidente eleito poder suficiente para superar a frente antidemocrática composta pela parceria mídia-Ministério Público.

Mesmo porque, a Lava Jato e a perseguição implacável da mídia comprometeram enormemente um grande ativo nacional: as qualidades de Lula como pacificador.

Peça 3 – o desenho partidário

Embora seja ainda o partido de esquerda com melhor musculatura, dificilmente o PT conseguirá manter o protagonismo. Hoje em dia, provavelmente é o maior obstáculo ao entendimento.

O partido entrou em uma armadilha fatal: o poder continua ferreamente enfeixado nos quadros que se elegeram pelo sistema político atual e que dependem, para sua sobrevivência, dos instrumentos tradicionais de poder fisiológico.

No Senado, a melhor aposta de renovação – o senador Lindbergh Faria – foi deixado de lado na liderança das oposições, trocado pelo acomodamento de Humberto Costa.

Em São Paulo, um deputado estadual que ousou exigir da bancada uma tomada de posição, terminou afastado. O que ele pretendia era um exercício simples de oposição: dificultar a aprovação das contas do governador Geraldo Alckmin, para poder trocar o apoio por projetos de lei apoiados pelo partido. Os donos do partido na Assembleia não apenas deram a Alckmin o que ele pediu, como afastaram os que pressionavam o partido a praticar a oposição. Tudo isso em troca de cargos na mesa da Assembleia Legislativa no qual pudessem abrigar correligionários.

Na Executiva nacional, adiou-se para julho as próximas eleições e não há nenhum sinal de que se abrirá para uma renovação. Cada sopro de ideia nova é visto como ameaça às velhas lideranças. Não se aproximam de sindicatos, de movimentos sociais, da militância digital, da academia.

Se não se aceitam nem novos quadros do próprio partido, como esperar que tenham confiabilidade para administrar uma frente partidária?

O caminho mais racional seria uma frente de governadores progressistas, que pairasse além das paixões partidárias e do burocratismo dos partidos políticos.

A estruturação da frente será o primeiro grande desafio da oposição. E um desafio que somente conseguirá ser vencido se Lula cair de cabeça na tarefa.

Peça 4 – a era da imbecilidade

O grande desafio pela frente será o confronto entre um projeto nacional racional e a era da imbecilidade – as simplificações grosseiras que dominam os principais poderes da República, nessa era dos factoides midiáticos, e que foram agravadas pela disseminação das redes sociais.

As redes sociais criaram dois fenômenos paradoxais.

Um, a falência dos modelos tradicionais de mídia com a desorganização do mercado de informações. Outro, o aumento desmesurado do poder relativo das mídias dominantes, especialmente a concentração midiática nas mãos da Globo e da total incapacidade de contraponto pelos grupos concorrentes.

O quadro hoje em dia é o retrato acabado da mediocrização da vida pública nacional em todas suas dimensões:

1.     A desorganização do mercado de informações com o aparecimento de todo tipo de fontes noticiosas, naquilo que se batizou de pós-verdade, cujo principal agente são justamente os grupos de mídia.

2.     O aumento substancial da influência da informação sobre o dia-a-dia das pessoas. Antes, os jornais impactavam seus leitores uma vez por dia. Agora, as redes sociais impactam várias vezes por minuto.

Na era das redes sociais, toda disputa política tornou-se essencialmente midiática e cada vez mais pelas redes sociais. O excesso de informação acabou trazendo uma imbecilização de toda forma de pensamento. Como, por exemplo:

Imbecilidade 1 – a ideia de que as demandas das corporações são contra os direitos do cidadão.

O governador capixaba Paulo Hartung saiu-se com essa, na entrevista à Folha. Ao lutar por seus direitos, as corporações iriam contra os direitos dos cidadãos.

Há evidentes abusos em corporações públicas de ponta, como ocorre com o Judiciário e diversos Ministérios Públicos estaduais. Com esses, não se mexe. O arrocho continuado é em cima das profissões diretamente prestadores de serviços aos cidadãos, como educaçãoo, saúde e segurança.

Em nenhum país do mundo, em nenhuma empresa organizada, a precarização do emprego produziu melhora no atendimento. Só um país de botocudos para consagrar esse princípio de que cortando rendimentos e despesas se melhora o serviço público.

Imbecilidade 2 – a ideia de que a destruição de empresas nacionais promoverá um novo renascimento empresarial.

Antes, essa tese era brandida apenas por servidores de baixo nível hierárquico ou de formação intelectual precária – como os procuradores da Lava Jato, presidentes de associação de delegados e de associação de procuradores.

Soube dia desses que faz parte do ideário do Procurador Geral da República Rodrigo Janot: se destruir as empresas atuais, imediatamente florescerá uma nova economia eficiente. É o que explica a irresponsabilidade, para com o país, da destruição da Odebrecht e de outras empreiteiras investigadas pela Lava Jato.

Ou seja, o país da banana nanica tem um Procurador Geral de baixíssimo nível intelectual, sem o menor conhecimento sobre os processos de construção de conhecimento, de desenvolvimento de tecnologias, de geração de valor pelas empresas.

Imbecilidade 3 – a ideia de que será possível congelar por 20 anos o orçamento público e desse arrocho nascerá a virtude que despertará o espírito animal dos empresários.

Juristas que defendem essa excrescência, como o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstram uma ignorância abissal sobre processos sociais e políticos.

Aliás, esta semana o jurista Lênio Streck produziu um diagnóstico arrasador sobre como a cultura do manual se apossou do Judiciário, permitindo a consagração de autores como Alexandre de Moraes (https://goo.gl/p2WYD0).

A mediocrização dos poderes, o rebaixamento intelectual não poupou nenhum poder, embora nenhum se rivalize com o baixo nível da Câmara.

No fundo, a grande disputa de 2018 será não apenas conseguir desenhar um projeto de país viável, como enfrentar o imbecil coletivo, a ditadura do senso comum, que se apossou dos principais poderes da República.

Luis Nassif

132 Comentários

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  1. relativo, muito relativo!

    A mediocrização dos poderes, o rebaixamento intelectual não poupou nenhum poder, embora nenhum se rivalize com o baixo nível da Câmara.

    O Executivo e o Legislativo serão depurados  pelo voto.

    Já o Judiciário……

    Levara décadas para minimizar o estrago feito em aproximadamente dois anos.

    Hoje parecemos a França sob Vichy.

    PS: o captcha é um lixo.

    40 minutos para liberar um comentário! ninguem merece!

    1. Enquanto tivermos morcegões

      Enquanto tivermos morcegões  VITALÌCIOS, prepostos nomeados por forças políticas conjunturais que com isso tentam se prolongar por DÉCADAS no PODER ..eles que desfrutam ainda de salários, benefícios e DIREITOS exclusivos  .vai ser isso

      O Judiciário precisa aprender a respeitar PRAZOS ..pra mandaTos   ..bem como pra andaDos  (já que o rito processual no país insufla pelo pouco caso ,.o escárnio e o direito)

  2. Estado e Mercado

    O capitalismo bem sucedido, aquele que atende a um mínimo de bem estar social, sabe definir com clareza o papel insubstituível do Estado e, idem, do mercado.

    Não se trata de defesa do capitalismo, mas de uma constatação óbvia de um estado de coisas que, numa visão racional, é uma transição para um socialismo democrático, aceito por todos ou pela maioria.

    Ninguém hoje aceita mais o sistema escravocrata, nem o sistema feudal. Foram abolidos por revoluções, mas foram sucedidos pelo sistema capitalista e pelo consenso em torno de uma forma de democracia burguesa. Mesmo hoje, o capitalismo ainda convive com formas de produção escravocratas e feudais. 

    Haverá um tempo á frente, portanto, em que o capitalismo também  não será mais aceito, mas haverá uma convivência entre o sistema de socialismo democrático, consensuado democraticamente pela maioria, com formas de produção capitalistas.

    É obvio que isto não é uma crença. Trata-se de algo a se comprovar. Os países do norte da Europa caminham nessa direção.

    Por enquanto, aqui e agora, tem-se um sistema capitalista para administrar.

    Neste estágio, quando o Estado tenta avançar sobre o território do mercado ou vice-versa, o que se apresenta é uma disfuncionalidade de ambos e o malogro do capitalismo de bem estar social que, historicamente, ainda não foi alcançado e vencido para, então, se passar a uma outra etapa histórica.

    O que ocorre, aqui e agora, é que forças políticas e empresariais equivocadas, que lideraram o golpe de estado, incrustadas no aparelho de Estado e nas organizações que compõem  o mercado, que não vêm a história como uma evolução da cultura, por absoluta ignorância e vontades mal formuladas, não compreendem o enorme erro que o mercado comete em se apropriar do território do Estado e que o Estado comete em abrir mão do seu território.

    O mais grave é que o empoderamento de um e o enfraquecimento do outro, não se dá apenas pela ignorância e vontades equivocadas mas, também, por uma articulação criminosa dos atores políticos e empresariais que deram o golpe de estado.

    Esta é, de fato, a verdadeira organização criminosa que precisa ser combatida e vencida para permitir a retomada do capitalismo de bem estar social implantado pelos governos lulopetistas.

    SAUDADES IMENSAS DE LULA.

    PS: não necessariamente do personagem mas do que ele representou. Se bem que o personagem também tem seu fascínio.

     

     

  3. Na medida em que se iniciar

    Na medida em que se iniciar um movimento dos setores organizados em contra o retrocessos sociais  e políticos, haverá uma adesão gigantesca dos moradores das periferias urbanas, principalmente dos mais jovens.

    Há um exército adormecido nas periferias, que se colocado em movimento por uma luta contra  o retrocesso social, farão os movimentos de 2013 parecerem reunião de bar de esquina.

    É preciso lembrar que “Um modelo cujo caminho para o paraíso consiste na eliminação de direitos sociais, deterioração dos serviços públicos e desmonte das políticas industriais.” vai provocar grandes confrontos sociais, que pode unificar os movimentos sociais e a sociedade da esquerda a direita,

    O discurso de Lula precisa de uma complemento para unificar a sociedade, que seria a paz, a eliminação das grades, dos portões, enfiam  uma vida melhor e mais saudável para todos com uma melhor segurança pública.

    Somente a continuidade do processo da distribuição de renda vai evitar o confronto e trazer a paz e liberdade.

    Evidente que será necessário uma reforma da polícias estaduais.

    Em função do golpe parlamentar comandado pelo PMDB, são mínimas as possibilidades da formação de um novo governo de conciliação, além disso é provável uma vitória de Lula em 2018,  mas não está descartada o surgimento de novas lideranças se o confronto social atingir proporções gigantescas, e no momento está é a hipótese mais provável, dada a insensatez do atual governo.

    Se houver eleições em 2018, elas serão o caminho para a retomada do processo de distribuição e a consolidação de um dos maiores mercados consumidores do mundo, caso contrário estaremos nas portas da revolução social no Brasil e da América Latina.

     

    1. ..se houver eleições

      ..se houver eleições  ..disse-o bem

      O BRASIL não é só de um grupo ..MUITO MENOS de minorias como quis empurrar parte da esquerda mais ATREVIDA

      há que negociar  ..cativar, convencer, provar, divulgar  ..é SIM um toma lá da cá ..desde que com isso o país da imensa maioria saia ganhando SEMPRE

      Rompantes de pq ganhou leva tudo e os outros ficam palitando os dentes  ..já deu pra perceber que não é, nem dá pra ser assim

      ..dica – uma maneira de se evitar o CAOS é se aprovar o RECALL  ..por ele o povo teria tirado merecidamente MAMA VANA sem tanto trauma

  4. Um lampejo coletivo, poderia nos salvar !

    Devido às correrias de vida. estranhei quando li, mas só percebi depois, que o jurista Lênio Streck, escreveu de forma irônica sobre o escolhido para o stf.

    E percebi isso sem ter tempo de voltar a ler o texto, justamente pelo “louvor” ao autor de manual. Mas de qualquer forma, meu comentário também não deixou de ser irõnico, pois nos lembra dos nefastos (que evidente não é o caso do jurista citado), que fazem qualquer negócio para dentro manter suas prerrogativa$. Confirmado pelo trecho deste post:

    “Há evidentes abusos em corporações públicas de ponta, como ocorre com o Judiciário e diversos Ministérios Públicos estaduais. Com esses, não se mexe. O arrocho continuado é em cima das profissões diretamente prestadores de serviços aos cidadãos, como educaçãoo, saúde e segurança.”

    insight: Compreensão súbita de algo: 1 lampejo, estalo, iluminação, revelação, compreensão, percepção, visão, inspiração, epifania, intuição, sopro, centelha, luz, esclarecimento, clareza.

    Foi o que me ocorreu.

  5. O Golpe atinge em cheio Mulheres, de preferência.

    Um dos juristas mais respeitados do País, Celso Antonio Bandeira de Mello falou, de forma emocionada, sobre o legado deixado pela companheira de Lula.

    “Dona Marisa foi uma mulher extraordinária, todo mundo sabe disso. Uma mulher firme, uma mulher companheira. Ela foi importantíssima na vida do Lula, obviamente, mas também no PT. Nos momentos terríveis, quando o PT começava, ela estava firme. Liderou passeatas quando prenderam os sindicalistas. Era uma mulher notável.”

    Bandeira de Mello também criticou a perseguição midiática e judicial contra a família do ex-presidente. “Eu considero que essa mulher não morreu, mas foi assassinada. A campanha que foi feita pela grande imprensa e mais aquele juiz [Sérgio] Moro. Esse juiz Moro parece um homem completamente insensível e desequilibrado ao mesmo tempo. Foi isso que causou o agravamento da saúde dessa heroína, dessa companheira notável do Lula”, afirmou.

    http://www.pt.org.br/emocao-e-solidariedade-marcam-missa-de-setimo-dia-de-dona-marisa/

  6. Nada de conciliação
    A hora é agora. A esquerda não pode conciliar neste momento, tem de enfrentar e realizar as mudanças necessárias ao nosso desenvolvimento.
    Quando no 1° mandato de Lula, havia a enorme desconfiança e medo difundido pela mídia que o PT faria tudo o que pregava, então não havia espaço para um confronto. Antes o povo tinha medo de votar em partidos de esquerda, agora não.
    O povo está muito assutado, sente-se enganado, só não dá pra o braço a torcer a parcela mais ideológica. Essa nunca irá ceder. Temos uma mídia em total descrédito e um grande ativismo social que pode jogar a nosso favor, portanto, é agora ou nunca. Tem de aproveitar que o Trump está na casa branca e os EUA em um declínio de sua liderança. Tem de jogar junto com os BRICS, o momento e propício e não pode ter dó de ir pró ataque em cima da direta, tem de explorar e deixar mais claro para o povo sobre o projeto dessa elite de rapina. Seja com Ciro ou com Lula, o momento é agora. Quanto mais o tempo passar e as contradições desse governo se acentuarem será melhor, mas não se pode perder a narrativa neste momento. E viva o nosso Brasil. Vamos chutar a bunda desses caras.

    1. Sei sei ..mama Vana pensava

      Sei sei ..mama Vana pensava assim  ..achava que tava com tudo  ..ficou sem nada  ..e sobrou para população pagar parte da BRAVATA

        1. SIM, sem duvida, foi

          SIM, sem duvida, foi injustiçada ao ser apeada da maneira como foi, e por quem foi ..mas ..mas ..isso não esconde o FATO dela ter sido INCOMPETENTE como administradora ..teimosa ..autoritária ..inábil política e pessoalmente ..um desastre como líder

      1. Quem falou em bravatas?
        Meu caro, acho que você não leu com atenção o que escrevi. Não defendi mais do mesmo, mas uma mudança estrutural nas nossas políticas públicas. Quis mostrar que o nomento pode ser oportuno, pois o povo se acha enganado com todo esse processo. Agora, se você vai se resignar e se prender ao fatalismo do pessimismo,tudo bem. Só não irá encontrar amparo de minha parte ou das pessoas, pois já é possível ver que muita gente está disposta um debate acerca dá situação. Isso é muito claro tanto num reucuo por parte desses grupos golpistas, que perderam a narrativa e o discurso moralista, e tanto a realidade dura dos fatos com relação as propostas do Temer.
        Já que você citou a Dilma, eu lhe pergunto, o que você faria se estivesse no lugar dela e tivesse de lidar com um congresso desses? Hum?
        O momento é agora para propor mudanças profundas que a sociedade precisa.

        1. ihh rapaz, tanta

          ihh rapaz, tanta coisa

          Primeiro eu iria negociar, dialogar  ..num TOMA lá da CÀ  ..ético, justo, transparente

          Buscaria cumprir as promesssas e não trair o eleitorado, atentaria pras reivindicações de 2013

          Na economia EXIGIRIA eficiência, o cumprimento de prazos e custos nas obras de infra e das Estatais (principalmente nos ESTOUROS da Petrobrás, do PAC, transposição, hidrelétricas etc)

          tb não apelaria pra mandracaria (como desoneração atabalhoada e incentivos desarrazoados, consumismo desenfreado, cambio, tarifas, preços públicos aviltados, Minha Casa SEM rumo, pressionada por custos cartelizados e, claro, nada de usar a SELIC placebo pra tudo)

           ..buscaria sim fazer o que tinha que ser feito  ..combater a indexação e promover uma reforma tributária por exemplo

          bom, mas isso é coisa do passado  ..resta saber o que faremos daqui pra frente  ..se os caras deixarem, evidente

          1. Desculpe-me Romanelli, por me

            Desculpe-me Romanelli, por me meter onde não estou sendo chamado. Minha justificativa é que não aguentei permanecer calado e optei por dizer agora. Depois de terem definido que doacão eleitoral para o PSDB é legal, justa e para o PT é crime, propina, sua afirmacão de que, se presidente fosse, faria um TOMA LÁ DÁ CÁ ético, justo, transparente, quer dizer que iria governar com o PSDB, né não ?  

  7. A força do voto deu lugar à força das armas como forma de legiti

    A força do voto deu  lugar à força das armas como forma de legitimação do poder com vicio de origem, ou seja, conquistado através de um golpe de Estado para a imposição de um programa hostil ao povo e servil ao mercado que jamais seria referendado nas urnas e, se o poder tomaram de assalto é porque pela democracia não conseguiriam: foi assim noutros paises que foram palco de golpe similar ao ocorrido no Brasil: Honduras e Paraguai.

     

    Temer autoriza uso das Forças Armadas para reprimir movimentos, via Portal Vermelho

     

     

     

    O retrocesso do governo Michel Temer deu mais um passo rumo ao desmonte do Estado Democrático de Direito. Em situação típica de um Estado de Exceção, enquanto aplica o ajuste fiscal, arrochando as contas públicas e cortando os direitos sociais, Temer anunciou que as Forças Armadas serão usadas pelas reprimir movimentos em todo o país.

    Por Dayane Santos
     

    “O governo federal resolveu colocar as Forças Armadas à disposição de toda e qualquer hipótese de desordem nos Estados da federação brasileira”, anunciou Temer durante pronunciamento nesta segunda-feira (13), no Palácio do Planalto. Temer aproveitou para informar que o governo enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar o direito de greve de servidores públicos, incluindo policiais civis, funcionários de saúde e educação.

    “Pela Constituição, certos serviços essenciais não podem ficar paralisados. E até hoje, embora haja muitos projetos correndo pelo Congresso Nacional, nós vamos adicionar mais um projeto para que possa ser examinado pelo Congresso Nacional”, afirmou ele, sem dar detalhes do conteúdo do texto.

    O direito de greve, consagrado como um dos direitos fundamentais, está previsto na Constituição, mas a regulamentação nunca foi feita.

    Enquanto ataca os direitos sociais com as reformas da Previdência e trabalhista, Temer impõe um Estado de Exceção com o uso gradativo das Forças Armadas. Prevendo uma reação dos movimentos sociais e sindicais contra suas medidas, Temer direciona as Forças Armadas para o combater o seu inimigo interno: o povo.

    Segundo fontes da coluna Painel da Folha de S. Paulo, pesquisa encomendada pelo próprio Palácio do Planalto sobre a reforma da Previdência mostrou ampla rejeição às medidas propostas pelo governo.

    A decisão veio depois que o governo recebeu uma chuva de críticas, inclusive de aliados, pela postura de indiferença adotada diante do colapso da segurança no Espírito Santo. O governo sabe que movimentos generalizados podem surgir em outras áreas de segurança, como guardas municipais e policiais civis, além das demais áreas de atendimentos essenciais, como educação e saúde, por conta da crise financeira que vários estados enfrentam por conta do ajuste.

    “Eu ressalto que isso não tem nada a ver com o que aconteceu no Espírito Santo, que as forças federais lá estiveram com vistas ao restabelecimento da lei e da ordem, porque as polícias militares, por disposição constitucional, não podem fazer greve e nem sindicalizar-se”, disse Temer.

    O ilegítimo já autorizou o uso das Forças Armadas no Rio de Janeiro, que vive um caos nas contas públicas, com atraso de salários dos servidores, privatizações e eminente greve da Polícia Militar do estado.

    O Ministério da Defesa planeja, nesta segunda-feira, o tamanho do efetivo, área de atuação e período, entre outras informações necessárias para editar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Sem o decreto os militares das Forças Armadas não podem atuar na área da segurança pública.

    Os militares vão se somar aos homens da Força Nacional de Segurança Pública, que já estão no estado do Rio e atuaram na repressão contra os manifestantes que ocuparam a frente da Assembleia Legislativa na última semana.

    Além do custo político dessa medida, o deslocamento dessas tropas também vai representar um custo financeiro. O governo ainda discute quantos militares serão enviados ao estado ou deslocados para essas atividades.

     

    Do Portal Vermelho

     

    http://www.vermelho.org.br/noticia/293275-1

  8. Sem ironia

       Este texto é até bastante otimista, não creio em uma transição tão tranquila e nem mesmo que lideranças como Lula, Ciro. Requião, de um lado, ou Marina, Aécio, Alckmim…. ou.qualquer um dos que estejam por aqui , possam vir a ter condições de suportar a avalanche que se monta no médio prazo para o Brasil, o cenário futuro tende a ser mais grave.

        A imbecilidade coletiva que está se impondo, não só aqui no Brasil, e nem só na politica, o colocar qualquer opinião rasa como solução mágica, reverberando-a pelas midias, tanto as de massa como as sociais, torna o terreno politico fértil para “salvacionistas”, e que niguem se espante de futuras propostas como abolir o Congresso, por uma “assembléia de justos” consultiva, submetida a uma “liderança FORTE”, Trump não foi um “acidente”, nem o que está ocorrendo na Europa Ocidental era imprevisivel, portanto ocorrer tal fato na “periferia” ( Nós por exemplo ) não será nada de absurdo, e como nossas instituições estão falidas, um assalto ao Poder por esta forma, fica muito mais facil.

         E se existem pessoas que ainda não se perceberam que a formação destes grupos de pressão, com perspectivas de Poder , não estão se estabelecendo no País, atuando tanto paralelamente como transversalmente as estruturas normais de Poder ( Congresso, MinPublico, JUdiciario, Entidades religiosas e parareligiosas, ONGs….), é bom acordarem.

          2018 não será o “final” , a vitória ou derrota, mas o começo, o “truco”. 

  9. Excelente xadrez.
    A nostalgia

    Excelente xadrez.

    A nostalgia de um passado recente de melhores condições de vida, arejamento cultural e valorização dos direitos humanos dificilmente poderá ser a base de uma nova formulação de Brasil. São poucos os que pensam nisso, ocupada a maioria em soltar os bichos, em mostrar seu ódio ou sua indiferença.

    Os que estão no poder, como diz Nassif, estão se lixando para o país, e apenas alguns crédulos de carteirinha imaginam que, extirpada a corrupção pela Lava Jato, o sol brilhará para todos como sempre brilhou. Equívocos de mentes curtas de ideias e, principlmente, de conhecimentos.

    Ninguém se dá ao trabalho de pensar no desastre que foi o governo FHC, com a economia aos pedaços, os juros nas alturas, e o povo sem emprego. Educação e saúde eram o horror, e a carência era de tal ordem que muitos morriam de fome a cada dia, e a TV mostrava para quem quisesse ver. Há uma série inesquecível feita pela Globo (???) a respeito do assunto.

    Os tempos eram outros, es classes dominantes nada temiam, e podiam até se dar ao luxo de questionar problemas desse tipo ao vivo e a cores. Mas, quase por um milagre, o jogo virou.

    O PT tirou o país do Mapa da Fome pela primeira vez em sua história, mas os imbecis que hoje dominam a cena se esquecem disso, ou não dão a menor bola: afinal estão comendo, morando e vestindo, para que se preocupar? Nosso povo não lembra do passado e não pensa no futuro. Deus proverá!

    Quanto à corrupção, não há como enfiar na cabeça dos tontos que a Lava Jato não tem qualquer objetivo de combatê-la. Será devidamente encerrada sem qualquer resultado produtivo para o país. Terá apenas destruído nossas empresas, nosso conhecimento, nossas riquezas, nosso futuro. Além, naturalmente, de ter varrido do poder – e talvez do mapa – o único partido político que tentou realmente melhorar o Brasil. 

    Lula e Dilma fizeram o que foi possível. Alguns erros políticos não tiram o valor do que conquistaram  junto com o povo brasileiro.

    Lula apanhou muito, ficou conhecido e respeitado no mundo inteiro, e levou uma baita cacetada da vida há pouco mais de uma semana. Se vai voltar à política não se sabe. Não creio que golpistas como os que se apoderaram do país permitam que seu miaior inimigo volte ao poder.

    De todo modo, se sua candidatura for possível, não creio que se possa exigir dele, depois de tudo que passou, que volte a governar para apanhar mais um bocado.

    Deixa o homem descansar.

  10. Globo, uma força e ocupação permanente

    Globo News responde ao Blog da Cidadania

           

    globo news resposta

     

    Na última sexta-feira (10/02), esta página publicou a matéria Globo cria força-tarefa para atacar Lula e Dilma semana que vem , contendo denúncia de que o ministro do STF Edson Fachin iria levantar o sigilo sobre delações feitas por funcionários da Odebrecht e a Globo News iria destacar só delações contra Lula e Dilma Rousseff.

    Segundo a denúncia, a diretora da Globo News Eugênia Moreyra teria determinado que, assim que as delações fossem liberadas, força-tarefa de jornalistas da emissora que estaria sendo montada buscaria no material menções aos ex-presidentes Lula e Dilma e divulgaria imediatamente essas menções em edição extraordinária da Globo.

    A repercussão da matéria foi grande devido à verossimilhança da denúncia. Não por conta da editora supracitada, mas por conta do comportamento de grandes meios de comunicação em relação ao PT e, em particular, aos ex-presidentes Lula e Dilma.

    No início da tarde desta segunda-feira (13/02), a diretora Eugênia Moreyra envia e-mail a este Blog contestando a reportagem. A contestação segue abaixo e, em seguida, a posição deste Blog sobre essa contestação.

    Senhor Editor Eduardo Guimarães,

    Li com perplexidade e absoluta indignação o seu post “Globo cria força-tarefa para difamar Lula e Dilma”. A GloboNews não tem a menor ideia de quando o sigilo sobre os 950 depoimentos de executivos da Lava-Jato seria liberado.

    Ao contrário do que o senhor afirma, não tenho encontro algum em Brasília com o objetivo de receber tais depoimentos. É ridículo imaginar que algum órgão de imprensa receba o material com exclusividade.

    Minha história profissional é digna e não permitirei que ela seja manchada com as injúrias e difamações que marcam o seu texto. Se e quando os depoimentos forem divulgados, receberão o tratamento jornalístico adequado: tudo, de todos os partidos, será divulgado.

    A GloboNews é apartidária. O texto, portanto, mente, sem pudor, ao afirmar que eu dei as seguintes ordens:

    “Assim que ouvirem Lula ou Dilma coloquem no ar na hora, ao vivo, interrompendo qualquer programa, no plantão. Depois a gente assiste ao resto. Lula e Dilma têm de ser denunciados na frente de qualquer outro delatado”.

    Isso é falso, ultrajante, difamatório e injuriante. E vai contra todos os princípios jornalísticos que a GloboNews pratica diariamente. Nada vai ao ar na emissora sem antes ser avaliado e analisado por completo.

    Tenho uma história profissional digna, sem manchas, e pretendo defendê-la de todas as formas possíveis. Mentiras como as publicadas em seu texto mereceriam apenas o meu desprezo. Mas em respeito aos meus amigos, aos meus colegas de trabalho e ao público da GloboNews, eu as repudio publicamente.

    Eugenia Moreyra.

    Eu, Eduardo Guimarães, nunca nem mesmo tinha ouvido falar da senhora Eugênia Moreyra. Não existe qualquer motivo pessoal para atacá-la.

    Como jornalista, porém, a senhora Eugênia Moreira sabe muito bem que não só a empresa na qual trabalha como muitos outros grandes meios de comunicação vêm publicando vazamentos seletivos contra o PT há anos, sobretudo no âmbito da Operação Lava Jato.

    Eu poderia reproduzir mil e uma reportagens das Globos e de vários outros grandes veículos contendo reproduções seletivas de delações contra petistas enquanto outras delações contra políticos de outros partidos ficavam ocultas pelo sigilo das investigações.

    Aliás, tanto o ex-presidente Lula quanto a ex-presidente Dilma Rousseff vêm se queixando há anos de parcialidade não só das Organizações Globo, mas, também, de vários outros grandes impérios de mídia edificados à sombra da ditadura militar que escravizou o Brasil por duas décadas.

    Aliás, as Organizações Globo até pediram desculpas pela parcialidade em prol da ditadura…

    Outra prática jornalística comum nos grandes meios de comunicação é divulgar denúncias de fontes que preferem ou requerem anonimato. Basta que esses veículos vejam credibilidade na fonte para divulgarem o que disse.

    Nada que ver com a Globo News, mas, só como exemplo, há alguns anos um grande jornal paulista deu espaço para um desafeto do ex-presidente Lula acusá-lo de ser um estuprador de menores, por incrível que pareça.

    Garanto à senhora Eugênia Moreyra que apenas divulguei denúncia que recebi de fonte crível e que disponho dessa denúncia por escrito, mostrando que atuei de forma jornalística no sentido de divulgá-la.

    E claro que defenderei o sigilo da fonte, como a Constituição Federal garante.

    Tomara que nada disso se concretize, porque as injustiças cometidas pelas Globos contra os ex-presidentes supracitados já é bastante e suficiente.

    Seja como for, atendo ao pedido da assessoria da senhora Eugênia Moreyra de dar à posição dela o mesmo destaque dado à denúncia que este Blog recebeu e divulgou. Não é sempre que a grande imprensa dá aos que denúncia o mesmo espaço para se defenderem.

     

    1. Por um jornalismo responsável e independente.

      A sra. Eugenia Moreyra deve viver em algum universo paralelo ou deve imaginar que todos os telespectadores da Globo News são completamente idiotas.

      No passado, muitos foram telespectadores da Globo News até que começaram a navegar na Internet por blogs e portais claramente identificados com a esquerda, blogs e portais autodenominados independentes e blogs e portais identificados com a direita.

      Sei que ninguém é totalmente livre de sua militância ou simpatias ideológicas, entretanto, existe algo que não pode ser ignorado por qualquer órgão de imprensa minimamente comprometido com o leitor, o ouvinte ou o telespectador que é a verdade factual ou o máximo que se possa aproximar dela e a relevância que determinados fatos assumem para o cidadão comum.

      Foi aí que muitos começaram a perceber a diferença de abordagens, a blindagem de determinados personagens da vida política, a omissão de fatos relevantes para os cidadãos. o noticiário persecutório sobre alguns atores políticos e até em relação a personagens do meio artístico.

      As Organizações jornalísticas do Sistema Globo (não somente a Globo News) blindam frequentemente determinados personagens da vida política, por exemplo, o senador Aécio Neves, multidelatado e denunciado em várias operações ilegais envolvendo corrupção: Furnas, Cidade Administrativa, Lava Jato; abuso de poder contra jornalistas e improbidade administrativa como Governador de Minas Gerais: e outras. Este cidadão é tratado pela Globo News como uma reserva de valor político. Nada se publica sobre ele a não ser pronunciamentos no Senado  e entrevistas de corredor em que ele se pronuncia sobre acusações que o telespectador desconhece.

      Enquanto isto, o noticiário persecutório contra os ex-presidentes Lula e Dilma e contra políticos do Partido dos Trabalhadores é veiculado, frequentemente, até por suposta associação, mesmo que os fatos se refiram a outros atores políticos. 

      A Globo News imagina, por acaso, que o telespectador não percebe a estratégia da emissora de tentar colar no imaginário do telespectador uma imagem negativa de Lula, Dilma e o PT ?

      A Globo News jamais fez uma reportagem mostrando as ilegalidades cometidas pela Operação Lava Jato, o crime cometido e assumido pelo juiz Sérgio Moro, caracterizado pelo Ministro Teori Zavascki, ao divulgar escutas telefônicas ilegais entre a Presidenta Dilma e o ex-Presidente Lula, crime sobre o qual jamais foi punido (a lei não é para todos ?) as escutas telefônicas ilegais de presos da Operação Lava Jato realizadas pela PF, agora alvo de inquérito pela Corregedoria da PF, após 3 anos dos fatos ocorridos. O telespectador da Globo News só foi informado desses fatos porque leu o blog do Marcelo Auler.

      “N” exemplos do jornalismo distorcido da Globo News  poderia ser descrito aqui. É uma pena, pois tecnologia e competência não faltam aos profissionais da emissora. O que falta é tirar a coleira para que eles possam fazer o seu trabalho livre e decentemente.

      Muitos entendem que as Organizações Globo tem estrutura organizacional, recursos humanos e aparato tecnológico de última geração para serem a principal organização jornalística do mundo e não são. Por que ? É o viés ideológico, ou seja, a crença religiosa de que o mundo tem que funcionar conforme os seus valores. Jornalismo minimamente independente e responsável não se faz com essa premissa.

      E o pior é a sensação de que as Organizações Globo, depois de promoverem o impeachmente, viraram chapa branca desse governo que não tem limites para liberar verbas de publicidade e propaganda. . 

  11. A fonte de todas as nomeações

    Na boa. Lembrando que a causa de todos estes servidores com ” formação intelectual precária ” estarem no poder, foi alguém que os nomeou. Concordo que todos estes nomes citados acima Janot, Barroso, e muitos outros estão muito aquém de entender a complexa situação econômica nacional, e menos ainda de entender o que deve ser feito para sairmos da crise, mas quem os nomeou? Alguém se lembra ?

    ( Tenho certeza de que os esquerdistas fanáticos irão me crucificar e me criticar muito  por isto, mas a verdade seja dita… )

    Lula por si só até que governa bem o país, mas errou todas as suas nomeações, todas! Nomeou pessoas como Janot ( aí entra outra asneira de Lula, que foi a lista tríplice e o ” republicanismo ” sonhático e sem noção ) , citado acima.

    Mercadante, José Eduardo Cardoso, Dilma ( sem comentários por favor … ) … Sem falar nos ministros so STF, Joaquim Barbosa ( o primeiro vira casaca do STF a se voltar contra seu nomeador ? ), Carmen Lúcia ( outra que igualmente se voltou contra seu nomeador ) , enfim, nomeou mais inimigos do que qualquer outro presidente da República.

    Errar algumas nomeações, tudo bem, mas errar todas… Lula não tem estofo intelectual para fazer uma indicação que seja, talvez por isto inconscientemente escolheu nomes que tem menos capacidade intelectual do que ele.

    Lembro também que toda esta balbúrdia que o país está passando, Lava Jato destruindo empresas, é obra de Lula, pois ele deu asas ao Ministério Público, à Polícia Federal, deu ” independência ” para fazerem o que bem entender, semeou anarquia ( onde todo mundo faz o que quer ) e colheu o caos.

    Faltou-lhe a menor noção de Maquiaval, e de jogadas de Xadrex, coisas essenciais para qualquer governante.

    ————————–

    Não só Lula, mas o PT em si, parece ter acolhido os nomes mais inacreditáveis de toda a história do   país, tal como Rui Falcão, Buarque, Marta, e outros políticos de deixar qualquer um de cabelo e barba branca.

    Fora as ” alianças ” do PT .

    Temer mesmo, era fácil de ser detectado como reaça, pois consta no wikileaks que já em 2006, ele frequentava embaixada americana aqui no Brasil, e já confabulava com eles um golpe. Isto era de levantar altas suspeitas, se… Alguém no PT pesquisasse algo no wikileakes. Ninguém no PT pesquisa nada, ninguém tem estofo intelectual para abrir um PC e fazer 10 minutos de pesquisa.

    Além do mais  o que a gente se pergunta, se o PT voltasse ao poder conseguiria ‘ apoio ” de quem ? Do PMDB ? ( só rindo pra não chorar … ) Da mídia ? ( tenha dó … ) inacreditável que alguém ainda proponha a volta de Lula.

    Lula não foi capaz de defender nem a própria família da perseguição judicial que ele mesmo deu asas, que dirá defender um país…

    Trazer Lula de volta significa não só trazer seus acertos de volta, mas todos os erros junto. Não se pode escolher apenas a parte doa de uma pessoa, ele vem por inteiro.

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    Sou muito grato por Lula ter dado alguns anos de prosperidade ao país ( que agora se desfazem em nada novamente ) , votei nele duas vezes, mas reconheço que se ele voltar ao poder, vai fazer mais do mesmo. Mais republicanismo, mais nomeações erradas, mais oprtunidades aos golpistas.

    ————–

    Por pior que Ciro possa ser, por mais que digam o que quiserem, ele tem o mesmo nacionalismo de Lula, porém com um conhecimento intelectual muitíssimo maior. Voto em Ciro. Votar em Lula é dar a ele oportunidades para que faça mais asneiras em suas nomeações.

    As vezes chego a me arrepender de em 2002 já não ter votado em Ciro Gomes.

     

    1. Dias antes da eleicão para

      Dias antes da eleicão para prefeito de Sao Paulo tomei um taxi e perguntei ao taxista quem venceria. Nem deixou eu terminar: “Qualquer um que não seja o  Haddad”.

      Prezado Zé, primeiramente fora Temer, óbvio, só que deixo também claro que você, como qualquer eleitor, tem todo direito de votar no candidato da preferência, e tem que ser respeitado. É que li seu comentário, um maquiavélico convicto e assumido, e tirei uma conclusão: Em 2018, se houver eleicão, voce votará em Ciro Gomes, “ou em qualquer um que não seja o Lula”. Claro que você poderá dizer que minha conclusão não é correta mas vai ser difícil me convencer que votará em alguém que não tem estofo intelectual, errou em todas as nomeacões para onde foram servidores de formacão intelectual precária, praticou um republicanismo sonhático e sem nocão, e diversos outros desacertos maiores ou menores. Reafirmo, você tem o direito de votar mesmo “em qualquer um que não seja o Lula” e respeito sua opcão. O que me intrigou é que seus argumentos, particularmente o referente a falta de estofo intelectual do ex-presidente, é parecido com os dos midiotas que nos cercam, coisa que tenho certeza que você não é.

      1. ” Estofo Intelectual “

        Caro Eduardo

        O país a partir de agora entra numa fase que sem ser Mestre em Maquiavel não há a menor chance. Este é o ” Estofo Intelectual ” que falta a Lula. Lula não estudou Maquiavel e nem estudará.

        O mínimo que se espera de um candidato a presidente para sobreviver naquele ” serpentário ” é ser Mestre em Maquiavel e Mestre em Xadrez. E Lula não é isto nem de longe.

        —-

        Votarei no candidato que for Patriota ( Ciro e Lula são ) e tiver um mínimo conhecimento de Maquiavel ( Só o Ciro  ).

        Sim, sou discípulo de Maquiavel assumido, se nós não formos Discípulos de Maquiavel pelo país, os outros serão Discípulos de Maquiavel contra ele. Maquiavel é uma ferramenta, sem a qual não se sobrevive na política moderna do Brasil.

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        Fique tranquilo que a elite não teve todo este trabalho para depois perder eleições em 2018, do jeito que eles são, provavelmente, nem teremos eleições em 2018, ou serão só com os candidatos reaças deles.

        Mas com paciência tudo se resolve.

    2. Como diria Garrincha, falta combinar com os russos

      Por essas análises que vejo aqui, parece que o Presidente nomeia ministros do STF a seu bel prazer, como se não houvesse um Senado conservador no caminho. Vários dos nomeados o foram a pedido do PMDB. É aquele sufoco de ser governo, onde pra não ter que abrir mão de mais um ministério pros gulosos do PMDB, é necessário aceitar indicar alguém pro STF. Dificuldades de se viver no mundo real, não no mundo ideal.

      Agora, se Joaquim Barbosa, uma nomeação 100% PT, sem intervenção do PMDB, negro, com doutorado na França e integrante da carreira com os concursos mais difíceis do Brasil, se revela uma pessoa influenciável pela mídia, cuspindo em quem mais elevou a dignidade da população negra do país, chegando ao ponto de condenar sem provas uma pessoa inocente como José Genoíno, o erro não está em Lula, me desculpe.

      1. Sei, o Lula nunca está errado

        Caro Patrick, existem dois dogmas que atrapalham este país, um é o dogma da direita, que o Lula é culpado de tudo e outro é o dogma da esquerda de que o Lula nunca é culpado de nada.

        Todos os presidentes anteriores a Lula sempre acertaram todas as nomeações para o Supremo. Sarney acertou todas, Collor acertou todas, FHC acertou todas. O Lula não, ele errou quase todas, mas a culpa não é dele. Tenha dó…

        ——————

        Lula tinha todos os indícios para descobrir que Joaquim Barbosa era não só um reaça, mas uma tremenda fria.

        As frases de Lula sobre Barbosa foram : ” Eu fiquei hesitante de nomear Barbosa para o Supremo pois ele tinha processos graves contra ele. “

        E quais processos eram estes? Barbosa espancou a própria esposa. Só nisto já dava pra descartar o homem, mas Lula não descartou, sabia disto e continuou com a nomeação. Hesitou, mas foi adiante.

        Um espancador de mulheres no supremo. Inacreditável né?

        Não se nomeia um espancador de mulheres com processos nas costas por isto, nem para assessor de vereador. Pra cargo de poder nenhum. e Lula o nomeou para o cargo de maior poder do país, maior até do que o cargo de presidente da republica.

        Aí já dava pra ver que Barbosa era no minimo genioso e no máximo um reaça. E com certeza o cara era problemático. Que homem de bem espanca mulheres?

        Faltou o mínimo bom senso e noção de perigo  à Lula.

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        Depois Lula disse que ” só  veio a conhecer Barbosa no dia da nomeação ” . Tenha dó… Até pra contratar uma diarista que limpa banheiros se faz entrevista… E Lula nomeou um cara que nem conhecia pro cargo de maior poder do país, o supremo, e nem pediu pra ninguém ir entrevistá-lo… Só aí dava pra notar que Lula não tinha a menor noção do poder que tinha em mãos nem como usá-lo, não tinha a menor noção de perigo.

        Foi só o Barbosa dizer que ” sempre votou em Lula “, que Lula se derreteu, achou que ele era um ” cumpanheiro ” seu. Mas Barbosa era ligado ao PSDB  mineiro, uma busca na internet mostraria isto. Só que Lula nunca buscou nada na internet.

        ————

        Caro Patrick, talvez você tenha razão, o Lula não tem culpa. Culpado fui eu que votei no Lula duas vezes e o coloquei no cargo. Mas na próxima eleição corrigirei meu erro.

         

        1. Eu também sou um ótimo engenheiro de obra feita

          É claro que a nomeação de Joaquim Barbosa foi um erro, concordo com você.

          Mas essa é uma constatação ex post facto!

          Para analisar se a decisão tomada por Lula foi certa ou errada, o que deve ser pesado é o conhecimento à época da decisão.

          Se Lula conhecia ou não, pessoalmente, Joaquim Barbosa, isso é pouco relevante, pois o seu assessor para esse tema, Márcio Thomaz Bastos, foi favorável à indicação (não tenho dúvidas que Bastos foi um dos ministros que acertou mais do que errou em seu período no governo Lula). Certamente havia argumentos favoráveis, como argumentos contrários.

          O que eu sempre repito é: governa-se no mundo real, não no mundo ideal.

          1. Concordamos em algo

            Caro Sr. Patrick

            Que bom, concordamos em algo, nomear JB foi um erro gigantesco.

             

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            Discordamos no restante, mas respeito sua opinião.

            Acredito que Lula deveria sim, ter acompanhado a nomeação de JB desde o iniício, não deixar tudo nas mãos de Marcio Tomas Bastos. Isto se chama capricho e esmero, na execução de uma tarefa. Lula foi relaxado e deixou os outros decidirem por ele. Mas respeito a sua opinião

            Aliás, a nomeação de Marcio Tomas Bastos foi um dos erros mais descomunais da vida de Lula; excelente jurista, e advogado, excelente pessoa, mas péssimo para ministro da Justiça, pois não lia Maquiavel e foi ele que iniciou Lula na bobageira do ” republicanismo infantil “. Tomas Bastos deve estar se revirando no túmulo, ao ver o caos que o seu republicanismo causou ao país.

            Conto nos dedos da mão as nomeações que Lula não errou, raríssimas.

            Pessoalmente qualquer psicólogo ou entrevistador, ou especialista em RH razoavelmente bom que tivesse entrevistado Joaquim Barbosa teria desaconselhado Lula a nomeá-lo. Mas Lula não tinha nenhum especialista do lado dele não é mesmo ? Ele era teimoso e prepotente. Como disse Ciro, ” Lula pensa que é deus “. Mas respeito a sua opinião, caro Patrick

            Como eu disse, o erro não foi de Lula, foi meu de ter votado nele  em duas eleições, mas na próxima hei de corrigir meu erro.

             

  12. A arremetida do João Doria

    O tema é amplo e o título do post não reflete bem o que é lido ao longo deste. Mas, as duas primeiras frases do Nassif são tremendamente corretas:

    a)    Incapacidade dos golpistas em montar projeto competitivo para 2018

    b)    Há apenas um projeto de desmonte do Estado de bem-estar.

    Estes dois aspectos lembram bem a situação do Collor, escolhido e turbinado pelos grupos de poder para fazer mudanças econômicas. Ao perceber que, na eleição seguinte, daria Lula ou Brizola na cabeça, estes resolveram abortar a experiência e direcionar o apoio para o delfim tucano: FHC.

    Pelo que Nassif coloca, parece claro que haverá um golpe dentro do golpe, demonizando Temer e os seus corruptos, e pavimentando o caminho do João Doria, o novo delfim tucano, como plano de emergência para 2018.

    Nesse ínterim, a Globo e o PIG apostam na destruição da imagem do Lula, colocando fotos do triplex e outras bobagens todos os dias.

    Em relação ao Ciro Gomes, trata-se de uma comparação desproporcional, entre um falastrão que se apresenta pela esquerda, de paraquedas, apenas pela sua aparente defesa da nação soberana, contra um homem que é a cara do povo brasileiro, que já deu certo e que novamente terá o papel de unir a sociedade em torno da defesa da nação brasileira e da justiça social.

    Muitos dos eleitores do centrão, da classe media e evangélicos, poderão voltar a votar no Lula, como fizeram anos atrás. Esses eleitores poderão abandonar esta opção popular se radicais de esquerda comportamental começarem a colorir demais as bandeiras, antes de tempo, antes de recuperar a nação para os brasileiros.

    Lula é a melhor opção para 2018, que está perto, e os golpistas irão usar todas as armas para impedi-lo: a) continuar denegrindo a imagem do Lula; b) inserir candidatos alternativos como Ciro (que poderia vir a ser a nova Marina ou Eduardo Campos) e, ainda, c) a colocar em ridículo as bandeiras da esquerda, tornando-as caricatas e coloridas demais perante a visão conservadora de uma grande parcela da sociedade, que deseja Brasil para os brasileiros, com justiça social, mas que ainda se resiste, por agora, a discutir o terceiro banheiro.

    A imagem do Lula será defendida pela sua própria inocência, assim como temos acompanhado, além da esplendida defesa feita pelos seus advogados.

    A candidatura do Ciro perderá força pela sua pouca capilaridade social e, ainda, dentro de um partido traíra, que ajudou a impichar Dilma.

    Já a turma modernosa demais, deveria usar mais um pouco a sua cabeça e parar de ser manipulada pela globalização. Haverá hora para discutir relação. Hoje é hora de recuperar a nação brasileira para os brasileiros.

  13. LULA presidente – CIRO vice

    LULA presidente – CIRO vice  ..o grande desafio é apagar a tragica memória do pésimo governo de DILMA

    Base não é problema com LULA  ..ganha e as forças se aglutinam

    Liderança Nacional, em quais setores ? Tirando bancos, igrejas, carnes, celulose e empreiteiras/cimenteira/siderurgia, difícil achar grandes nomes, não ?

    Saudades em que eramos representados com FARTURA na industria pesada, automobilística e de auto-peças, de eletro domésticos da linha branca, preta e cinza  ..em massas, biscoitos, leites e derivados ..em brinquedos e COMÈRCIO atacadistas e varejista ..enfim..

    ..parece que de tanto a mídia falar BOBAGEM – cooptada por liberais libertinos que sempre prometeram o paráiso – e quase nunca defender os projetos de interesse verdaeiramente Nacional (que gerasse renda, emprego e estabilidade)  ..parece que ela é dos próximos setores a ser fagocitado pelas forças externasde mercado, sem dó nem piedade

    Fod?m-se agora eu diria pra essas famiGlias 

  14. Saudade do Brasil alegre,

    Saudade do Brasil alegre, motivado, com projetos democráticos andando, principalmente incluindo e dando dignidade para os menos favorecidos totalmente marginalizados como bichos. Pode ser com Lula ou qualquer outro brasileiro comprometido com a nação, democráticamente, se bem que no momento tambem ainda não conseguimos enxergar outro nome. Mas, o certo é que devolvessem os votos que nos roubaram, que pagassem a vergonha que estamos passando. Essa gente envergonha qualquer cidadão de bem, tamanha a falta de objetividade decorrente de seus compromissos com as falcatruas, mafiosos que são contaminando e arregaçando tudo o que governam para se beneficiarem.

  15. Xadrez da saudade de Lula

    por mais intensa que possa ser a saudade dos anos dourados do Lulismo, a eles não haverá retorno. as condições globais se alteraram irreversívelmente.

    o dragão chinês já não cospe fogo suficiente para manter aquecida a economia mundial. uma camuflada bolha da dívida privada chinesa está pronta a estourar, o que desencadearia uma crise ainda mais destruidora do que o sub-prime em 2008. link

    ao contrário das lendas do Lulismo sobre tirar “tirar milhões da miséria” (muito mais marketing estatístico, cfe. comprovam a redução na recuperação do SM e a baixa qualidade dos empregos gerados) sua maior e inédita realização foi elevar o patamar de importância do Brasil como agente geopolítico. mesmo com minhas repetidas críticas ao Lulismo, nunca deixei de reconhecer isto aqui no Nassif. link

    é da política externa de Lula que temos todos os motivos para sentir saudades. com o mundo à deriva, Lula teria as condições para se tornar um decisivo líder global, no âmbito dos BRICS sem nada a dever a Putin e Xi.

    também no plano interno já o contexto não permite nenhuma reedição da pax Lulista, uma coexistência pacífica na qual a minoria mantém seus privilégios ultrajantes e seus lucros exorbitantes, e se implementa alguma política social redistributiva.

    desta vez a burrice atávica da plutocracia fez com que se cruzasse um limite fatal. agora terão que ser adotadas as “medidas populares”. ou seja: fazer com que o grande capital pague pela crise que ele mesmo criou.

    tanto no mundo quanto no Brasil precisamos de um novo Breton Woods. estamos todos entre Roosevelt ou Hitler x Stálin.

    .

    1. não seja tão pessimista

      não seja tão pessimista  ..ainda temos sim déficits na China e na INDIA (metade do mundo)  ..isso pra não falar na Africa

      O país já provou que pra tirar milhões da miséria bastam umas poucas moedas (vide a conta do Bolsa Familia ano de R$ 25 bi  ..contra a conta inauditada e NUNCA limitada pelo Congresso, de juros, de R$ 500 bi/ano)

      Vdd é que Dilma não soube conduzir o pós 2008 e o pós LULA  ..apelou pra artificialismo, cambio, tarifas, consumismo imediatista (UM LIXO) ..mares revoltos eram esperados por todos  ..menos aquela canoa furada

      Se formos pensar no déficit habitacional e de infra do páis (incluíndo FAVELAS, cortiços) o país tem potencial pra crescer  por 20, 30 anos seguidos

      claro  …há que saber dosar a velocidade  ..os cartéis  ..os abusos  ..coisa que um Minha Casa por exemplo não soube (vide as moradias de PÈSSIMA qualidade, a favelização e o CALOTE que só aumentam  ..isso sem falar no desvio de finalidade)

      Sobre a PAX (quase nunca existiu  ..quase não tinha base, lembra da CPMF ?)) ..e LULA não é eterno  ..de qq forma com ele, na pratica, até reeleição seria impossível  ..agora, se dessa vez ele acertar no sucessor já sera um tremendo dum avanço..

      ..mas pra isso a turma de Coritiba precisa ser enquadrada Constitucionalmente  ..quando não destituída e até PRESA (realmente, aqui não seria fácil de explicar pla platéia a qdade de abusos que lá se cometem)

      1. Realmente, a queda de Flynn é

        Realmente, a queda de Flynn é muito séria e mostra que Trump perdeu o controle do Estado.

        O real interesse do deep state é manter seus negócios, e as Grandes guerras servem pra isso. Diminuia a população, diminui o custo do trabalho, criar oportunidades de reconstrução e cria novos mercados nos países conquistados. Pena que o Brasil tenha se entregado sem nem lutar.

    2. Prezado
      “Tá legal, eu aceito o argumento mais não altere o sampa tanto assim. Olha que a rapaziada tá sentindo falta do cavaco, do pandeiro e do tamborim…”. Meu amigo, você vive no sul maravilha, não é?

          1. Xadrez da saudade de Lula

            -> Compre um cachorro ou um gato

            errou de novo! gato e cachorro já temos. mas um burrico vem bem a calhar! topa?

            .

          2. Sobre acertos e erros
            Prezado, pelo visto vossa senhoria gosta de loteria ou jogo de azar. Infelizmente não compartilho de tais crendices. Contudo, vale ressaltar, troque vosso cão ou gato para não se perder tanto no cipoal das elucubrações.

    3. Boom das comodities não é tão importante

      O boom das comodities é uma narrativa criada pela direita para menosprezar os feitos da Era Lula.

      É mais fantasiosa do que real, embora nenhum campo importante da economia deva ser menosprezado.

      Por que digo que é fantasioso?

      O grosso das exportações brasileiras (minério + produtos agrícolas) recolhem pouquíssimos tributos e tem uma participação global pequena na geração de empregos (localmente, nas regiões onde atuam, são relevantes, mas a nível Brasil, não).

      O grande segredo dos dois mandatos de Lula foi redistribuir melhor entre a população (no sentido de diminuir desigualdades, aumentando a quota de orçamento para os mais pobres) o mesmo naco de orçamento público que estava disponível desde o final do governo FHC.

      Isso, por si só, gerou uma dinâmica positiva na economia.

      O grande efeito do boom das comodities sobre a economia foi manter a cotação do dólar lá em baixo, o que nem se sabe se foi assim tão bom, mas pelo menos foi bem aproveitado pelo governo petista para compor um sólido nível de reservas externas.

      O salto seguinte era o desenvolvimento industrial amarrado às reservas de petróleo, que os golpistas estão fazendo de tudo para destruir.

      O patinado da economia chinaesae economias emergentes só é ruim na hora de captar investimentos externos, mas não é o principal fator determinante, que na verdade é a dinâmica da economia interna brasileira. Ninguém vai deixar de investir aqui porque a China vai mal se o Brasil estiver crescendo 4 ou 5% ao ano.

      Precisamos saber os desdobramentos da desaceleração chinesa pra saber quais serão as consequências. A queda na cotação de ferro é uma quase certeza, mas será que a soja vai cair tanto assim? Os chineses vão deixar de comer ou apenas diminuir o ritmo de crescimento do seu nível alimentar?

      E outra, se os chineses decidirem usar suas reservas em investimentos produtivos externos, tirando dos títulos públicos dos EUA que não pagam rendimento algum, pode até ser positivo.

      Sim, há espaço para uma nova Era Lula mesmo sem boom das comodities.

      1. Show de bola

        Parabéns pela argumentação, e de como você construiu uma visão totalmente oposta ao mainstream (mídia).

        Bem diferente da visão do piçol, que sempre repete a visão midiotizada numa sincronia de raciocínio impressionante com os coxa. Por exemplo, nesta questão do boom das comodities ou no caso da idolatria a lava jato.

        Mas, infelizmente não sou tão otimista, já que a mídia e a lava jato com apoio dos coxa (e apoio indireto dos piçol da vida) criminalizaram o modelo nacional desenvolvimentista. Com a criminalização das operações do BNDES, das obras de infraestrutura, das construtoras nacionais, com a sabotagem da Petrobrás como motor do investimento, com o ataque dos órgãos de “estado” contra a política de conteúdo nacional (tcu principalmente)…

        Hoje não posso planejar minha vida… não posso financiar um apartamento maior… fico morrendo de medo de quando matricular meu filho numa escola não ter como pagar… já que a empresa que trabalho não vai ter dinheiro pra pagar meu salário daqui uns meses…

        A instabilidade que os coxa (verde/amarelo e catchup) nós jogaram, contra o interesse nacional e a serviço do imperialismo… não vai terminar tão cedo… e se terminar, acredito que será de maneira trágica…

      2. Xadrez da saudade de Lula

        -> O boom das comodities é uma narrativa criada pela direita para menosprezar os feitos da Era Lula.

        tentei explicar isto para o gráfico que postei acima. ele se recusa a entender. talvez você tenha melhor sorte do que eu. se tiver sucesso, não deixe de nos comunicar.

        dados estatísticos sócio-econômicos não podem ser considerados isolados, e sim integrados num conjunto estruturado. caso contrário, são apenas números desconexos e fora de contexto.

        por exemplo, quando o Lulismo propagandeiam ter gerado milhões de empregos, sem acrescentar que: 95% das vagas abertas tinham remuneração mensal de até 1,5 Salário mínimo,  e com  rendimento acima de três salários mínimos mensais, houve redução no nível de emprego.

        mais um exemplo: quando o Lulismo faz o marketing da recuperação do Salário Mínimo, sem deixar claro que em 8 anos de FHC a recomposição foi de 6,52%, enquanto nos 13 anos de Lulismo apenas 5,69%.

        do mesmo modo o boom das commodities deve ser analisado não em seu impacto direto no plano interno, na geração de empregos e arrecadação de impostos, e sim no contexto que lhe é próprio: a economia global.

        com a Crise de 2008, esgota-se a capacidade de reciclagem de capitais através do circuito China/Wall Street. a crise financeira evolui para crise econômica.

        apesar do sucesso inicial das medidas contra-cíclicas adotadas pelo Lulismo, a suposição infundada de que a crise mundial seria superada com alguma rapidez e a falta de exigir contra-partidas dos empresários beneficiados pelas medidas, fizeram com que impacto direto da crise global na economia brasileira se tornasse um tsunami.

        um bom exercício de sua parte seria analisar o que a dívida privada chinesa tem a ver com tudo isto.

        p.s.:

        LULA FOI CONTRA DEMISSÃO DA MÉDICA QUE VAZOU DIAGNÓSTICO DE MARISA

        Lula tem uma imensa contribuição a dar na guerra pela libertação do Brasil. mas não tem nem o vigor físico, nem o perfil psicológico e muito menos a postura política para liderar esta guerra.

        p.s. 2:

        -> , mas será que a soja vai cair tanto assim? Os chineses vão deixar de comer 

        chineses não comem soja, tampouco os Europeus. a soja é importada para virar ração de animais criados confinados.

        a monocultura exportadora da soja, nos moldes atuais, é tremendamente nociva para o Brasil. o custo da soja brasileira não inclui nenhuma externalidade: a devastação das florestas, o uso da água, etc… por isso, preferem importar nossa soja e deixar que paguemos pela destruição ambiental.

        mais um bom exemplo que os dados dever ser considerados em seu conjunto, e não isolados. o caso da soja é como o do café, ambos são deficitários para a economia brasileira.

        .

  16. o desafio é o congresso
    Muito otimista o texto mas a dicotomia Lula-anti-Lula não vai sumir assim tão fácil, a rejeição foi magnificamente construída pela imprensa golpista.

    O grande desafio, por outro lado, será eleger deputados e senadores melhores dos que estão ai. Difícil onde pessoas reelegem Tiriricas, Bolsonaros, Malafaias e Felicianos a cada 4 anos.

    Governar com esses beira o impossível.

  17. Nassif, só existem duas

    Nassif, só existem duas explicações para o comportamento dos conspiradores: Ou eles são os governantes mais estúpidos do planeta ou o plano é propositalmente destruir o país.

    A primeira explicação é improvável demais para ser levada a sério. Vocês estão em guerra, os conspiradores venderam o Brasil por um punhado de dólares e uma fuga provavelmente para Miami quando começar a guerra civil e vocês continuam tentando achar sentido nas ações de saqueadores que estão simplesmente roubando e destruindo tudo o que podem enquanto eles podem.

    1. A História explica e se repete como sentença

      Mudança depende de informação e conscientização política e cidadã.. Somebody, não sei quem você é ou que faz da vida,mas leio os seus comentários e penso a mesma coisa que você em termos de análise, apesar da maioria dos comentaristas achar radical, fantasiosa etc…. Opinião minha: 1) guerra civil o Br tem faz tempo mas não é tratada nesses termos apesar do número de mortos ser compatível com os número contabilizado em países em conflito pelo mundo; 2)  perfil revolucionário,, na acepção da palavra, o povo brasileiro não tem. Ponto! Por que?  Porque falta ao povo brasileiro consiência cidadã, identidade nacional e um grau mínimo de discernimento, politização etc para possibilitar qualquer resistência eficaz..É, sem tirar nem por, a repetição da História Brasileira, assim mesmo, curto e grosso.. Sinceramente, o Br será[está sendo] desmontado como foi em outros tempos, SÓ QUE, desta vez, de forma muito mais profunda e sem precedentes, e a tal resistência eficaz não está no radar nem num futuro próximo, pelo menos no brasil,  e assim mesmo sendo muito otimista. O que teremos apartir do desmosnte do Estado será o mais do mesmo  – greves e manifestações sem nenhuma repercussão/eficácia sobre a maioria da coletividade, como sempre. O Brasil daqui prá frente será a volta do Brasil para poucos. Paradoxo é que esse modelo acaba asendo o paiado pelo próprio povo excluido, pelas razões e moticos que comentei acima.. É ou não um filme de terror? 

      1. De acordo…

        “Porque falta ao povo brasileiro consiência cidadã, identidade nacional e um grau mínimo de discernimento, politização etc”

        Este é o no da questão….para min o brasileiro não tem o “sentimento” de pertencer e possuir a/um pais, algo como um “inquilino” de um pais, na melhor das hipoteses, ou o “sentimento de morar de favor”……

        os espaços publicos não nos pertencem…..as ruas e praças, não nos pertencem……..são de alguem….não se sabe muito bem de quem(prefeito?governador?os ricos “grileiros”?policia?) a unica excessão são os dias de carnaval….quando o povo recebe um salvo-conduto temporario….se o Brasil quer um povo digno desse nome, a unica solução é a educação publica e para todos…essa nocões “consiência cidadã, identidade nacional e um grau mínimo de discernimento, politização” devem ser ensinadas desde a mais tenra idade….se não, me parece que não sairemos do “atoleiro” jamais….

  18. Primeiro Lula precisa não ser preso

    Com a anistia ao caixa dois (daqui pra frente, pra livrar só o PMDB/PSDB e deixar o PT manietado) e o STF atacando o Moro, Gilmar Mendes à frente, não vai sobrar outro troféu para a Vaza-Jato senão prender o Lula. Será o canto do cisne midiático da aliança Judiciário/MPF.

    Por isso sempre defendi que Lula deveria ter se candidatado em 2014 a deputado federal. Com ele no Congresso o impeachment sequer teria acontecido, ele não estaria sendo fustigado por Moro, a eleição em 2018 seria muito mais fácil, tudo seria diferente. Lula não poderia ter renunciado ao protagonismo jamais.

    Agora, por mais saudade do Lula que o Brasil tenha, a eleição dele em 2018 está na mão do Moro e dos desembargadores federais do TRF 4 – aqueles mesmos que já disseram que se for para combater a corrupção pode até rasgar a Constituição, que não tem problema…

    1. Realmente, teria sido uma

      Realmente, teria sido uma ótima idéia, e pelo coeficiente eleitoral, o congresso teria um perfil menos mequetrefe (eu ia dizer conservador, mas é um “elogio” a essa patifaria).

      Não seria nenhum demérito um aclamado ex-presidente ter se tornado deputado federal.

      Lula talvez tenha acreditado demais na consolidação da democracia e do respeito às regras do jogo.

  19. Sobre o Ciro, cujos defeitos
    Sobre o Ciro, cujos defeitos todos conhecem, gostaria de tocar em uma virtude: desde a bagunça do impeachment, Ciro tem percorrido o Brasil e o mundo denunciando o golpe em universidades, com um projeto claro e assimilável para as pessoas de nível médio compreenderem. É um trabalho formiguinha que pode resultar em nada. Suas intenções nas pesquisas ainda oscilam abaixo de 10℅.Mas algo me diz que na hora do vamos ver seu discurso pode pegar, e aí não tem golpe que segure. Para isso, é fundamental o apoio de Lula, seja por estar impedido de concorrer ou por simples aceitação da necessidade de combater o inimigo maior (lembram de Brizola-98?).

    Cirão 2018!!!

    1. Cirão já ligou o alarme do rottweiller amororso.

       

      Colega, o Ciro já começa a provocar receios na direita, haja vista a manifestação do neo-con amoroso em seu blog ontem sobre a entrevista concedida ao Estadão.

       

      Ciro pode pegar! Lula tem que apoiar! 

  20. “Eles” não investiram tanto

    “Eles” não investiram tanto dinheiro, trabalho, planejamento, arapongagem internacional e um monte de outros tipos de recursos no golpe que levaria os entreguistas e ‘despatriotas’ ao poder para deixar que uma simples eleição os apeasse de lá. Recordo, por ter vivido ou por conhecer um pouco nossa história, do que aconteceu durante a “ditabranda”: extinguiram partidos, deixarando apenas 2; cancelaram eleições de 1965; extinguiram eleições presidenciais e inventaram o colégio eleitoral para simular a existência de um processo democrático; extinguiram eleições diretas para governadores e prefeitos das maiores cidades (estes eram nomeados pelos governadores “eleito” pelos colégios  eleitorais estaduais); mudaram a proporcionalidade das representações estaduais na Câmara; inventaram senadores biônicos; cancelaram as eleições de 1980. Aí, então, decidiram que o poder passaria para um civil, da turma deles, claro, só não contavam com um Paulo Maluf que atropelasse Andreazza, o candidato da casa. Aí o PDS rachou, surgiu a Frente Liberal que apoiou Tancredo, que morreu antes de tomar posse e a presidência acabou nas mãos do ex-presidente do PDS… Todo meu blablabla é apenas pra dizer que enquanto a gente gasta tempo sonhando com as eleições de 2018 para colocar um fim nesta baderna e retomar um projeto de nação, eles estão planejando alguma coisa para se manter no poder.

    Quanto ao PT, depois desta com Lindberg e da ingenuidade de Suplicy, que defendeu diálogo com o “governo” temer, perdeu meu apoio. Como vou ficar, não sei. Meu voto seria Lula, se o deixassem concorrer, se as possíveis eleições fossem limpas, mas como votar em Lula sendo que este PT burocrático e sem culhões vai junto com ele? Sei lá. O brasil já era. Como diz Mino Carta, “só se resolve com sangue na calçada”, mas, nós, brasileiros não temos culhões pra isso. Em parte, porque nós que somos uma classe média um pouco esclarecida e politizada, ainda não estamos totalmente na merda. Sentimos que ainda teríamos o que perder em nível pessoal e não vamos arriscar nossos pescoços por um povo que come merda, se a Globo mandar. Aliás, o próprio Lula devia ir cuidar da vida dele, curtir os netos e os “bagrinhos” com seu isopor de cervejas. O povo brasileiro não merece o sacrifício dele. Dá vontade de socar pobre burro que diz que quer ver o Lula preso, que o Lula é ladrão e outras asneiras do tipo, reproduzindo a mentalidade da classe média ignorante manipulada pela globo & cia ltda.

  21. Sobre a suposta competência

    Sobre a suposta competência da direita para exercer o poder digo que não passa de falácia, a direita tem sim é muito poder e poder real (mídia/judiciário/MPs, policias, empresários, latifundiários…) mas se fosse assim tão eficiente não precisaria aplicar um golpe de estado a cada 3 décadas no país.

    Notem que os ditos países civilizados europeus tem governos conservadores (Alemanha/Inglaterra/Espanha/Holanda…) sem recorrer a atentados à democracia, governam com uma agenda conservadora pró-mercado respeitando as leis. No Brasil o que se tem é uma quadrilha, uma gangue que toma o poder de assalto e governa conforme sua vontade e não respeita as leis.

    Assim agindo a direita, a democracia passa a ser uma eterna ameaça ao seu projeto e o recurso à golpes de estado é recorrente.

    Quanto a Ciro Gomes, não confio nada nesse sujeito, muito menos no PDT. Pela lógica uma vez eleito Ciro vai brigar com seus apoiadores da esquerda e governar com a direita e a globo, e o PDT que já é um partido de direita será o novo PSDB. 

    Claro que não havendo outro candidato minimamente progressista Ciro é uma alternativa mas cuidado com o excesso de expectativas.

  22. Senso comum e mídia

    Senso comum e mídia formam um bombardeio tão forte, tão intenso, que é difícil esperar algo além de que coloquem toda a destruição da economia e das condições de vida da maioria na conta da “corrupção da Petrobrás na era do PT”…(sim, as pessoas associam que perderam emprego, renda, casa e carro por causa direta da corrupção)

    Apesar de todas as considerações do Nassif, ainda assim é uma visão muito otimista. A máquina de moer adversários da mídia com o judiciário, baseado num consórcio de interesses particulares e senso comum, esta viva, e será atividada eficazmente assim que necessário. A julgar pelas pesquisas sobre a “saudade do Lula”, logo logo.

    Infelizmente não creio em nada diferente do que pode ser visto no filme “Idiocracia”, num futuro próximo. 

  23. Teremos eleições ou um simulacro?

    Esta dificil prever como se darão as eleições para 2018. Candidatos não faltam, mas Temer apesar de se agarrar à cadeira presidencial, pode cair daqui até la. Eh fraco e so é mantido no cargo por interesses dos que compactuaram com o golpe.

    Sobre os candidatos…. Eis o nosso problema. Não temos novos nomes no horizonte com estatura para o cargo. Vamos mais uma vez ter o PSDB impodo um dos velhos elefantes do partido, Marina de novo com seu programa para classe média moderninha, mas nem tanto. So a capa. O PMDB talvez lance algum nome e não descarte-se a candidatura do proprio Temer, dependendo dos rumos da Lava Jato e pelo que vimos do juiz Moro, Temer não tem o que temer. Ainda que sofra hoje alto indice de rejeição.

    E nas esquerdas…. Acho que Lula, se ele assim quiser, pode ser candidato novamente. Mas sabemos que os ataques serão ferozes. E se ganhar, Lula tera no inicio talvez as mesmas dificuldades que Dilma Rousseff em sua reeleição. Vai ter que buscar maioria na Câmara e Senado…. para aprovar importantes reformas. Sem essas reformas, continuaremos vivendo numa republica embolorada e eternamente classista.

    A passagem do golpe para as eleições de 2018 não se fara sem violência. O golpe foi dado para a retirada do PT do governo federal e não vão facilitar para a volta de Lula de forma alguma. A esquerda, o PT, os sindicatos terão que se mobilizar mais que nunca se pretendem derrubar as forças que nos trouxe ao caos e estão corroendo o Pais.

    1. Eu seriamente duvido que

      Eu seriamente duvido que vocês terão eleições em 2018. E se houver eleições mas ganhar um candidato que não seja alinhado com Wall Street os conspiradores simplesmente irão dar outro golpe de estado.

       

      Explicando a minha revolta contra Wall Street: Eu sou das antigas, investidor industrial. Nenhuma economia consegue funcionar quando o mundo financeiro de Wall Street sufoca a economia real sugando todos os recursos para a fantasia dos derivativos e outros “produtos” financeiros que não geram um sapato sequer no mundo real. Há algo de muito podre acontecendo quando se ganha mais dinheiro movendo papel de um lado para o outro do que criando e vendendo objetos reais como automóveis.

      1. Complementando…….

        Amigos, nesse golpe/2016 no Brasil e os outros que estão em andamento no mundo, porque estão, guardem esses nomes: Wall Street, e acrescento mais – os banqueiros internacionais – pois estes são, sem tirar nem por, os verdadeiros autores que operam os golpes no mundo para destruir as nações rumo a um projeto hegemonico de dominação total dos recursos, da política e economia. Colei um artigo,em forma de comentário, nesse mesmo post aqui, que o Nassif gentilmente publicou, só que o texto,do artigo/entrevista é longo demasi, gente, e ficou uma coisa “estranha” – um texto sem intervalos e massante para leitura, o que desencoraja a maioria de ler, tenho certeza. Não se atenham a esse detalhe, não! porque o conteúdo é rico demais, profundo, e reproduz a realidade exatamente como ela é na profundidade, no seu estado bruto. 

        Acessem o post original e leiam tudo porque a análise do entrevistador, Michel Chussodovsky, é sobre o GOLPE NO BRASIL  e vale cada palavra das suas considerações[ pela prufundidade], podem acreditar. Vou deixar o link e, aí,  vocês já sabem, usem o botão do lado direito e cliquem na opção “traduzir para o português”.  A tradução é muito satisfatória !! Para os familiarizados com o idioma, basta ir direito para o áudio da entrevista que está disponível no mesmo post. O link é esse, minha gente-  http://www.globalresearch.ca/neoliberalism-and-the-new-world-order-imf-world-bank-reforms/5572157

        * sobre os “derivaticos” que o Somebody mencionou no seu comentário[ou “artigos tóxicos”, chamados assim pela auditora Maria Lucia Fattorelli, acessem o blog da Auditoria cidadâ da Dívida, que voces vão entender do que se trata ou, então, façam a busca por “derivaticos Maria lúcia Fattorelli” no google mesmo. A coisa é cabeluda, gente…

  24. O problema é que a esquerda

    O problema é que a esquerda não pode entregar recuperação econômica, por conta da PEC dos gastos que ela não tem votos para derrubar, e a direita que pode entregar essa recuperação, derrubando a própria PEC, não quer…

    Lembrando que o Senado do quatriênio 2018-2022 será intrágavel. OS elementos mais reacionários do Senado estarão lá até 2022. Não se elegeu um senadorzinho progressista sequer em 2014. Tudo o que tem de progressista lá vai defender seus mandatos agora em 2018. Previsões de perda de nomínimo um dos paranaenses, por exemplo.

    Para derrubar a PEC, a esquerda precisa eleger cerca de 50 a 52 dos 54 senadores em disputa, para contar com 2 ou 3 dos eleitos em 2014. Praticamente impossível, pq só São Paulo e PAraná já tornam essa meta impossível !!! Na verdade, vou ficar surpeso se qualqeur estado eleger dois senadores anti-austeridade.

     

  25. Leiam abaixo, vale cada palavra. Esse é o Br profundo

    Guerra financeira global como descrito nos escritos do professor Chossudovsky. Wall Street Atrás do Brasil Golpe de Estado; O papel desempenhado pelo FMI e pelo Banco Mundial nas economias dos países devedores, O Plano Real no Brasil, A imposição do Consenso de Washington; A perda da soberania nacional; Instituição neoliberal financiamento de movimentos de base; Os principais atores corporativos da Nova Ordem Mundial; A função da propaganda e do processo de empobrecimento e destruição globais dos Estados-nação. Bonnie Faulkner : […] A guerra não convencional inclui a guerra financeira global. Vejamos um dos exemplos mais recentes, a mudança de regime no Brasil. Seu recente artigo, “Wall Street Behind Brasil Coup D’état”, estabelece um argumento de que o controle sobre a política monetária e reforma macroeconômica foi o objetivo final do golpe de Estado brasileiro contra Dilma Rousseff. Qual é a evidência? Michel Chossudovsky: A evidência é a seguinte. Quando Luiz Inácio da Silva, presidente Lula, fundou seu governo em 2003, nomeou um ex-CEO de um banco de Wall Street, FleetBoston Financial Global Banking, para dirigir o Banco Central do Brasil. Foi em um sentido como nomear a raposa responsável pelo galinheiro, por assim dizer, eo que foi perturbador é que todas as nomeações principais que o progressista Partido dos Trabalhadores (PT) implementou – ou seja, o Ministério das Finanças, Banco, o Banco do Brasil, que é um banco de desenvolvimento – eles eram detidos por neoliberais. De fato, o FMI deu seu apoio ao governo Lula e, de fato, até felicitou o governo Lula por suas medidas de austeridade e assim por diante. Henrique de Campos Meirelles, que era presidente do Banco Central do Brasil e ex-presidente da FleetBoston Financial Global Banking antes de dirigir o Banco Central do Brasil, permaneceu nessa posição até a presidência da sucessora de Lula, Dilma Rousseff. Dilma Rousseff, de fato, nomeou uma carreira Ministério das Finanças funcionário para chefiar o Banco Central e Meirelles foi retirado do governo. Agora, isso foi, do meu ponto de vista, uma jogada muito significativa, porque foi uma mensagem para Wall Street dizendo: “Nós decidimos sobre nomeações-chave nas esferas da economia e das finanças.” E o golpe levou à instalação de um governo provisório liderado Por Michel Temer, ou seja, um governo interino. Essencialmente, o que eles fizeram de um dia para o outro foi nomear um novo ministro das Finanças, que passou a ser este notório indivíduo, Henrique de Campos Meirelles , (à direita), o ex-CEO em Wall Street. Ele foi nomeado ministro das Finanças. Mais uma vez, então, eles montaram uma equipe de nomeações para posições-chave. Não é apenas o fato de que Campos Meirelles é um nomeado de Wall Street; Ele também é um cidadão dos EUA. E Campos Meirelles, em seguida, nomeia seu homem para o banco central, cujo nome é Ilan Goldfajn . Ilan Goldfajn era economista-chefe de uma das maiores instituições financeiras privadas do Brasil e Ilan Goldfajn é cidadão israelense, e ele também é um amigo muito próximo de Stanley Fischer, que anteriormente era o número dois no FMI, e depois tornou-se governador Do Banco de Israel, e Stanley Fischer atualmente detém a posição número dois no Federal Reserve dos EUA. Ele é vice-presidente da Reserva Federal dos EUA. Para ênfase, tanto Ilan Goldfajn quanto Stanley Fischer têm cidadania americana. Goldfajn era chefe do Banco Central do Brasil, nasceu em Israel e tem dupla cidadania. Eu não estou criticando sua cidadania, mas estou me concentrando nas relações de camaradagem entre esses indivíduos. Então agora você tem um governador do banco central que tem um relacionamento pessoal próximo com Stanley Fischer, número dois no Fed. Conhecido e documentado, é sempre o número dois homem que chama as fotos em última análise e é aí que todas as formulações políticas são feitas. Então esse é o pano de fundo. Agora, onde, digamos, os movimentos progressivos da esquerda chegam? Bem, eles vieram logo no início do governo Lula e os progressistas europeus, norte-americanos, latino-americanos aplaudiram em coro, celebrando a vitória de um governo socialista contra a agenda neoliberal e disseram “vitória contra o neoliberalismo”. Não foi uma vitória contra o neoliberalismo; Foi de fato a cooptação de uma liderança do Partido dos Trabalhadores, e não das bases, por Wall Street com um conjunto de nomeações de Wall Street, que começaram com Lula e até alguns pontos foram interrompidos sob Dilma Rousseff. Bonnie Faulkner: Qual é o poder que o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial exercem sobre a economia brasileira? Michel Chossudovsky: Deixe-me abrir um parêntese lá. Muitas vezes as pessoas dizem que o FMI, o Banco Mundial, eles estabelecem essas condicionalidades severas em países em desenvolvimento, eles os obrigam a implementar essas duras medidas de austeridade e assim por diante. Essa é uma descrição correta das atividades do FMI / Banco Mundial. Os programas de ajustamento estrutural impostos aos países em desenvolvimento são mortais. Mas não é o FMI eo Banco Mundial, que são na verdade burocracias, que chamam os tiros. O FMI e o Banco Mundial são instrumentos de Wall Street. Eles são instrumentos do nexo bancário privado. O FMI e o Banco Mundial, eles têm a sua independência, as suas instituições de Bretton Woods, mas legalmente estão ligados às Nações Unidas. É um relacionamento muito nebuloso, mas eles devem estar ligados às Nações Unidas. O fato é que eles não são. Mas eles não chamam os tiros. É Wall Street que chama os tiros, e é muito conveniente para Wall Street ter essas instituições baseadas em Washington, que então, através de relações intergovernamentais, estabelecerá laços com os governos. Trata-se de organismos intergovernamentais. Agora, o que estou sugerindo aqui é que, no que diz respeito às nomeações estão em causa, o FMI, o Banco Mundial têm um impacto muito significativo. Eles fazem parte do chamado Consenso de Washington, que também está ligado ao Consenso de Wall Street. Percebemos que muitas vezes é um ex-funcionário do Banco Mundial que é nomeado para o Ministério das Finanças. Esse foi o caso em 1991, quando o ministro das Finanças da Índia, Manmohan Singh, que mais tarde se tornou primeiro-ministro, foi nomeado para o Ministério das Finanças e ele implementou a chamada Nova Política Econômica , que levou à devastação. Foi apoiado pelo Banco Mundial. Em outras palavras, o Banco Mundial eo FMI têm o seu povo no interior. Eu diria mais do Banco Mundial, porque o Banco Mundial pode estar nos ministérios. Pode ser no ministério das finanças, no ministério da agricultura e assim por diante, e, finalmente, há um consenso em termos de formulação de políticas que emerge. Mas então, se você está falando sobre o impacto que vamos dizer esses contratos de empréstimo têm, eles são devastadores porque eles vão dizer: “Você tem que cortar o seu orçamento em todos os setores sociais, saúde, educação, etc Você tem que fechar Nos hospitais, fechar ou privatizar algumas escolas, introduzir taxas de uso “, e, na verdade, o que essas instituições fazem é precipitar os países na pobreza e também contribuem para a desestabilização da economia nacional. Vemos isso em muitos países. Na Venezuela, de fato, o que eles fizeram é muito parecido com o que eles fizeram ou tem alguma relação com o que fizeram no Chile em 1973. Eles criam condições de colapso dos mercados de commodities, escassez de commodities, inflação crescente, desagregação da distribuição De bens, para não mencionar problemas de segurança urbana e crime organizado, etc., etc. em Caracas. Essas são condições de engenharia. É claro que eles também criaram condições que derrubaram o Estado porque o preço do petróleo caiu de mais de US $ 100 o barril para algo da ordem de US $ 30 o barril, o que contribuiu para a falência do governo venezuelano. Bonnie Faulkner: Qual é o Plano Real no Brasil? Michel Chossudovsky: É muito importante. Realmente, o Plano Real é um plano para essencialmente dolarizar todas as operações de dívida interna, de modo que o país realmente não tem uma política monetária. Liga a moeda nacional ao dólar e significa que tem que ser suportado por transações de Forex para manter essa paridade. E, em seguida, isso significa que sempre que, digamos, se você quiser usar sua política monetária para mobilizar recursos internos, acaba por ser dolarizado. É o mesmo plano que eles tinham na Argentina sob Menem. Bonnie Faulkner : Você escreve que “O objetivo do golpe de Estado foi negar a soberania do Brasil na formulação da política macroeconômica”. Por que Wall Street ou os Estados Unidos estão contra a soberania de uma nação? Michel Chossudovsky : Essa é uma questão muito importante e realmente tem a ver com a política monetária. A política monetária define realmente a soberania de um país. É a capacidade de um país para realmente financiar seu próprio desenvolvimento através de empréstimos ao setor privado, a construção de infra-estrutura pública e assim por diante. Para fazer isso, você tem que ser capaz de aumentar os níveis de dívida interna. Fazemos isso nos Estados Unidos e Canadá e assim por diante. Usamos operações de dívida para financiar infra-estrutura, estradas, escolas e hospitais. Mas o que está em jogo nos países em desenvolvimento é que a moeda é dolarizada e nos mercados de câmbio é sustentada por dívidas denominadas em dólares, que têm de ser incorridas para suportar a moeda. Para que quando você começar a expandir a oferta de dinheiro para financiar o desenvolvimento – é um mecanismo difícil e complexo – você realmente tem que pedir em dólares, e realmente o que significa é que sua moeda é realmente um proxy. É uma moeda dolarizada, de modo que cada vez que você quer construir uma estrada ou uma ponte ou um complexo hidrelétrico usando seus recursos domésticos, você tem que aumentar seu endividamento em termos de dólar. Em outras palavras, a dívida interna torna-se uma dívida externa. Isso é o que aconteceu no Brasil com o Plano Real. O Plano Real estabeleceu o real como a moeda brasileira em um pino com o dólar dos EUA, sustentado pela sustentação persistente da moeda para manter essa paridade. E o que significava que o Brasil estava se endividando em termos de dólares e cada vez que expande, digamos seus níveis de gastos e assim por diante, em última análise, tem que pedir em dólares. O que isso significa, para voltar à questão, é que é Wall Street que controla a política monetária e todas as ações de desenvolvimento interno, financiamento de infra-estrutura, escolas, estradas e assim por diante, exige emprestado dólares para fazê-lo. Vou dar um exemplo disso. O Vietnã, na sequência da sua normalização com os Estados Unidos, decidiu iniciar um grande projecto de reparação da principal estrada do país, que liga a capital, Hanoi, no norte de Ho Chi Minh City, ou o que era anteriormente conhecido como Saigon. É chamado de Estrada Número 1. A costa leste dos Estados Unidos também tem uma estrada ligando Nova York até Miami. O que aconteceu foi que o projeto consistia em reparar a estrada e, para isso, tinham de fazer um concurso internacional por empresas de construção que vinham – grandes contratos de vários milhões de dólares – e reparar as estradas de que necessitavam capital estrangeiro. Mas na verdade, o que o capital estrangeiro faria era subcontratar com empresas locais que então construíssem a estrada. O que acontece sob esse tipo de mecanismo é a transformação de uma dívida interna em uma dívida externa. Você não precisa trazer capital estrangeiro para reparar uma estrada, ou mesmo para construir uma estrada. As tecnologias estão lá, o know-how está lá, e você não precisa de muito investimento em termos de capital ou materiais. É tudo local. E isso perturba a mecânica. Imediatamente essas instituições financeiras, uma vez que se normalizam com o país, dirão: ‘Ok, vamos emprestar dinheiro com o projeto do Banco Mundial para construir uma estrada, mas tem que haver uma oferta de licitação para empresas de construção internacionais, etc. E então o dinheiro que nós emprestamos, você usá-lo para pagar essas empresas. “É assim que os países ficam em dívida e eles são incapazes sob os auspícios do Banco Mundial, o FMI para mobilizar operações de dívida interna . Eu já vi isso em vários países. Há o que é chamado de PIP, Programa de Investimento Público , que é uma lista de projetos eo Banco Mundial passa por esta lista e eles podem escolher quais eles querem financiar, e eles substituem o governo na escolha de projetos de investimento. Em última instância, trata-se da soberania econômica: é a capacidade de um país usar seus instrumentos monetários para financiar o desenvolvimento e essa capacidade é negada nas relações que esses países mantêm com o Fundo Monetário Internacional eo Banco Mundial e os credores . Bonnie Faulkner: Bem, então, é verdade que se um país pode emitir sua própria dívida internamente, então eles podem controlar essa política e os efeitos que ela tem. Mas se a dívida é externalizada, então todo o controle é tirado deles, certo? Michel Chossudovsky: Precisamente. Você o formulou exatamente. Essa é a natureza dessa relação. Uma vez que eles são trazidos para o nexo dessas instituições financeiras internacionais, que monitoram seus projetos de investimento e fornecem financiamento, então esse financiamento é externo, é dolarizado e, por sua vez, está sujeito às condicionalidades impostas pelos credores de natureza política. Então eles dirão: ‘Oh. Ajudamos você a construir essa estrada e agora você tem uma dívida de US $ 50 milhões e US $ 100 milhões. Agora você tem que pagar essa dívida. Então, o governo diz: “Bem, não temos dinheiro para pagá-lo”. Então eles vão dizer: ‘Ok, vamos emprestar-lhe dinheiro, mas então você tem que aceitar certas condicionalidades política que vamos impor – em outras palavras, fechar seus hospitais e suas escolas. É assim que essas medidas de austeridade funcionam. Então eles vão dizer: “Bem, você tem que privatizar.” Com efeito, o processo de tornar os países endividados é a chave para assumir o controle de sua soberania. Agora, na União Europeia, a mecânica é um pouco diferente. Há o famoso Tratado de Maastricht , que remonta antes da Zona Euro, eo Tratado de Maastricht estabelece a base pela qual os Estados-Membros individuais não podem financiar o seu desenvolvimento a partir das operações do banco central. E, em última instância, temos o Banco Central Europeu e, em certo sentido, criamos condições em que os Estados-Membros individuais, em particular os mais fracos como a Grécia, a Irlanda, Portugal, praticamente a sua soberania são derrogados porque não podem utilizar Seus recursos. Eles não têm uma moeda nacional para financiar seu próprio desenvolvimento. Então o que acontece é que seus ativos são tomados, privatização, empobrecimento e assim por diante. Vemos isso acontecendo em vários países europeus. Naturalmente, a Grécia é um exemplo notório de ocorrência deste mecanismo. E o Banco Central Europeu, na verdade, está a desempenhar um papel que, em alguns aspectos, é semelhante ao do FMI, num outro contexto, é claro. O FMI está atuando em relação ao Brasil, mas o FMI também atuou recentemente em relação a países como a Grécia e Portugal. Bonnie Faulkner: Certo. E eu acho que é importante para as pessoas entenderem que, se um governo cria sua própria dívida, ou cria seu próprio crédito, pode usar isso para ajudar a economia e não para destruí-la. Por exemplo, vamos apenas dizer teoricamente que o Fed nos EUA, digamos que era parte do Tesouro ou mesmo como é agora, privatizado. Se eles emitiram empréstimos sem juros para os estados ou o que eles poderiam usar isso para ajudar a economia em vez de destruí-la, certo? Michel Chossudovsky: Bem, absolutamente. A coisa é, não é dinheiro que cria a riqueza da economia real. Por riqueza real não estou falando sobre a riqueza dos indivíduos; Estou falando de infra-estrutura, escolas, hospitais, estradas e assim por diante. Os recursos nos Estados Unidos da América estão lá. É a economia real. É o povo mais os recursos mais equipamentos e assim por diante que, em última análise, levará a projetos. Então você precisa de mecanismos que mobilizem esses recursos, e eles poderiam ser empréstimos com juros zero por cento ou eles poderiam ser, naturalmente, empréstimos comerciais a juros muito elevados. Poderia haver todos os tipos de impedimentos ao aumento da despesa pública em apoio de projetos porque, novamente, o Tesouro é finalmente sob a vigilância de Wall Street, do Federal Reserve, que por sua vez também é um apêndice de Wall Street. A política monetária é central para qualquer tipo de projeto social, e é por isso que o debate, digamos, sobre a democratização da política monetária é tão crucial do sistema bancário em geral. Então, se tivermos um sistema bancário que seja controlado pelo JP Morgan Chase e Goldman Sachs e Citigroup e assim por diante, não vamos necessariamente poder financiar as coisas que queremos financiar. Estaremos financiando cassinos, estaremos financiando complexos de entretenimento e hotéis e assim por diante, mas não vamos financiar a infra-estrutura social básica que elevará o padrão de vida de milhões de pessoas. Acho que essa é a situação que caracteriza a política monetária dos EUA. Devo mencionar que uma grande parte das despesas públicas é destinada a produzir armas. É o complexo militar-industrial, são os chamados empreiteiros de defesa, e estes exigem novamente … Bem, tem a ver com a dívida pública, tem a ver com os padrões de gastos, tem a ver com o Tesouro, mas novamente, quando Os credores chamar os tiros e decidir o que tem de ser financiado em termos de infra-estrutura, a tendência é financiar precisamente áreas como a defesa em vez de escolas e hospitais. Bonnie Faulkner: Então, usando o Brasil como exemplo, qual é o efeito da imposição do Consenso de Washington sobre o Brasil? Como isso beneficia os EUA e quais são os efeitos negativos sobre o Brasil? Michel Chossudovsky: Bem, o caso do Brasil certamente não é único. Acho que o que distingue o Brasil de outros países em desenvolvimento, particularmente na América Latina, é que, antes de tudo, tem uma população de mais de 200 milhões de pessoas. É um grande país por direito próprio, com enormes recursos e infra-estrutura, e assim por diante. Mas o que caracteriza essa relação, digamos, entre Washington / Wall Street, por um lado, e o Brasil, por outro, é o fato de que, ao assumir o controle da política monetária, você finalmente assume o controle dos recursos reais de um país. O objetivo não é simplesmente ocupar o banco central ou o ministério das finanças. O objetivo é, em última instância, ser capaz de assumir o controle sobre as principais áreas do processo de desenvolvimento econômico do Brasil através da privatização, através da compra de empresas brasileiras e assim por diante. Nós vimos isso se desenvolvendo no curso, eu diria, dos últimos 20 anos, que os interesses corporativos financeiros e econômicos dominantes dos EUA estão se apropriando de grandes setores dessa economia rica. Estamos falando de recursos, mineração, silvicultura, mas também desenvolvimento industrial. O nome do jogo é privatização e países como o Brasil – mas vamos levar outro caso, países como a Coréia do Sul, com tremendas capacidades industriais. Quando o FMI impôs suas devastadoras reformas em 1997 durante a chamada crise asiática, e impuseram-na à Coréia do Sul. O objetivo era, em última instância, confiscar bens reais – literalmente, confiscar ativos reais. Mas eles não só confiscar bens reais, eles assumiram bancos, eles assumiram institutos de pesquisa. Finalmente, através da manipulação financeira, você adquire a supervisão dos recursos de outro país. Você vai encontrar ocorrências semelhantes em outros países. Para voltar ao Brasil, o Brasil é um país muito rico e há muitos ativos a serem conquistados. E vemos que agora as regras do jogo são para assumir ativos. Vê-lo na Grécia agora com as condições impostas pelos credores alemão, francês e americano sobre o Ministério das Finanças grego. Essa é a ordem do dia – que não é só a soberania que está em jogo; É a pilhagem das economias nacionais pelas instituições financeiras internacionais levando à transferência de riqueza por meio da qual essas empresas americanas assumem grandes setores da economia através de um processo de manipulação. Bonnie Faulkner: No seu artigo “Contra-propaganda como Instrumento de Paz: Fidel Castro e a Batalha das Idéias, os Perigos da Guerra Nuclear”, você escreve: “Um processo mundial de empobrecimento é parte integrante do novo mundo Ordem “. Descreva o que você considera ser a nova ordem mundial. Fidel Castro e Michel Chossudovsky, Havana, 2010 Michel Chossudovsky: Bem, a nova ordem mundial é um projeto hegemônico de conquistar finalmente países soberanos e, num certo sentido, corporatizar seus governos. São as próprias estruturas da reforma macroeconômica, mas também as iniciativas comerciais – o TTIP, o TTP, as duas principais áreas de integração comercial, o Atlântico eo Pacífico – que, em última análise, transferem os poderes dos políticos para as mãos das corporações. Agora que, na verdade, já ocorreu. Não temos mais governos independentes, governos soberanos, nem mesmo países ocidentais. Podemos voltar a dizer a época de … Bem, na Europa podemos voltar para Charles de Gaulle ou na Grã-Bretanha podemos voltar para Harold Wilson, mas esses tipos de chefes de Estado, chefes de governo não estão mais ao redor . Nos Estados Unidos temos indivíduos que são realmente os instrumentos dos grupos de lobby corporativos. Eles não estão fornecendo nenhuma liderança. Eu não acho que Donald Trump ou Hillary Clinton pode fornecer qualquer liderança no que diz respeito à tomada de decisão. Eles irão respeitar as instruções que lhes são transmitidas por seus patrocinadores corporativos. E então, é claro, há também um consenso quanto ao que é politicamente correto, quanto ao que você faz. A nova ordem mundial é um sistema capitalista global. É baseado na hegemonia; É baseado no poder militar. Penso que também se pode dizer que se caracteriza pela criminalização absoluta da política. O fato é que nós realmente não temos pessoas honestas no governo, muito poucas. É também o fato de que, nos últimos 20 ou 30 anos, todos os projetos socialistas e / ou social-democratas foram eliminados de uma forma ou de outra. Podemos pensar na Nicarágua no início dos anos 80. Claro, Guatemala, El Salvador. Também podemos pensar em Vietnam obliterado através da Guerra do Vietnã, Camboja, Indonésia do início / meados dos anos 60. Podemos olhar para o Chile, Argentina, Moçambique, Angola, Argélia, numerosos países cujos projetos foram obliterados e destruídos. Em outras palavras, não há mais nacionalismo e não há mais nenhum governo reformista que atue em nome de sua população. Não há mais o que poderíamos chamar de governo representativo. Essa é a nova ordem mundial. É a concentração de poder pelas corporações. Também não é necessariamente um processo suave, porque essas corporações estão travando sua própria batalha um contra o outro. Eles estão se fundindo, estão comprando, têm manipulações dirigidas contra seus concorrentes. Mas, em última análise, o que está acontecendo é que o mundo está sendo precipitado para além da pobreza. Não é mais uma questão de pobreza em massa; É também uma questão de desespero total. Em outras palavras, tivemos uma era em que falamos sobre a globalização da pobreza. Passei muitos anos investigando esse tema. Mas eu tenho a intuição de que agora estamos falando de algo completamente diferente. Está além da globalização da pobreza. Não se trata apenas do empobrecimento de grandes setores da população mundial; Está a precipitar as pessoas no desespero total e é a destruição do tecido institucional, o colapso das escolas e hospitais que são fechados, o sistema jurídico se desintegrando, as fronteiras são redefinidas. Essencialmente, esta etapa, que vai além do empobrecimento, é a transformação dos países em territórios e vemos isso acontecer no Oriente Médio. O objetivo para o Iraque, a Líbia e o Iêmen é certamente transformar um país em um território, e depois recolonizá-lo. Você está em um ambiente muito diferente do que prevaleceu até recentemente. Bonnie Faulkner: Quais são os principais atores corporativos da nova ordem mundial? Michel Chossudovsky: Eu diria, em linhas gerais, que os principais atores corporativos da nova ordem mundial, em primeiro lugar, é Wall Street e os conglomerados bancários ocidentais, e que inclui também as instalações offshore, as Ilhas Cayman e assim por diante. Nós conversamos muito sobre isso com o Panamá Papers, mas na verdade todos os locais offshore são controlados pelas grandes instituições bancárias. E, claro, também está ligado a lavagem de dinheiro e drogas e assim por diante. O complexo militar-industrial, pelo menos, é o que Eisenhower chamou, reagrupando os chamados empreiteiros de defesa – eles não são empreiteiros de defesa, eles são empreiteiros de guerra – a segurança, as empresas mercenárias, roupas internacionais em contrato com o Pentágono , As grandes empresas de segurança privada, como a G4S, que em certo sentido também estava ligada ao evento de Orlando. Então você tem, naturalmente, as empresas de energia, os gigantes anglo-americanos do petróleo e da energia. Eles são muito importantes. E então você tem os conglomerados de biotecnologia que controlam cada vez mais a agricultura e a cadeia alimentar e a Monsanto é, naturalmente, parte disso. A Monsanto, a Cargill e as grandes empresas de alimentos corporativos fazem parte disso. Em seguida, a sobreposição com os conglomerados de biotecnologia você tem Big Pharma, as grandes empresas farmacêuticas, e devo dizer que essas grandes empresas farmacêuticas também se sobrepõem com o complexo militar-industrial, porque eles também são produtores de armas químicas e biológicas. Então você tem, naturalmente, os gigantes das comunicações, os conglomerados de mídia, que fazem parte do braço de propaganda da nova ordem mundial. Há uma sobreposição entre todas essas várias categorias muito amplas, mas penso que, essencialmente, para resumir, Wall Street e os conglomerados bancários ocidentais, o complexo militar-industrial, os gigantes anglo-americanos de petróleo e energia, os conglomerados de biotecnologia, Big Pharma e Os conglomerados globais de mídia. Bonnie Faulkner: Descreva o processo pelo qual os movimentos populares de protesto contra a política neoliberal são cooptados pelas próprias forças do neoliberalismo. Michel Chossudovsky: Esta é uma questão muito importante, porque as conseqüências do neoliberalismo, como vemos em diferentes partes do mundo, criam condições de protesto em massa. O que aconteceu é que os assentos de poder da nova ordem mundial, principalmente Wall Street, os conglomerados financeiros, não só controlam os governos que estão implementando essas políticas neoliberais, mas também controlam indiretamente o movimento de protesto, financiado pela Fundações livres de impostos corporativos. Não é para dizer que todos os movimentos de protesto são financiados por Wall Street, mas na verdade, se começarmos a olhar para todo o nexo de organizações não governamentais, o que temos é que muitas dessas organizações, ONGs e organizações da sociedade civil historicamente ligadas a O movimento de protesto é de facto financiado por fundações privadas, incluindo a Fundação Ford, a Fundação Rockefeller, a Fundação McCarthy, entre outros. A Fundação Tides tem um mandato para financiar organizações progressistas. É uma fundação de vários milhões de dólares e só acontece que a Tides Foundation está recebendo subsídios de várias das fundações corporativas, incluindo os Rockefeller e os Fords. Então, o que está em jogo é que as entidades que se opõem ao neoliberalismo são em certo sentido financiadas pelo neoliberalismo. Você toma a situação, digamos, de Ocupar Wall Street. Bem, ocupe Wall Street, por um lado tem um mandato para ir contra Wall Street, mas quando você começa a analisar quem está por trás deles, quem está financiando-os, eles são financiados por fundações isentas de impostos. Então Wall Street financia o movimento de protesto contra Wall Street. Muito conveniente. Agora, só para voltar ao Brasil, porque é muito importante. No início do governo Lula em 2002, em 2003, foi criado o Fórum Social Mundial. E o que eles estavam fazendo? Estavam celebrando a vitória do governo do PT, do Partido dos Trabalhadores do Brasil sobre o neoliberalismo. No entanto, se voltarmos às origens do Fórum Social Mundial, bem, o Fórum Social Mundial foi financiado pela Fundação Ford. E sabemos que a Fundação Ford tem ligações com a inteligência americana – na verdade, ligações históricas com a inteligência dos EUA. Lá podemos citar um ex-presidente da Fundação Ford que disse, e cito: “Tudo o que a Fundação Ford fez poderia ser considerado como tornar o mundo seguro para o capitalismo, reduzindo as tensões sociais, ajudando a consolar os aflitos, fornecer válvulas de segurança para o Raiva e melhorar o funcionamento do governo “. Esse é o mandato da Fundação Ford que financia a dissidência, ou seja, as pessoas que não gostam do sistema capitalista que estão protestando, mas ao mesmo tempo, por meio desse mecanismo, as fundações de elite estabelecem a Limites do movimento de protesto e, em certo sentido, fabricam a dissidência. Em essência, ao fornecer o financiamento, bem como o quadro político, essas fundações livres de impostos estão em condições de manipular e estabelecer os limites da dissidência. A minha experiência é que os rituais das elites consistem em convidar os chamados líderes da sociedade civil para os seus círculos internos com vista a estabelecer o diálogo e assim por diante, e, em última análise, o que isto consiste, é essencialmente cooptá-los. E você os coopta financiando-os, eo Fórum Social Mundial é um bom exemplo disso. Muitas destas organizações não-governamentais foram envolvidas no nexo de financiamento corporativo e, por conseguinte, não estão em condições de realmente desafiar os objectivos fundamentais da agenda desta nova ordem mundial. Bonnie Faulkner: Como funciona a propaganda como parte integrante da nova ordem mundial? Por exemplo, a inteligência está incorporada nos meios de comunicação de massa? E então, também, você poderia falar sobre alguns dos meios alternativos? Michel Chossudovsky: Bem, certamente os meios de comunicação de massa ou os principais meios de comunicação têm ligações históricas com agências de inteligência. Isso é conhecido e documentado. É claro que a mídia tradicional está lá para apoiar um consenso em relação à política externa, é lá para distorcer os acontecimentos, mas tem chegado a tal ponto … A mídia mainstream nem sempre foi assim. Se voltarmos para a Guerra do Vietnã, tivemos relatórios críticos sobre o que estava acontecendo, até certo ponto. Mas se começarmos a olhar e ver como é que a corrente principal cobre a guerra na Síria? Bem, eles esquecem de mencionar que o ISIS, o Estado Islâmico, é apoiado secretamente pelos Estados Unidos. Eles realmente irão admiti-lo e, em seguida, eles vão, de certa forma refutar suas próprias mentiras. Eles o admitirão em tantas palavras. Eles vão dizer: “Oh, a Turquia ea Arábia Saudita estão apoiando o ISIS.” Mas a Turquia e a Arábia Saudita são aliados dos Estados Unidos. A Arábia Saudita não age sem consultar Washington. Então, temos uma mídia mainstream que evoluiu para apresentar essencialmente a mentira como a verdade, e essa é uma relação fundamental. Porque quando a mentira se torna o consenso, não há volta para trás. E quando eu digo que a mentira se torna a verdade ou a mentira se torna o consenso, é para dizer que os Estados Unidos estão travando uma guerra contra terroristas. Ah, mas você não mencionou que os terroristas são realmente financiados pelos Estados Unidos e eles foram criados pela CIA. Todo mundo sabe disso, mas ao mesmo tempo não acreditamos nisso mais, e acreditamos na mentira. Então não é para dizer que a verdade é ofuscada. É um mecanismo diferente. É a verdade que se torna a mentira ea mentira se torna a verdade, de modo que as pessoas têm que acreditar na mentira mesmo sabendo que a mentira é uma mentira. Não é a verdade, por assim dizer. Vou lhe dar outro exemplo. Sabemos que há câmaras de tortura em Guantánamo. Todo mundo sabe disso, e ninguém está no processo de escondê-lo. Mas o que a mídia vai fazer é dar legitimidade à tortura. Também dará legitimidade para ir e matar pessoas na Líbia ou assassinar o chefe de Estado ou bombardeio … Bem, a Síria é mais complexa porque lá eles dizem que o bombardeio é feito pelo governo contra o seu próprio povo, mas é claro, que a mentira Não aguenta mais. Mas, essencialmente, isso é o que está em jogo. É que a mídia, como instrumento de propaganda, transformou as realidades de cabeça para baixo. Criou um consenso que as pessoas não ousam questionar. Defende a guerra como um empreendimento humanitário, como um empreendimento pacificador. Com efeito, o que isto significa é que tanto a política como a mídia são criminalizadas, porque temos criminosos em altos cargos que estão envolvidos em fazer a guerra em nome da paz, e então temos uma mídia que serve como propaganda para defender essas mentiras . E, ao mesmo tempo, significa que a mídia é cúmplice na criminalização do Estado. Sem a mídia servindo como um instrumento de propaganda a agenda militar não teria uma perna para se apoiar. Toda a construção da política externa dos Estados Unidos desmoronaria como um baralho de cartas se fosse submetida a uma análise verdadeira dentro da mídia e do confronto e assim por diante – mas isso não acontece. E lá você tem também a cumplicidade dos intelectuais e você tem a cumplicidade das universidades e dos think tanks e assim por diante. Há uma maneira politicamente correta de estudar, digamos assuntos internacionais que está definido. Você não discute o papel dos Estados Unidos no apoio a organizações terroristas, você não ressalta o fato de que 30% da população da Coréia do Norte foi aniquilada devido aos bombardeios dos EUA, você não diz nada sobre o quase um Milhões de indonésios que foram assassinados por ordem da CIA em meados dos anos 60. Tudo isso, é claro, está documentado nos arquivos, mas nunca é objeto de qualquer tipo de debate, e então a história é apagada. A história é apagada e somos levados a acreditar que os Estados Unidos estão envolvidos em uma cruzada global para incutir a democracia e os valores ocidentais. No entanto, há um monte de ceticismo, que está se desdobrando em relação à desinformação da mídia. Agora, vocês fizeram a pergunta sobre meios alternativos, e os meios alternativos, eu acho, também estão passando por um período de crise porque há certos segmentos dos meios alternativos que de fato são controlados pelo mainstream. Há toda a questão das meias-verdades e mentiras. Depois, há a questão de dizer: “Bem, você sabe, estamos lutando contra o terrorismo”, mas se tivéssemos procedido de outra forma, não haveria organizações terroristas. Mas, novamente, as verdades fundamentais não são reveladas em muitas dessas formulações de mídia alternativa. E o que eu acho muito importante é se queremos desarmar uma agenda militar, precisamos de uma campanha de contra-propaganda muito coesa. Temos de fazer essa campanha de contra-propaganda sem ser financiada por aqueles que estão por trás da campanha de propaganda, por assim dizer. Esse é o problema com alguns dos meios alternativos. Eles são financiados por fundações corporativas, de modo que eles são, em certo sentido, muito limitados nas coisas que eles podem dizer contra a nova ordem mundial. Novamente, se estou pensando nos Estados Unidos, os vínculos que os grupos progressistas têm com o Partido Democrata, é claro, é uma restrição em sua capacidade de dizer uma posição em relação a questões importantes da política externa dos EUA. Falei com Michel Chossudovsky. A mostra de hoje foi o Neoliberalismo e a Nova Ordem Mundial. Michel Chossudovsky é o fundador, diretor e editor do Centro de Pesquisa em Globalização, com sede em Montreal, Quebec. O site Global Research, GlobalResearch.ca, publica artigos de notícias, comentários, pesquisas de fundo e análises. Michel Chossudovsky é autor de 11 livros, incluindo a Globalização da Pobreza ea Nova Ordem Mundial, Guerra e Globalização: A Verdade Atrás de 11 de Setembro, a Guerra dos Estados Unidos contra o Terrorismo, a Globalização da Guerra: a Longa Guerra da América contra a Humanidade, Editor da antologia, A Crise Econômica Global: A Grande Depressão do Século XXI. Todos os livros estão disponíveis em GlobalResearch.ca. http://www.globalresearch.ca/neoliberalism-and-the-new-world-order-imf-world-bank-reforms/5572157

  26. Sinceramente, derrubar a PEC

    Sinceramente, derrubar a PEC é impossível. Só se TODOS os Senadores eleitos em 2018 se comprometerem com a derrubgada da PEC. A PEC precisa de 1/3 do senado para se manter, e já o tem, que é alegislatura de 2014 inteirinha.

    O BRasil merece essa desgraça. Cada um dos eleitores do Serra é um traidor da pátria. OS eleitores de Caiado são facistas. São essas desgraças que legaram ao Brasil a eleição de 2014.

    A PEC só pode ser derrubada pela direita se ela quiser ( e ela não vai querer), ou em 2023, depois de eleições excepcionais em 2018 e 2022, quando o povo varrer do Senado a escória eleita em 2014. Se bem que com paulistas, Goianos, Capixaba,  PAranaenses, etc.. por exemplo, não dá para contar. São contra o Brasil.

  27. O que deve doer mais nessa

    O que deve doer mais nessa elite brasileira é que o Lula, mesmo sem formação acadêmica, consegue ter um pensamento mais sofisticado do que um ministro do STF. 

    A observação e a vivência são imbatíveis. Nenhum livro pode lher dar a experiência vivida. 

  28. Mesmo porque se vergonha

    Mesmo porque se vergonha tivessemos não seria LULA nem ninguém;derrubaríamos estes bandidos na porrada e nunca mais seríamos vítimas de golpes.Nossa covardia se escondeu atrás da doce palavra pacifismo.

  29. EU VI O QUE VOCÊ FEZ NO VERÃO

    EU VI O QUE VOCÊ FEZ NO VERÃO PASSADO, ROMANELLI.   Você era um comentarista sensato no início desses blogs progressistas, depois você virou um furioso anti-Dilma e anti-PT, sumiu aqui do GGN nos últimos cinco anos. Mas eu li alhures e algures comentários seus, raivosos, que nada se diferenciavam dos comentários fascistas. Sei que era o mesmo Romanelli pelo estilo refinado. Que houve, arrependeu-se e voltou? Bem vindo. 

    1. Ola, como vai, td bem ?
      Meus

      Ola, como vai, td bem ?

      Meus comentários raivosso contra DILMA provaram que eu estava ABSURDAMENTE CERTO  ..de que ela iria levar SIM o país prum buraco

      Contra o PT ? Não, impressão sua ..vai do caso  ..

      se sumi ? bem ..prefiro que outros expliquem do pq fui exilado

  30. Não creio que os golpitas arredem o pé
    Nāo creio que os golpistas arredem o pé tăo cedo, pelo menos por livre e espontânea vontade não o farão…imagina só mamar por apenas 2 anos depois de terem feito o que fizeram nos últimos anos para a tomada do poder na marra….

    Imagina só, depois que fizeram o que fizeram, promoverem eleiçoes limpas para em seguida passarem a faixa presidencial para aquele que o povo escolher se deixarem-no concorrer: Lula. No momento o grande desafio da troupe golpista é: como abater Lula para que a caravana do golpe passe radiante, sem atropelos em 2018 e com aparência de democracia, afinal de contas somos o pais da hipocrisia e das falsas aparências e desta parte a Globo se encarrega.

    Foram anos de luta para por parte da classe dominante, Globo e cia, mercado, Lava Jato e mobilizaçao de zumbis teleguiados para que o golpe tivesse sucesso. Por isso nāo vão entregar facil a rapadura. Sem resistencia popular organizada vao eh se eternizar no poder que nem o PSDB em SP com o Kit PCC.

    Eleiçoes existirão até mesmo para manter essa fachada de democracia: em Honduras e no Paraguai eleiçao não foi problema para os goriletes no poder.

    Quem nāo conhece a direita brasileira e sua longa experiencia de tomada do poder na mão grande…de bobos só este jeitão caipira do Alckimin e de menino maluquinho do Doria mas o povo adora esse tipo que se faz de morto para comer o coveiro: por isso esse pais está fadado ao subdesenvolvimento e ao fracasso e sempre que tentou erguer-se, como ocorreu sob Vargas, Jango, JK e Lula, foi abatido pelas famosas “forças ocultas”. Simples assim.

    Como dizem, não temos uma elite que pense num projeto de nação e sim um amontoado de eternos golpistas de ocasião…a democracia só se mantem até o dia em que querem e nunca tivemos mais do que 30 anos seguidos de democracia: volta e meia o pais é golpeado por isso que chamam de elite e tudo é descontinuado e o desmonte decorrente deste golpe de estado não tem precedentes na nossa historia, nem sob a ditadura militar ocorreu tanta dilapidaçao e entreguismo…o desmonte aqui está mais rapido do que no Iraque…como se sabe, no Iraque parte da cadeia do petroleo e gás continuou estatal, ou seja, sob poder das provincias, aqui nem isso nos restará: e povo não sabe e talvez jamais saberá que o que ocorreu no Espirito Santo foi obra da Globo, da Lava Jato e demais penduricalhos do golpismo e da descontinuidade.

    É essa nossa mentalidade: descontinuar o pais se ele estå andando no rumo do progresso: porque serå que somos assim senão por força e vontade da nossa superestrutura dominante com sua ideologia anti-povo e anti-naçăo.

    Atuando na parte subjetiva e cognitiva da populaçao, a Globo comanda a ferro e fogo os destinos deste pais….na ausência de uma forte e eficiente comunicaçao pública 《《《《 a EBC acabou de virar pó》》》》 a emissora dos bilionårios Irmāos Marinho mandam e desmandam porque exercem um poder de estado que poderiamos chamar de Poder Verbalizador, o qual existe em constante interaçao com os poderes legislativo, executivo e judiciårio.

    Estrutura e superestrutura nos dias atuais

    https://jornalggn.com.br/blog/spin-ggnauta/estrutura-e-superestrutura-nos-dias-atuais

  31. Se o Lula-PT apoiarem a candidatura do Ciro poderá inaugurar um

    Se o Lula-PT apoiarem a candidatura do Ciro poderá inaugurar um novo ciclo progressista no país, que poderá durar pelo menos uma década. Além disso, é a única forma de derrotar o PSDB em São Paulo.

    Só vejo vantagens na formação de uma frente de esquerda liderada pelo Ciro Gomes e com o apoio do Lula. Se essa aliança realmente vingar, com certeza em 2018 a direita e os golpistas serão derrotados.

    Quanto aos dirigentes petistas, não tem moral alguma para propor nada. São meros burocratas que só visam o aparelhamento do Estado. Bando de oportunistas, que se beneficiam do prestígio do Lula. Sem o Lula o PT seriam um partido irrelevante.

    1. Certo Wilton,concordo que
      Certo Wilton,concordo que Ciro é a opção mais viável,o que não quer dizer que é a mais confiável,Ciro saiu brigado do PSDB, não duvido que por questões de vaidade,aí ele fala que foi pq viu muita coisa errada(chavequeiro),mas se considerarmos que Lula sempre fez jogo duplo tb,isso não é nada,SE FICAR O BICHO PEGA,SE CORRER O BICHO COME!!

      1. Se o Lula se candidatar em 2018, todo o dispositivo golpista irá

        Se o Lula se candidatar em 2018, todo o dispositivo golpista irá trabalhar diuturnamente para destruí-lo. O Lula pode até chegar no segundo turno, mas dificilmente conseguirá vencer. E se vencer seu eventual governo será uma verdadeira guerra. Estão exigindo que o Lula volte a ter que propor conciliação com todos os políticos imundos que promoveram o golpe.

        O melhor a fazer é passar o bastão para que a esquerda se renove, inclusive nas suas práticas. Aquele modelo de política de coalisão que o Lula praticava já não faz o menor sentido hoje.

        1. Ledo engano meu caro. Lula

          Ledo engano meu caro. Lula escorado pelo povo, pode derrotar quem quiser. Dilma perdeu no instante que ela perdeu o povo, com sua frieza burocrática. Dilma estava viva enquanto o povo confiou nela por causa do Lula. Por isso não deixaram Lula ser ministro da Casa Civil. Lula além de negociar com os calhordas golpistas, teria o povo com seu avalista. Lula apanhou covardemente em todo 2016, e as pesquisas mostraram que ele cresceu nas pesquisas. Seus comentários ignoram os resultados das pesquisas, que é a peça chave desse xadrez. O legado político de Lula é equivalente ao legado político de Getúlio Vargas. Se nem a morte conseguiu interromper o cilco de Vargas, não será um golpistas que farão isso. O povo está encendo o saco rapidamente com esses golpistas. A tendência é tudo piorar rapidamente. Haverão confrontos violêntos, como já acontecem no Rio de Janeiro. Corre o risco de que essas elites, que perseguem o Lula passem a implorar por ele, como um pacificador, quando o povo virar esse país de cabeça para baixo. Se 2016 foi o ano das manipulações e promessas falsas, em 2017 o povo vai cobrar a fatura, de quem prometeu e não entregou. No final das contas, chamarão Lula para negociar a paz. 

        2. Também acho

          Como diz o texto do Nassif ou conciliação ou enfretamento… não dá pra concilar mais…

          A única opção para quem defende o interesse nacional é Ciro Presidente e Lula Vice… com forte opoisção dos golpistas da direita e da esquerda…

        3. Mas antes não era assim também?

          Em todas as candidaturas do Lula, a elite não trabalhou trabalhar diuturnamente para destruí-lo?

          Essa tentativa de destruir o Lula não é a regra, é a exceção?

        4. Entendi Wilton,olha só o meu
          Entendi Wilton,olha só o meu pensamento,Lula se candidatar é questão de sobrevivência própria dele,pra dizer “estou vivo ainda,não mexam mais comigo”já o Ciro eu até acredito que pelo discurso firme e capacidade a direita tem mais medo dele,o que não quer dizer que não é fácil cooptá-lo(vide Lula)quando eles entram lá,as circunstâncias mudam e as pessoas cedem,mudam também,agora sendo realista, empresários confiam mais em Lula do que qq outro,só q têm vergonha de dizer,admitir pq se lembram da bonança,respeito e moral da sua época,haa só para não esquecer, VOLTA DILMAAA!!!

    2. Então, Wilton, você acha que a questão é política, não econômica

      Eu não ignoro que a política é a expressão concentrada da economia, mas ela faz parte da estrutura político-ideológica, ou seja, em última instância, a política é determinada pela economia, e não o inverso. Ao afirmar que a eleição do Ciro poderia superar o cenário que aí está, você se torna idealista e, portanto, anti-marxista.

      1. Só pelo fato do Ciro se comprometer a expropriar todas as empres

        Só pelo fato do Ciro se comprometer a expropriar todas as empresas estrangeiras que entrarem no pré-sal já tem a minha consideração.

        Além disso, ele tem ccompromisso com a questão nacional e é contra a hegemonia da ideologia rentista no Banco Central. Outra coisa, ele é um líder capaz de colocar ideias simples em prática, como a exigência de conteúdo nacional nas compras da Petrobras e fortalecimento de empresas estatais.

        O Ciro não é o candidato ideal, mas é o que temos.

        1. Lula: É aquele cachorro

          Lula: É aquele cachorro enorme, mas Bunda-mole que só ele. O Gato bebe a Àgua dele, come da comida dele, dá tapa na cara dele, e ele não faz nada.

          Ciro: É aquele poodle que tá preso dentro de casa e fica latindo e espumando para todos os cachorros que passam na Rua, e principalmente para os maiores que ele… Se for solto, vai partir para ciam do primeiro Rotweiller qquer ver pela frente e ser estraçalhado.

          Um tem a musculatura política, e não tem vontade de usá-la. Outro tem toda a vontade do mundo, mas força nenhuma para impô-la. 

          1. As classes mais pobres são

            As classes mais pobres são maioria. Se as clsses médias e alta controlam a situação, é justamente pela falta de ódio dos pobres em relação À estas.

  32. Há uma enorme diferença de

    Há uma enorme diferença de postura na era Lula.

    Lula se fez respeitar e foi agressivo na busca de espaços para o Brasil.

    Foi pragmático e implementou mudanças profundas, que só serão percebidas no futuro.

    As commodities ajudaram, mas há uma enormidade de ações que resistem ainda hoje e que o próprio PT não soube se apropriar.

  33. Os problemas
    – lula estará preso em 2018
    – tenho minhas dúvidas se Doria não vem pelo PSDB
    – hoje à imensa maioria da população apóia privatizações em massa e o desmonte do estado( si ver a massa de comentários nos portais)
    – vejo grandes chances de um Doria vencer ou um Justus com essa plataforma da privatização total e rápida
    – por mais banal que o projeto fosse colaria e venceria ainda mais associada ao perfil “gestor”
    – a direita não precisa de projeto. As eleições municipais já deram a letra. A chance da esquerda e 0 na próxima eleição! Com projeto ou sem projeto a direita está eleita e pode ter um projeto focado na privatização, venceria com tremendo apoio popular.
    – a esquerda deve se concentrar em eleger um congresso mais equilibrado senão o jogo estará perdido em definitivo e lá que a guerra será travada.
    -Lula? Lula é carta fora do baralho e ele sabe disso.

    1. Comentário mais de Piton do

      Comentário mais de Piton do que de Pitonisa. As conclusões acima são de alguma pesquisa da FSP ?  Aquela que numa hipotética corrida de 100m entre Haddad e Doria, se o vencedor for Haddad dirá que ele chegou só em penúltimo  enquanto Doria conseguiu um honroso segundo lugar ? Ao menos ela ganha “uns trocados” para fazer a propaganda. Para contentar alguns o Nassif deveria escrever um xadrez, e fica a sugestão, para aqueles que não têm saudades do Lula.

    2. Você realmente acha que os

      Você realmente acha que os comentários nos portais são representativos da maioria da população?

      Por que se forem, é melhor a gente fugir do país bem rapidinho, por que a maioria da população apóia linchamentos, censura prévia, ditadura militar, estupro corretivo, violência contra as mulheres, segregação racial, secessão do sul do país, e, em geral, todo tipo de burrice e insanidade.

      … só que são meia dúzia de militantes online, pagos por grupelhos fascistóides. A maioria da população não escreve comentários em portais, nem os lê.

  34. Ciro nãse compara a Lula

    É um erro ficar procurando alguém que seja alternativa a Lula. Lula não é apenas uma pessoa candidato. É um projeto que possue estratégia, tática e objetivos. Ciro é apenas um pretendente a estrela. Não passa de um Russomano da esfera federal. Basta falar sinceramente o que pensa do povo para destrir tudo que apregoou antes. Enfim, quase que apenas mais um fanfarrão como Requião, com o perdão da rima, que não sei o que ainda está fazendo no sindicato de ladrões chamado PMSDB.

    Aí reside a principal diferença. Não é uma questão de criar um partido pra dizer que tem apoio. Tem que ter apoio. O caráter conciliador que se aponta em Lula revela sua grande sabedoria, que ele tantas vezes nos ensinou, mas que muita gente recusa aprender: A negociação e conciliação, que ele definiu como a capacidade de ceder no outro dia, não é com um político ou com um representante de classe. É do povo que ele representa que Lula busca se apoximar quando negocia. E quem pode negar sua habilidade em fazer isto e os resultados concretos que conseguimos através disto? E quem pode  negar que Ciro vai espalhar merda na sala na hora de fechar um acordo? Ainda precisam de exemplos?

  35. Um sistema sem rumo

     

    “Não há uma estratégia para superar a crise econômica, mas apenas um projeto ideológico de desmonte do Estado de bem-estar.

    O chamado mercado pouco está se lixando para as consequências futuras desse desmonte.”…

    …”A hora da verdade estreiará quando essas medidas começarem a produzir efeitos concretos, no desmonte da saúde, educação e segurança, e na ampliação da crise fiscal dos Estados.

    A greve da PM do Espírito Santo é um ensaio. A ela, se seguirão greves de várias categorias em todos os estados do país, porque os gênios que comandam a política econômica não tem a menor sensibilidade sobre o nível de stress que se pode impor à economia.”…

    …”Se não se aceitam nem novos quadros do próprio partido, como esperar que tenham confiabilidade para administrar uma frente partidária?

    O caminho mais racional seria uma frente de governadores progressistas, que pairasse além das paixões partidárias e do burocratismo dos partidos políticos.

    A estruturação da frente será o primeiro grande desafio da oposição. E um desafio que somente conseguirá ser vencido se Lula cair de cabeça na tarefa.”…

    …”O grande desafio pela frente será o confronto entre um projeto nacional racional e a era da imbecilidade – as simplificações grosseiras que dominam os principais poderes da República, nessa era dos factoides midiáticos, e que foram agravadas pela disseminação das redes sociais.”…

    …”Em nenhum país do mundo, em nenhuma empresa organizada, a precarização do emprego produziu melhora no atendimento. Só um país de botocudos para consagrar esse princípio de que cortando rendimentos e despesas se melhora o serviço público.

    Imbecilidade 2 – a ideia de que a destruição de empresas nacionais promoverá um novo renascimento empresarial.

    Antes, essa tese era brandida apenas por servidores de baixo nível hierárquico ou de formação intelectual precária – como os procuradores da Lava Jato, presidentes de associação de delegados e de associação de procuradores.

    Soube dia desses que faz parte do ideário do Procurador Geral da República Rodrigo Janot: se destruir as empresas atuais, imediatamente florescerá uma nova economia eficiente. É o que explica a irresponsabilidade, para com o país, da destruição da Odebrecht e de outras empreiteiras investigadas pela Lava Jato.”…

    …”Imbecilidade 3 – a ideia de que será possível congelar por 20 anos o orçamento público e desse arrocho nascerá a virtude que despertará o espírito animal dos empresários.

    Juristas que defendem essa excrescência, como o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstram uma ignorância abissal sobre processos sociais e políticos.”…

     

    O sistema capitalista é comprovadamente um regime caótico e irresponsável, do vamos-que-vamos. Baseado na crença e na pura adrenalina ao sabor do espírito animal dos empresários, predadores inconsequentes. Tudo, sem maiores planejamento. Apenas o curto prazo. Desconhecem maiores cuidados e estudos tendo em conta o médio e longo prazo para o povo e para a nação. Além do que, o que ontem foi iniciado ou construído, por melhor que seja para a sociedade, incontáveis vezes, é abandonado pelo governo seguinte, jogado na lixeira, com gigantescos prejuízos econômicos e sociais para o povo e para a nação. Haja impostos!

    A corrupção é tão pertinente ao sistema capitalista, tão própria a selvagem natureza desse sistema, que apesar de incontáveis tentativas de combates, a maldita corrupção sempre continua presente em todo o mundo. Como varíola sem vacina. Impossível de ser significativamente reduzida, muito menos, extinta. Tão gigante que é, que bruscamente interrompida, empurraria a economia mundial para a derrocada global. Alguém duvida?

    Por isso e por outras, a economia capitalista prossegue perigosamente dando voltas, perdida, sem rumo, enquanto a poderosa China e a Coréia do Norte, continuam avançando a passos largos no desenvolvimento tecnológico, científico, social e militar.

    Se o destino da China tivesse permanecido sob o comando de Chiang Kai-Shek ou de outro líder que norteasse a economia da China para o conhecido sistema capitalista, com toda a certeza deste mundo que não haveria a poderosa e respeitável China de hoje. Ninguém ousa duvidar disso. Nem mesmo, os mais ferrenhos anticomunistas.  

    Sob o duro comando do grande líder Mao Tsé-Tung, a miserável China de 1949 situada no zero absoluto, passou para a 2ª potência econômica do mundo em apenas 60 anos. Logo mais, será a primeira potência do mundo, econômica, tecnológica, científica, social e militar.

    O sistema capitalista não tem a menor condição de concorrer com o sistema socialista, desde que a nação possua a insuperável arma de defesa: um mínimo poder de fogo nuclear. Certo?

     

     

  36. Comparar Ciro com Lula? Difícil, né?

    Interesssante esse xadrez. Não sei se é útil adotar técnica semelhante àquela usada por ‘intelectuais esquerdistas’, como Aldo Fornazieri e Wanderley Guilherme dos Santos, ou seja, ‘uma no cravo, outra na ferradura’. Tereza Cruvinel, no iníco deste ano, mostrou como pode ser equivocada essa estratégia de do confronto direto e do isolamento da oposição, num momento como o atual, em que a a totalidade dos parlamentares que podem ser considerados de Esquerda (PT, PSOL, PC do B e parte do PDT) não é suficiente sequer para obstruir a aprovação de projetos da camarilha golpista que exijam maioria simples, tanto na Câmra, como no Senado. Recomendo que acessem o link http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/274872/%C3%89-leg%C3%ADtima-e-consequente-a-participa%C3%A7%C3%A3o-do-PT-nas-Mesas-da-C%C3%A2mara-e-Senado.htm e leiam a análise.

    Ciro Gomes é um político sem identidade ideológica ou partidária. Observem os leitores que ele já passou por diferentes siglas, tais como PSDB, PSB e PDT. Ciro tem ambições de ser presidente e já foi candidato; para conseguir esse intento ele é capaz de muita coisa. O projeto de poder de Ciro é de natureza pessoal, não tem identificação com um programa partidário, com base em equipe de acdêmicos, pensadores, economistas, cientistas sociais e políticos que lhe dêem suporte. Ciro faz um discurso de confronto e bem articulado, visando conquistar a simpatia dos eleitores. Mas o candidato sabe que não tem a mínima condição de governar, se eleito for, mantendo essa postura. Sem uma reforma política e sem um partido forte que lhe dê sustentação e maioria parlamentar, Ciro Gomes corre o risco de ser destituído em menos tempo do que foi Collor de Mello. O professor Ruiy Costa Pimenta classifica Ciro Gomes como um falastrão, um demagogo.

    Ciro Gomes, em declarações nos veículos de mídia, cutuca o Ex-Presidente Lula no sentido de desencorajá-lo da candidatura à presidência no ano que vem. Ciro sabe que numa disputa com Lula – que se não estiver preso, morto ou punido com inelegibilidade pelas ORCRIMs da burocracia estatal (MP e PJ) é pràticamente imbatível numa eleição direta – as chances dele diminuem bastante. Como linha auxiliar de um governo de Esquerda, Ciro pode ajudar. Ciro poderia ser colocado, por exemplo, no Ministério da Justiça, para enquadrar a sediciosa e golpista PF. Em Ministérios da área econômica, Ciro pode contribuir também. Mas Lula já provou que é Estadista e disso Ciro nunca chegou perto. Enfim, não há como comparar Ciro com Lula.

     

  37. APOIO

    O QUE O JORNALISTA lNASSIF falou é a pura verdade, só tenho a acrescentar o quanto o governo do GOLPISTA TEMER é PILANTRA…, comparo este governo como um ilha (um porção de terra cercado de água por todos od lado TEMER : é um ladrão cercado de ladrões por todos os lados! a começar pelo Ministro da Fazenda, Ministro da Casa Civil, Ministro das Relações Exteriores, Morreira Franco,Miniatro dos Esportes, Presidente da Câmara Presidente do Senado, Ministro Gilmar Mendes e muitos outros….! se tiverem coragem me processem !Quadrilha….!

  38. Quem é o deputado estadual citado neste xadrez?

    Olá Nassif, não acompanho com frequência as atividades na Alesp, quem é o deputado estadual do trecho citado abaixo, neste xadrez?

    “Em São Paulo, um deputado estadual que ousou exigir da bancada uma tomada de posição, terminou afastado. O que ele pretendia era um exercício simples de oposição: dificultar a aprovação das contas do governador Geraldo Alckmin, para poder trocar o apoio por projetos de lei apoiados pelo partido..”

    Não é por caça as bruxas, nem tampouco por uma oposição desenfreada, simplesmente é para conhecer quem ainda procura se diferenciar pela aplicação de políticas públicas, e não só por cargos que na maioria das vezes apresenta-se sem importância para o grande público. E no final será comandado por alguém ligado ao presidente da casa.

    Obrigado.

  39. Lula é o Vargas vivo que continua a lutar

    O legado político de Lula é tão forte, que nem a joint venture composta pela mídia e pela justiça seletiva, criada especialmente para encerrar o ciclo político de Lula, não conseguem frear seu crescimento nas pesquisas.

    E não conseguirão parar de jeito algum. Podem impedi-lo, de concorrer pessoalmente com uma condenação puramente política, mas não poderão impedi-lo de influenciar o cenário político.

    A mídia quer rotular o “lulopetismo” como populismo barato e corrupção, mas o povo, que viveu e que se beneficiou do projeto de país, desenhado pelo PT e parcialmente implementado nos governos petistas, quer de volta aquilo que os golpistas estão tomando, e quer ver o resto implementado.

    Lula saiu do governo com uma aprovação de 87% algo muito raro de acontecer em qualquer lugar do mundo. O legato político de Lula se compara ao legado político de Getúlio Vargas.

    Se nem a morte conseguiu interromper o ciclo trabalhista de Vargas, não serão os golpistas que conseguirão parar o Lula. Com ou sem Lula, Lula vencerá novamente. Não sou eu que esta dizendo isso. São as pesquisas que garantem.

     

  40. O objetivo dessa gente, se é

    O objetivo dessa gente, se é que esses idiotas tem um objetivo, ou se deram conta dele, é desorganizar completamente a sociedade. Sociedade minimamente organizada tem perspectiva de fortalecimento. Sociedade em constante caos não tem. 

    E podem se dar ao luxo de destruir tudo porque o objetivo destes idiotas é manter a economia do Brasil funcionando em baixa rotação, ou seja, apenas como exportadora de commodities. E isso se consegue com um mínimo de infra-estrutura. Se as cidades explodirem no caos, azar. Que se matem todos, porque seus habitantes são lixo mesmo.

    Isso já acontece na Líbia. Apesar do estado de natureza que tomou conta do país, o petróleo que as potências querem continua fluíndo. Os habitantes que se matem, morram de preferência. Eles são descartáveis. Interessa apenas o que o solo produz.

  41. Agora o Nassif apontou os

    Agora o Nassif apontou os BURROS. E os burros estão no judiciário empoderado, um erro de avaliação grotesco do PT.

    Para mim, a principal disseminadora da burrice à brasileira se chama rede globo. Esta baixo nível intelectual se disseminou na sociedade não importando classe social, nível educacional(aliás, estes parecem ser os mais emburrecidos), religião, ideologia ou o que quer que seja. A burrice virou uma doença brasileira.

    Somente um país de burros destrói suas maiores empresas, seus projetos de inserção internacional, de desenvolvimento economico e industrial, além de entregar suas riquezas a preço de banana podre, prende seus melhores cérebros científicos e políticos e leva ao poder os maiores corruptos da história em nome do suposto combate adivinhem ao quê, a corrupção.

    O globo nos transformou em um país de burros com raríssimas exceções.

  42. Vocês não conhecem o Ciro..

    Olha vejo alguns comentários estranhos acerca do Ciro, quero me reportar àqueles que acham que ele combaterá o PSDB. O grupo político dele aqui no Ceará colocou um grão tucano, Maia Junior (PSDB), que já foi vice governador para comandar a Secretaria de Planejamento, a 2ª na hierarquia de importância. O grupo político do Ciro já vem conversando nos bastidores com o Tasso Jereissati e o mesmo é muito amigo do Camilo Santana (PT) governador do ceará que sempre o elogia. Outra parte do grupo político do Ciro já iniciou diálogo forte com o DEM, passando pelo vice prefeito eleito de Fortaleza – Moroni Torgan (DEM) – da chapa do prefeito Roberto Claudio (PDT de Ciro).

    O Ciro não tem projeto de esquerda, se é o que vocês pensam. Ele busca um ideário, um pensamento desinolvimentista nacional e não importa se quem apoia ele é de direita ou de esquerda. Se vocês quiserem entender a estratégia do Ciro, analisem o panorama político do Ceará. No meu estado, aqui a briga é pra quem quer ser governador porque há muito, à direita e à esquerda, o estado já decidiu o que quer pra si, começando esse pensamento na época de Virgílio Távora e planejado a partir do 1o governo Tasso.

    Assim, me permitam, o Ciro apesar de ter um pensamento muito à esquerda ele, antes de tudo, quer uma estrategia de desenvolvimento nacional e não importa qual pensamento prevalece e sim se é o melhor para o país. E fazer como Tasso fez no Ceará, que deu em parte muito certo, onde aqui a gente sabe o quer e a briga é pra comandar o Estado e não mudar o que nós queremos.

  43. Comentário infeliz: racismo não percebido
    Impressionante como o racismo se encontra arraigado, explícito e despercebido, mesmo entre autores e leitiores da esquerda: “Só um país de Botocudos…”!!! Quando trocamos isso por “só num país de criolos…” (me desculpem os negros, ou povos pretos, quilombolas, povos de terreiro etc. pela expressão, que aqui uso apenas para elucidar o argumento), algo que, sei, nunca seria escrito nos dias de hoje pelo autor, vemos surgir com clareza o que não aparece quando se trata de referência a povos indígenas. O que o grande Raoni, por exemplo, tem a ver com a imbecilidade “brasileira”apregoada no artigo? Sugiro revisão do texto, acrescida de um pedido de desculpas aos povos indígenas em geral e, especificamente, ao “Botocudos” (seria mais elegante a citação dos nomes corretos destes povos) para que não se configure, em caráter permanente, o crime de racismo em um texto, diga-se, muito bom. 

    1. Racismo contra os índios

      Concordo. Revisão e desculpas seria bom, no mínimo. Pois o texto diz justamente isso: construir um projeto de nação. Nesse caso com respeito aos povos nativos  deste território. 

  44. O espaço de LULA sempre esteve aberto
    Lula foi o maior presidente de nossa história e um dos maiores estadistas do mundo. Quando vemos a verdadeira lixeira eleita pelo POVO, que controla câmara e senado, compreendemos a genialidade de Lula ao governar, para deixar a obra que deixou. Só um gênio faz tanto cercado de quase nada que preste.

  45. O espaço de LULA sempre esteve aberto
    Lula foi o maior presidente de nossa história e um dos maiores estadistas do mundo. Quando vemos a verdadeira lixeira eleita pelo POVO, que controla câmara e senado, compreendemos a genialidade de Lula ao governar, para deixar a obra que deixou. Só um gênio faz tanto cercado de quase nada que preste.

  46. Se é para escolher…..

    Escolho os dois(Lula e Ciro)……..eles que se virem para para encontrar pontos de concordancia…não tenho a mais diminuta certeza que teremos eleições “normais” em 2018, realmente tenho enormes duvidas, e se alem disso a esquerda quer ir pro pau dividida…….ai é que lascou-se……mesmo no caso de haver eleições, não acho que a esquerda ganhe…..quem e vice de quem, para min, pouco importa, quero ver se os dois tem dimensão de estadistas ou são politiqueiros rastaquera……estamos em situação de emergencia…as “egotrips” mais tarde…querem entrar pra Historia…..é o momento….

    1. Dobradinha de Peso: LuCir Já!

      Essa sua idéia foi a melhor coisa que li nos últimos meses. Seria uma esperança nesse deserto que o Brasil atravessa. Seria uma dupla imbatível. Será que as diferenças dos dois são menores que seu amor ao Brasil? Essa é a questão. Quanto da paciência do Lula e da ousadia e soco na mesa do Ciro não nos fariam bem numa hora dessas?

      Deus ilumine para que sua idéia prevaleça e os dois nos liberte desse pesadelo pelo qual passamos. Acho mais ainda, que os dois Ciro/Lula já deveriam ter colocado a banda na rua faz tempo. Tá lançada chapa: LUCIR 2018

  47. Onde foi parar o Luís Nassif

    Onde foi parar o Luís Nassif que chamou – corretamente, registre-se – Ciro Gomes de uma alternativa “populista autoritária”?

  48. A direita acertou no diagnostico mas errou o partido

    A mídia viu o governo Lula que arrumou as trapalhadas de FHC, e achou que bastaria trocar Lula por um dos seus para o barco seguir o rumo do crescimento, elegeu a corrupção para bater em Lula e no PT e adotou um partido completamente sem ideologia para representar seus interesses, o PSDB. Acontece que tudo que a mídia dizia de ruim sobre o PT e Lula vale em dobro se não mais para PSBD, seus lideres, e demais partidos de aluguel. A corrupção nesses outros partidos chegou ao ponto que vai inviabilizar seus governos de tomar as medidas necessárias (as necessárias mesmo) para o Brasil mudar de rumo. A única chance de um governo de sucesso para a direita para 2018 seria com politico grande na cadeia, acertaram no diagnostico mas esse politico não é Lula.

  49. Os sem noção

    A imbecilidade maior dessa elite golpista e de seus executores é não imaginarem sequer o que lhes poderá acontecer se o caldeirão fervente em que estão colocando a classe trabalhadora, a classe mais pobre, mais vulnerável e de maioria infinitamente acima das classes burguesas, abastadas, ganaciosas, entreguistas, preconceituosas e anti patriotas. Não imaginam que eles próprios serão as primeiras vítimas da ira do povão, quando estes não mais conseguirem controlar a fome, o desemprego, a covardia policial, a covardia da justiça, a ignorância e a doença desassistida pela falência da saúde popular. As vítimas serão 100% dos políticos safados, 100% da imprensa vendida e partidária, 100% dos empresários ganaciosos e egoístas, 100% da podridão que infesta o judiciário, 100% dos policiais sem moral, sem ética, sem honra e 100% das celebridades que se aproveitam desse massacre que fazem com a população carente, excluída, indefesa e que representam as classes desfavorecidas c, d, e, f, …

  50. O “iluminista”

    Nassif, acho que você está batendo muito no Luis Roberto Barroso. Por favor, continue. Se puder aumentar a dose, melhor ainda, que o “garganta” do Leblon merece.

  51. O segundo tempo do golpe já começou

    A quali que o Valor publicou e depois despublicou, no mesmo dia em que o Temeroso coloca as Forças Armadas contra toda e qualquer hipótese de desordem, é o salve do segundo tempo do golpe.

    O golpe, para se manter, precisa radicalizar: não basta apenas o golpe parlamentar, ou a campanha incessante na e da mídia amiga, para se manter a re-concentração do capital, a precarização completa do trabalho, a inviolabilidade do Estado como um saco sem fundo para o saque da nata da corrupção política e econômica ou a privatização de toda e qualquer intervenção do Estado na vida econômica e social; será necessária a relativização da democracia (mantendo uma fachada democrática, com eleições e uma disputa de partidos que pregam a mesma coisa) e a militarização da vida política e social.

    Por outro lado, a greve da PMES (feita de maneira simples e genial, usando os próprios familiares, não sujeitos à Justiça Militar, como arma e escudo) se espalhará para outros Estados – como já se espalhou para a PMERJ – e jogará o país na beira do precipício social. O que, volto a repetir, é o caldo de cultura ideal para o surgimento dos aventureiros e de tentativas de golpes de Estado por lobos solitários. A desculpa ideal, também, para que as Forças Armadas sejam devolvidas ao centro do Poder.
    (Não por acaso o clã Bolsonaro e Cabo Daciolo não foram e não serão vistos durante a crise; não há espaço para eles, longe demais dos quartéis, nesta situação que vai se extremando.)

    Então, apertados pela realidade doméstica, por uma economia que não reagirá e um cenário externo em que ninguém investirá no Brasil ou em lugar algum até que Trump pare de tuitar e comece a implantar uma política econômica (o que não deve acontecer tão cedo), só resta uma saída ao grupo aboletado nos três Poderes, que envolve:

    – A inviabilização das eleições presidenciais de 2018
    – A militarização, colocando o Brasil num Estado de Sítio virtual (já que o Estado de Sítio real não acontecerá por obra e graça do artigo 60 parágrafo 1, a inscrição na lápide da Constituição de 1988)
    – Uma reforma constitucional, ou uma nova Constituição, que (i) traga as Forças Armadas para dentro da política (ii) impeça a eleição de chefes de Estado que não estejam comprometidos com o bando (parlamentarismo?)

    Ah sim, tem o problema (para eles) Lula. A quali descobriu o óbvio: o lulismo não só transformou o PT em um anão, mas também transformou todo o resto do espectro político em anão, e crescerá à medida que a crise for se aprofundando. Mais um motivo para militarizar o regime e relativizar a democracia: sem isso, não haverá como prender Lula sem que isso seja o estopim de alguma grande revolta, como aliás quase aconteceu no dia da condução coercitiva. Lula terá que ser preso, exposto em praça pública como troféu de caça e trancafiado até morrer (ou ser morrido), porque essa é a esperança de que o lulismo acabe. E isso só pode ocorrer sem que haja este incômodo chamado Estado de Direito para atrapalhar.

    Sobre Ciro Gomes: é raposa velha. Cheirou o incêndio acontecendo. E jogará gasolina no fogo com a esperança de que todo mundo se carbonize. Tem chance de conseguir isso.

    1. ‘Saudade de Lula’ pode ser componente eleitoral de 2018

       

       

      ‘Saudade de Lula’ pode ser componente eleitoral de 2018, sugere pesquisa

         Ricardo Mendonça Com a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer novamente à Presidência da República, a disputa pelo cargo  em 2018 poderá ter um componente eleitoral inédito, sugere uma pesquisa qualitativa feita pela empresa  Ideia Inteligência com exclusividade para o Valor: saudades. Ao explorar os argumentos e as justificativas de um grupo selecionado de eleitores que andam afastados do PT, mas declaram intenção de votar no petista, o levantamento identificou reiterados sinais de um sentimento de nostalgia em relação à sua gestão, de 2003 a 2010. Eleitores não ideológicos que estariam dispostos a guiar a escolha baseados em boas lembranças daquele governo. Lembranças associadas, principalmente, a aspectos econômicos. O estudo qualitativo não tem valor estatístico. Seus resultados não podem ser projetados para o conjunto do eleitorado ou interpretados como síntese de opiniões do grupo social investigado. Mas dão pistas a respeito do que pode estar passando pela cabeça de uma parcela dos brasileiros que tem alimentado o crescimento do petista nas pesquisas quantitativas.  Em dezembro, num levantamento quantitativo com 2.828 entrevistas e margem de erro de dois pontos, o Datafolha mostrou que Lula é líder isolado em todos os cenários de primeiro turno. Apesar do noticiário francamente desfavorável em 2016, com a Lava-Jato em seu encalço, impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e derrota do PT nas eleições municipais, as intenções de voto no ex-presidente cresceram, enquanto a taxa de rejeição ao seu nome apresentou tendência de recuo. Em seu melhor cenário, Lula pulou de 17% em março para  26% em dezembro (confira nos gráficos abaixo). Em simulações de segundo turno, só perdeu para a sua  ex-ministra Marina Silva (Rede).  Para tentar entender que tipo de fenômeno pode estar sustentando esse desempenho, a empresa Ideia reuniu um grupo específico de eleitores declarados do petista e promoveu uma discussão de uma hora e meia, estimulada por um profissional habilitado. Trata-se de uma técnica muito usada por marqueteiros para captar motivações subjetivas de segmentos de eleitores e orientar rumos publicitários de campanhas eleitorais.  O grupo era composto por dez pessoas, que receberam uma gratificação em dinheiro pela participação, lanche e refrigerante. Optou-se por eleitores das classes C e D de regiões periféricas de São Paulo, de 25 a 55 anos, que não são filiados ou militantes do PT, mas que, embora possam ter restrições ao partido, declaram intenção de votar em Lula numa nova eleição presidencial. Os eleitores selecionados, conforme ficou demonstrado na sessão, têm interesse por política, mas são pouco informados e nutrem forte rejeição a partidos. Usam como fontes de informação o Facebook e a televisão, principalmente Globo e Record. Todos já votaram em Lula pelo menos uma vez, mas nenhum votou pela reeleição do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) no ano passado. Mais da metade declarou voto no tucano João Doria, três anularam, um foi de Celso Russomanno (PRB). O nome do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que ensaia o lançamento de uma candidatura presidencial, despertou visível interesse nos homens, mas também imediata rejeição entre as mulheres.  No grupo em que só um disse não ter apoiado o impeachment de Dilma, a figura política de Lula foi reverenciada. A discussão em torno de seu nome, conforme assinalam os pesquisadores, é embalada por “forte apelo emocional”, movida por um sentimento de “gratidão extrema, ligada à sensação de boa situação financeira (…) que marcou os governos Lula na memória dos entrevistados”. A pesquisa ocorreu uma semana antes da morte da mulher de Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Um dos aspectos mais destacados pelos participantes foi o do trabalho, realçado várias vezes durante a sessão. “Havia um equilíbrio entre as coisas, a taxa de desemprego era muito baixa. No governo dele eu arrumava emprego fácil, mesmo sendo menor de idade”, afirmou um dos participantes. “Antes eu escolhia a empresa que eu queria trabalhar”, completou outro. “Era um governo que todo mundo gostava, você não via ninguém fazer baderna”, resumiu mais um. “Só quem não gostou da administração dele foi o pessoal da classe A. Muita gente começou a ter opção e salário melhor e parou de se sujeitar para os patrões.” Também chama a atenção o aspecto do consumo, em especial o associado à alimentação. “No governo dele dava para fazer um mercado bom”, “Eu comia picanha”, “Um saco de arroz era oito reais”, foram algumas das manifestações extraídas. A ideia ascensão social sob as gestões Lula parece enraizada. “O cara da classe E passou para a D, o da D passou para a C, e o da C passou para a B”, explicou um participante. “Ele [Lula] segurou muito a inflação. Ajudou a diminuir muito a miséria”, disse outro. Para o diretor da Ideia Inteligência, Mauricio Moura, a boa lembrança do governo Lula na área econômica será o principal ativo eleitoral do petista, caso resolva disputar a Presidência novamente no ano que vem. “As pessoas reconhecem que a vida era melhor quando ele era presidente”, diz. “E gratidão parece ser uma coisa muito forte nesse grupo.” O relatório produzido por sua empresa afirma que os brasileiros com esse perfil parecem buscar “um sentimento de plenitude que sentiram nos antigos governos de Lula”. Esta é a segunda vez que a Ideia Inteligência faz pesquisa qualitativa por sugestão do Valor. Na primeira, em julho de 2016, o que estava em pauta era a eleição para prefeito de São Paulo. O objetivo era tentar identificar quem ganharia com a possível exclusão de Russomanno da disputa, líder isolado  que corria o risco de ter a candidatura vetada em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O estudo sugeriu que Doria, na época empatado em quarto lugar com 8%, era quem tinha o maior potencial. Embora a decisão do STF não tenha resultado na retirada de Russomanno, a avaliação acabou sendo confirmada. Quando sua candidatura murchou, quem cresceu foi Doria, que atropelou os rivais e acabou eleito no primeiro turno.   O estudo feito agora com um grupo selecionado de eleitores de Lula também investigou as opiniões sobre a ex-presidente Dilma. A simpatia foi mínima. Entre os participantes, ela foi considerada arrogante, despreparada e, principalmente, inábil. Mas, diferentemente do que pode sugerir o senso comum, isso não parece afetar a imagem do ex-presidente. Foi consensual no grupo que os atuais problemas políticos e econômicos do país surgiram após a saída de Lula da Presidência. Todos os males são atribuídos à inabilidade ou à incapacidade de Dilma.  Algumas frases repetidas expressam bem essa ideia: “A pressão fez ela [Dilma] sair do rumo do governo”, disse um participante. “Ela não passava credibilidade, perdeu os aliados e não conseguia passar uma informação”, opinou outro. Em outros momentos, a tentativa de apartá-la do ex-presidente ficou nítida. “O primeiro governo dela foi bom, ela manteve muitas coisas do Lula”, afirmou uma mulher. “Ela começou a não ouvir o partido, é como eu vejo”, disse outra. A carga de responsabilidade colocada exclusivamente sobre Dilma é um aspecto que impressionou Renato Dorgan Filho, o profissional que coordenou e conduziu os 90 minutos de discussão entre os eleitores recrutados. “É incrível: eles colocam a culpa de tudo nas costas da Dilma. Tudo de ruim vem da falta de habilidade dela”, disse. Apesar da repulsa à presidente afastada, não foi detectado qualquer sinal de satisfação com o governo Michel Temer, o vice que trabalhou e acabou beneficiado pelo afastamento. “Eu fui a favor [do impeachment], mas não queria que entrasse o vice”, disparou um participante. “Para mim não mudou nada”, disse outro. “E só vai piorar.” A agenda de reformas conduzida por Temer não é percebida com nitidez. Apesar do apoio genérico à ideia de corte de gastos, ninguém pareceu seguro para explicar o que foi a emenda constitucional que congelou os gastos públicos. E alguns apresentaram aversão quando informados pelo mediador que a medida poderia afetar as áreas de saúde e educação. “Tinha que limitar gastos deles [dos políticos]”, protestou uma participante. “Eles ganham casa, carro. Eles ganham mais do que eu e querem um monte de coisas?”, completou.  Já a reforma da Previdência é recebida com mais desconfiança, embora também não tenham informações precisas sobre o conteúdo da proposta. Chamou a atenção a associação imediata de alguns com a saúde e a expectativa de vida. “A gente não tem saúde para isso”, destacou um participante, falando sobre a possibilidade de aumento da idade mínima. “Para poder trabalhar mais, a gente precisa ter mais saúde”, alguém reforçou. O aspecto que se mostra mais desfavorável para Lula, segundo Mauricio Moura, é a Lava-Jato. Isso porque há visível apoio à operação, entendida no grupo como uma coisa boa para o país. O juiz Sergio Moro é percebido de forma muito positiva, com respeito. E ninguém parece acreditar na tese segundo a qual o magistrado estaria perseguindo Lula, embora quase todos enxerguem o petista como vítima de algumas perseguições. “Esse eleitorado não se sente bem quando Lula fala mal da Lava-Jato”, diz o pesquisador. “Lula vai ter de equalizar isso, não será fácil”. Até agora, porém, o ex-presidente é preservado. As citações das prisões de auxiliares muito próximos, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, não impressionaram os participantes. Nem as acusações diretas contra Lula, envolvendo um apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia. “Ele [Lula] fechou o olho para alguma coisa e ganhou um presentinho”, minimizou um dos participantes. “O Lula ganhou pelo trabalho dele”, afirmou um rapaz. A ideia de desproporcionalidade é forte. “Pega um vereador, tem muito mais poder aquisitivo que um sítio em Atibaia ou um apartamento no Guarujá”, disse alguém. “Atibaia nem é tudo isso”, completou uma mulher. “Não tem provas concretas”, decretou outro.

  52. ‘Saudade de Lula’ pode ser componente eleitoral de 2018

     

    http://www.valor.com.br/politica/4866784/saudade-de-lula-pode-ser-componente-eleitoral-de-2018-sugere-pesquisa

     

    Valor Econômico

     

    ‘Saudade de Lula’ pode ser componente eleitoral de 2018, sugere pesquisa

       Ricardo Mendonça Com a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorrer novamente à Presidência da República, a disputa pelo cargo  em 2018 poderá ter um componente eleitoral inédito, sugere uma pesquisa qualitativa feita pela empresa  Ideia Inteligência com exclusividade para o Valor: saudades. Ao explorar os argumentos e as justificativas de um grupo selecionado de eleitores que andam afastados do PT, mas declaram intenção de votar no petista, o levantamento identificou reiterados sinais de um sentimento de nostalgia em relação à sua gestão, de 2003 a 2010. Eleitores não ideológicos que estariam dispostos a guiar a escolha baseados em boas lembranças daquele governo. Lembranças associadas, principalmente, a aspectos econômicos. O estudo qualitativo não tem valor estatístico. Seus resultados não podem ser projetados para o conjunto do eleitorado ou interpretados como síntese de opiniões do grupo social investigado. Mas dão pistas a respeito do que pode estar passando pela cabeça de uma parcela dos brasileiros que tem alimentado o crescimento do petista nas pesquisas quantitativas.  Em dezembro, num levantamento quantitativo com 2.828 entrevistas e margem de erro de dois pontos, o Datafolha mostrou que Lula é líder isolado em todos os cenários de primeiro turno. Apesar do noticiário francamente desfavorável em 2016, com a Lava-Jato em seu encalço, impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e derrota do PT nas eleições municipais, as intenções de voto no ex-presidente cresceram, enquanto a taxa de rejeição ao seu nome apresentou tendência de recuo. Em seu melhor cenário, Lula pulou de 17% em março para  26% em dezembro (confira nos gráficos abaixo). Em simulações de segundo turno, só perdeu para a sua  ex-ministra Marina Silva (Rede).  Para tentar entender que tipo de fenômeno pode estar sustentando esse desempenho, a empresa Ideia reuniu um grupo específico de eleitores declarados do petista e promoveu uma discussão de uma hora e meia, estimulada por um profissional habilitado. Trata-se de uma técnica muito usada por marqueteiros para captar motivações subjetivas de segmentos de eleitores e orientar rumos publicitários de campanhas eleitorais.  O grupo era composto por dez pessoas, que receberam uma gratificação em dinheiro pela participação, lanche e refrigerante. Optou-se por eleitores das classes C e D de regiões periféricas de São Paulo, de 25 a 55 anos, que não são filiados ou militantes do PT, mas que, embora possam ter restrições ao partido, declaram intenção de votar em Lula numa nova eleição presidencial. Os eleitores selecionados, conforme ficou demonstrado na sessão, têm interesse por política, mas são pouco informados e nutrem forte rejeição a partidos. Usam como fontes de informação o Facebook e a televisão, principalmente Globo e Record. Todos já votaram em Lula pelo menos uma vez, mas nenhum votou pela reeleição do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) no ano passado. Mais da metade declarou voto no tucano João Doria, três anularam, um foi de Celso Russomanno (PRB). O nome do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que ensaia o lançamento de uma candidatura presidencial, despertou visível interesse nos homens, mas também imediata rejeição entre as mulheres.  No grupo em que só um disse não ter apoiado o impeachment de Dilma, a figura política de Lula foi reverenciada. A discussão em torno de seu nome, conforme assinalam os pesquisadores, é embalada por “forte apelo emocional”, movida por um sentimento de “gratidão extrema, ligada à sensação de boa situação financeira (…) que marcou os governos Lula na memória dos entrevistados”. A pesquisa ocorreu uma semana antes da morte da mulher de Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Um dos aspectos mais destacados pelos participantes foi o do trabalho, realçado várias vezes durante a sessão. “Havia um equilíbrio entre as coisas, a taxa de desemprego era muito baixa. No governo dele eu arrumava emprego fácil, mesmo sendo menor de idade”, afirmou um dos participantes. “Antes eu escolhia a empresa que eu queria trabalhar”, completou outro. “Era um governo que todo mundo gostava, você não via ninguém fazer baderna”, resumiu mais um. “Só quem não gostou da administração dele foi o pessoal da classe A. Muita gente começou a ter opção e salário melhor e parou de se sujeitar para os patrões.” Também chama a atenção o aspecto do consumo, em especial o associado à alimentação. “No governo dele dava para fazer um mercado bom”, “Eu comia picanha”, “Um saco de arroz era oito reais”, foram algumas das manifestações extraídas. A ideia ascensão social sob as gestões Lula parece enraizada. “O cara da classe E passou para a D, o da D passou para a C, e o da C passou para a B”, explicou um participante. “Ele [Lula] segurou muito a inflação. Ajudou a diminuir muito a miséria”, disse outro. Para o diretor da Ideia Inteligência, Mauricio Moura, a boa lembrança do governo Lula na área econômica será o principal ativo eleitoral do petista, caso resolva disputar a Presidência novamente no ano que vem. “As pessoas reconhecem que a vida era melhor quando ele era presidente”, diz. “E gratidão parece ser uma coisa muito forte nesse grupo.” O relatório produzido por sua empresa afirma que os brasileiros com esse perfil parecem buscar “um sentimento de plenitude que sentiram nos antigos governos de Lula”. Esta é a segunda vez que a Ideia Inteligência faz pesquisa qualitativa por sugestão do Valor. Na primeira, em julho de 2016, o que estava em pauta era a eleição para prefeito de São Paulo. O objetivo era tentar identificar quem ganharia com a possível exclusão de Russomanno da disputa, líder isolado  que corria o risco de ter a candidatura vetada em decorrência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O estudo sugeriu que Doria, na época empatado em quarto lugar com 8%, era quem tinha o maior potencial. Embora a decisão do STF não tenha resultado na retirada de Russomanno, a avaliação acabou sendo confirmada. Quando sua candidatura murchou, quem cresceu foi Doria, que atropelou os rivais e acabou eleito no primeiro turno.   O estudo feito agora com um grupo selecionado de eleitores de Lula também investigou as opiniões sobre a ex-presidente Dilma. A simpatia foi mínima. Entre os participantes, ela foi considerada arrogante, despreparada e, principalmente, inábil. Mas, diferentemente do que pode sugerir o senso comum, isso não parece afetar a imagem do ex-presidente. Foi consensual no grupo que os atuais problemas políticos e econômicos do país surgiram após a saída de Lula da Presidência. Todos os males são atribuídos à inabilidade ou à incapacidade de Dilma.  Algumas frases repetidas expressam bem essa ideia: “A pressão fez ela [Dilma] sair do rumo do governo”, disse um participante. “Ela não passava credibilidade, perdeu os aliados e não conseguia passar uma informação”, opinou outro. Em outros momentos, a tentativa de apartá-la do ex-presidente ficou nítida. “O primeiro governo dela foi bom, ela manteve muitas coisas do Lula”, afirmou uma mulher. “Ela começou a não ouvir o partido, é como eu vejo”, disse outra. A carga de responsabilidade colocada exclusivamente sobre Dilma é um aspecto que impressionou Renato Dorgan Filho, o profissional que coordenou e conduziu os 90 minutos de discussão entre os eleitores recrutados. “É incrível: eles colocam a culpa de tudo nas costas da Dilma. Tudo de ruim vem da falta de habilidade dela”, disse. Apesar da repulsa à presidente afastada, não foi detectado qualquer sinal de satisfação com o governo Michel Temer, o vice que trabalhou e acabou beneficiado pelo afastamento. “Eu fui a favor [do impeachment], mas não queria que entrasse o vice”, disparou um participante. “Para mim não mudou nada”, disse outro. “E só vai piorar.” A agenda de reformas conduzida por Temer não é percebida com nitidez. Apesar do apoio genérico à ideia de corte de gastos, ninguém pareceu seguro para explicar o que foi a emenda constitucional que congelou os gastos públicos. E alguns apresentaram aversão quando informados pelo mediador que a medida poderia afetar as áreas de saúde e educação. “Tinha que limitar gastos deles [dos políticos]”, protestou uma participante. “Eles ganham casa, carro. Eles ganham mais do que eu e querem um monte de coisas?”, completou.  Já a reforma da Previdência é recebida com mais desconfiança, embora também não tenham informações precisas sobre o conteúdo da proposta. Chamou a atenção a associação imediata de alguns com a saúde e a expectativa de vida. “A gente não tem saúde para isso”, destacou um participante, falando sobre a possibilidade de aumento da idade mínima. “Para poder trabalhar mais, a gente precisa ter mais saúde”, alguém reforçou. O aspecto que se mostra mais desfavorável para Lula, segundo Mauricio Moura, é a Lava-Jato. Isso porque há visível apoio à operação, entendida no grupo como uma coisa boa para o país. O juiz Sergio Moro é percebido de forma muito positiva, com respeito. E ninguém parece acreditar na tese segundo a qual o magistrado estaria perseguindo Lula, embora quase todos enxerguem o petista como vítima de algumas perseguições. “Esse eleitorado não se sente bem quando Lula fala mal da Lava-Jato”, diz o pesquisador. “Lula vai ter de equalizar isso, não será fácil”. Até agora, porém, o ex-presidente é preservado. As citações das prisões de auxiliares muito próximos, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, não impressionaram os participantes. Nem as acusações diretas contra Lula, envolvendo um apartamento no Guarujá e um sítio em Atibaia. “Ele [Lula] fechou o olho para alguma coisa e ganhou um presentinho”, minimizou um dos participantes. “O Lula ganhou pelo trabalho dele”, afirmou um rapaz. A ideia de desproporcionalidade é forte. “Pega um vereador, tem muito mais poder aquisitivo que um sítio em Atibaia ou um apartamento no Guarujá”, disse alguém. “Atibaia nem é tudo isso”, completou uma mulher. “Não tem provas concretas”, decretou outro.

  53. Sem ignorar o papel de Lula

    Sem ignorar o papel de Lula como líder político, há que se levar em conta a comparação de uma candidatura Lula e uma candidatura Ciro em 2018. Há várias vantagens em relação a segunda opção.

    – Eleitoralmente Lula parte de um piso mais alto de votos, mas seu teto num segundo turno também é mais baixo.

    – Pelo clima de desmantelo institucional que o país vive, cada vez mais o eleitor vai desejar retóricas mais incisivas, menos conciliatórias, já é possível observar esse fenômeno. Ciro divide esse eleitorado que tende se inclinar a votar em Bolsonaro e em outros amalucados que poderão aparecer durante o processo eleitoral. Esse é um mercado de votos que um candidato como Ciro tende a capitalizar mais do que qualquer outro no campo da esquerda. Esse é o zeitgest em que ocorrerá a eleição de 2018.

    – Não dá pra esquecer o fato de que o tema da corrupção continuará na agenda, não adiantará não se provar culpa de Lula nos escândalos, o imaginário de boa parte da população é da corrupção de Lula e do PT, esse fardo Ciro não carrega. Nenhum candidato do PSDB poderá levantar o tema da corrupção pra enfrentá-lo, aí muda o foco do debate para um terreno em que a esquerda leva vantagem.

    – Com leves acenos de apoio de Lula a Ciro, o eleitorado de Lula votaria naturalmente em Ciro, possibilitando ainda que Ciro busque votos no centro.  Mesmo porque é inegável que no momento o eleitorado pendeu seu centro gravitacional para a direita. Cito tem mais condições de capturar esse eleitor.

    – Apesar de Lula encarnar um perfil mais conciliatório, tradicional da política brasileira, neste momento cumprir esse papel depois de eleito não será possível. Continuará a campanha de ódio  tendo ele como alvo e o país dividido. Mesmo com retórica mais agressiva será mais fácil a Ciro diminuir a fervura política, o diálogo necessário para qualquer governo será mais factível sem Lula.

    – Ciro toca o dedo na ferida do problema da política econômica que Lula não parece querer abordar, ou seja, com Lula, o nó górdio dos entraves econômicos do país continuarão inatacados.

    – A eleição de Lula, por sua idade, não vislumbra um futuro. Ciro é novo e pode se reeleger.

    – Enfim, é hora de Lula preservar seu legado político, que será julgado pela história, e abrir caminho para outros protagonistas que tem mais condições de levar a frente às bandeiras do campo progressista, não só no presente, como para o futuro do país.

    1. Assino embaixo. Finalmente

      Assino embaixo. Finalmente Nassif vê Ciro como uma opção viável do campo progressista. Lula foi opção conciliadora em 2002. Hoje sua eleição seria um inferno, um clima apocalíptico, ingovernável. Ciro tem mais aceitação do centrão, ao que parece.

  54. OS JUROS

    Se o orçamento da união de 3,5 trilhões de reais destina 1,722 trilhões para “encargos da dívida” ou seja quase 50%, porque se preocupam tanto com os 16% da previdência??? Para mim está claro que querem economizar com o “supérfluo” para poderem gastar mais como que é realmente “importante”, ou seja, OS JUROS. O pensamento deste “desgoverno” é poder dedicar mais recursos para os “encargos da dívida” talvez, quem sabe, em vez de míseros 50% possam no orçamento de 2018 atingir um degrau a mais, se os pobres forem mais “compreensivos” um patamar de 60% é totalmente exequível.

    Quero sugerir que, no próximo Governo Lula, ele priorize o combate a esta política destrutiva de “juros altos”, o Brasil é um dos únicos países do mundo que garantem uma política de ganho real para o setor financeiro, através dos juros básicos, que tendem a ser quase sempre no mínimo o dobro da inflação. Hoje a inflação é de aproximadamente 5%, os juros são 13%. Nenhuma economia suporta isto. O setor industrial principalmente está morrendo a olhos vistos! O grande erro dos Governos Lula e Dilma foi manter o “COPOM” e o “CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL” na forma traçada por FHC, através de uma Lei de 1996. Proponho em Homenagem ao saudoso “José de Alencar” que alteremos o Copom e o CMN, fazendo com que todos os setores da economia estejam representados nestes conselhos, um membro do setor industrial, um do comércio, um do agronegócio, um do setor de serviços e até um do setor financeiro.

    Secretário da Fazenda e Presidente do Banco Central não podem ser banqueiros como temos hoje, nem economistas que fora algumas “augustas exceções” são medíocres e/ou trabalham para o setor financeiro. A economia deve ser comandada por pessoas do setor produtivo, o ideal é que sejam escolhidos grandes empresários do setor produtivo para comandar a economia, tanto o Ministério da Fazenda quanto o Banco Central, o objetivo deve ser sempre o crescimento e a criação de empregos; quanto aos juros, distribuindo o poder de decisão pela via do Copom a todos os setores da economia eu duvido que ele se mantenha nas alturas. È assim nos Estados Unidos onde a decisão sobre os juros está distribuída, havendo até um Conselho de Governadores com direito a voto. Hoje o que vemos é que todos os membros do Copom são representantes do “mercado”, ou seja, do setor financeiro. Temos de dividir a responsabilidade de baixar os juros com todos os setores econômicos.

    Os juros são hoje a maior causa de aumento da carga tributária em nosso país, basta ver o orçamento da união, infelizmente as Federações de Comércio e Industria do Brasil não conseguem ver isto, são mal assessoradas é o que podemos perceber.

    1. Uma pergunta realmente

      Uma pergunta realmente interessante que nenhum de vocês está fazendo e que vocês realmente deveriam fazer:

      Para aonde estão indo estes 1,722 trilhões em juros?

      Quais são os indivíduos que estão embolsando essa quantia? Dinheiro não evapora depois de sair dos cofres do governo brasileiro (ou de qualquer outro cofre no mundo para dizer a verdade).

      Seria realmente interessante levantar para aonde estão indo essas centenas de bilhões e eu apostaria que vocês ao chegarem no final da trilha do dinheiro encontrariam os mandantes do golpe de estado. Teríamos um punhado de brasileiros com centenas de bilhões dormindo em paraísos fiscais? Ou Wall Street é ainda mais rica do que os meus palpites mais insanos?

  55. A última frase do texto é, na

    A última frase do texto é, na minha opinião, a mais lapidar definição do desafio que o Brasil enfrenta para poder reconstruir alguma esperança de futuro:

    “No fundo, a grande disputa de 2018 será não apenas conseguir desenhar um projeto de país viável, como enfrentar o imbecil coletivo, a ditadura do senso comum, que se apossou dos principais poderes da República.”

  56. Como sempre,não faço

    Como sempre,não faço comentarios sobre  aquilo que Luis convencionou chamar de Xadrez.Me permito a observações.A elas.Começo a perceber que o termo “Xadrez” já dá os primeiros sinais de cansaço.Por que Xadrez da Saudade de Lula?O que menos se falou ao do longo artigo,foi sobre a figura de Lula.De raspão,saiu-se um Lula conciliador.Isso eu sei desde que o capeta era menino.O artigo se encaixa mais para “A Hora de Ciro” de que “Saudades de Lula”.Erra o autor quando coloca o PT como entrave.A esta altura do campeonato,não existe PT,existe Lula.O protagonista das eleições,ou não,recairá sobre a figura de Lula,seja em que direção for.A contragosto,começo a notar uma certa fixação de Luis sobre a figura do Ministro Barroso.Mesmo tendo mil razões,não comporta tal procedimento para um jornalista do quilate de Nassif.Desfoca o jornalista,induzindo parecer alguma coisa de pessoal.Antes que anoiteça,bom que se coloque,acho que o Ministro Barroso foi apanhado na pratica do atentado violento ao pudor juridico.Não merece meu respeito.No mais,adentramos no terreno da imprevisibilidade,o que me obriga a confessar,disso entendo muito pouco,quase nada. 

     

     

     

     

    1. LULA E CIRO

      Se houver eleições em 2018 (oh dúvida que me atormenta!) e se o Lula resistir a este cerco insano contra ele, teremos chances de nos recuperar. Minha opinião é:

      -LULA GANHA NO 1º turno, mas tem que ter um plano de país bem feito para poder avançar e impor uma regulação da mídia que evite não a discordância que, para mim é sagrada, mas para evitar o domínio de uma voz pelo domínio econòmico. Participante de uma rede tem que ter no mínimo 50% de participação com produção local.

      -CIRO não tem possibilidade sozinho. Mas acho que ele sendo inicialmente um vice do LULA, já combinado o apoio do LULA em uma eleiçao seguinte, ele teria grandes possibilidades de praticar um bom governo. Ele como vice, mas tendo uma função importante no dia a dia do governo terá um grande aprendizado para controlar a boca, seu grande defeito.

      Penso que, pela a idade e já ter firmado um alto conceito, não só no Brasil, mas no mundo LULA  não pensava nesta empreitada. Está indo para o sacrifício. Mas ele, com suas ideias que, modestia a parte, eu comungo em um só período de governo, colocará o Brasil nos eixos. Ciro herdaria um país organizado.

      Tenho uma certeza comigo. O BRASIL POUCO PRECISA DO MUNDO, MAS O MUNDO PRECISA MUITO DO BRASIL Vencendo esta desigualdade gritante, voaremos alto.

       

      Fabio Colares

       

       

       

  57. Os procuradores,juízes e

    Os procuradores,juízes e ministros do STF,alguns,  imaginam  ou creem ,que o” principio da queimada”,aplica-se na  reconstrução  das empresas de alta tecnologia,aniquilando-as, e, ai,sob a  brasa fria ou morna,renascerá  essa fênix tão decantada,depurada pelo fogo,livre do pecado original.  Íntegro,probo,casto,honrado esse é o empresário que emergirá desse processo higienista. Nova crença exige novos pregadores….

     

     

  58. Legislativo e antipolítica

    LEGISLATIVO

     A estória é sempre a mesma: o lulismo estabeleceu-se através de um sistema político viciado; o povo brasileiro acreditou que era classe média; político é bandido; blá blá blá …

    No meio dessa balbúrdia político-social, que individuo se habilita em rever sua própria análise da política?

     A crise do povo brasileiro é de si próprio, no entanto, a desgraça é sempre sinônima de uma sigla partidária rifada pelo próprio cidadão nas eleições para cargos do legislativo, sem o consentimento destes, nenhum presidente prospera.

     

    ANTIPOLÍTICA

    O grupo Lava Jato sabe que a maioria da população brasileira não conhece E. Padilha, M. Franco, Geddel V. ou R. Maia, por isso, mesmo que estes forem condenados por algum crime, não saciam a íra da besta.

     Não obstante, os justiceiros vão ter que oferecer como moeda de troca, um nome tucano, à condenação branda de Lula, é aí em que, o famoso, Aécio deve se preocupar, e muito.

    Quanto a Temer, decerto, vai amargar um ostracismo penal após 2018, mas por muitos anos será lembrado pela presença de seu filho Moraes.

     

     

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