Pacheco decide instalar CPI do MEC

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Os trabalhos da CPI, no entanto, só devem começar no final do ano, após as eleições

Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). A decisão foi tomada nesta terça-feira (5) durante reunião com líderes da Casa. 

O requerimento para criação do colegiado deve ser lido pelo autor, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em sessão rápida no plenário, após a ordem do dia, até o fim desta semana.

Randolfe afirmou que irá acionar o Supremo Tribunal Federal se o presidente da Casa não ler o documento até amanhã (6).

Pacheco já havia demonstrado preocupação com a criação da Comissão às vésperas das eleições, já que a tendência é que o Senado fique esvaziado durante o período eleitoral, que começa oficialmente em agosto, 

Com isso, os trabalhos da CPI só devem começar no final do ano, após o pleito previsto para outubro, seguindo a manifestação do União Brasil, PL, PSC, Podemos, PSD, Republicanos e PDT. Mas, em contrapartida, MDB, PT e Rede querem a instalação já no próximo mês. 

Durante a reunião também foram acordadas as instalações de outras CPIs. Uma delas também tem como alvo o MEC, sobre obras paradas na pasta. Também foi dado o aval para a CPI do crime organizado, para apurar a atuação de facções criminosas. 

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Corrupção no MEC

A ação acontece em meio às investigações da Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pastores evangélicos próximos de Jair Bolsonaro (PL), que teriam cobrado propina de prefeitos para facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Ribeiro e dois pastores chegaram a ser presos no último dia 22, mas um desembargador do Distrito Federal mandou soltá-los

O caso ainda ganhou novos contornos, após vir a público uma ligação de Ribeiro à sua filha, onde revelou que Bolsonaro teria alertado sobre uma possível operação da Polícia Federal (PF), que de fato ocorreu. O telefonema foi interceptado pela PF e divulgado pelo O Globo.

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