EUA e Japão retiram seus cidadãos à medida que o surto do coronavírus avança na China

Embora o número de casos pareça ter aumentado rapidamente, cogita-se que isso se deveu a melhores relatórios e os números permanecem pequenos em comparação com a população.

Photograph: Feature China/Barcroft Media

Jornal GGN – Conforme o número de mortos por coronavírus aumenta, as autoridades de outros países lutam para retirar seus cidadãos para fora dos centros de surto. O Japão disse que enviaria um voo fretado para Wuhan para evacuar seus cidadãos, enquanto o governo dos EUA disse estar também preparando um transporte aéreo. Tanto a Coréia do Sul quanto a França também pretendem retirar os cidadãos nesta semana.

Vários países também intensificaram suas advertências sobre viagens à China, incluindo os EUA, que aconselham os cidadãos a evitar visitas não essenciais a qualquer parte do país. Antes disso, o alerta era somente para viagens não essenciais a Wuhan ou outras partes da província de Hubei, onde ocorreram a maioria das mortes. A Alemanha e a Turquia divulgaram declarações semelhantes pedindo aos cidadãos que reconsiderem todas as viagens.

Na segunda-feira, o governo britânico, que foi acusado de uma resposta lenta à crise, pediu aos cidadãos que entrassem em contato com o Ministério de Relações Exteriores e da Commonwealth, para que pudessem determinar quantos britânicos estavam em Wuhan. O secretário de Saúde do Reino Unido, disse que os cidadãos seriam repatriados. Aproximadamente 300 cidadãos do Reino Unido podem estar na província de Hubei.

Os residentes britânicos presos em Wuhan criticaram o governo do Reino Unido. A cidade, que abriga 11 milhões de pessoas, está bloqueada desde quinta-feira, com aviões, trens e a maioria dos veículos particulares impedidos de sair.

A China noticiou que já existem cerca de 4.515 casos da doença notificados, e quase 1.000 pessoas em estado crítico. Pequim confirmou a primeira morte da cidade pelo vírus. Embora o número de casos pareça ter aumentado rapidamente, cogita-se que isso se deveu a melhores relatórios e os números permanecem pequenos em comparação com a população.

O ministro das Relações Exteriores do Japão informou que cerca de 650 cidadãos japoneses esperavam retornar ao Japão e que o primeiro voo poderia transportar cerca de 200 passageiros. Disse ainda que o governo está fazendo acordos para voos adicionais que partirão para Wuhan quarta-feira.

Estados Unidos enfrentam o mesmo dilema, já que há somente um voo previsto e espaço limitado disponível no avião.

A França também pretende retirar seus cidadãos da cidade ainda esta semana, conforme noticiado pela Agência France-Presse. O primeiro-ministro da Coréia do Sul disse que o país fretará voos ainda esta semana.

A China pediu aos seus nacionais que reconsiderem o momento das viagens ao exterior e definiu medidas amplas para tentar impedir a propagação da doença em todo o país. Primeiro foi adiar o final do feriado do Ano Novo Lunar para 2 de fevereiro, reduzindo as chances de infecção durante a estação de viagens mais movimentada do país. Em Xangai, que registrou 66 casos do vírus, o final do feriado foi adiado para 9 de fevereiro.

Muitas cidades receberam anúncio de restrições de viagens, com os serviços de ônibus intermunicipais proibidos, enquanto as grandes redes disseram que fechariam temporariamente suas lojas em algumas áreas.

A comissão nacional de saúde da China informou ontem, segunda-feira, que havia quase 7 mil casos suspeitos aguardando confirmação.

Mais de 10 países confirmaram casos da doença, embora o número de pacientes fora da China permaneça pequeno. Na segunda, Alemanha, Canadá e Sri Lanka disseram ter registrado os primeiros casos de infecção. Também nesta segunda, a Malásia proibiu a chegada de visitantes de Hubei, enquanto Hong Kong também adotou medidas semelhantes.

Na Austrália, o governo de Nova Gales do Sul pediu aos pais, cujos filhos voltaram da China nas últimas duas semanas, para não mandarem seus filhos para a escola no início das aulas após as férias de verão.

A Mongólia, que é fortemente dependente do comércio com a China, também proibiu carros de cruzar a fronteira com seu vizinho.

Com informações do The Guardian

Redação

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