CPI: Dias diz que não apressou contrato bilionário com a Covaxin

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Dias assinou o contrato de R$ 1,614 bilhão da Covaxin, com valor de US$ 15 por dose, o mais caro imunizante comprado pelo governo e hoje sob suspeita

Foto: Agência Senado

Jornal GGN – Na sequência de negativas do ex-diretor de Logística na CPI da Covid, Roberto Dias também negou que tenha feito pressão pela compra da vacina Covaxin, conforme havia denunciado o próprio chefe de Importação da Saúde, Luis Ricardo Miranda.

“Eu nunca insisti em apressar a aprovação dessa vacina”, afirmou.

A declaração é oposta ao que disse o servidor, juntamente com seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que denunciaram à CPI as irregularidades no contrato da Covaxin e que uma pressão teria sido feita por Dias para a compra da vacina indiana Covaxin.

“Por que vossa senhoria insistiu em apressar a importação dessa vacina?”, questionou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

“Primeiro que eu nunca insisti em apressar a aprovação dessa vacina”, respondeu. Segundo Dias, ele somente “perguntou” como estava a licença de importação da Covaxin e não considerou isso uma pressão.

“Essa LI de vacina se referia a carga que chegaria no domingo e seria recebido pelo ministro da Saúde no aeroporto de Guarulhos, com a minha presença e eu gostaria de me certificar que não haveria nenhum problema no desembaraço aduaneiro”, justificou.

“Até porque não faz sentido alguém no sábado, quase 9h da noite, você ter algum andamento de LI de que não está acontecendo, aquilo era uma operação, era um voo chegando”, argumentou.

Dias foi quem assinou o contrato de R$ 1,614 bilhão da Covaxin com o Ministério da Saúde, com valor de US$ 15 por dose, o mais caro imunizante comprado pelo governo e hoje sob suspeita. Renan rebateu, então, o ex-diretor: “A pergunta não foi respondida. Exatamente a pergunta é: por que vossa senhoria insistiu em apressar a importação dessa vacina?”

“Nunca insisti em apressar a importação dessa vacina”, insistiu.

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Acompanhe o depoimento ao vivo na TV GGN:

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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