“Não houve óbitos em grávidas”, diz Fantinato, listando estudos

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Francieli narrou acompanhamento de 70 grávidas que fizeram a intercambialidade, com vacinas, diferentes e nenhuma morreu.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Jornal GGN – Um dos questionamentos que levaram Francieli Fantinato a ser convocada na CPI da Covid foi a edição de nota técnica recomendando aos estados a possibilidade de gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca e tomar qualquer outra vacina disponível para a segunda dose, sem a suposta comprovação de segurança.

A ex-coordenadora do PNI contrariou os senadores, afirmando que já há estudos sobre a segurança de outras vacinas para grávidas e que a chamada “intercambialidade” não gerou óbitos às gestantes que tomaram vacinas diferentes.

Em maio, o tema veio à tona após a notícia de que uma grávida veio à óbito após tomar a primeira dose da vacina AstraZeneca, a única que, até então, estava comprovada a segurança para ser aplicada em gestantes.

Francieli afirmou que houve um acompanhamento de 70 grávidas que fizeram a intercambialidade, ou seja, tomaram esquema de doses diferentes e que nenhuma morreu.

“Foram setenta, nós temos setenta casos de intercambialidade. Começou com uma vacina, completou com a outra vacina. Antes da nota [técnica], nós tivemos três casos até o dia 14 de maio. Até o dia 19, nós tivemos mais dois. A partir do dia 19 de maio, nós temos 65 [gestantes que tomaram vacinas diferentes]. (…) Então, do que está registrado, não se teve nenhum óbito”, disse.

A ex-coordenadora também disse que estudos já começaram a apresentar benefícios da intercambialidade entre gestantes.

Posteriormente, em resposta ao senador Otto Alencar (PSD-BA), de que não existia segurança nos imunizantes trocados, Fantinato disse que ele estava “enganado”.

“A intercambialidade já era feita na Alemanha, na França, na Suécia, na Noruega, na Finlândia e na Dinamarca. Já saíram pré-publicações e publicações”, afirmou e listou estudos já publicados e também em fase de andamento, como pré-print e de fase 2, entre eles um concluído e publicado na reconhecida revista científica Lancet.

“O Canadá já orienta a segunda dose. É importante deixar isso claro, porque dissemina informações que não são adequadas para a população, traz medo para a população”, concluiu a depoente, após uma tentativa de interrupção do senador Otto, que afirmou que estes estudos são generalizados, não especificamente tratado de gestantes e puérperas.

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Assista ao depoimento na TV GGN:

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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