Com cortes na cultura em SP, Banda Sinfônica é extinta

 
Jornal GGN – O corte orçamentário realizado pela Secretaria de Estado da Cultura levará ao fim da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, além de demissões de músicos na Jazz Sinfônica e na Orquestra do Theatro São Pedro. 
 
Em dezembro, os músicos da Banda Sinfônica haviam sido informados pelos conselheiros do Instituto Pensarte que as atividades seriam suspensas em janeiro. Os cortes na secretaria do governo Geraldo Alckmin (PSDB) também devem afetar Osesp, Projeto Guri e a Escola de Música do Estado de São Paulo.  

 
O governo estadual diz que o grupo pode ter “suas atividades continuadas como meta condicionada”, o que significa que eles seriam contratados pontualmente, no caso de um patrocínio para o concerto. 
 
Leia mais abaixo:
 
Do Estadão
 
Banda Sinfônica é extinta; Jazz Sinfônica e São Pedro terão cortes de músicos
 
João Luiz Sampaio
 
Demissões foram confirmadas pelo Instituto Pensarte e por músicos; Banda só voltará a tocar mediante patrocínios específicos; Jazz e São Pedro devem perder 20 músicos cada
 
Músicos da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, da Jazz Sinfônica e da Orquestra do Theatro São Pedro serão demitidos nos próximos dias. Com os cortes, a banda será extinta como corpo estável do governo do Estado de São Paulo. Cada um dos outros dois grupos perderá cerca de 20 músicos – no caso do São Pedro, a orquestra passará a ter apenas 32 integrantes. As demissões foram confirmadas pelo Instituto Pensarte, organização social responsável pela gestão dos conjuntos, após corte orçamentário ordenado pela Secretaria de Estado da Cultura.
 
O fim da Banda Sinfônica era cogitado desde o final do ano passado, quando um aditamento no contrato de gestão com o Instituto Pensarte foi feito sem incluir verbas para o grupo, que também ficou de fora do novo edital de convocação de OSs. A banda chegou a conseguir a aprovação de uma emenda no orçamento de R$ 5 milhões, mas o dinheiro foi contingenciado pelo governo. O Pensarte aguardava apenas a liberação de verbas para poder fazer as demissões, repassadas ontem pelo governo. “Estamos lutando, mas a situação é difícil”, diz o maestro Marcos Sadao Shirakawa. Segundo o governo do Estado, em nota oficial, o grupo poderá ter “suas atividades continuadas como meta condicionada” – em outras palavras, os músicos seriam contratados pontualmente, apenas quando houver patrocínio para um concerto.
 
Reduções na Jazz Sinfônica e na Orquestra do Theatro São Pedro também vinham sendo dadas como certas. “Os temos do aditamento falavam na redução de funcionários, de 273 para 140. E o novo edital traz uma verba muito menor do que anos anteriores”, diz Fred Kaizer, representante da comissão de músicos do teatro – a redução orçamentária nos últimos anos chega a 60%. Segundo ele, os números de demitidos foram confirmados pelo Pensarte aos artistas que, tentando reverter a decisão, criaram a campanha “Theatro São Pedro: 100 anos sem orquestra”.
 
“São dezenas de colegas na rua. Além disso, como pensar em uma programação com apenas 32 músicos?”, diz Kaizer. Uma medida aventada seria o “intercâmbio” entre músicos da Jazz e do São Pedro. “As orquestras continuariam existindo no papel, mas seriam um grupo só.  É um desmonte”, diz Kaizer. A diminuição de músicos deve reduzir a programação. Questionado, o Pensarte afirmou que “podemos garantir que as temporadas serão realizadas com contingentes de músicos adequados”.
Redação

2 Comentários

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  1. Os bicudos emplumados estão

    Os bicudos emplumados estão cada vez mais afinados com seu público. O único som que gostam é o de bater de panelas e,pelo visto,até este não esá mais acontecendo.

    É uma balbúrdia total. Estamos vivendo uma mistura de 1984 e Admirável mundo novo.

    Golpistas!

  2. Continua o desmonte da coisa

    Continua o desmonte da coisa Pública! Prá que orquestra, música, grafite, picho? Já temos uma primeira dama “artista”, não é bastante? Arte e cultura são só para a casa grande!

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