Em 2016, a carga tributária foi de 32,38% de todo o PIB

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da ABr

Por Kelly Oliveira

A carga tributária chegou a 32,38% de tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, informou hoje (27) a Secretaria da Receita Federal. Houve aumento de 0,27 ponto percentual em relação a 2015, quando a arrecadação de tributos correspondeu a 32,11% do PIB.

Um dos fatores que influenciaram o resultado foi a queda do PIB em 2016, com redução real de 3,5% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 6,26 trilhões.

Segundo a Receita, essa variação também foi influenciada pelo Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária, conhecido como Lei da Repatriação. Esse regime permitiu a regularização de recursos, bens ou direitos remetidos ou mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no país, que não tinham sido declarados ou que tinham sido declarados incorretamente.

Sem o regime, a carga tributária teria se reduzido em 0,10 ponto percentual em 2016, comparado ao ano anterior, ficando em 32,01% do PIB.

Tributos

Dentre os tributos federais, os que mais contribuíram para o aumento da carga tributária foram o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), que foram esponsáveis por um aumento de 0,56 ponto percentual.

As maiores reduções foram do PIS/Cofins, Imposto de Importação, Imposto de Exportação e Imposto sobre produtos Industrializados (IPI), que responderam por um decréscimo de 0,43 ponto percentual.

Quanto aos tributos estaduais e municipais, a Receita diz que houve decréscimo naqueles que incidem sobre a produção de bens e serviços (ICMS e ISS), responsáveis pela redução de 0,06 ponto percentual.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. em….

    Fosse só isto já seria extorsivo, ainda mais com o retorno desta carga tributária,.Mas então vem reconhecimento de firma, cópia autentiucada, escola particular, assistência médica particular, segurança particular, transporte público extorsivo, tarifas públicas achacadoras, indústria de multas de trânsito e outras tantas, alvarás e licenças que nada servem (não é mesmo Santa Maria/RS?), vistoria obrigatória para transferir automóveis, agora vem novamente a vistoria do ‘ar’, pedágios bandidos, taxas e sobretaxas, talões de zona azul para viabilizar a escravidão de estacionamentos monopolizados e mais uma infinidade de extorsões criadas por Feudos Estatais. A coxinha do aeroporto a 9 reias, para sustentar a quadrilha de Waldemar da Costa Neto. Cada pedaço do Estado comandado por um feudo. Fosse só 32,38? 

  2. Há países em que a carga

    Há países em que a carga tributária é maior!

    O problema aqui é que não há entrega de serviços correspondentes!

    Estados e municípios estão ofertando o mínimo do mínimo!

    Para onde vai essa “carga tributária”?

    A maior parte fica com os senhores dos juros!

    Os demônios da usura que vão sugar tudo e vendo pessoas sofrendo e eles nem ai…

     

    1. Não. A carga tributária não

      Não. A carga tributária não paga a dívida pública. Nem mesmo os juros. Ela é rolada anualmente com a emissão de nova dívida.

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