Estol: uma hipótese para acidente de Eduardo Campos

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Luiz FS

do Asas do Conhecimento

Estol: uma hipótese para acidente de Eduardo Campos

Sergio Koch – TCel Av R/R

Inclinação x Estol

Já falamos algumas vezes que a falta de conhecimento da teoria aerodinâmica pode nos colocar em situações extremamente perigosas em voo e, dependendo da situação que coloquemos a aeronave, o que deveria ser apenas uma manobra simples pode se tornar um grande desespero para o comandante.

Curvas grandes ou acentuadas. Taí um bom exemplo para ser explorado para fazer valer a afirmação do parágrafo anterior. São manobras que exploram o arrojo do piloto e que dão uma boa mão para domar sua aeronave. Pode não parecer, mas este tipo de exercício fornece excelentes indícios para um bom observador sobre qual o nível de habilidade de um piloto.

Sem querer desprezar as curvas pequenas, o que realmente conta para identificar o “pé-e-mão” de um piloto são as curvas que têm inclinação lateral superiores a 45 graus. Um bom treinamento destes tipos de curva poderá livrá-lo de enrascadas, principalmente nas situações de emergência, quando no afã de se salvar do acidente, o piloto tentará utilizar todos os recursos disponíveis e cada experiência adicional incorporada à rotina de voo aumentará suas chances de sobreviver.

O que me fez realmente escrever esta matéria foram os vários acidentes decorrentes da tentativa de retorno à pista numa emergência após a decolagem. Com certeza estes pilotos desconheciam a relação existente entre a inclinação e o correspondente aumento da velocidade de estol.

Fato: Fazer uma “curva de grande” pode resultar em um estol!!!

Isso está claro, não? Mas de que maneira o aumento da inclinação pode influenciar minha sustentação de voo?

Tudo começa com a tendência da aeronave a permanecer no seu movimento original (Lei de Newton). Quando um avião entra em curva, toda a sua massa se contrapõe de tal forma a manter sua direção original. É por isso que durante grandes curvas você se sente forçado para baixo no assento.

Essa é a chamada força G que tem relação com a força gravitacional com que seu corpo é puxado para Terra.

Mais abaixo será apresentado um gráfico que representa o aumento na força G para uma determinada inclinação da aeronave.


 

 

Vamos supor que você pretenda fazer uma curva de 60 graus de inclinação. Você precisará gerar uma força de 2G para manter seu voo sustentado e nivelado, ou seja, você sentira seu peso dobrado durante esta manobra.

Assim, de acordo com o conceito acima, podemos concluir que dependendo do grau de inclinação da asa, deverá ser comandado uma pressão maior no manche no sentido de cabrar a fim de compensar a falta de sustentação ocasionada pela decomposição do vetor de sustentação.

Observe na figura abaixo como funciona na prática a redução da decomposição do vetor de sustentação quando a aeronave entra em curva. Observe que quanto mais a aeronave inclina, menor a resultante da decomposição da sustentação (colchete em vermelho). 

 

 

Para manter um voo nivelado, a força de sustentação deve ser igual ao peso. Assim quanto maior a inclinação, maior deverá ser a força de cabrar para gerar uma sustentação maior para se equilibrar em força ao peso da aeronave (que nunca se altera). Repare que este procedimento implica num aumento do ângulo de ataque e aí teremos outro problema…

Estolar a aeronave!!!

Repare! Se você fizer uma curva muito acentuada, o avião poderá atingir seu ângulo de ataque crítico antes de produzir força de sustentação suficiente para o vôo. Se isto acontecer certamente sua aeronave entrará em estol. Se estiver voando em grandes altitudes basta ceder um pouco o manche para sair desta situação, ou ainda aplicar maior potência nos motores para ficar acima da velocidade de estol. Mas se estiver muito próximo do chão e sem potência disponível, suas chances serão remotas e você estará muito próximo de uma enrascada.

Mas existe outro fator que muita gente desconhece que é o aumento da velocidade de estol quando em curva.

Isso mesmo!!! Aumento de velocidade de estol quando estiver em curva!!! Aquela frase decorada “A velocidade de estol da minha aeronave é de xxKT”, não se aplica quando a aeronave é colocada em grandes inclinações.

Repare no gráfico abaixo e tire suas conclusões!!!

No exemplo acima podemos observar que para uma inclinação de 60 graus a nossa velocidade de estol aumenta em 40%. Imagine então que sua velocidade de estol em situação normal seja de 70KT. Numa eventual manobra de inclinação de 60 graus elevará sua velocidade de estol para 98KT.

A título de reforço deste conceito acima, veja o que prevê o AFM (Airplane Flight Manual) da aeronave Phenom 100.

Pois é justamente este conceito que muita gente, por puro desconhecimento, acaba negligenciando e comanda inadvertidamente sua aeronave para uma situação crítica com sérias consequências, mas o pior de tudo, sem entender como isto foi acontecer…

Imagine então que você acaba de decolar com seu Sêneca e sofre uma parada de motor…

Apesar de termos estudado desde nosso PP que no caso de pane após a decolagem devemos procurar algum local numa referência de 45 graus para os dois lados, há quem tente, por instinto desesperado, retornar para a pista de onde acabou de decolar.

O piloto olha para o velocímetro e nota que está com velocidade acima da velocidade de estol e decide entrar em curva para tentar seu retorno sem se dar conta das três lições que aprendemos hoje.

1 – Com a inclinação eu devo aumentar meu ângulo de ataque e minha carga G para ter uma sustentação adequada;

2 – Com o aumento da carga G e sem potência adicional disponível, a velocidade da aeronave diminui; e

3 – Minha velocidade de estol vai aumentar significativamente com o aumento da inclinação.

Assim, basta que a velocidade de estol aumente e a velocidade no ar diminua o suficiente para que as duas se encontrarem e então você entrará num estol e será difícil recuperar o descontrole gerado.

Via de regra, a tentativa de retorno à pista se mostra a mais inadequada para este tipo de emergência. E observe que estamos falando apenas sobre o aspecto da inclinação da aeronave, pois se combinarmos fatores como peso da aeronave, temperatura, densidade e pressão, a gravidade da situação pode ser aumentada exageradamente.

Como você já deve ter percebido, esta matéria tem por objetivo alertar os pilotos de aeronaves onde a potência disponível é reduzida para compensar os efeitos de se voar em curva, principalmente em se tratando de  aeronaves convencionais, pois na maioria dos casos, o aumento na velocidade ajuda a evitar um estol. É claro que se o avião não tiver um motor potente, talvez não consiga produzir o empuxo necessário para manter a velocidade alta, a fim de evitar um estol durante uma curva acentuada.

Assim lembre-se, caso não haja potência suficiente, você não poderá sair por aí fazendo curvas acentuadas à baixa altura.

Vamos explicar de outra forma…

Suponha que você tenha entrado com sua aeronave convencional em uma inclinação lateral de 45 graus e adicionado potência total para manter a velocidade no ar. Pronto!!! Você estará em curva nivelada, coordenada e sustentada.

Daí você resolve fazer uma curva realmente acentuada e inclina para 60 graus. Nesse ângulo de inclinação lateral, sua velocidade de estol aumenta de 50 para 70 nós (lembre-se do aumento de 40%). A pergunta é: “Você tem potência suficiente para manter a velocidade no ar acima de 70 nós em uma curva com inclinação lateral de 60 graus?”. A única forma de descobrir é tentar e experimentar isso a uma altitude segura. Quando você faz essa experiência, descobre que a velocidade no ar diminui, mesmo com potência total. Por quê? Porque aviões pequenos não têm potência extra para superar o enorme aumento no arrasto associado ao aumento necessário no ângulo de ataque.

Este conceito pouco difundido é que coloca seus comandantes em sérias enrascadas.

Voltemos finalmente à emergência após a decolagem. Ao manobrar para tentar um retorno à pista, uma grande inclinação é comandada para se alinhar à pista. Logo após identificar a emergência o piloto aplica a potência máxima na aeronave, portanto não tem mais nada disponível.

Então depois de iniciar a inclinação para o retorno à pista ele percebe que sua velocidade aerodinâmica começa a baixar, devido à grande inclinação lateral. Durante uma curva acentuada, a velocidade de estol aumenta por causa do aumento da força G e a velocidade no ar diminui por causa do aumento do arrasto. Quando a velocidade no ar e a velocidade de estol se encontram, o avião entra em estol e dependendo da altitude as consequências podem ser fatais.

Como última recomendação, pratique em grandes altitudes exercícios que reproduzam estes momentos críticos, de tal forma que te capacitem a tomar decisões sempre mais adequadas, a fim de preservar o bem de maior valor para você…

Sua vida!!!

Sergio Koch – TCel Av R/R

Fonte: Asas do Conhecimento

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

42 Comentários

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  1. Já foi divulgado uma parte do

    Já foi divulgado uma parte do laudo em que confirma os flaps recolhidos da aeronave que Campos estava.

    Esse jato tem um grau de dificuldade em baixa altitude e manobra de flaps.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=dlMB6fvkKPY%5D

    Manobra pode ter causado queda de jato com Eduardo Campos

    Manual da fabricante do avião que caiu na quarta-feira passada alertava que, se flaps fossem recolhidos acima de 370 km/h, jato poderia mergulhar de bico, como ocorreu em Santos

    Uma manobra equivocada, em alta velocidade, pode ter feito o avião que levava o presidenciável Eduardo Campos (PSB) mergulhar em direção ao solo, matando o candidato e outras seis pessoas. A hipótese é analisada por especialistas da Aeronáutica como uma das mais prováveis para elucidar a queda, ocorrida em Santos (SP) no dia 13 de agosto.

    No manual de instrução do jato Cessna Citation no qual voava Campos há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, mais de 370 km/h. Se essa manobra for feita, alerta o fabricante, ocorre um “put down” (baque) violento, movimento que puxa o avião para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de desorientar o piloto. Os flaps são como extensões das asas e ajudam na sustentação em voo e frenagem do avião no solo.

    O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, já constatou que os flaps da aeronave estavam recolhidos.

    Resta saber se isso foi feito a uma velocidade compatível ou, conforme adverte o fabricante, em velocidade acima de 370 km/h, o que pode ter causado o mergulho “de bico” em direção ao solo. O manual do Cessna Citation XLS é explícito, na parte de Controle de Voo.

    O piloto pretendia pousar na Base Aérea de Santos, localizada no município vizinho de Guarujá (SP). Conforme o operador da base, utilizada como aeroporto na região, ouvido informalmente pela comissão de investigação, o comandante do Cessna Citation estava tranquilo quando informou que iria arremeter. Assim como quando respondeu que iria esperar o tempo melhorar para tentar nova aterrissagem.

    Especialista analisa a falta de sustentação

    Na hora do acidente em Santos, o vento soprava de cauda (condição que causa instabilidade em pousos), havia neblina e chovia. Dificuldades adicionais a um pouso em alta velocidade, como é o de um jato.

    Cláudio Scherer, professor de Técnicas de Operação de Jato na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS e piloto há 48 anos, admite que é possível o comandante do Cessna ter acelerado acima de 200 nós com flaps baixados, “mas pouco provável”.

    – Acho mais provável que o acidente tenha ocorrido por outra falha: ele tentou fazer a curva fechada em velocidade baixa e o avião estolou (perdeu sustentação), caindo rumo ao solo – pondera o professor.

    ZH solicitou que a fabricante do avião acidentado, a Cessna Company, nos EUA, comentasse a possível causa do acidente. Até o início da noite de ontem, a empresa não deu retorno.

    Dificuldade é comprovar dados

    Investigador de desastres aéreos e autor do livro A Zona da Morte (lançado nesta semana no Brasil), o piloto americano Paul Craig afirma a ZH que a possibilidade surgida agora de um erro na condução da arremetida se encaixa na estatística: 70% dos acidentes com aviões envolvem falhas humanas. Especialmente sob mau tempo, como ocorreu em Santos no último dia 13.

    Será difícil comprovar essas hipóteses e identificar as diferentes velocidades adotadas pelo avião quando se aproximava da pista. O Cessna não tinha, como equipamento de série, um gravador de dados, com informações sobre altitude e comandos efetuados pelo piloto. Também não foram gravadas as conversas mantidas pelos piloto e copiloto na cabine, talvez por um problema elétrico.

    http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/08/manobra-pode-ter-causado-queda-de-jato-com-eduardo-campos-4579227.html

      1. Provavelmente na manobra para

        Provavelmente na manobra para aterrisar o avião vinha com mais de 200km/h.  Ao abortar o procedimento teve que dar o máximo dos motores. Aí se chega rápido a esta velocidade.

        1. Entao NAO foi cansaco mas

          Entao NAO foi cansaco mas falta de experiencia!  O aviao capotou!

          Alias, minha “experiencia aeronautica” pessoal eh precisamente essa:  acelere em uma curva e voce capota, ponto final. (nao cheguei a capotar o carro, claro, mas aprendi rapidinho depois dessa)

          1. Depende. Tem casos que você

            Depende. Tem casos que você reduz marcha e acelera, o carro entra na curva na velocidade certa. Eu não consigo ver as imagens da matéria acima, estão todas quebradas. Tem como corrigir?

            Obrigado

    1. Tudo muito certinho exceto pela influência da velocidade do vent

      Tudo muito certinho exceto pela influência da velocidade do vento

      De acordo com os pilotos que comentam no site Aviões e Músicas, o vento era moderado de 7 nós e soprava de 230 graus; assim considerando a direção da pista, a componente de cauda não seria superior a algo entre 1 a 4 nós. Teria quase nenhuma influência, muito menos do que a baixa visibilidade ou o teto baixo, por exemplo, situações climáticas que realmente podem ter contribuido para o acidente.

  2. Finalmente descobri o que eh

    Finalmente descobri o que eh “estol”!  Eh stall!

    http://en.wiktionary.org/wiki/stall

    (aeronautics) Loss of lift due to an airfoil‘s critical angle of attack being exceeded.

    “Perda de sustentacao quando o angulo de ataque da asa eh excedido”.  ( http://en.wikipedia.org/wiki/Airfoil )  “Ataque” eh o angulo da asa em relacao ao vento, nesse link tem um desenho.

    O assunto eh bem alem da area normal do leitor do blog mas vale a pena ler, o autor faz seu ponto crivel com a discussao tecnica.

  3. Tudo parece indicar que houve

    Tudo parece indicar que houve falha humana nessa tragédia. Um piloto exausto e um clima terrível para voar talvez tenham selado o destino dos 7 ocupantes da aeronave.

    De se destacar também, (mais uma vez), que “testemunhas oculares” desse tipo de tragédia mais fantasiam e se confundem do que relatam o que realmente viram. Muitos disseram que a aeronave “pegava fogo” antes de cair. O vídeo mostra que isso não ocorreu.

  4. Desconcertante

    Texto esclarecedor.

    Apenas surpreende-me o fato dos destinatários do texto serem pilotos em atividade. O autor dá várias sugestões aos pilotos. A pergunta que fica é se há pilotos que desconhecem essas liçoes elementares, que podem ser conhecidas até de forma intuitiva. O texto por si parece indicar que sim. Tenho medo de avião, mas penso que os pilotos são bem formados. De qualquer modo, passageiros, rezemos para que tudo dê certo em nossas viagens de avião.

     

  5. Pilotos são bem treinados ?

    A conclusão das investigações do voo Rio-Paris que caiu, diz que os pilotos, apos os problemas com aeronave, não tomaram as boas decisões para evitar a queda.  Em um documentario que reconstituiu todo o voo e com os elementos que dispunham, inclusive parte de conversas de uma das caixas preta encontrada no ocenao, tinha um piloto de caça que disse que naquelas condições do voo da AirFrance, com as avarias que aeronave tinha sofrido, nenhum piloto de Carreira teria salvo o avião, so um piloto de caça poderia ter feito alguma coisa…  O que me deixou com a terrivel sensação de que pilotos não são treinados o suficiente. A prova disso é que AirFrance num comunicado, apos as conclusões sobre esse acidente, diz que seus pilotos passaram por novas simulações de voo e treinamento. E o restante ?  

     

    1. Amigo, aeronave com defeito
      Amigo, aeronave com defeito é aeronave com defeito.

      Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.

      Não dá para treinar os pilotos para a eventual quebra de qualquer peça.

      E são 2 Rio-Paris no chão, portanto, a rota não serve para identificar o acidente.

      1. In

        Eh obvio que estou falando do avião da AIRFRANCE que caiu no oceano Atlântico e não da Varig que caiu em Orly. 

        Estou falando de um acidente que acompanhei com bastante interesse e ja vi todas as conclusões até aqui, incluindo que as familias das vitimas decidiram, apos os ultimos relatorios, processar a Air France pela falta de treinamento adequado a seus pilotos e a AirBus por causa dos Pitots que não funcionarm em situação de baixa temperatura. Se você acha tudo isso, que bom. Mas segundo especialistas, não é assim. Como não sou especialista em aviação, aerodinâmica, deixei minha questão.

        http://g1.globo.com/Acidente-do-Voo-AF-447/noticia/2012/07/nos-vamos-bater-isso-nao-pode-ser-verdade-diz-copiloto do-af-447.html

         

        Veja abaixo o último trecho da conversa entre os pilotos:

        2p1min21 – Robert – Nós ainda temos os motores. O que está acontecendo (…)?
        2p1min32 – Bonin – (…) eu não tenho mais os controles do avião. Eu não tenho nenhum controle do avião.
        2p1min38 – Robert – Vire à esquerda
        2p1min41 – Bonin – Eu tenho a impressão (que temos) a velocidade
        2p1min43 – (Barulho de abertura da porta da cabine)
        Dubois – O que vocês estão fazendo?
        Robert – O que está acontecendo? Eu não sei, eu não sei o que está acontecendo
        2p1min52 – Dubois – Então peguem os comandos logo
        2p1min58 – Bonin – Acho que temos um problema, que tem muita variação.
        Dubois – Sim.
        Bonin – Não tenho mais nenhuma indicação
        2p2min04 – Bonin – Tenho a impressão que nós estamos numa velocidade maluca, não? O que vocês acham?
        2p2min07 – Robert – Não sei, mas não solte (…)
        2p2min13 – Robert – O que você acha? O que você acha? O que devemos fazer?
        2p2min15 – Dubois – Eu não sei. Está descendo.
        2p2min26 – Robert – A velocidade?
        2p2min27 – Robert – Você está subindo. Você está caindo, caindo, caindo
        2p2min30 – Bonin – Mas eu estou caindo?
        Robert – Caindo
        2p2min32 – Dubois – Você está subindo
        2p2min33 – Bonin – Eu estou subindo? Ok, então vou descer
        2p2min42 – Bonin – Quanto subimos?
        2p2min44 – Dubois – (…) não é possível!
        2p2min45 – Robert – Como está a altitude?
        Bonin – Estamos caindo ou não?
        Robert – Agora você está caindo
        Dubois – Coloque as asas na horizontal
        Bonin – É o que estou tentando fazer
        Dubois – Coloque as asas na horizontal
        2p3min25 – Bonin – O que está havendo… Por que nós continuamos caindo?
        2p3min28 – Robert – Tente encontrar um jeito de acionar os comandos lá pra cima, os principais etc.
        2p3min36 – Bonin – Nove mil pés
        2p3min39 – Robert – Sobe, sobe, sobe, sobe
        2p3min40 – Bonin – Mas eu estou empinando já há algum tempo
        Dubois – Não, não, não, não suba mais
        Robert – Agora caindo
        2p3min45 – Robert – Então me passe os comandos, me dê os comandos
        2p3min46- Bonin – Siga, você tem o controle
        2p4min05 – Dubois – Atenção, você está subindo.
        Robert – Estou empinando?
        Dubouis – Você está subindo
        Bonin – Bem, é o que nós devemos fazer, estamos a 4 mil pés
        2p4min18 – Dubois – Então puxa. Agora, tire!
        2p4min19 – Bonin – Puxa, puxa, puxa, puxa
        2p4min23- Bonin – Nós vamos bater! Isso não pode ser verdade…
        2p4min25- Bonin- Mas o que está acontecendo?
        2p4min28 – Fim das transmissões

      2. Simuladores simulam (quase) tudo.

        Smulador de vôo não é só para brincar de voar. Eles simulam (combinações de) tempestades, defeitos, outros aviões, etc., exatamente para treinar os pilotos em possíveis emergências.

        O problema é: (1) Conseguir prever cada combinação possível: (2) Dar todos os terinamentos a todos os pilotos (3) Acontecer uma combinação possível de resolução e, por último, (4) O piloto reagir adequadamente e/ou de acordo com o treinamento. 

        Quanto ao fato de serem 2 vôos, o mais antigo (Orly), dizem, foi um incêndio de cigarro num banheiro e, apesar de tudo o piloto conseguiu pousar numa plantação. Se não me engano, até sobreviveu (ventilou a cabine de comando, mas os passageiros morreram asfixiados/envenenados), morreendo anos depois em outro cidente, num cargueiro.

        1. Sim o piloto sobreviveu e
          Sim o piloto sobreviveu e parte da culpa foi dele pois o avião não caiu, foi pousado, fora do aeroporto com a tripulação TODAS na cabine de comando e 1 passageiro.
          Todos aos berros para pousar.

          O piloto o fez há 2 km da pista.

          O único passageiro sobrevivente foi aquele que desobedeceu a tripulação. Quem obedeceu, esta morto.

  6. Obrigado pela explicação…

    Sem ter alguma noção de pilotar avião, eu já previa este tipo de causa do acidente.

    Nós podemos misturar a comparação com um veículo automotor em baixa velocidade, se você virar o volante bruscamente este tem a tendencia de parar no lugar e não realizar a manobra. No avião é a perda total de sustentação e queda da aeronave.

    Se a caixa preta registrasse todos os comandos da aeronave já se poderia chegar a uma conclusão preliminar.

    Sem contar a fadiga do piloto. É inadimissível a falta de programação das horas de trabalho de pilotos de avião. Vamos ver se a investigação sobre o acidente pesquise este fato e responsabilize os responsáveis pela firma de taxi aéreo. Vamos lembrar que este pessoal é que manda na aviação civil no Brasil.

    1000 horas de vôo não é pouco para se dirigir uma aeronave a jato?

     

  7. Pelo que já li e como

    Pelo que já li e como palpiteiro intrigado, entendo que:

    1) Ao aterrisar, estendem-se os flaps (melhorar sustentação em baixa velocidade e ajudar a freiar aerodinamicamente) e reduz-se a velocidade até “largar” o avião na pista (ou pousar suavemente, cmo alguns aplaudem). Sim evidentemente baixar o trem de pouso (mais arrasto).

    2) Ao arremeter, acelera-se, reduz-se o flaps para ganhar altitude e e inclina-se a aeronave para fazer a curva para nova tentativa (recolhe-se também o trem de pouso).

    3) Entre a tranquila comunicação de arremetida e a queda fatal, dizem que passaram-se 10 min. Para simplificar as contas, supondo-se uma velocidade de aterrisagem (inicio da arremetida) de 150 km/h, isto signfica 25 km em 10 min, sem que o piloto tivesse aumentado a velocidade (o que significa de fato uma distância maior que essa, talvez > dobro).

    3)  A Cessna (fabricante) adverte que um “recolhimento muito rápido” dos flaps em alta velocidade” pode levar “ao mergulho de nariz”. Ora, isto pode até estar bem documentado, mas é certamente uma característica indesejável, a meu ver quase um erro de projeto! Joga no piloto uma responsabilidade adicional de recolher “sem pressa” e atentar para a velocidade/aceleração exatamente em momentos críticos como decolagens ou arremtidas. (fora o trem de pouso, que dizem estava recolhido).

    Portanto, minha humilde suspeita é que houve uma desatenção do piloto a uma característica indesejável (eu diria, pouco aceitável) da aeronave.

    Se tiver sido isto, o fabricante vai defender-se dizendo que estava documentado.

    O(s) piloto(s), por mais que tenha havido cansaço ou alguma pressão desconhecida no crítico momento…

    Não poderá(ão) defender-se.

  8. Velho ditado

    Mestre Roca diria que velocidade e altura conserva a dentadura!!!

    Imagine então que você acaba de decolar com seu Sêneca e sofre uma parada de motor…

    Um bom colega meu dizia que o segundo motor do Sêneca ajudava a chegar … ao local do acidente! ( brincadeira ).

    Bem vamos explicar! Decompondo vetorialmente a força em um bimotor com motores nas asas como o Sêneca, perdeu um motor, perdeu 50% da potência disponível né. Errado ! Para manter o vôo em linha reta, nivelado e compensar a assimetria (o famoso palonier duro, motor bom!)  vão-se mais alguns cavalos! Então sobram para prosseguir algo em torno de 38% da potência total disponível (440 hp= 220 x 2). Rapidamente de cabeça: 38% de 440 hp (limitados a 5 minutos no Seneca III ) dá 167,2 HP!

    Para o avião de Campos (Citation 560)  a hipótese aventada acima, pelo autor do post é o famoso  “cair de faca” , curva de grande inclinação à baixa altura, a baixa velocidade, causando stall de asa. Mas isso é apenas um ponto. O que leva o comandante a esse erro? Podemos aventar a hipótese de desorientação espacial.

    Retomemos ao vôo em questão:

    O procedimento de proximação perdida é um procedimento normal , e até corriqueiro: sim! O que fazer depois: caso ainda haja a intenção de ir ao destino planejado executar novo procedimento de descida, ou ainda seguir para o aerodromo de alternativa. Lembre-se que seu combustível, então seu tempo de permanência em vôo é limitado.  O tempo corre.

    Ai um gaito pergunta, e se tivesse um buraco entre as nuvens que permitisse continuar em condições VFR? Bem é ai que mora o perigo, o que dá garantias que estas condições vão permanecer? E no caso de se perde-las o que fazer. E note bem se, fez um procedimento de aproximação perdida tudo indica que há alguns minutos não obteve condições de posseguir para o pouso . A descisão de abandonar vôo IFR para prosseguir por meio de referencias visuais deve ser bem pensada pelo comandante da aeronave.

     

    1. UT- 7

       Paulo F.,

        Só vc. para me lembrar do UT-7 (  Piper – EMB Seneca), perdia um, afunda o pé, rezava enquanto via aquele “narigão” subindo e a asa descendo.

         Mas meu filho, regra básica de segurança: NUNCA sair de uma condição IFR, para uma VFR, nem mesmo se São Pedro resolver por alguns minutos ser “legal”, abrir o céu, se está em IFR, permaneça.

         Alem do que, pilotos civis, e suas aeronaves, não tem treinamento para aproximação PAR, portanto se não dá no IFR, nem arremete, vai para alternativa.

          P.S.: Ótimos Trimotores – Constellation e o L-188 Electra II

  9. Investigação? Bobagem!

    Menos de 2 dias após o acidente, um jornalista (?) do R7 decretou: “erro do piloto”. Hoje a Cantanhede da FSP diz: “desorientação espacial” (= erro do piloto). Quem dá mais? E já que a cadeia de eventos e seus detalhes que culminaram no acidente não serve para nada mesmo: “case closed!”. CENIPA pra quê, não é mesmo?

    Falando sério, com tanto “investigador de poltrona” e vontade de crucificação, a pilotaiada vai se aquietando cada vez mais sobre os vários incidentes/acidentes que ocorrem por estas bandas. E o resultado disso não é nada bom para a segurança aérea.

  10. Será possível que um piloto

    Será possível que um piloto comercial experiente, como no caso em tela, chegue à esse estágio profissional sem deter “conhecimento de teoria aerodinâmica? Considero todas as outras hipóteses, menos essa. 

  11. Meu Deus! Mais um acidente

    Meu Deus! Mais um acidente estúpido porque  o brasileiro tem preguiça de ler o manual.

    Quantas horas de voo que esse piloto tinha nesse aparelho ? E dessas horas, quantas tenham sido em manobras de emergências ou críticas ?

    Já viajei em aviões pequenos e é uma atividade frenética a decolagem e o pouso.

     

  12. O avião estava com problemas

    Eduardo Campos em pessoa já havia falado de problemas na aeronave. Teve falha em Londrina-PR e  foi a mesma que caiu em Santos. Então, vamos respeitar o piloto que não está mais aqui para se defender. A conta tem de ser cobrada da Cessna (EUA), cujo investigador disse que levará um ano para dar um parecer sobre esse trágico acidente que ceifou a vida de 7 pessoas, deixou crianças sem pais, e vitimou umas das jovens lideranças políticas do Brasil. Deem uma olhada:

    http://www.jornaldelondrina.com.br/cidades/conteudo.phtml?tl=1&id=1491016&tit=Aviao-usado-por-Campos-teve-falha-durante-voo-em-Londrina

     

      1. PR-AFA BITE

          A ser investigado:

          Parece que um dos equipamentos que a aeronave possuia, era o sistema BITE ( built-in-test equipament), que no caso da decolagem em Londrina, indicou uma falha na ignição de um dos motores ( giro do compressor /por falha elétrica, era só colocar uma APU e girar externo, mas groundearam o bicho), relatado a manutenção e corrigido.

           A pergunta: O sistema, caso existisse na aeronave ( é opcional), quando do pré-voo, indicaria a falha no CVR (cockpit voice recorder – caixa preta/laranja de voz), que pelo que até agora foi decupado, apenas registrou as checagens de pre-voo efetuadas pelo pessoal da manutenção, será, sem ser conspiratório, desligou-se ou inibiu-se o CVR, por solicitação do “dono” ??? Afinal o CVR, em um avião pequeno, grava tudo que se fala na cabine.

        1. É uma pergunta que não terá resposta

          Talvez consiga-se determinar se estava desligado manualmente ou não pelo disjuntor no painel, mas se for o caso do desligamento manual, acredito que nunca saberemos exatamente o porque. Há a possibilidade de o avião estar irregularmente a serviço da campanha, por ser de uma empresa particular e ainda em leasing com o fabricante. Seria motivo para o desligamento premeditado? Isso eu não sei. Poderia ser um defeito antigo, dar OK no teste mas ainda assim não gravar? Será impossível? Poderia ter quebrado em vôo e o defeito não ter sido, então, percebido? Seria uma coincidência probabilisticamente quase impossível mas, ainda assim possível? Não tem jeito tem que esperar as coclusões do CENIPA.

  13. Todos sentem-se no direito de

    Todos sentem-se no direito de colaborarem para a elucidação desse trágico acontecimento. Alguns , a maioria , bem intencionados e outros , querendo o fim das investigações para usufruir do bônus político que o destino ou a providência divina , segundo a candidata , lhes reservou.  Só que o bônus político advindo da tragédia impõe a tese do atentado como não descartável na investigação; Alguns ganharam com o acidente , a força “A” de atentado se sobrepõe as demais , inclusive a força “G” , da gravidade num processo investigatório sério e independente … 

  14. Esquecem de uma coisa!

    Não se pode deixar de levar em conta que o avião caiu numa área residencial e NINGUÉM em terra morreu! O avião caiu num lugar (talvez o ÚNICO) do bairro em que havia vegetação e poucas residências em volta. Tudo indica então que o piloto conseguiu evitar uma tragédia maior, ou seja, ELE POSSUÍA ALGUM CONTROLE do avião! Ou terá sido mera coincidência cair exatamente ali? Não creio.

    1. a menos de cem metros estava o canal três com muito mais
      A menos de duzentos e cinquenta metros estava o canal três com muito mais espaço para um pouso de emergência se o piloto tivesse tido tempo. Acertar o Bambuzal foi, de acordo com muitos pilotos, uma ocorrência fortuita.

      1. Controle era ZERO

         É normal, humano, nestas situações, terraqueos, procurem encontrar algo de “heróico”, mas nos poucos segundos antes de bater no chão, o ambiente de um cockpit, com a aeronave estolando, perdendo “asa”, sustentação, quase invertida, alarmes soando, vozes sintéticas repetindo “up'”, “up”, “stoll”, “stoll”, “terrain ahead”, potencia total, passageiros gritando – alguns sendo jogados pela cabine, pois estavam sem cintos – Nestes ultimos segundos, vc. só quer tentar fazer o avião voar, ganhar altura – não dá para procurar um lugar para se estatelar, aliás é praticamente impossivel vizualizar o chão, vc. está “siderado”, “focado”, no painel – Cair e não ter matado um monte de gente: sorte de quem estava em terra; os pilotos até o ultimo momento queriam recuperar a aeronave, não ficar procurando um local de sepultura.

        1. É isso mesmo
          Se estolou, como parece ter ocorrido é um Deus nos acuda! Este avião em teste de estol em altitude perdeu altitude a uma taxa de 10000 pés por minuto; uma total suposição: se ele estivesse tentando voar abaixo do teto de 800 pés é só fazer as contas…

  15. Foguete molhado…

    A campanha de Marina Silva começa a fazer estragos na candidatura de Aécio Never !!!

    Um dos principais puxadores de votos de Eduardo Campos em MG era o tucano, travestido de socialista, Alexandre Kalil, presidente do Clube Atletico Mineiro.

    Era certo que pelo menos 500 mil votos o Alexandre Kalil teria em MG e assim, puxaria muitos votos para o Eduardo Campos.

    Porém, Eduardo Campos não era uma ameaça direta a Aécio Never.

    Agora, com entrada de Marina no páreo e o súbito atropelo dela sobre Aécio Never, tomando-le o segundo lugar, o PSDB já começou a tentar salvar a natimorta campanha de Aécio Never.

    Desta forma, o PSDB, ao pedir para o Alexandre Kalil, presidente do Clube Atletico Mineiro, para retirar a sua candidatura, evita que ele, Kalil, puxe votos para a Marina Silva.

    Veja a desistência do Alexandre Kalil, presidente do Clube Atletico Mineiro, a candidatura a Dep. Federal

    http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2014/08/21/noticia_atletico_mg,291375/alexandre-kalil-renuncia-candidatura-a-deputado-e-cumprira-mandato-como-presidente-do-atletico.shtml

    Para quem tem dúvidas de quem ele, Kalil, sempre apoiou e apoia:

    https://www.youtube.com/watch?v=qHYJLvou7QA

  16. Fatores contribuintes : Politico

      O texto do Cel. (R/R) Koch, tecnicamente bastante plausivel, pode vir a explicar apenas uma das condicionantes técnicas do evento, se corroborado o for, com o avanço das investigações, tanto do CENIPA, como de seus parceiros: NTSB ( país fabricante ), Cessna ( Fabricante da aeronave) e Pratt Whitney of Canadá ( Motores) – Rockweell – Collins ( suite de avionica).

       Alem das analises técnicas/metereológicas, sempre contribuintes para a analise de um acidente, não se deve relativizar o componente humano, que significa não apenas a analise do treinamento da tripulação, as horas de voo na aeronave, o volume de horas trabalhadas, exame de saude etc.. MAS tambem, no caso: Compromisso.

        1. Em uma aeronave comercial comum, fazendo “rota/escala” com mais de 100 pax a bordo, caso não de pouso por condições metereológicas, nem se tenta uma arremetida, aborta-se a aproximação, aproa-se para a “alternativa”.

        2. Na “executiva”, com o “dono” do voo a bordo, a pressão sob o cockpit é grande, pois buscar a “alternativa”, representará perda de compromisso do “dono”/”usuario”/PATRÃO .

        Com politicos é até pior, o caso do TU-154M polonês, em 2010, que se arrebentou em Smolensk, um dos “fatores contribuintes” do acidente que matou toda, a época, presidência da Polonia, foi a pressão sobre os pilotos exercida pelo Pres. polonês e seu Min. da Defesa, que estavam na aeronave.

  17. Esquadrilha da fumaça

    A dinãmica do vôo mostra uma descida de bico como feita por aviões da esquadrilha da fumaça, jamais por um avião de passageiros. Tudo indica que o manche estava enterrado para frente. Pela velocidade as turbinas estavam com aceleração.

    Ora, várias hipóteses foram levantadas, menos a volutariedade do piloto. Escrever em rede social  “Cansadaço… Voar… Voar… Voar…” não poderia indicar algum indício de depressão?

    Confusão espacial por falta de visibilidade não cola. A camera (provavelmente de baixa qualidade) mostrou as imagens de uma distãncia bastante grande.

    1. Contradições

      Não é razoável esperar que quem muito Voou… Voou… Voou… cometa erros primários de quem nunca ou pouco Voou… Voou… Voou…

      Quando Voar… Voar… Voar… deixa de ser um enorme prazer e passa a ser um pesado estorvo!!!

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