Ministério da Saúde suspende pagamentos a empresa investigada na Lava Jato

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Ministério da Saúde informou que suspendeu nesta sexta-feira (10) os pagamentos à agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada em processo de licitação em 2010. A empresa é investigada na Operação Lava Jato por suspeita de ter feito pagamento de propina ao ex-deputado André Vargas (sem partido-PR).

Capitaneado por Arthur Chioro, o Ministério informou, por meio de nota, que, além da suspensão “imediata” dos pagamentos à agência, não vai autorizar novas ordens de serviço para a empresa. Além disso, criará uma comissão de sindicância administrativa para avaliar a regularidade da execução do contrato com a empresa.

De acordo com o despacho do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, a Borghi Lowe Propaganda e Marketing Ltda. contratou as empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para serviços de publicidade para o Ministério da Saúde e os orientou a fazer pagamento de comissões de bônus de volume (BV) nas contas das empresas Limiar e LSI, controladas por André Vargas e seus irmãos.

Também na nota, o Ministério reforça que não firmou contrato com a empresa Labogen. “Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato, o ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos. Isso significa que a proposta envolvendo a Labogen sequer passou da fase do cumprimento dos requisitos para assinatura de contrato”, diz.

De acordo com a PF, a Labogen firmou parceria com a pasta para fabricação no Brasil e o fornecimento ao Ministério da Saúde do medicamento citrato de sildenafila, que seria feito pela Labogen em associação com a empresa EMS S/A e o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM).

A  Labogen, segundo as investigações, pertence a Leonardo Meirelles, que a usava para “celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, a fim de remeter fraudulentamente dinheiro ao exterior”, em parceria com o doleiro Alberto Youssef.

O Ministério da Saúde diz que as medidas em relação à Borghi/Lowe serão comunicadas à Controladoria-Geral da União e à Polícia Federal e que está à disposição da PF e demais órgãos de controle para quaisquer esclarecimentos sobre os processos da Labogen e da empresa de publicidade.

Com informações da Agência Brasil

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Transparencia ja existe no
    Transparencia ja existe no governo federalhttp://elenaaparecida.blogspot.com.br/2013/04/luzes-da-ribalta-lenta-evolucao-para.html?m=1

    Penso que ja estamos caminhando para o acompanhamento de processos em tempo real. Governos municipais estaduais precisam caminhar nesta direçao bem como legislativo e judiciario

  2. Propagandas Milionárias

    Fica evidente que, essas agências de propaganda, como as do carequinha Marcos Valério, DNA e SMP&B dos mensalões 1 e 2 e agora essa outra, Borghi/Lowe, que faz propaganda do BNDES da Caixa Econômica e de outras instituições, são lavanderias de dinheiro. Eles, sócios dessas agências vêm tanta facilidade de se apossar de montanhas de dinheiro, que ficam querendo derrubar o governo, e se sentem poderosos corrompedores. Por que cargas d’agua deve custar tão caro as propagandas da Caixa? E as do BNDES? Precisam gastar esses milhões todos realmente? Será que ninguém conhece a Caixa Econômica Federal? BNDES, será que algum empresário ou empreendedor não conhece esse banco de fomento?

    No caso do valerioduto que abasteceu os mensalões 1 e 2, o Daniel Dantas controlador das Teles, Telenorte Telemig fazia propaganda das mesmas, superfaturadas, nas agências do Valério, e tome dinheiro público sendo empregado em agências de propagandas com campanhas “caríssimas”, BV pra cá, BV pra lá, tudo a maior falsidade. Chega disso.

     

  3. Bônus Volumosos

    O contrato sigiloso confirma que a Globo pagava à DNA de Marcos Valério o “BV”, o Bônus de Volume, que nunca poderia ser considerado dinheiro público e muito menos ter sido desviado, pois se trata de uma relação particular entre duas empresas privadas, a Rede Globo e a DNA. No entanto o STF condenou Pizzolato por este “crime”.

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