HSBC: Nina Ricci vai para a cadeia por fraude e sonegação fiscal, na França

Por Antonio Barros

Nina Ricci (dos perfumes) vai para a cadeia por fraude e sonegação fiscal, na França por contas no HSBC da Suíça…

Como noticiado pelo The Independent (GB).

Arlette Ricci, 73, herdeira do império Ricci de perfumes e correlatos, foi condenada a um ano de prisão e dois anos de suspensão de direitos por sonegação  fiscal e “fraude fiscal”, escondendo milhões de euros para fugir do Fisco francês.

Ela também pagará uma multa de 1 MI de Euros e a sentença adicional fica suspensa por dois anos.  Sua filha, de 57 anos, foi também condenada a oito meses de suspensão de direitos.

Arlette Ricci foi condenada ainda a pagar todos impostos devidos, em valor a ser quantificado.

O Tribunal também confiscou bens no valor de 4 MI de euros.  

A Sra. Ricci é a  primeira francesa a ser condenada no caso do HSBC da Suiça, entre outros 50 que também respondem a processos pelo vazamento de dados por Hervé Falciani.

Enquanto isso, em GB, o Supemo Tribunal prepara apenas três possíveis processos criminais entre os 3600 contribuintes que fugiram do Fisco inglês, em atitude que mostra grande leniência. .

Margaret Hodge, que chefiou o a Comissão de Contas Públicas disse que “a Grã-Bretanha é patética”.  “Na França, condena-se por sonegação e evasão fiscal, mesmo pessoas ricas e poderosas.

Fica a pergunta: qual será o tratamento dos  bacanas pegos na infração?

No Brasil, José!

Redação

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Deve ser porque lá a lista

    Deve ser porque lá a lista dos sonegadores não fica nas mãos de um jornalista inescrupuloso e uma rede de tv mafiosa.

    É inacreditável que até hoje a receita federal não tenha essa planilha em mãos. É muita incompetência ou falta de vontade mesmo.

    Quanto à CPI eu não me iludo. Depois daquela do Cachoeira, o que esperar desses deputados bundões do PT?

    1. Quem???

      RA! RA!

      Agora, de unha encravada, dor de cabeça e se a cadela do vizinho tá prenhe, já de antemão, sabemos de quem é a culpa!!

       

      Quem anunciou e colheu assinaturas para a tal CPI foi o menino pródigo do partido da “Esquerda Autentica” e se ele Odarelar, como ocorreu na CPI do Cachoeira, a culpa sempre recairá sobre aqueles que foram condenados à missão de redimir todos os pecados da nossa sociedade corrupta. Sei!!

       

    2. De qualquer forma, a composição sociológica e política

      dos judiciários e da mídia da França e do Brasil são absolutamente incompatíveis:

      – Mídia escrita: na França tem uma representação razoável de todas as tendências. apesar da entrada recente e maciça de capitalistas na mídia historicamente mais a esquerda, com 3 capitalistas controlando o “Le Monde” e um grupo incluindo um Rotschild controlando “Liberation” e indiretamente o semanário “Nouvel Observateur”. A perda de receitas publicitárias com a internet foi terrível para a independência da mídia escrita. Rádios e TV’s sempre foram ligadas ou a capitalistas ou ao governo (Radio France e France Télévisions).

      – Judiciário: aí temos claramente o resultado prático dos cataclismos da história. Até a 2ª guerra mundial as direita e extrema direita (existiam muito monarquistas no judiciário…) burguesas eram sobre-representadas. No regime de Vichy a grande maioria dos juízes adotou com grande entusiasmo as leis cripto-fascistas: poucas foram as exceções (tem um filme de Costa-Gavras sobre um caso emblemático). Na “Liberação” teve uma limpeza, chamada “Depuração”, no início terrível a tal ponto que de Gaulle, chefe do governo provisório, teve que intervir para evitar o esvaziamento quase total do judiciário. No fim só foram expulsos os casos mais óbvios, tipo assim juízes que assinaram muitas condenações a morte de “resistants”, casos ligados a famílias judias etc… Mas os que ficaram nunca mais ousaram mostrar muito claramente suas inclinações á direita. Com o tempo e o sistema educacional francês que, apesar dos pesares, tem uma fortíssima presença estatal, houve uma muito maior miscgenização social e política.

      No Brasil a composição social e política do judiciário lembra a da França de antes da 2ª guerra mundial coma  ocupação pelos nazistas, quando não a do século XIX…

    3. CPI é perda de tempo

      Eh um Crongresso de baixo clero, dificilmente irão contrariar quem os financia. Quanto a Receita… Não estaria na hora de uma “operação” dessas ai da PF, por la ? No caso das sonegações, o Ministério da Justiça também pode agir, ja que é de interesse do governo. 

  2. Corrupto aqui é o Genoino que

    Corrupto aqui é o Genoino que mora numa casa de classe media na zona norte, é o João Paulo que voltou a estudar direito e deve ser dono da faculdade com certeza, é o Lula que ainda emgana morando no abc, o maior de todos é o Zé Dirceu, esse quando a coisa aperta para os bacanas é o primeiro que lembram para desviar a atenção, a a republica do paraná tambem quer prende-lo por que se todos o fazem por que não eles? O Gushiken morreu milionario como todos sabemos, e o Lulinha é dono da friboi e mais cinco ou seis conglomerados mas a gente não sabe por que é tudo de laranja; só assim para encarar o surrealismo desses tempos atuais.

  3. “Enquanto isso, em GB, o

    “Enquanto isso, em GB, o Supemo Tribunal prepara apenas três possíveis processos criminais entre os 3600 contribuintes que fugiram do Fisco inglês, em atitude que mostra grande leniência. .

    Margaret Hodge, que chefiou o a Comissão de Contas Públicas disse que “a Grã-Bretanha é patética”.  “Na França, condena-se por sonegação e evasão fiscal, mesmo pessoas ricas e poderosas.”

    Leiam essa matéria: Londres a Meca dos corruptos.

     

    Londres, a Meca dos corruptos

     

    Por George Monbiot  – 27/03/2015    À frente, a conhecida Torre de Londres. Ao fundo, a reluzente porém obscura "City", núcléo da rede internacional de "centros financeiros offshore"À frente, a famosa Torre de Londres. Ao fundo, a reluzente porém obscura “City”, núcléo da rede internacional de “centros financeiros offshore” Como o sistema financeiro internacional converteu capital britânica no centro global de reciclagem para riqueza de políticos inescrupulosos, ditadores e crime organizado Por George Monbiot | Tradução: Vila Vudu A conta não fecha. Quase todos os dias, jornais e televisões inglesas estão repletos de histórias que cheiram a corrupção. Contudo, no ranking de corrupção da ONG “Transparência Internacional”, a Grã-Bretanha ocupa o 14º lugar entre 177 nações (1) – significando que estaria entre as nações mais bem geridas da Terra. Ou os 13 países que vêm antes da Grã-Bretanha são espetacularmente corruptos, ou há algo errado com esse ranking da “Transparência Internacional”.Sim, o problema é o índice. As definições de “corrupção” de que se serve são as mais estreitas e seletivas. Nos países ricos, práticas comuns que sem dúvida poderiam ser consideradas corruptas são simplesmente excluídas; já práticas comuns em países pobres são enfatizadas.Esta semana foi publicado um livro bastante inovador, editado por David Whyte: How Corrupt Is Britain? [Quão Corrupta é a Grã-Bretanha?] (2). Deveria ser lida por todos aqueles que acham que Grã-Bretanha merece a posição em que aparece no ranking da “Transparência Internacional”.TEXTO-MEIOExistiria ainda um setor bancário comercial na Grã-Bretanha, não fosse a corrupção? Pense na lista dos escândalos: pensões subfaturadas, fraudes hipotecárias, o embuste do seguro de proteção de pagamentos, a manipulação da taxa interbancária Libor, as operações com informações privilegiadas e tantos outros. Depois, pergunte-se se espoliar as pessoas é uma aberração – ou o próprio modelo de negócio.Nenhum dirigente de banco foi indiciado, sequer desqualificado ou demitido por práticas que contribuíram para desencadear a crise financeira: a legislação que os teria coibido ou enquadrado em crimes já havia sido paulatinamente esvaziada, antes, por sucessivos governos.Um ex-ministro do atual governo britânico dirigia o banco HSBC (2) quando este praticava sistematicamente crimes de evasão fiscal (3) e lavagem de dinheiro do narcotráfico, além de garantir serviços a bancos da Arábia Saudita e Bangladesh ligados ao financiamento do terrorismo (4). Ao invés de processar o banco, o diretor da Controladoria Fiscal do Reino Unido passou a trabalhar para ele, ao se aposentar (5).A City de Londres, que opera com o apoio dos territórios britânicos de além-mar e postos avançados da Coroa, é líder mundial dos paraísos fiscais, controlando 24% de todos os serviços financeiros (6) oferecidos offshore.A cidade oferece ao capital global um sofisticado regime de sigilo, dando assistência não apenas a sonegadores de impostos, mas também a contrabandistas, fugitivos de sanções e lavadores de dinheiro. Como disse a juíza de instrução francesa Eva Joly, ao queixar-se que a City “nunca forneceu sequer uma ínfima evidência útil a qualquer magistrado estrangeiro” (7).Reino Unido, Suíça, Cingapura, Luxemburgo e Alemanha estão todos entre os países menos corruptos na lista da Transparência Internacional. Mas figuram também na lista da Rede de Justiça Fiscal (Tax Justice Network) como administradores dos piores regimes sigilosos de investimento e paraísos fiscais (8). Por alguma estranha razão, nada disso é levado em conta para definir o ranking da ONG Transparência Internacional.A Iniciativa de Financiamento Privado (Private Finance Initiative) tem sido usada por sucessivos governos britânicos para iludir os cidadãos quanto à extensão dos seus empréstimos, enquanto canalizam dinheiro público para corporações privadas. Envolta em segredo, recheada de propinas ocultas (9), a IFP tem fisgado hospitais e escolas sempre com dívidas impagáveis, enquanto impede que a população controle os serviços públicos.Espiões do Estado lançam-se à vigilância (10) em massa, ao mesmo tempo em que a polícia trabalha servindo-se de identidades de crianças mortas, mente em tribunais para fornecer provas falsas e incita crianças ao ativismo extremista, além de infiltrar-se em grupos pacíficos, tentando destruí-los (11). As forças policiais já mentiram sobre o desastre de Hillsborough (12); já protegeram pedófilos ativos (13) –inclusive Jimmy Savile e, como hoje se afirma, toda uma gama de dirigentes políticos suspeitos também do assassinato de crianças. Savile foi protegido também pelo Serviço Nacional de Saúde (National Health Service) e pela BBC – que demitiu a maioria dos que tentaram expô-lo (14) e promoveu os que tentaram perpetuar o ocultamento dos fatos.Há o problema de intocado sistema de financiamento político, que permite a compra dos partidos (15) pelos mais ricos. Há o escândalo das escutas telefônicas e dos jornais que subornam policiais; da privatização dos Correios britânicos, o Royal Mail (16), vendido a preços insignificantes; o esquema da “porta giratória”, que permite a empresários e empregados de grandes empresas, depois de eleitos, ficar em posição de redigir leis que defendem seus próprios interesses ou dos respectivos patrões; o assalto à seguridade social e aos serviços prisionais, por empresas privadas terceirizadas; a fixação, por empresas, do preço da energia; o roubo diário perpetrado pela indústria farmacêutica, e outras tantas dúzias de casos semelhantes. Nada disso é corrupção? Ou são operações ‘sofisticadas’ demais para serem expostas sob o seu verdadeiro nome, “corrupção”?Entre as fontes usadas pela Transparência Internacional para produzir seu ranking estão o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial. Confiar no Banco Mundial para aferir corrupção é como confiar em Vlad, o Empalador, para aferir direitos humanos. Orientado pelo princípio um dólar-um voto, controlado pelas nações ricas e atuando nas nações pobres, o Banco Mundial financiou centenas de elefantes brancos que enriqueceram enormemente as elites mais corruptas e beneficiaram capitais estrangeiros (17), ao mesmo tempo em que expulsava pessoas das próprias terras e deixava países afogados em dívidas impagáveis. Para espanto geral, a definição do Banco Mundial para a corrupção é tão limitada que não considera esse tipo de prática.E o Fórum Econômico Mundial estabelece sua escala de corrupção a partir de uma pesquisa que consulta executivos mundiais (18) — precisamente eles, cujas empresas são beneficiárias diretas do tipo de práticas que estou listando nesse artigo. As perguntas se limitam ao pagamento de propinas e à aquisição corrupta de fundos públicos por interesses privados (19), excluindo o tipo de corrupção que prevalece nas nações ricas. Quando entrevista cidadãos comuns, a Transparência Internacional segue a mesma linha: a maior parte das perguntas específicas concerne ao pagamento de propinas (20).Quão corrupta é a Grã Bretanha? Tão estreitas concepções de corrupção são parte de uma longa tradição de retratá-la como algo confinado a países fracos, que precisam ser salvos por “reformas” impostas pelos poderes coloniais e, mais recentemente, organismos tais como Banco Mundial e FMI. Essas “reformas” significam austeridade, privatização, terceirização e desregulamentação. Elas tendem a sugar dinheiro das mãos dos pobres para as mãos das oligarquias nacionais e globais.Para organizações como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, há pouca diferença entre o interesse público e os interesses das corporações globais. O que pode parecer corrupção de qualquer outra perspectiva é visto por eles como fundamentos econômicos. O poder das finanças globais e a imensa riqueza da elite global estão fundadas em corrupção, e os beneficiários têm interesse em enquadrar a questão para desculpar-se. Sim, muitos países pobres sofrem o flagelo do tipo de corrupção que é o pagamento de propinas a servidores públicos. Mas o problemas que atormentam a Inglaterra são mais profundos. Quando o sistema já pertence à elite, propinas são supérfluas.NOTAS1. https://www.transparency.2. http://www.plutobooks.com/3. http://www.theguardian.com/4. http://www.hsgac.senate.5. http://www.theguardian.com/6. John Christensen, 2015, in David Whyte (ed). How Corrupt is Britain? Pluto Press, London.7. Nicholas Shaxson, 2011. Treasure Islands: Tax Havens and the Men Who Stole the World. Random House, London. http://8. http://www.9. http://www.theguardian.com/10. http://www.theguardian.11. http://www.theguardian.12. Sheila Coleman, 2015, in David Whyte (ed). How Corrupt is Britain? Pluto Press, London.13. http://www.theguardian.14. http://www.theguardian.15. http://www.theguardian.16. http://www.theguardian.17. http://www.18. http://www3.weforum.org/19. http://www.ticambodia.org/20. http://www.transparency.

     

     

  4. Repercutam em toda a mídia alternativa

    Essa notícia deveria ser repercutida em todos a imprensa alternativa no Brasil. Embora seja uma tática do PiG… às vezes, e com um outro lado tão cego, manipulador e violento, o jeito é apelar mesmo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador