O sanatório geral não vai passar, ele voltou, por Fábio de Oliveira Ribeiro

O sanatório geral não vai passar, ele voltou

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Michel Temer ficará impune porque distribuiu verbas públicas para não responder por crimes que ele cometeu. (aqui)

Um Desembargador foi acusado dentro do Tribunal de ter oferecido um Acórdão aos advogados pelo maior preço. (aqui)

Gilmar Mendes uma vez mais defendeu Aécio Neves como se fosse advogado e não Ministro do STF. (aqui)

No Rio de Janeiro um pobre refugiado sírio que tenta ganhar a vida foi ameaçado e agredido a pauladas. (aqui)

Sérgio Moro confiscou o Triplex de quem não foi parte no processo para entregar o imóvel a um terceiro que não pediu sua restituição nos autos. (aqui)

Procuradores do MPF denunciaram estudantes porque eles ousaram fazer estudos universitários sobre Karl Marx. (aqui)

Desembargadora vai processar quem falou mal do filho dela que é traficante de drogas. (aqui)

Rafael Braga continua preso por porte de Pinho Sol. (aqui)

Em São Paulo uma doença contagiosa foi transformada em punição não prescrita nas sentenças penais condenatórias. A nova pena está passando de um preso para outro e logo passará deles para os policiais, advogados, promotores e juízes que tiverem contato com eles no presídio e no Fórum. (aqui)

Apesar destes graves problemas o Brasil segue atacando a Venezuela. (aqui)

Todas as notícias acima evidenciam o mesmo problema: após o golpe de 2016 a distinção entre público e privado desapareceu completamente. Tudo foi privatizado, especialmente a aplicação das Leis pelos agentes publicos. A própria noção de Lei (norma geral e abstrata discutida, aprovada e promulgada de acordo com as regras previamente estabelecidas) foi soterrada: regras pseudojurídicas que nunca foram discutidas e promulgadas beneficiam alguns cidadãos e normas jurídicas que estão em vigor não são capazes de alcançar outros porque eles são privilegiados ou desprezados pelo MP e pelo Poder Judiciário.

Não por acaso o Brasil está sendo tratado como uma cloaca nauseabunda pela imprensa internacional. (aqui)

O que fazer? Como restaurar a credibilidade de um Sistema de Justiça que se suicidou porque o mafioso Michel Temer concedeu o aumento salarial que a honestíssima Dilma Rousseff havia se recusado dar aos juízes?

 

Fábio de Oliveira Ribeiro

20 Comentários

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  1. Dialogo

    A solução esta num amplo dialogo entre os partidos politico, midia, judiciario e todas outras forças que compõe o pais para termos uma solução que privilegie a nação como um todo. kkkkkk

    Matem!

  2. cuidado com o andor

     

    “Procuradores do MPF denunciaram estudantes porque eles ousaram fazer estudos universitários sobre Karl Marx.”

     

    Seguindo o link indicado, encontra-se fato bem diverso:

    “Entretanto, segundo o grupo de estudos, o inquérito foi indeferido em primeira instância. Ou seja, a denúncia não vai resultar em uma investigação.”

    Os termos usados na matéria jornalística não são precisos, mas o trecho em negrito deixa bem claro que o Ministério Público Federal não deu seguimento à representação, sequer abriu um procedimento para investigar.

    Não é admissível que neste espaço o ódio venha inverter fatos. Odiar o Miistério Público é uma coisa, é um impulso primitivo, objeto ou de terapia ou de tolerância. Sou aposentado do MPF, e mantenho toda a distância possível desse órgão estatal. Maldigo a maior parte do tempo de minha vida, em que alimentei alguma esperança na minha atividade. Agora, odiar o MPF não teria sentido, já que preencho meus dias com música, não sobra lugar para ódios.

    Mas o pior é veicular versões que colidem com os fatos. Isso é execrável.

    1. Discordo. Não compete ao MPF

      Discordo. Não compete ao MPF censurar qualquer tipo de estudo universitário. Aquela bosta de denúncia nem deveria ter sido feita. A rigor o idiota que a subscreveu demonstrando total ignorância ou desprezo pelas liberdades prescritas na CF/88 deveria ser suspenso ou expulso do órgão. E você deveria parar de vir aqui demonstrar seu corporativismo.

      1. problema sério

        Não está conseguindo ler mesmo? Não parece ser problema ótico, mas mental. Embotou-se de vez? Não consegue ler que não partiu do Ministério Público censura nenhuma ao estudo? Seu caso é solipsismo, psiquiatria. Nem mesmo ódio gratuito. Corporativismo? Não consegue ler nada? Denúncia? Foi a expressão errônea usada para uma representação não se sabe de quem. Foi arquivada de plano.
        Seu caso é sério, não é bem de psicanálise, mas de psiquiatria. Vou estudar o ‘Arioso’ de Bach no violino. Não perco mais tempo com seus textos….seria bebida em excesso? O espaço do Nassif está em franca decadência.

         

        1. Falou o defensor dos pobres e

          Falou o defensor dos pobres e oprimidos procuradores que ganham acima do teto para oferecer denúncias com base em Powepoints. Nóia que enriqueceu num cargo público ou perseguindo representantes do povo é foda mano… não aceita nem mesmo levar cascudo na internet. Você está preso no seu corporativismo elitista tacanho e ridículo. Fale-me mais deste seu solipsismo, deste seu fechamento mental causado pela estupidez partidária e paga com dinheiro público… 

          1. fuga para o ‘ad hominem

            O problema será reexposto assim, bem simpesmente:

            Seu texto:

            “Procuradores do MPF denunciaram estudantes porque eles ousaram fazer estudos universitários sobre Karl Marx. (aqui)”

            O link indicado no texto:

             

            “O caso veio a público por meio de uma nota publicada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Marx, Trabalho e Educação (GEPMTE) nesta quarta-feira.”

             

            Entretanto, segundo o grupo de estudos, o inquérito foi indeferido em primeira instância. Ou seja, a denúncia não vai resultar em uma investigação”.

            A metéria tem redação sofrível, mas se alguém não entende elementarmente de Direito, não se meta no tema. Se entende, verá que a expressão “o inquérito foi indeferido em primeira instância”, e, sobretudo, que  o restante do texto fornece uma chave para compreender o que a aconteceu: 

            Ou seja, a denúncia não vai resultar em uma investigação.

            “Denúncia” de quem? Embora confusa a notícia, de onde se tira que algum procurador da república fez uma denúncia?

            Denúncia em linguagem de Direito, significa o oferecimento de ação penal, significa a petição inicial, tendente a inaugurar um processo penal.

            Ora, a matéria nunca poderia ser entendida assim, como a tentativa de um procurador da república ajuizar uma ação penal contra estudantes de Marx, por este simples fato.

            Mas, se, de acordo com o texto do jornal, “a denúncia não vai resultar em uma investigação”, isto somente pode querer dizer que aquilo que foi dirigido ao Ministério Público (chamado impropriamente de denúncia) não vai ter nenhum seguimento, logo, arquivado.

            Não consigo maior clareza. De qualquer modo, se não se conhece minimamente o Direito Processual Penal, deve-se abster de escrever a respeito.

            A contradição entre o texto aqui publicado e a informação a que se chega no link salta aos olhos. Somente um ébrio não o perceberia.

            No mais, clichês de procurador que ganha dinheiro absurdamente grande e injustificado…… não seria despeito por não haver obtido aprovação em concurso? Saiba que meu nível profissional nunca esteve aquém destes advogados que recebem milhões do dinheiro sujo, e que você não registra em sua mente preconceituosa e cheia de recalques.

            Conheço procurador de justiça que sofreu perseguição no seu ofício e desligou-se da Instituição, passando a ganhar fortunas logo em seguida, em sua banca. Debandou-se para o outro lado. Quanto, por exemplo, Antônio Fernandes estaria ganhando agora? E Aristides Junqueira?

             

            O ônus de afirmar que alguém do MPF censurou, sequer, os estudantes de K.Marx, é de quem escreve levianamente, e, ao que tudo indica, sob inspiração etílica. Õnus de mostrar a fonte desta assertiva tonta. De mostrar de onde tirou que um procurador da república censurou estudantes.

            Há uma obsessão em torno dos procuradores da lava-jato, um deslumbramento mal disfarçado. O MPF não é nada disso, na verdade, é uma maioria descompromissada, sem ideal nenhum, sem estrutura de trabalho investigativo. e uma minoria que, sem recursos, sem apoio interdisciplinar, sem uma base de dados de qualidade, teima em fazer um trabalho bom. Atuei em favor de índios, do consumidor, do meio ambiente. Quem lutou para a instalação do Comitê da Bacia do São Francisco poderia testemunhar do meu trabalho nesta direção.

            Enfim, o ódio ao Ministério Público tem motivações espúrias, sobretudo quando escorrega para quem quer que seja, que cometeu o crime de habilitar-se em concurso duro. O meu, o 13º, teve uns 60.000 concorrentes, para 60 vagas. Fui aprovado nos primeiros lugares, com as melhores notas nas provas escritas e na oral. Provas de âmbito nacional.

            O fato de vir aquir apontar um erro grosseiro, não me poderia expor a ataques gratuitos de não se sabe quem.

             

             

             

             

             

             

             

             

             

          2. O problema é outro.
             
            A CF/88

            O problema é outro.

             

            A CF/88 garante amplamente a liberdade de consciência religiosa, política e ideológica. Estudar as obras de Karl Marx não é crime, tampouco é crime discutir e divulgar estes estudos.

             

            Os procuradores tem obrigação funcional de cumprir e fazer cumprir a Constituição Federak. Não cabe a eles revogar as liberdades garantidas pelo texto da CF/88, tampouco intimidar estudantes ou censurar o que eles fazem. Mas foi exatamente isto o que ocorreu, porque os cretinos do MPF não tem o que fazer, não fazem o que devem (como denunciar os responsáveis por 450 quilos de cocaína apreendidos num certo helicóptero) e acreditam que podem vagar novas regras. 

             

            Você pode continuar defendendo eles, mas isto apenas revelará uma coisa: o seu corporativismo elitista, tacanho e retrógrado. Entendeu ou terei que ser mais didático?

          3. os textos em conflito

            O problema é este: o que você escreve conflita com a fonte do jornal. Mostre que o jornal diz o que você afirma em seu texto. Não está em discussão a atuação dos procuradores da república, em geral. Está em jogo seu texto, falso, sem fundamento, e, pior, onde você mostra que não lê sequer o que indica como fonte.

            Demonstre que um procurador da república tomou alguma medida contra o grupo de estudos de K.Marx.

            Quando sair do coma etílico, tente esclarecer a ambiguidade irresponsável de seu texto. Isso aqui não é meu terreiro, é do Nassif. O que credencia você escrever coisas sem base e nexo, não sei, não me interessa saber. Mas você não tem o direito, nem Nassif poderia conferi-lo, de vomitar falsidades aqui. Não subestime os leitores deste forum. Quem confrontar o texto publicado aqui e aquele lá da fonte jornalística, verá o descalabro. O espaço do Nassif não é território de ninguém, não é res nullius. A não ser que…..

            É necessário, ao menos no que se autodenomina mídia alternativa, um mínimo de honestidade. Ou de sanidade mental. A Procuradoria da República recebeu uma representação, não se sabe de quem, o jornal não esclarece. Esta representação foi para o arquivo. É isto que se depreende da leitura do material linkado. De onde foi tirada a idéia de que procuradores ‘denunciaram’ estudantes de Marx, não se sabe, provavelmente, do ódio e de um pileque homérico.

            Não vou escrever mais aqui sobre isso. Chega de idiotice.

             

          4. É claro que você cansou.

            É claro que você cansou. Afinal, em nome do corporativismo você está em conflito com o que consta expressamente da CF/88 e isto deve ser muito doloroso. Além disto você parece estar muito acostumado a lidar com subalternos cordiais e eu não estou entre eles. 

            Acorde idiota. A boa vida dos procuradores vai acabar em breve. Eles nem começaram a tomar porrada na internet. 

          5. obsessões

            Você tenta despistar a grosseria irresponsável que cometeu. Escrever assim, sem responsabilidade com fatos, é tipico de imbecis que julgam todos os outros por si próprios.

            Sua fuga depõe contra a inteligência de todo o mundo que lê matérias neste blog.

            Não sei o que você faz aqui, ou na vida. Sua obsessão contra procuradores é suspeita. A qualquer momento posso deixar o ‘dolce far niente’ de aposentado e começar a advogar. Na Advocacia, não seria diferente. Lá seria refletida minha longa preparação profissional, sobretudo porque nunca me limitei aos livros de Direito.

            Desistiu dos fatos? Impostor, mentiroso, falsário. Como pode insistir? Mostre que alguém do MPF atacou estudantes de K.Marx. Tente ler o tópico para o qual você fez o link. Mas não leu, não compreendeu. 

            Você se afunda na desonestidade, sequela da falta de formação. É medíocre. Escreve mal, na forma e no conteúdo. A falta de leitura transparece em cada linha. Provavelmente, um advogado de porta de cadeia. Nunca logrou aprovação em concurso, nelm mesmo para oficial de justiça.

             

          6. transparência

            Tenho mais de 22 anos de contencioso, penal e cível. Discussões adstritas ao ‘thema decidendum’. Muito focadas. Aqui, abre-se uma discussão frouxa no foco, que resvala para o pessoal. O ponto era a correspondência entre a fonte da informação e a matéria resultante.

            De modo desonesto, e por isso mesmo, confesso, tal discrepância entre fonte declarada e matéria derivada é deixada de lado, para ataques pessoais.

            Surge, então, a pergunta sobre a relação entre o articulista, colaborador, ou sei lá a denominação, a relação com o dono do blogue. Com Nassif. Quem paga quem?

            Sou assinante da revista GGN, acompanho Nassif desde os primevos tempos da FSP. Nesta condição de seguidor de Nassif, sobretudo em matéria de música, onde ele é ímpar, comento um artigo, mostrando contradição. Recebo vitupérios.

            Então, quem paga quem? Esta indagação nos conduz a um teste de transparência.

            Em outros termos, quem é esta figura opaca que escreve mal, que maltrata os fatos, que os torce, e que se põe tão prepotente?

            Quanto deveria Nassif a tal figura, para permitir que este espaço se turve, numa discussão sem fim e sem começo.

            Que venham os fatos. Como afirmar que um procurador atacou estudantes de K.Marx. Se isto tivesse ocorrido, eu seria o primeiro a proclamar a ignorância do MPF, logo eu que sou marxista, ou marxiano, ou os dois.

            Com a palavra, o dono do pedaço, Luiz Nassif. Advertindo que estou melhorando na execução do “apanhei-te cavaquinho”, no violino. Puxa, como é difícil. E bonito.

          7. Mais um defensor dos pobres e

            Mais um defensor dos pobres e oprimidos procuradores do MPF. 

            Você está sendo pago para defender os nóias do MPF que perseguem marxistas como se a CF/88 tivesse sido revogada?

             

          8. Blá, blá, blá… Além além de

            Blá, blá, blá… Além além de você não ser psiquiatra e de eu não ser seu paciente, sua insistência em defender os nóias do MPF que perseguiram estudantes universitários por razões ideológicas apenas confirma o que foi dito acima: você é um corporativista calhorda e grosseiro. Isto para não dizer que você transpira complexo de superioridade, coisa de veado velho que gosta de ir a Miami comprar vibradores “made in China”. A sua ideologia fascista/capitalista é realmente penetrante, mas ela só vai penetrar você meu caro. Ha, ha, ha…

             

             

            Ps: durante a ditadura oa inimigos do regime eram tratados como doentes mentais. Ao sugerir que sou insano você pode ter revelado aspectos doentios de seu passado. Você acobertou torturas ou se divertiu vendo pessoas sendo torturadas?

  3. Fazia parte do convênio da

    Fazia parte do convênio da OAB/SP com a Defensoria Pública do Estado que presta assistência aos menos favorecidos desde quando me formei advogada, a vida é feita de escolhas, desde 2015, não consigo renovar minha inscrição, apesar de preencher todos os requisitos do Edital, impetrei recurso porque novamente em 2017 minha inscrição foi indeferida.
    Sem respostas já recorri até a Ordem, mas também aguardo esclarecimentos. Aqui quem governa é o PSDB e a Rede Globo, então já viram, estou sendo vítima de perseguição política ou religiosa?Graças a Deus tenho mãos limpas e consciência pura. o que fazer?

  4. Não sou especialista em

    Não sou especialista em direito, mas como Mino Carta costuma afirmar, até o mundo mineral tem conhecimento do relevante serviço prestado pelas mais diversas instâncias do judiciário ao golpe de Estado que alçou à presidência o Nosferatu Temerário e seus sequazes. Consumado o golpe torna-se supérfluo desancar o MPF, o STF, ou o juízo de 1º grau. No entanto, diante das consequências do golpe para a CF / 88 torna-se imperioso discutir por que o Poder Judiciário se transformou em ponta de lança do golpe, tema pouco aprofundado pelos articulistas dos blogs “sujos”, salvo raras exceções. Porque pouco se discute, por exemplo, o caráter “familiar” do judiciário, em que os titulares dos cargos de juiz, desembargador, etc, em sua maioria são filhos, netos e até bisnetos de juízes, desembargadores, etc, etc, etc (vide reportagem do Estadão de 04/08/2017 com o presidente do TRF 8, Flores da Cunha, quando é apresentada a árvore genealógica do juiz e a sala onde despacha, abarrotada de obras jurídicas, diplomas e fotografias dos seus ancestrais, em um arranjo meticulosamente planejado para transmitir a impressão de estarmos em um ambiente austero e despojado, representação fiel de uma justiça que pretende fazer-se de justa; ou então a propensão do nosso judiciário para os rituais vazios de sentido com suas togas ridículas que ocultam homens ocos, tais quais os descritos por T.S. Eliot em seu poema; ou abordar o caráter classista da nossa justiça, célere quando se trata de criminalizar os movimentos sociais, os pretos, os pobres, os gays e outras categorias de excluídos, e leniente com os barões das finanças, com a mídia hegemônica, com a polícia que forja “autos de resistência” desses mesmos pretos e pobres para justificar a perpetuação do massacre  cotidiano a que estão submetidos. Por fim, mesmo que o articulista tenha sido inexato quanto a afirmação de que “a Procuradoria da República ou algum procurador desse órgão tenha censurado o grupo Karl Marx”, é fato que vivemos em um Estado de exceção e a PGR tem uma parcela de responsabilidade  por isso. Por outro lado, as intervenções do leitor Fabian Bosch são uma demonstração cabal de que a Procuradoria também possui ou possuiu em seus quadros pessoal de alto nível do ponto de vista jurídico e com compromisso político com a CF / 88 e as demandas por justiça social que ela traz em seu bojo. 

  5. Não sou especialista em

    Não sou especialista em direito, mas como Mino Carta costuma afirmar, até o mundo mineral tem conhecimento do relevante serviço prestado pelas mais diversas instâncias do judiciário ao golpe de Estado que alçou à presidência o Nosferatu Temerário e seus sequazes. Consumado o golpe torna-se supérfluo desancar o MPF, o STF, ou o juízo de 1º grau. No entanto, diante das consequências do golpe para a CF / 88 torna-se imperioso discutir por que o Poder Judiciário se transformou em ponta de lança do golpe, tema pouco aprofundado pelos articulistas dos blogs “sujos”, salvo raras exceções. Porque pouco se discute, por exemplo, o caráter “familiar” do judiciário, em que os titulares dos cargos de juiz, desembargador, etc, em sua maioria são filhos, netos e até bisnetos de juízes, desembargadores, etc, etc, etc (vide reportagem do Estadão de 04/08/2017 com o presidente do TRF 8, Flores da Cunha, quando é apresentada a árvore genealógica do juiz e a sala onde despacha, abarrotada de obras jurídicas, diplomas e fotografias dos seus ancestrais, em um arranjo meticulosamente planejado para transmitir a impressão de estarmos em um ambiente austero e despojado, representação fiel de uma justiça que pretende fazer-se de justa; ou então a propensão do nosso judiciário para os rituais vazios de sentido com suas togas ridículas que ocultam homens ocos, tais quais os descritos por T.S. Eliot em seu poema; ou abordar o caráter classista da nossa justiça, célere quando se trata de criminalizar os movimentos sociais, os pretos, os pobres, os gays e outras categorias de excluídos, e leniente com os barões das finanças, com a mídia hegemônica, com a polícia que forja “autos de resistência” desses mesmos pretos e pobres para justificar a perpetuação do massacre  cotidiano a que estão submetidos. Por fim, mesmo que o articulista tenha sido inexato quanto a afirmação de que “a Procuradoria da República ou algum procurador desse órgão tenha censurado o grupo Karl Marx”, é fato que vivemos em um Estado de exceção e a PGR tem uma parcela de responsabilidade  por isso. Por outro lado, as intervenções do leitor Fabian Bosch são uma demonstração cabal de que a Procuradoria também possui ou possuiu em seus quadros pessoal de alto nível do ponto de vista jurídico e com compromisso político com a CF / 88 e as demandas por justiça social que ela traz em seu bojo. 

  6. desníveis neste fórum de discussão

    Tinha decidido não voltar a escrever nesta sequência que baixou ao nível mínimo de decência. Entretanto, esta discussão que assim termina, na sarjeta, serviu para revelar.

    Ainda assino a FSP, apenas para ler Safatle e Janio de Freitas. Passo a vista nos títulos, com o objetivo de acompanhar os caminhos da grande imprensa. Com o mesmo fim, vejo rapidamente o Estadão e o Globo.

    Na ânsia de não perder de vista meu presente histórico, vejo alguns jornais estrangeiros.

    O blog de Nassif me pareceu, no início, excelente alternativa à visão unilateral e facciosa da grande imprensa. No início. Pouco a pouco a participação neste fórum foi se mesclando, oscilando entre altos e baixos. Exemplo disso foi a série de artigos sobre a pretensa ciência espírita. Minha reação, com minha formação no materialismo dialético, foi de me abster, estranhando muito. Qual não foi minha surpresa, quando li um breve artigo com boa bibliografia, em que se denunciava o bloqueio, aqui neste fórum, de comentários contrários à crença espírita. Então, no artigo, se dizia que o pluriculturalismo não suportaria, por exemplo, o negacionismo do holocausto, ou o creacionismo…nem a mistificação espírita. De fato, devem ser reconhecidos limites, nada é absoluto.

    Este fórum anda correndo o risco de virar um feirão de palpites, onde alguns se arvoram em grandes sábios, como um certo ‘cientista social’ que taxou um pensamento que ele combatia de ‘histeria’, e a meus comentários, respondeu insinuando que eu estava fumando maconha, ou craque. Então, eu havia apontado que o diagnóstico de histeria não estava num campo genérico das ciências sociais, mas num específico, da Psicanálise. Questionei, assim, o campo de conhecimento de uma ‘ciência social’ genérica, que abrangeria tudo que não fosse rigorosamente ciência da natureza, descritiva.

    Lembro, agora, que Samuel Pessoa, célebre epidemiologista, considerava a Medicina uma ciência social. E com muita razão.

    A discussão não chegou a se formar, pois fui interpelado, policialescamente, como usuário da maconha, aliás, que já fumei.

    Já a querela sobre algum procurador da república haver tomado medidas contra um grupo de estudos de Marx, tampouco chegou ao patamar de uma discussão, resvalando logo para o argumento ad hominem, e despencando até baixaria.

    O ponto central segue sendo a introdução aqui, neste fórum, de processos de falsificação de fatos, motivados por ódio fanático, irracional.

    Lamento que os esforços de Nassif, de quem já divergi, mas que continuo respeitando como profissional, do mais alto nível, estejam no gume de uma navalha. É grande o risco de isto aqui virar uma folha de são paulo, piorada.

    Torço que não, e acredito que não, do contrário, não voltaria a escrever aqui.

    Apesar de leigo, Nassif é o único a escrever aqui sobre matérias de Direito, que sejam dignas de leitura, apesar de imprecisões que aprendi a tolerar, em favor de ângulos que ele divisa, muito interessantes.

    Ao menos, ele não cultiva a arrogância e o estilo horrível dos que se confinaram numa faculdade de direito.

    Enxergo o projeto de Nassif, e por isso, talvez continue a acessar este blog. Claro, ninguém perderá coisa nenhuma por minha eventual ausência. Mas cumpro meu dever de cidadão brasileiro, ao advertir que isso aqui está despencando etica e moralmente. O ódio anda substituindo a razão.

     

     

     

     

     

  7. Uma lição para Nassif e seu staf

    A lição sobre como ler fatos e relatos vem da Mídia Ninja. Como não fraudar, distorcer, desviar.

     

    Um grupo de estudos sobre Marx, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi denunciado ao Ministério Público Federal por “pregação política e ideológica de vertentes socialistas” na universidade. O caso veio à tona em nota publicada na semana passada. Embora o pedido de inquérito tenha sido indeferido em primeira instância, o episódio configura mais uma gravíssima tentativa de cerceamento do direito à liberdade de pensamento e de expressão.

    https://www.facebook.com/MidiaNINJA/

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