Jornal GGN – Apesar dos avanços em muitos terrenos, persistem brechas importantes na redução das vulnerabilidades nos países em desenvolvimento, incluindo os menos desenvolvidos, os em desenvolvimento sem litoral e os pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon apresentou desta forma uma das conclusões do último relatório do Grupo de Força-Tarefa sobre a lacuna em conquistar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
O documento, apresentado na sede da ONU, avalia as realizações e as deficiências em cinco áreas: assistência oficial ao desenvolvimento, comércio, sustentabilidade da dívida, o acesso a medicamentos essenciais e o acesso a novas tecnologias.
“A transição dos ODM aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representa uma oportunidade para fornecer recursos para investimentos em educação, saúde, crescimento equitativo e produção e consumo sustentáveis”, disse Ban.
A administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark, apresentou detalhes do relatório.
Em termos de ajuda pública ao desenvolvimento, Clark disse que, em média, os doadores alcançaram 0,29% da meta de 0,7% de aportes do PIB acordada pela ONU para este tipo de ajuda.
“Se todos os doadores tivessem cumprido com seus compromissos, a ajuda ao desenvolvimento teria somado 326.000 milhões de dólares em 2014, no entanto, chegou a 135.000 milhões. Recursos a este nível têm constituído uma base sólida para os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, apontou a administradora do PNUD.
Outro ponto destacado do relatório se refere ao acesso às novas tecnologias, que têm crescido enormemente desde o ano 2000, embora o fosso digital entre os países ricos e pobre persista até o ponto de que apenas 35% da população do mundo em desenvolvimento usa a Internet.
O relatório demonstra, por outro lado, que a introdução de medidas de restrição do comércio no momento da crise financeira e econômica mundial reduziu as chances de co nseguir um melhor acesso aos mercados.
Em relação às dívidas externas, relatório índia que existem países que ainda estão enfrentando problemas.
Finalmente, o estudo faz referência à melhoria do acesso a tratamentos para algumas enfermidades, mas não a medicamentos essenciais baratos.
(Com informações da ONU)
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