A máquina do mundo (pós-Drummond), 5
por Romério Rômulo
E como o meu olhar já te soubesse
pelas entranhas da terra, destas pedras
e como o teu olhar já me soubesse
Nos vimos tanto, em tantas medidas
que o coração não cabe em tua alma
que a abertura é toda em dura planta
E como já andássemos no inferno
sobre as cirandas do demo e seus cordéis
ficamos tristes de conter o medo
E como nos coubesse despedir
de mãos atadas fizemos os caminhos
com as panteras mais inesperadas
E como estas panteras fossem duras
tivemos que saber que nunca é só
que a pantera te olha: há sempre um grito.
Romério Rômulo
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.