Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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No Dia da Música, Maria do Céu homenageia Francisco Soares de Souza

Hoje, 22 de novembro, é o dia de Santa Cecília, padroeira da música e dos músicos. Exatamente por isso é o Dia da Música.

Por uma feliz coincidência é a data natalícia do compositor cearense Francisco Soares de Souza. Há exatos 11 anos passados a violonista Maria do Céu deu esse Recital no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, prestando uma homenagem ao dia da Música e ao compositor e violonista Chico Soares. O compositor cearense, se vivo fora, estaria completando hoje 109 anos de idade.

 

Francisco Soares de Souza: Violonista e compositor, nascido em Quixadá, Ceará, no dia 22 de novembro de 1905 falecido em Fortaleza, Ceará, em 1º de  novembro de 1986.

Autodidata por excelência, compôs e escreveu 47 peças para violão, 09 para Piano e Canto,  em parceria com poetas cearenses. Fez 12 transcrições para as composições do violonista cego Levino Albano da Conceição (ex-professor do consagrado Dilermando Reis) e várias outras de diversos autores.Gravou na Philips, em 1961, no Rio de Janeiro, o LP-630 – 442L, intitulado “Um Recital no Clube do Violão” com 10 composições de sua autoria; o “Chôro Faísca” do violonista cearense  Gustavo Araújo e o “Chôro Triste” do pernambucano Alfredo de Medeiros. Em 1990, teve 04 composições gravadas pelo consagrado violonista Sebastião Tapajós, acompanhado por João Cortêz na  percussão, no Estúdio Visom Digital do Rio de Janeiro; no LP Brasilidade-Chôros: ‘Samburá’, ‘Chôro Terno’, ‘Caboré II’ e ‘Valsa de Esquina’, sendo esta gravada em 1961 com o nome original de ‘Retalhos de Luar’.  Posteriormente as três composições foram gravadas nos CD(s): “Sebastião Tapajós Ontem e Sempre”, “Sebastião Tapajós Virtuoso” e “Percussão Contemporânea Brasileira”.Foi publicado em Paris (França) o Álbum “Dez Serestas Brasileiras” (Collection Delia Estrada) pela Editions Henry Lemoine com dez (10) de suas composições, distribuído na Europa, USA, Japão, etc., e 04 composições gravadas pela violonista Cristina Azuma no CD ‘GUITARE PLUS-BRÉSIL&ARGENTINE’, distribuído pala Harmonia Mundi.A violonista carioca Maria do Céu gravou 02 CD(s) intitulados:”Chôros do Ceará” e “Ceará de Chôro e Valsa”, e escreveu uma importante monografia, resgatando toda a obra deixada por Francisco Soares de Souza. Já o violonista Glênio Damasceno Borges escreveu a monografia “Analise e Interpretação de quatro Peças de Francisco soares de Souza (1905-1986), apresentada ao Departamento de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG), como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Violão, sob a orientação do Professor Maurício Tadeu dos Santos Orosco (composições analisadas: ‘CABORÉ I’, ‘CHORO TERNO’, ‘SAMBURÁ’ e  VALSA DE ESQUINA’.O Professor Decano e Ex-Diretor, Luiz Otávio Braga, da Escola de Música da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) revisou todas as partituras escritas por Francisco Soares de Souza, mantendo a digitação original do autor e fez a transcrição do Prelúdio Nº 2 .O Professor de Violão Frank Michael C Kuene, natural de Berlim-Alemanha, Licenciado em Educação Artística ,com ênfase em Música (UFRJ) ,Mestre em Música pela UFRJ e Doutor pela UNIRIO fez as transcrições do “Estudo de Concerto Nº 1-Recordações do Ceará” e da “Valsa Vânia” de autoria do Francisco Soares de Souza , revisou 08 Arranjos transcritos pelo mesmo de autores diversos e fez a transcrição  do  “CHÔRO TRISTE”  do compositor pernambucano “Alfredo Medeiros”  gravado  na Philips em 1961 no LP intitulado “Um recital no Clube do Violão”. 

 

 
 
 
 
 

Feliz Dia da Música para todos os músicos do mundo, bem como aos seus apreciadores!

Luciano

 

 

 

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

13 Comentários

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  1. caldeirão

    A MÚSICA BOA E A MÚSICA RUIM

         Maestro Osvaldo Colarusso

    O compositor Gioachino Rossini (1792-1868) dizia que existem dois tipos de música: a boa e a ruim.

     compositor clássico ou erudito?

    Mozart: compositor clássico ou erudito?

    No entanto nos sentimos forçados, em diversas ocasiões, a separar as composições musicais em dois tipos, dois estilos. O mais usual é chamar um tipo de música de “música popular”, e outro tipo de “música clássica”. Mas, visto que a palavra “clássica” tem lá suas desvantagens (que explicarei mais abaixo), ela tem sido substituída por diversos termos, que muitas vezes se revelam piores do que o termo “música clássica”.

    Um deles é “música de concerto”, algo bem inexato pois, por exemplo, uma apresentação de um pianista de jazz (jazz é música clássica ou popular???) como Keith Jarrett é um concerto. Prova disso é que sua gravação mais famosa chama-se “O Concerto de Colônia” (The Köln Concert). Pois bem, “Música de concerto”, fica bem claro, é um termo impreciso.

    O jornalista J. Jota de Moraes (1943-2012), que escrevia sobre música clássica no extinto Jornal da tarde de São Paulo, usava um termo que é ainda mais impreciso: música de linguagem. Este termo pode soar bem preconceituoso (aliás todos ao que parecem são) porque pressupõe que nenhuma composição popular tenha “linguagem”. Apesar de ter sido amigo do Jota, nunca concordei com este termo.

    Uma criação da língua portuguesa é ainda pior: “música erudita”. Não encontramos o termo em outro idioma, pelo menos nos idiomas que conheço. A erudição pretendida no termo, além de ter um efeito danoso em relação à popularização do tipo de música em pauta, pressupõe que a erudição é um privilégio de um tipo de música. Daí a coisa fica bem injusta, pois, por exemplo, uma composição como “Construção” de Chico Buarque ou “Ces Gens Là” de Jacques Brel possuem uma erudição poética e musical (os dois escreveram a música e a poesia) que não pode ser desprezada.

    O melhor termo que encontro, nesta malfadada divisão, é mesmo “música clássica”, mas mesmo este termo tem seus inconvenientes, que agora explicarei. O termo “clássico” pode ser confundido com um período da história da música que é conhecido como “classicismo musical”, aquele que coincide com a segunda metade do século XVIII. Daí chamar Stravinsky (1882-1971) de um compositor clássico é uma incongruência. E Mozart (1756-1791), seria um compositor clássico do período clássico?

    O que percebemos é que no afã de se separar estilos artísticos usamos irremediavelmente termos problemáticos, e muitas vezes temos que consertar as coisas de forma que inúmeras vezes a “emenda sai pior que o soneto”. Por uma questão de redação, para se excluir a repetição de um termo, que já tem lá suas desvantagens, usamos outro que é pior ainda. Mesmo eu, em meus programas que produzo na Rádio Educativa do Paraná, tive que usar o malfadado termo “erudito” na apresentação de um programa. Este programa tem o título de “Os grandes ciclos da história da música” (vai ao ar às terças às 20 horas). Para não se pensar que o programa só trata de produções do período clássico, na segunda frase de apresentação o locutor diz, “a produção musical erudita em ciclos completos”. Levei a maior espinafrada de um amigo por causa disso, mas não vi solução melhor.

    Nos dias de hoje a divisão entre “clássico” e “popular”, em termos musicais, está cada vez mais tênue. “Erudito” é mesmo de matar. “Música clássica”, apesar de bem melhor, é algo historicamente impreciso. O melhor mesmo seria ficarmos com Rossini: música boa e música ruim. Esta divisão, que respeita unicamente o gosto pessoal, não tem nenhuma contra indicação.

    Construção, do fabuloso Chico Buarque, uma obra prima da poesia e música, não é uma “música de linguagem”?

    [video:http://youtu.be/i49BLuwgSU0 width:600 height:450]

    Ces Gens Là, de Jacques Brel, não é uma composição repleta de erudição?

    [video:http://youtu.be/p-4uykB8Z3M width:600 height:450]

    Uma pequena serenata noturna, de Mozart, não é uma música popular?

    [video:http://youtu.be/QZWKUszkbXU width:600 height:450]

    Link:

    http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/falando-de-musica/musica-classica-musica-erudita-qual-termo-e-o-mais-correto/

  2. divindade

     

    Johnlennon Colour  AMOR SEM FIM

    “Tudo que você precisa é amor. Eu acredito ser muito difícil, mas, absolutamente, eu acredito nisso.”

    [video:http://youtu.be/vWGdlBaHT3c width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/hVOtEinHZYo width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/_-QBxp9sGsM width:600 height:450]

    “Eu não estou alegando ser uma divindade. Eu nunca reivindiquei uma pureza de alma. Eu nunca aleguei ter as respostas para a vida. Eu só coloquei para fora as minhas músicas e respondí às perguntas da forma mais honesta que eu pude fazer.”

    1. Sua Divindade!

      A Música!

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=lYHZFIxtEYk%5D

       

      Que haverá

      No teu olhar distante?

      Que entender não consigo,

      Por favor responde…

      Tu não sabes explicar,

      Pergunto em vão.

      A resposta não achou

      Meu Coração!

      Que haverá?

      Mentira, amor sem fim,

      Delírio sé de um beijo,

      O engano do desejo.

      Não sei talvez o meu inferno,

      O meu suplício eterno,

      Q que não revelas

      Nem revelarás,

      Porque não crês

      em mim..

       

      Os teus lábios

      Talvez digam tudo,

      Mas teus olhos não…

      Tão perturbadores,

      Tão provocadores,

      Num contraste infindo,

      Mas de olhar tão lindo!

      Tu não me respondes

      Mesmo nos teus braços!

      A julgar por eles,

      Talvez não me queiras.

      Não entendo

      A volúpia desses olhos tão fatais,

      Olhos tentadores, Tão despistadores!

      Por que assim me falam,

      Por que me provocam?

      Serão teus olhos que me querem

      Quando nos olhamos, 

      Quando nos beijamos?

      Ou serão teus olhos,

      Numa alternativa,

      Que me querem mais?

       

    1. NA FLAUTA

      Lulu Purista

      Não perdoe nenhum tipo de música – nem as fortinhas e nem as fraquinhas –

      e nem “perdoe” a sua fortuita e inspiradora companhia feminina – por supuesto.

      “Deixa a vida te levar.”

      É por aí…

        1. .

          Pessoinha Boa, no Ceará e em qualquer lugar, vamos construir pontes

          De tudo, ficaram três coisas:
          A certeza de que estamos sempre começando…
          A certeza de que precisamos continuar…
          A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar….
          Portanto devemos:
          Fazer da interrupção um caminho novo …
          Da queda um passo de dança…
          Do medo, uma escada…
          Do sonho, uma ponte…
          Da procura, um encontro…

          FERNANDO PESSOA

          [video:[video:http://youtu.be/suia_i5dEZc width:600 height:450]

  3. Pobre Velha Música

    Cleonice Beradinelli considera a obra de Fernando Pessoa um legado da Língua Portuguesa para o mundo, sendo ele o mais representativo poeta do século 20, ao lado de Pablo Neruda.

    Pobre velha música! 
    Não sei por que agrado, 
    Enche-se de lágrimas 
    Meu olhar parado. 

    Recordo outro ouvir-te, 
    Não sei se te ouvi 
    Nessa minha infância 
    Que me lembra em ti. 

    Com que ânsia tão raiva 
    Quero aquele outrora! 
    E eu era feliz? Não sei: 
    Fui-o outrora agora. 

    Fernando Pessoa, in “Cancioneiro

    O poeta Fernando Pessoa, em 1929, em do livro "Fernando Pessoa - Uma Fotobiografia", de Maria José de Lancastre

    Fernando Pessoa em 1929 | Foto de Maria José de Lancastre

    Cleonice Berardinelli, aos 96 anos, conhecida apenas como Dona Cléo, a autora da primeira tese no Brasil sobre o poeta e da segunda sobre o tema no mundo, é imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL)

    [video:http://youtu.be/2sRLDcczHGM width:600 height:450]

    1. Fernando Pessoa

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=fomvlor61ZQ%5D

       

      Gal Costa – NEVOEIRO – André Luiz Oliveira-Fernando Pessoa.
      Álbum: Mensagem de Fernando Pessoa – Músicas André Luiz Oliveira.
      Gravação de 1986.

      Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
      Define com perfil e ser
      Este fulgor baço da terra
      Que é Portugal a entristecer —
      Brilho sem luz e sem arder,
      Como o que o fogo-fátuo encerra.
      Ninguém sabe que coisa quer.
      Ninguém conhece que alma tem,
      Nem o que é mal nem o que é bem.
      (Que ânsia distante perto chora?)
      Tudo é incerto e derradeiro.
      Tudo é disperso, nada é inteiro.
      Ó Portugal, hoje és nevoeiro…

      É a hora!

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