
Oh, que estrada mais comprida
Oh, que légua tão tirana
Ai, se eu tivesse asa
Inda hoje eu via Ana
Quando o sol tostou as foia
E bebeu o riachão
Fui inté o juazeiro
Pra fazer minha oração
Tô voltando estropiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu a minha prece
Fez chover no meu sertão
Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim, como inda farta
Pra chegar no meu rincão
Trago um terço pra Das Dores
Pra Raimundo um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração
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Obrigado, Carlos Magno!
Tens toda razão! Peguei a letra na internet e nem prestei atenção.
Corrigido agora!
Abraço do luciano
MINHA VIOLA
Minha viola querida,
Certa vez, na minha vida,
De alma triste e dolorida
Resolvi te abandonar.
Porém, sem as notas belas
De tuas cordas singelas,
Vi meu fardo de mazelas
Cada vez mais aumentar.
Vaguei sem achar encosto,
Correu-me o pranto no rosto,
O pesadelo, o desgosto,
E outros martírios sem fim
Me faziam, com surpresa,
Ingratidão, aspereza,
E o fantasma da tristeza
Chorava junto de mim.
Voltei desapercebido,
Sem ilusão, sem sentido,
Humilhado e arrependido,
Para te pedir perdão,
Pois tu és a jóia santa
Que me prende, que me encanta
E aplaca a dor que quebranta
O trovador do sertão.
Sei que, com tua harmonia,
Não componho a fantasia
Da profunda poesia
Do poeta literato,
Porém, o verso na mente
Me brota constantemente,
Como as águas da nascente
Do pé da serra do Crato.
Viola, minha viola,
Minha verdadeira escola,
Que me ensina e me consola,
Neste mundo de meu Deus.
Se és a estrela do meu norte,
E o prazer da minha sorte,
Na hora da minha morte,
Como será nosso adeus?
Meu predileto instrumento,
Será grande o sofrimento,
Quando chegar o momento
De tudo se esvaicer,
Inspiração, verso e rima.
Irei viver lá em cima,
Tu ficas com tua prima,
Cá na terra, a padecer.
Porém, se na eternidade,
A gente tem liberdade
De também sentir saudade,
Será grande a minha dor,
Por saber que, nesta vida,
Minha viola querida
Há de passar constrangida
Às mãos de outro cantor
Ilustrações: telas de brilhantes artistas Naif brasileiros, disponíveis na Internet
O poema é do genial Patatitva do Assaré
Meu parceiro JNS, vulgo Jones!!!
Eu tenho violas para todos os gostos, tenho umas três ou quatro “Quebradas”; tenho “Cantadeiras”, tenho violas que vão pro “Fundo do Baú” e outras mais. Apesar da diversidade de “Violas”, não perderia por dinheiro nenhum no mundo a oportunidade de divulgar a voz da minha querida amiga D’ALVA STELLA NOGUEIRA FREIRE, nem, muito menos, o piano de NÍZIA DIOGO MAIS, outra querida amiga que partiu para o plano maior.
Anexo ainda dois vídeos que editei por ocasião dos 90 anos da minha querida amiga e regente. D’Alva Stella completará 91 anos agora em janeiro, com toda lucidez. É ela quem me socorre nas dúvidas que surgem quando da edição de vídeos que contêm composições mais antigas e complicadas.
Abração do luciano
[video:https://www.youtube.com/watch?v=b7Tac7RGwkE%5D
[video:https://www.youtube.com/watch?v=bWpSdWv85BI%5D
[video:https://www.youtube.com/watch?v=gK8Ln5VQC94%5D
Era uma vez
Em uma misteriosa ilha do Mediterrâneo
As Sereias – seres marinhos, metade mulheres, metade pássaros – tocavam e cantavam as músicas maravilhosas do álbum ‘Sons da Terra do Sol’, que enfeitiçavam quem passava junto a ilha e as ouviam.
Hipnotizados, os navegantes aproximavam-se demasiado das costas rochosas, naufragavam e os marinheiros eram devorados pelas fascinantes Sereias.
Julisses, que ia navegar proximo do local, queria ouvir o ‘Canto das Sereias’ sem, no entanto, correr perigo ou colocar em risco os companheiros de viagem e as suas embarcações.
Para isso, ordenou que os marinheiros e os remadores tapassem os ouvidos deles com cera e que o amarrassem, muito bem preso, ao mastro da embarcação.
Em seguida, avisou-os de que não podiam libertá-lo, em circunstância alguma, mesmo que ele ordenasse ou implorasse insistentemente.
Assim, Julisses conseguiu ouvir a beleza do ‘Canto das Sereias’ e evitou o perigo mortal que todos corriam.
Depois que Julisses foi embora, a sereia D’Alva Stella foi aportar em Fortaleza, prá socorrer o velho Lobo do Mar do Ceará.
E todos foram felizes para sempre, curtindo, na Internet, os seus vídeos, que, durante a viagem dele na Arca de Noé, eram updeitados por seletos e velocíssimos pombos correios.
Antes que ela me jogue uma praga maligna, mando um beijo carinhoso pra Dona Stellita.
Don Giovanni!!!
E Deus te livre da pronta resposta e do raciocínio rápido da D’Alva Stella, amigo JNS! É famosíssima por suas tiradas bem e também mal humoradas… Não deixa nada sem resposta e nunca deu ponto sem nó!
Bia Lessa veio a Fortaleza montar a ópera Dom Giovanni. Mega espetáculo! Celeuma na cidade. Todo mundo sendo convidado a participar e nada de D’Alva Stella ser chamada. Só se falava na ópera nos meios artísticos, principalmente no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno.
Em uma noite, antes de começar o ensaio do Coral de Câmara, estavámos a bater papo no hall quando chega um aluno meio “sem noção:
– E aí, D’Alva, vai participar de Dom Giovanni?
– Não, meu filhinho, até porque não fui convidada! Não se precupe, porém. Quando tiverem a necessidade de uma índia velha para jogar flechas na platéia eles saberão me procurar…
FUI!
Muxoxo
Quem perdeu foi Dom Giovanni
São preciosidades como o seu relato coloquial que humanizam este espaço tão… (mais não falo, por não ser muito prudente).
E mais palmas pra D’Alvinha Flecheira, que, diante de reiterados rapapés, não vai soprar a sua zarabatana envenenada pro meu lado.
ATÉ O SOL RAIAR
“Cortaram a cabeça do Rei, mas não mataram Lampião”
Usando a moderna técnica da animação em 3D, o curta é uma narrativa fantástica de uma lenda sertaneja. Os personagens de barros feitos por um artesão de uma humilde vila sertaneja ganham vida e agitam o sertão numa noite de São João, como nos memoráveis tempos do cangaço.
Humor, drama e ação compõem o fio condutor da história, levando a um final contado em prosa e verso por gerações de homens e mulheres que presenciaram os fatos narrados no filme.
Além da perfeita execução técnica, é emocionante como o roteiro do curta foi bem elaborado, unindo várias ícones culturais nordestinos (artesanato, forró, festas juninas, cordel, cangaço) numa história muito bacana.
[video:http://youtu.be/xBY18HuLFbE width:600 height:450]
Ilustração com fotos do artesanato de barro produzido no exuberante nordeste brasileiro.
A desgraça do país
É falta de homi sério …
[video:https://www.youtube.com/watch?v=2OY0zdY-j5k%5D
Chegada de Lampião no Inferno
[video:https://www.youtube.com/watch?v=1yj9NsCuxAo%5D
sou conservador, ainda prefiro Luis Gonzaga.
sou conservador, ainda prefiro Luis Gonzaga. Ótima contribuição, como sempre, Hortênciao!
Para Dom Nickname!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=o3M_rShdAsc%5D
Schubert
[video:http://youtu.be/wXcYlZ_a0kU width:600 height:450]
Ela é um amor de pessoa
porém não lhe torre a paciência…
[video:https://www.youtube.com/watch?v=MVvencEkbEg%5D
Lunga
[video:http://youtu.be/1yB5eldSrw8 width:480 height:360]
Olha o que descobri, meu parcinha!!!
Saudade danada!!!
Rapá
Deu no
– INSIPIDUS BLOG
“Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.”
Parça Marvado, o meu avatar no INSIPIDUS BLOG, o meu blog, aquele que não fede e nem cheira, como tantos porraí, será M.S.C., as iniciais de Mulo Sem Cabresto, que vem a ser o irmão gêmeo da famosa Mula Sem Cabeça e primo da perseguida Mula Sem Cabaço, da nobre linhagem muar do INCITATUS.
Abraço arroxado!
Não roxo.
Tributo
MONUMENTO EM HOMENAGEM AO TENOR DO CEARÁ
Parceirinho Maior, após exaustivos estudos, este é o nível de detalhamento do meu particular projeto idealizado para homenageá-lo pela sua marcante carreira percorrida no mundo da música.
Aguardo a sua aprovação para que eu possa, urgentemente, despachá-lo pelo Trem do Pantanal, que estaciona no Parque Ecológico do Rio Cocó, às 7:00, de acordo com o confiabilíssimo cronômetro do triptanolizado Raulzito.
Meu ídolo, peço, por gentileza, conferir e assinar o documento atestando o recebimento do tributo dedicado a você, o extraordinário Tenor do Ceará.
Peço, também, a sua aplicação para – após a inauguração do seu monumento, contando com a performance da nervosa banda de música local, tocando os clássicos da MPB das antigas – não se furtar a encomendar a cachaçada e a farra homérica, que na moita, não pode ser divulgada para o conhecimento da galera perfumada e deschegada nos rocks Dionísiacos que elevam a alma indócil da indomada Sociedade dos Poetas Loucos.
Inté intão!
E estamos conversados
Um sabiá-laranjeira
Cantando no meu telhado
Uma rede na sombra
Meu potro de pêlo malhado
Uma morena faceira
No bolso algum trocado
É tudo o que desejo
E estamos conversados.
[video:http://youtu.be/tW55jonnIeQ width:600 height:450]
Nada mais há que eu queira
Este é todo o meu tesouro
Sou um homem abençoado
[video:http://youtu.be/RUlyLeFzq1M width:600 height:450]
Não devo ao imposto de renda,
Não preciso advogado
Nem ouro pra ser roubado.
[video:http://youtu.be/m7ui1Z2pEQA width:600 height:450]
Um sabiá-laranjeira
Meu pôtro de pêlo malhado
Uma morena faceira
No bolso algum trocado
Uma rede na sombra
E estamos conversados.
FRED MATOS POEMA | ARTE PICASSO