A máquina do mundo (pós-Drummond), 4
por Romério Rômulo
E como eu fosse à tua revelia
e em tua mão eu me entregasse sempre
e os óxidos da vida nos bastassem
E como as águas sempre nos coubessem
e a dura flor do dia nos amasse
e o nosso olor fizesse transmutado
E como eu não olhasse no viés
e como não olhasses no viés
tudo em somenos sempre e mais brandíssemos
Duras notícias sempre nos souberam
nas mágoas que habitam nossas mágoas
e, infiéis, nem sempre nos coubemos.
A nossa máquina do mundo tem um peso
que desde muito vem de Leningrado
onde abafou batalhas e no corpo
traz a missão que a terra lhe entregou.
Meu rumo é leniente e escaldante.
Armas e águas se movem pelo dia
sob a missão que a terra lhes entrega.
Romério Rômulo
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