MP denuncia mais quatro pessoas por adulteração de leite

Jornal GGN – Por suspeita de envolvimento no esquema de adulteração de leite, mais quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), com base nas revelações da Operação Leite Compen$ado, da Polícia Federal, que foi deflagrada em maio.

O MP informou que três deles foram denunciados sete vezes pelo crime de adulteração ou falsificação de produto alimentício destinado a consumo, deixando-o nocivo à saúde ou pouco nutritivo. Todos serão indiciados por formação de quadrilha, incluindo-se aí a quarta pessoa denunciada.

De acordo com as investigações, este grupo agia no município de Rondinha, que entrou na segunda etapa da operação. Nesta cidade, 11 laudos feitos pelo Ministério da Agricultura, entre fevereiro e maio, confirmaram a presença de formol no leite cru, totalizando 113 mil litros impróprios para o consumo.

Entre os denunciados, segundo informações do MP, estão um sócio proprietário da empresa de transporte de leite de Rondinha, um motorista contratado por ele, um técnico e uma funcionária de uma cooperativa paranaense. Segundo as investigações, os dois primeiros eram os responsáveis pelo esquema de adulteração e a funcionária da cooperativa dava suporte e apoio logístico ao esquema, inclusive alertando motoristas sobre fiscalizações do Ministério da Agricultura.

O proprietário da empresa deve receber o benefício da delação premiada por ter colaborado com as investigações, entregando as notas fiscais que comprovam as operações de venda de leite adulterado por ele. O benefício foi requerido pelo MPRS à Justiça.

Segundo o MP, o técnico e a funcionária da cooperativa foram denunciados pelos mesmos crimes na Comarca de Ibirubá, na primeira fase da Operação Leite Compen$ado.

Conforme estimativas do MPRS, entre 23 de janeiro e 30 de abril deste ano, foram enviados à cooperativa que tem sede em Pato Branco, no Paraná, aproximadamente 1 milhão e 549 mil litros do leite fraudado. E, até agora, 20 pessoas foram denunciadas por suspeita de participação no esquema.

Com informações da Agência Brasil.