Força Aérea tenta se virar com restrições orçamentárias

Jornal GGN – Diante da crise econômica, fiscal e orçamentária, o Comando da Aeronáutica (COMAER) revisou e renegociou os contratos (Cases) firmados com o Governo Americano por meio do programa Foireign Military Sales. Representantes dos dois países se reuniram entre 13 e 24 de junho na Base Aérea de Wright-Patterson, em Dayton, Ohio.

“O Programa FMS é uma fonte de aquisição de bens e serviços estratégica para o COMAER, que deve ser valorizada e incrementada. Em cenários adversos, como o atual, a parceria de mais de trinta anos entre o COMAER e a USAF, USNAVY e USARMY permite um atendimento com eficácia, segurança e custos reduzidos”, disse o Coronel Esdras Sakuragui, chefe da Divisão de Planejamento e Controle do Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG).

Segundo o major Wagner Takemi Motoyama, chefe do Escritório Brasileiro de Ligação (EBL), responsável pela gestão da execução dos contratos, “A revisão e renegociação dos Cases permitiu maximizar a aplicação dos recursos disponíveis neste momento, contribuindo diretamente para o suporte logístico das frotas do COMAER”.

Enquanto isso, a aviação de caça tenta se manter viva no Brasil. O país está negociando com a Suécia a vinda de três ou quatro aeronaves Gripen 2 C e 2 D para o período da Olimpíadas Rio 2016 ou posterior.

A previsão da Força Aérea Brasileira (FAB) é receber as primeiras aeronaves Gripen NG em 2019. A capacidade operacional deve ser alcançada até 2022. Até lá, o governo queria fechar um pacote de leasing por quatro anos, com aeronaves menos modernas, mas que atenderiam às necessidades operacionais da FAB.

Só que a restrição orçamentária brasileira deve inviabilizar o acordo de “gap filler”. O preço cobrado pelos suecos também não ajuda a negociação. Eles têm demanda de outros países, europeus, que adquiriram ou realizaram leasing de aeronaves. E dispõem de um número reduzido de caças disponíveis.

Para além da aviação de caça, o transporte logístico ganhou uma boa notícia. No último domingo (10), chegou à Base do Galeão, no Rio de Janeiro, o Boeing 767-300ER, alugado nos Estados Unidos pelo COMAER.

O jato tem alcance intercontinental e capacidade para até 257 passageiros. A FAB vai usá-lo durante as Olimpíadas, o contrato de US$ 19,7 milhões tem duração de três anos, renovação automática por mais um ano. O valor devido será pago em quatro prestações.

Com informações da DefesaNet e Estadão Conteúdo

Redação

7 Comentários

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  1. A reunião foi para negócios

    A reunião foi para negócios ou para acertos do golpe de direita? Os suecos do Gripen que se cuidem.

    1. Nos anos JK

      Foi a telefonia. A Ericsson ganhou mas não levou. Contemplada ?  A impoluta ITT, a mesma do coup d’état chileno.

      Os suecos que se cuidem….

  2. (D)Eficência militar

    Até onde sei o Brasil é um dos maiores gastos militares da América Latina em relação ao PIB e tem uma das forças armadas mais mal equipadas, inferiores em vários aspectos a países “menores” tais como Chile, Peru e Venezuela… e com vários negócios no mínimo esquisistos como o Porta-Avióes que não consegue operar, ancorado no Rio de Janeiro há vários anos. Foi comprado um lote de aviões de caça para a Marinha que estão chegando próximo a aposentadoria sem terem podido usar o tal navio aeródromo. E se pesquisar mais, se achará mais coisas do tipo, nas 3 forças.

    Acredito que se gasta muito com salários, aposentadorias e custeios desnecessários como as tais verbas de transferência que os oficiais recebem quando mudam de base, coisa que muitos usam como complemento de renda. Mas a atividade fim: capacidade de proteger a nação com equipamentos militares e manter a tropa treinada sempre está prejudicada, vide as constantes notícias de expediente reduzido nos quartéis para não ter que gastar com almoço dos pessoal.

    Acho que seria um bom tema para os especialistas do blog aprofundarem.

    1. Tens razão

         Os contratos DSCA/FMS são componentes do orçamento geral do DoD, em nosso caso no budget da AFW ( African and Western Hemisphere Division / SA & E ), out – NATO.

  3. 8 contratos

      Atualmente existem 8 contratos – mãe efetivos com a DSCA/FMS, mais um não publicado ainda em negociação, um cancelado ( F/A 18 E/F ), mais um liberado, mas não efetivado. ( todos estes contratos são do governo Lula ).

      quem quiser saber os valores e contratos: http://www.dsca.mil/search/node/brazil

     A FAB está iniciando um processo profundo de reorganização, incluindo o fechamento de bases aereas, concentração de meios, os COMARs serão extintos, substituidos pelo conceito de “Alas” ( semelhante ao chileno ), visando maior flexibilidade operacional, a redução de meios, como os A-1M não está ainda descartada.

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