Diarreia mental leva o presidente genocida e corrupto a declarar guerra escatológica à CPI
por Francisco Celso Calmon
Diante do dilema de confirmar ou negar as declarações do deputado federal Luiz Miranda (DEM/DF) de que fora avisado das tratativas de corrupção no Ministério da Saúde em relação a compra de vacinas e não ter tomado as obrigatórias providências, portanto, prevaricou, ou negar e correr o risco de ser confrontado com a gravação do deputado, optou por CAGAR.
Todo covarde elege seu intestino como o seu órgão de choque, daí a famosa dor de barriga do medo. Dependendo do tamanho do medo pode advir a diarreia.
No caso do Bolsonaro é uma dupla diarreia: mental e intestinal.
O Ministério da Saúde é o mais militarizado de todos. Não sendo expertise dos militares a saúde pública, por que o presidente militarizou o Ministério? Preparava-o para engendrar a corrupção? E, para tanto, precisava de especialistas nesse mister, como são conhecidos os militares de intendência?
Puxaram uma linha e o novelo está vindo. As provas de que houve negligência, imperícia, incompetência, curandeirismo, charlatanismo, na política de combate à pandêmica da covid-19, ocasionando a morte de milhares de brasileiros que poderiam ter sido evitadas, não há mais dúvidas. O que cabe aprofundar é se a responsabilidade é culposa ou dolosa.
O presidente e o Ministério sabiam dos riscos que a política negacionista tinha, tanto que no presente da CPI alguns ainda advogam o tratamento, off label, da cloroquina como remédio à covid-19, inobstante nenhum respaldo científico.
Ficou também evidenciado a defesa da política da imunidade de rebanho, ou seja: todos se infectarem para adquirir imunidade coletiva, cujo preço dessa política suicida é a morte de centenas de pessoas entre as mais vulneráveis.
A imunidade coletiva é adquirida por meio da vacinação em massa, e quando atinge a 70% da população, então, estatisticamente, é conquistada a imunidade coletiva.
Se as providências tivessem sido tomadas no timing certo, quando tinham tudo à disposição para fazê-lo, o Brasil não teria chegada a mais de meio milhão de óbitos e milhões de sequelados, e poderia estar atingindo nesta altura a imunidade coletiva por vacinação.
Criando mais dificuldades do que facilidades à vacinação e a conscientização das pessoas dos usos preventivos da máscara facial, da higiene das mãos com álcool gel, do isolamento social com amparo assistencial, na prática a política do governo foi de genocídio por dolo eventual.
O presidente tem três opções para salvar o Brasil: a interdição, o impeachment ou a renúncia negociada, com ou sem caganeira.
Francisco Celso Calmon, ex-coordenador da RBMVJ, é membro da coordenação do canal ρσяσяσcα.
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