“Não compete ao Ministério da Saúde autorizar ou não”, diz Queiroga sobre Copa América

Além de sustentar que o campeonato é privado, Queiroga diz que os jogos não trarão "riscos adicionais" no contexto da pandemia

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Jornal GGN – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse à imprensa nesta segunda (7) que não cabe à Pasta autorizar ou não a realização da Copa América no Brasil. Ele ainda afirmou que o campeonato poderá ocorrer dentro dos protocolos sanitários, sem representar “riscos adicionais” ao País no contexto atual da pandemia do novo coronavírus.

Segundo o ministro, a vigilância sanitária estabeleceu protocolos nos aeroportos que permitem que as pessoas entrem no Brasil “seguindo as regras”. “Com controle sanitário adequado, eu não vejo um risco adicional em função dessa competição”, avaliou, frisando ainda que os protocolos da CBF são “validados por especialistas”.

O ministro ainda afirmou que a Copa América é um evento “privado” e, por isso, “não compete ao Ministério da Saúde autorizar ou não” sua realização no Brasil às vésperas da terceira onda. A autorização à Conmebol foi dada, a pedido da CBF, por Jair Bolsonaro, depois que a instituição recebeu negativas de outros países preocupados com o surto sanitário, como a Argentina, que se recusou a sediar os jogos.

Com resistência de alguns governadores, o campeonato deve ocorrer em Brasília, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás a partir de 13 de junho.

Alguns jogadores tentaram organizar boicote às partidas, mas segundo reportagem da Folha de S. Paulo na manhã desta segunda (7), a seleção brasileira decidiu entrar em campo após a crise na cúpula da CBF, com afastamento do presidente Rogério Caboclo, acusado de assédio sexual.

Na terça (8), haverá um jogo de eliminatória entre Brasil e Paraguai. É esperada a divulgação de um manifesto dos jogadores brasileiros contra a Copa América.

Queiroga deve depor à CPI da Covid no Senado no mesmo dia. O relator da CPI, Renan Calheiros, há chamou o ministro da Saúde de “omisso” por não ter se manifestado contra a Copa América no Brasil.

Redação

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