A luta de jornalistas italianos para salvar Assange, por Eliseu Leão

Mazzucco e Chiesa convidam os cidadãos italianos a copiarem a carta e enviá-la por e-mail ao ministro e ao presidente.

Foto BBC

A luta de jornalistas italianos para salvar Assange

por Eliseu Leão

Os jornalistas italianos Massimo Mazzucco e Giulietto Chiesa tomaram a iniciativa de escrever ao ministro das Relações Exteriores e ao Presidente da República da Itália, solicitando ao governo de intervir junto ao governo britânico, para salvar Assange; mais de sessenta médicos especialistas denunciaram o péssimo estado de saúde e o alto risco de vida dele e pediram para examiná-lo. O governo inglês negou-lhes autorização.

Mazzucco e Chiesa convidam os cidadãos italianos a copiarem a carta e enviá-la por e-mail ao ministro e ao presidente. Como as revelações de Assange foram e são importantes para todos nós eu aceitei o convite e aproveito para pedir a todos os brasileiros (sobretudo aos de origem italiana) de participarem dessa iniciativa.

A carta diz o seguinte:

Estamos certos que o Senhor não ignore em qual situação de perigo pela própria incolumidade física e mental, encontra-se Julian Assange atualmente detido num cárcere britânico.

Não é cidadão italiano nem europeu. Mas tem o mérito de ter revelado ao mundo, isto é a todos nós, e ao Senhor também, “de que lágrimas goteja e de que sangue” o bastão de comando de quem há décadas, nos comanda.

Neste momento Assange corre o risco de ser entregue — em ultraje às normas e aos ditames da Europa e da Declaração Universal dos direitos humanos — à tal “justiça” estadunidense. Ele deveria, ao contrário, ser insignito das mais altas honorificências, inclusive daquelas italianas por seus méritos profissionais, de jornalista e humanos.

Somos conscientes que dizer a verdade para aqueles que têm sobre os ombros o peso de um cargo que comporta inevitáveis contradições, seja muito difícil e até mesmo perigoso.

Todavia nosso parecer é que existam limites, não só morais mas seguramente políticos, além dos quais o silêncio passa a ser co-responsabilidade.

Pedimos portanto de encontrar um modo de fazer sentir a voz da Itália e do povo que o senhor representa, para que Julian Assange não apenas não seja entregue ao governo dos Estados Unidos, mas seja liberado o mais cedo possível à sua família e possa voltar, vivo, a contribuir à liberdade de todos.

Site onde foi publicado a carta:
https://www.luogocomune.net/20-varie/5410-lettera-a-di-maio-su-julian-assange

———————-

Al Signor Ministro degli Esteri della Repubblica Italiana, Luigi Di Maio.
[email protected]

E, per conoscenza, al Presidente della Repubblica Italiana, Sergio Mattarella.
https://servizi.quirinale.it/webmail/

Siamo certi che lei non ignori in quale situazione di pericolo, per la propria incolumità fisica e mentale, si trovi Julian Assange, attualmente in detenzione in un carcere britannico. Non è cittadino italiano e neppure europeo. Ma ha il merito di avere rivelato al mondo, cioè a noi, e anche a lei, “di che lacrime gronda e di che sangue” lo scettro di chi, ormai da decenni, ci comanda. Ora Assange rischia di essere consegnato — in oltraggio alle norme e ai dettati dell’Europa e della Dichiarazione Universale dei diritti umani — alla cosiddetta “giustizia” statunitense. Egli dovrebbe, al contrario, essere insignito delle più alte onorificenze, anche di quelle dello Stato italiano, per i suoi meriti professionali, di giornalista, e umani.

Siamo consapevoli che dire la verità, per persone che hanno sulle loro spalle il peso di una carica che comporta inevitabili contraddizioni, sia molto difficile e perfino, spesso, pericoloso.

Tuttavia riteniamo che vi siano dei limiti, non solo morali ma sicuramente politici, oltre i quali il silenzio diventa corresponsabilità.

Le chiediamo pertanto di trovare il modo di far sentire la voce dell’Italia, e del popolo che lei rappresenta, perché Julian Assange non solo non sia estradato negli Stati Uniti, ma sia al più presto liberato e restituito alla sua famiglia, e possa tornare, da vivo, a contribuire alla libertà di tutti.

Con deferente saluto,
Nome

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Já pensou nos jornalixtas Boris Casoy e no Willian Bonner, entre outros, escrevendo uma carta para o Bolsonaro sobre a prisão injusta do Lula?

    Eles recomendariam: “Bolsonaro, deixa o Lula apodrecer na cadeia”.

    É assim o jornalismo tupiniquim

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador