Irlanda aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Lusa

A população da Irlanda aprovou o casamento homossexual em um referendo promovido nessa sexta-feira (22), segundo a rede pública de televisão do país. Com base na totalização dos votos de 40 das 42 circunscrições, o sim deverá ter 62,3% dos votos, garantindo a aprovação da nova reforma constitucional que autoriza o casamento entre duas pessoas, sem distinção de sexo. A Irlanda torna-se assim o 19º país – o 14º na Europa – a legalizar o casamento gay. No entanto, foi o único a organizar um referendo, transferindo para o eleitor a decisão sobre o tema. Os demais países autorizaram pelo voto parlamentar.

O resultado do referendo, 22 anos após a despenalização da homossexualidade, constitui  derrota para a Igreja Católica irlandesa, que promoveu campanha ativa pelo não. Durante a campanha, a Igreja, apoiada por grupos conservadores, movimentos antiaborto, além de senadores e deputados, defendeu que o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional e vai modificar radicalmente os processos de adoção, incidindo negativamente nos direitos dos menores.


A República da Irlanda promulgou em 2010 uma lei de relações civis que, pela primeira vez, reconhecia legalmente os casais de pessoas do mesmo sexo, mas não os classificava como casados, nem lhes conferia proteção constitucional, como passa a ocorrer com a vitória do sim. Mais de 3,2 milhões de irlandeses foram chamados na sexta-feira às urnas para se pronunciar contra ou a favor do casamento homossexual em país onde é forte a influência da Igreja Católica. A Irlanda, país de 4,6 milhões de habitantes, votou em 1995 pela legalização do divórcio, apesar de a Igreja também ter sido contrária. O aborto continua proibido, exceto nos casos de risco de morte da mãe. 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. EU iria colocar amanhã no

    EU iria colocar amanhã no Fora de Pauta.

       Mas não pretendo entrar amanhã no blog– tenho vídeeos e livros pra ler que estão na prateleira, há muito tempo .

        Eu qquero falar sobre Hitler.

      Anmahã começa uma série de 4 horas sobre a primeira  guerra nundial  que começa as 7 30 da matina e vai até as 9 45. Mas repete muitas x. Tudo isso no canal The History Chanell no canal 83 da Net,

       Eu li muito sobre a primeira guerra,mas não despertou tesão.

               O que me desperta tesão é a segunda guerra mundial. É muito  difícil me apresentarem um livro que não tenha lido sobre ela.

              Quando dei meu e-mail, invadiram . Dessa invasão, sem pé  e nem cabeça. me perguntaram sobre o que achava de Hitler.Mais especificamente: Ele era de direita, extrema direita  ou de esquerda ou extrema esquerda?

                   De centro ninguém questionou,

                  Na minha leitura, Hitler me dominou Muito tempo. Depois de NaPOLEÃO,FOI O CARA que mais li.

                   Numa resposta seca, seria de extrema direita.Mas lendo-o profundamente,não tenho certeza.

                       Afinal, quem foi Hitler no sentido político?

  2. Sem querer tripudiar sobre

    Sem querer tripudiar sobre religiões ou pessoas religiosas, atitude nada recomendável num ambiente civilizado, mas é dolorosa essa via crucis das mesmas(referi-me as três lideres do monoteísmo) face aos avanços sociais e culturais da humanidade.

    Não tem jeito: mais dias, menos dias acaba se impondo os novos paradigmas(palavra pedante esta) frente às tradições. Pelo menos é o que ocorre nas sociedades democráticas. Nos países islâmicos, onde a religião também é mentora da vida civil dos cidadãos, onde o laicismo não existe nem para disfarce, só uma repressão brutal, incluindo execuções, tolhe esses ímpetos que de resto são inerentes à espécie humana quer elas – religiões – goste ou não gostem. 

    Pena que para ultrapassar esses estágios de obscurantismo o preço em termos de sofrimento seja tão alto. Assim foi na escravidão, no subjugo das mulheres, no respeito às minorias etc etc.

  3. Triste ver a obscurantista
    Triste ver a obscurantista Irlanda dar aula de civilização para o Brasil. É pior do que levar aula de futebol da Alemanha.

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