Cunhado não é parente, Brizola pra Presidente!

Por Lincoln Barros

Realmente, a história costuma se repetir como farsa, dizia o velho barbudo. Neste fim de agosto de 2015, parece que se esvaem os  fantasmas da repetição de agosto de 1954 ou de abril de 1964, na derrubada de Getulio e Jango. Tudo parece indicar que o golpe arquitetado contra o Governo Dilma perdeu a sustentação, com a mudança de posição da grande mídia golpista, as declarações dos representantes do grande capital e de vários setores políticos e, sem tanta repercussão, as demonstrações de apoio crítico dos movimentos sociais ao Governo e à estabilidade democrática. Ou seja, a repetição se resume hoje à farsa encenada por uma ala do PSDB, FHC e Aécio como os grandes tenores.

Fato relevante na última semana foi a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra o Presidente da Câmara Federal, Deputado Eduardo Cunha, por deslavada e fartamente documentada corrupção em torno da Petrobrás. Fato que coloca um dos vetores do golpe contra Dilma em posição aparentemente insustentável, levando aos navegantes das águas turvas que estavam no barco do Cunha, aqueles que possam, a pular fora rápida e silenciosamente. Estar associado a Eduardo Cunha neste fim de agosto é de mau agouro.

Aécio e FHC parecem em saia justa nesta quadra. Insistem na tese do impeachment de Dilma, mas apoiar publicamente a Cunha não é mais possível. Daí, pode surgir uma nova repetição farsesca da história. Em 1964, nas preliminares da abortada eleição presidencial de 1965, que sucederia a Jango Goulart, os apoiadores do então Governador Leonel Brizola, um dos pré-candidatos com chance real de vitória e cunhado do Presidente Jango, para se contrapor a uma regra eleitoral vigente, que impedia que parentes do presidente concorressem à sua sucessão, lançaram um delicioso slogan: “Cunhado não é parente, Brizola pra Presidente“.  Pois bem, parece que já sopraram para o Senador Aécio Neves da Cunha um novo slogan: “Nem todo Cunha é parente, Aécio pra Presidente“.

Redação

4 Comentários

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  1. Não sei o que dizer desse
    Não sei o que dizer desse texto. O desfecho é uma forçada de barra. Aécio tem que se ver com Alckmin e Serra a vaga de 2018.

  2. Urnas não é FURNAS

    Candidato que só ganha em FURNAS e confunde com urnas, vai chorar terceiro turno novamente. E ai Janot, será que pau que dá em Francisco bate em Chico.

  3. Seja qual for o desfecho do

    Seja qual for o desfecho do governo Dilma será muito difícil para qualquer tucano ser eleito presidente.

    Os três tucanos com mais visibilidade, tem telhado de vidro, que numa campanha para presidente não se sustenta.

    Aécio, Serra e Alckimin são os candidatos certos para o PT ganhar. É mais fácil o PT ganhar do que o PSDB.

    Mas muito provavel é que a próxima eleição marque o fim da polarização PT e PSDB. Pelo quadro de repúdio desses partidos não será supresa que ou PT ou PSDB ou ambos nem lance candidato a presidente.

    Mas agora o que vai entrar em jogo são as eleições municipais. E nessas PMDB, PSDB, PP, PR é que tem que manter seus domínios. O PT só tem SP para manter.

     

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