IGP-DI também registra alta em setembro

Matéria-prima foi o vilão do mês no índice geral de preços em setembro

Jornal GGN – O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) subiu 1,36% em setembro, ante elevação de 0,46% no mês anterior, puxado pelos preços de matérias-primas, de acordo com dados revelados pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O número ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado, cujo índice se aproximava do 1,45% no mês passado, com as projeções variando de 1,20 a 1,60%. O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) e das contas nacionais em geral.

Com o resultado, a variação apurada ao longo de 2013 chegou a 3,86%, enquanto o índice acumulou alta de 4,47% em 12 meses, ante 3,98% nos 12 meses até agosto. Em setembro de 2012, o total foi de 0,88%.

A pesquisa mostra que o destaque do período ficou com o IPA-DI (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que subiu 1,90% após alta de 0,58% em agosto. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60% do IGP-DI.

A decomposição do grupo mostra que a variação de maior peso ficou com o estágio de matérias-primas brutas, que saltou de 0,74% em agosto para 3,55% em setembro. Os destaques no sentido ascendente foram soja em grão (de 0,25% para 7,51%), minério de ferro (de -0,07%para 4,79%) e milho em grão (de -4,55% para 1,23%). Em sentido descendente, os pontos de referência foram café em grão (de -1,87%para -6,57%), leite in natura (de 3,45% para 2,27%) e arroz em casca (de 1,95% para 0,31%).

O índice do grupo Bens Intermediários apresentou taxa de variação de 2,01%, ante 1,01% no mês anterior. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 1,22% para 2,89%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou variação de 2,22%. No mês anterior, a variação foi de 1,03%.

O índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 0,42%, ante 0,03% no mês anterior. O principal responsável por esta aceleração foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,94% para 2,36%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 1,32%, ante 0,44%, no mês anterior.

O IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor), que mede os preços para famílias com renda entre um e 30 salários mínimos e corresponde a 30% do IGP-DI, registrou alta de 0,30%, ante avanço de 0,20% no mês anterior. O núcleo do IPC registrou variação de 0,45%, em setembro. Em agosto, a taxa foi de 0,26%.

Cinco das oito classes de despesa que formam o índice ampliaram suas taxas de variação, sendo que a contribuição de maior magnitude para o avanço partiu do grupo Transportes, que passou de -0,26% para 0,07% devido ao comportamento do item automóvel novo, cuja taxa passou de -0,43% para 0,19%.

Outros grupos que avançaram no período foram Habitação (de 0,35% para 0,51%), Vestuário (de 0,34% para 0,86%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,43%), e Comunicação (de 0,05% para 0,20%), devido ao desempenho de itens como empregados domésticos (de 0,09% para 0,60%), roupas (de 0,30% para 0,76%), medicamentos em geral (de -0,17% para 0,15%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de -0,19% para 1,70%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,63% para 0,11%), Alimentação (de 0,17% para 0,14%) e Despesas Diversas (de 0,18% para 0,09%) reduziram suas taxas de variação, influenciados pelos itens passagem aérea (de 10,83% para -0,95%), hortaliças e legumes (de -7,66% para -12,54%) e alimentos para animais domésticos (de 0,48% para -0,14%), nesta ordem.

Já o INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) avançou 0,43% em setembro, após alta de 0,31% em agosto – o índice representa 10% do IGP-DI. Na decomposição, o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,91%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,66%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.

Redação

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