A substituição de importações

Por Roberto São Paulo/SP

Do Estadão

Indústria pode lucrar US$ 34 bi com substituição de importações

Perda de valor do real em relação ao dólar deve levar produto nacional a tomar 20% do mercado de importados

Renée Pereira e Marianna Aragão

forte valorização de 46% do dólar nos últimos três meses deverá desencadear uma onda de substituição de importações por produtos nacionais. Economistas e representantes do setor produtivo apontam uma redução entre 10% e 20% do volume de importações com o novo patamar do câmbio, acima de R$ 2. Isso significaria um ganho de até US$ 34 bilhões por ano para a indústria brasileira, conforme cálculos feitos com base nos últimos números da balança comercial.

Entre os produtos que mais deverão ser beneficiados estão insumos como papel, aço, tecidos, máquinas e equipamentos, pequenos eletrodomésticos, alimentos e brinquedos. “Em alguns casos a substituição de importação tende a ser imediata, como é o caso de alimentos e bebidas”, avalia o diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz.

No setor têxtil, a substituição de importação tem sido vista como uma grande oportunidade para retomar o mercado perdido para os chineses nos últimos anos. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) estima que o setor vai crescer mais que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, especialmente por causa da demanda maior das confecções pelo tecido de fabricação nacional.

“Qualquer fatia de mercado que a indústria recupere representa um volume de produção grande e muita gente empregada”, argumenta o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário (SindiVestuário), Ronald Masijah. As empresas brasileiras têm 94% do mercado nacional e produzem 6,4 bilhões de peças de roupas por ano. ………….

……….Nos últimos anos, uma parte da indústria brasileira passou a funcionar como montadora. Empresas importavam componentes e montavam no País, critica o professor da Unicamp Júlio Gomes de Almeida, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. ………….

……………Os especialistas destacam que essas estimativas levam em consideração a manutenção da cotação do dólar no nível atual. “A substituição só vai ocorrer se a moeda americana permanecer em patamar elevado por algum tempo”, diz Almeida.

Outro fator que vai determinar o grau de substituição das importações será o comportamento da economia interna. “Agora há uma paralisia. O efeito desejado deve ocorrer no segundo semestre, quando o câmbio vai nos ajudar para valer”, estima Alessandro Pascolato, presidente da tecelagem Santa Constancia, que abastece confecções em todo o País.

O ritmo das substituições também será determinado pelo grau de resistência dos concorrentes estrangeiros, especialmente os chineses. “Não pensem que eles vão assistir à substituição de importação sem fazer nada”, diz o professor da Unicamp……………..

Luis Nassif

8 Comentários

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  1. Perfeito.
    Agora só falta o BC
    Perfeito.
    Agora só falta o BC parar de sangrar o país com a Selic e tomar uma atitude republicana.
    Patamar de 8 a 8,5% já está de bom tamanho.
    Ou o Brasil retoma o controle do BC ou o BC esvazia o país para encher os cofres dos bancos.
    Os mesmos bancos cheios de carteiras podres, enchendo o cofre com dinheiro do contribuinte brasilleiro, vão esconder a situação até arrebentar.
    Acorda, Lula, seus aliados verdadeiros são empresários e trabalhadores.
    O resto é castelo de cartas, pirâmide para enrolar os trouxas.

  2. Do Ministério do
    Do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

    http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=8800

    Balança comercial registra novos recordes históricos em 2008
    02/01/2009

    Nos 253 dias úteis de 2008, as empresas brasileiras exportaram US$ 197,942 bilhões (média diária de US$ 782,4 milhões) e importaram US$ 173,207 bilhões (média diária de US$ 684,6 milhões), valores que representam recordes históricos para ambas as operações. Nesse período, a balança comercial brasileira registrou um superávit (diferença entre o valor exportado e o importado) de US$ 24,735 bilhões (média diária de US$ 97,8 milhões). A corrente de comércio (soma dos valores exportados com os importados) é também histórica e somou US$ 371,149 bilhões, o que representou, em média, operações de US$ 1,467 bilhão por dia útil do ano passado. ………….

    ………Dezembro

    No mês de dezembro, as exportações somaram US$ 13,818 bilhões, quando foi verificado um desempenho médio diário de US$ 628,1 milhões, valor 11,7% menor que o registrado em todo o mês de dezembro do ano passado (US$ 711,6 milhões). Em relação à média diária das exportações em novembro de 2008 (US$ 737,7 milhões), a queda registrada foi de 14,9%.

    As importações, no mesmo período, totalizaram US$ 11,517 bilhões (média diária de US$ 523,5 milhões). Na comparação com o desempenho médio diário em dezembro de 2007 (US$ 529,6 milhões) a cifra ficou 1,2% menor, enquanto houve decréscimo de 20,3% sobre a média diária das importações brasileiras registrada em novembro de 2008 (US$ 657 milhões).

    O saldo comercial de dezembro ficou em US$ 2,301 bilhões, com média diária de US$ 104,6 milhões. Por este critério, o superávit apresentou uma redução de 42,5% sobre o saldo comercial médio apresentado em dezembro de 2007 (US$ 182 milhões), mas ao se comparar com a média diária do saldo comercial em novembro de 2008 (US$ 80,7 milhões), foi registrada alta de 29,7%.

    Quarta e quinta semanas de dezembro
    Na quarta semana de dezembro, entre os dias 22 e 28, as exportações brasileiras alcançaram US$ 2,516 bilhões (média diária de US$ 629 milhões) e as importações US$ 1,735 bilhão (média diária de US$ 433,8 milhões). O superávit registrado nessa semana foi de US$ 781 milhões e a corrente de comércio US$ 4,251 bilhões.

    Nos três dias úteis da quinta semana do mês (de 29 a 31), os embarques de produtos brasileiros para mercados estrangeiros somaram US$ 1,375 bilhão (média diária de US$ 458,3 milhões) e os desembarques de bens importados US$ 783 milhões (média diária de US$ 261 milhões). O saldo comercial da última semana de dezembro ficou em US$ 592 milhões e o fluxo comercial US$ 2,158 bilhões. ………….

  3. Da Agência
    Da Agência Brasil

    http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/12/31/materia.2008-12-31.5124712845/view

    Petrobras colocará em operação nove plataformas entre 2009 e 2013
    Nielmar de Oliveira Repórter da Agência Brasil

    Rio de Janeiro – Apesar da crise financeira internacional e do conseqüente adiamento da divulgação do Plano de Negócios da Petrobras para o período 2009/2013……

    …..Juntas, as nove unidades, quando operando em plana carga, acrescentarão à produção nacional mais de 790 mil barris de petróleo por dia e mais de 35 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.

    A primeira plataforma semi-submersível inteiramente construída no país será a P-51 e deverá entrar em operação nos primeiros dias deste mês…..

    …..Construída ao custo total de aproximadamente US$ 1 bilhão, a unidade deixou a Baía de Ilha Grande no final da primeira quinzena de dezembro em direção ao campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, onde ficará ancorada a uma profundidade de 1.225 metros e a 150 quilômetros da costa.

    Quando operando a plena carga, a P-51 produzirá até 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás por dia – pico de produção que deverá ser obtido em meados de 2010…………………

  4. Prezado Roberto
    Uma simples
    Prezado Roberto
    Uma simples conta (confira,por favor!) nos mostra que a P-51 operando com uma capacidade de extração de 200 mil barris diários, vendidos a 30 dolares (petróleo pesado) , retornara o investimento de 1 bilhão de dólares em um peródo de aproximadamente 6 meses!. Será verdade “verdadeira”? ou propaganda para encobrir gastos anti-econômicos e não transparentes ao grande público?.

  5. Queira o bom Deus, que desta
    Queira o bom Deus, que desta vez os “especialistas” estejam certos.
    As empresas pequenas, lutando contra produtos importados, estão com a corda no pescoço.
    As vendas estavam imprensadas, devido aos produtos, principalmente chineses, que pelos preços, não são fabricados com os mesmos parâmetros da nossa economia.Sdc

    .

  6. Da Agência Petrobras de
    Da Agência Petrobras de Notícias

    http://www.agenciapetrobrasdenoticias.com.br/materia.asp?id_editoria=35&id_noticia=5475

    O que é o pré-sal ?
    Publicada em 12/9/2008 18:16:49

    Trata-se de uma seqüência de rochas sedimentares depositadas há mais de 100 milhões de anos no espaço geográfico formado pela separação do Continente Gondwana, mais especificamente, pela separação dos continentes Americano e Africano, que começou há 150 milhões de anos. Formou-se inicialmente, entre os dois continentes, um grande lago onde foram depositadas as rochas geradoras de petróleo – todos os rios corriam para esse lago e muita matéria orgânica foi depositada. Com o aumento do lago, começou a entrar água do mar iniciando a deposição de espessa camada de sal de até 2.000 metros de espessura, sobre a matéria orgânica que se transformou em hidrocarbonetos (petróleo e gás natural)………………………

    Os investimentos no pré-sal foram superiores a US$ 1,5 bilhão, nos últimos 2 anos, com perfuração dos 15 poços que atingiram as camadas pré-sal, sendo que oito foram deles devidamente testados e avaliados com as melhores técnicas da indústria petrolífera. ……………..

  7. Creio que o custo real de
    Creio que o custo real de produção é um segredo para qualque empresa, além do custo da plataforma, tem o custo de perfuração dos poços, pesquisa geológicas, e o custo de operação.

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