Como construir o futuro

Coluna Econômica – 13/06/2007

Na segunda-feira houve debate sobre o meu livro “Cabeças de Planilha” na Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Juntou o economista Yoshiaki Nakano e o cientista social Fernando Abrúcio.

No livro, falo dos problemas cambiais do início do Real, que acabaram comprometendo o sucesso do plano, jogando o país em uma estagnação que perdura até hoje, e privando-o de se beneficiar de um dos períodos mais favoráveis da história. E comparo com os problemas criados por Rui Barbosa no início da República, que levaram à crise do Encilhamento (o movimento especulativo na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro).

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Rui teve muitas virtudes, inclusive a de ajudar a montar um federalismo mais consistente na primeira Constituinte da República, lembra Abrúcio. Mas cometeu um erro fatal, apontado por Oliveira Vianna, pensador brasileiro dos anos 20. Esse mesmo erro teria sido cometido por Fernando Henrique Cardoso com o Plano Real, no qual Abrúcio vê muitas virtudes, mas vê como erro central o abandono da palavra desenvolvimento.

O que Rui e FHC tinham em comum, indaga ele? Ambos não gostavam, não acreditavam no país. Sentiam-se internacionalistas, acreditavam apenas nas instituições internacionais e julgavam ser possível transplantá-las a seco, conferir poder a uma classe internacionalizada, a única que julgavam capaz de desenvolver o país. Jamais entenderam que a construção do país é algo muito mais complexo, que não poderá nunca prescindir do povo, dos empresários, dos trabalhadores nacionais.

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Abrúcio considera que seria muito difícil evitar os erros, porque o país padece da ausência da chamada vontade nacional. E vê dois pontos que explicariam a perda de oportunidade. O primeiro, uma elite social que não é voltada para o país. Segundo, o racha que ocorreu entre PT e PSDB, os dois únicos partidos com proposta reformista.

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Yoshiaki Nakano bateu na mesma tecla. A elite brasileira não difere em muito das colônias romanas. Roma recrutava os melhores cérebros nas províncias, trazia para estudar e se formar. Depois, voltavam para lá como agentes do poder imperial.

Nakano observou a enorme dificuldade dos cientistas brasileiros – economistas, cientistas sociais – em enxergar o país de forma sistêmica. E, em geral, recorrer a padrões internacionais, sem conseguir se debruçar na realidade nacional.

Lembrou que o Plano Real manteve intacto o sistema monetário criado na época da hiperinflação. Os títulos ainda são pós-fixados. Em outras economias, os títulos são pré-fixados. Quando o Banco Central aumenta os juros, inflinge perdas aos bancos. E essas perdas criam resistência a aumentos desnecessários de juros. No Brasil mantiveram-se os títulos pós-fixados. Quando o BC aumenta os juros, automaticamente aumentam os ativos dos bancos. Assim, cria-se uma força em favor dos juros altos.

A saída não é econômica. É começar a se desenvolver o conceito de Nação, de interesse nacional, recuperar a auto-estima no país e nos brasileiros. Apenas quando se aceitar a existência do conceito de Nação, se abrirá espaço para a união de todo o país em torno de uma proposta de desenvolvimento concreta.

Para incluir na lista Coluna Econômica

Luis Nassif

23 Comentários

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  1. Nassif,
    você é brilhante,
    Nassif,
    você é brilhante, não só a elite (megera) nacional, mas também os nossos politicos com raras exceções, o presidente Lula é uma delas, mas tem uma corrente contraria e a coisa nã anda nem que a vaca tussa, acho que a imprensa deveria apoiar mais as atitudes nacionalistas,(claro que as fundamentadas) não se declarando, mas procurndo evidenciar mais as ideias patrioticas, massagear o ego dos brasileirros, te garanto que muita gente acordaria.

  2. Nos anos 50 e 60 passamos por
    Nos anos 50 e 60 passamos por uma fase de auto-estima elevada. Mesmo nos anos 70, os feitos do “milagre” levantavam o moral de parte do país, dividido pela ditadura.

  3. Nassif, a Nação já sabia
    Nassif, a Nação já sabia disso, tanto que reelegeu Lula, acreditando que estava protegendo nossa auto-estima. Só que a nação não sabia que estava apenas mudando as peças mas o jogo ainda era o mesmo.

    Essa conclusão de fortalecer a idéia de nação sempre esteve mais que óbvia, vide Hugo Chavez e Ivo Morales. Quando o povo grita contra hegemonia ou globalização ou neo-liberalismo selvagem, já esta prevendo toda esse conclusão que Abrucio e Yoshiaki chegaram no tal debate sobre seu livro.

    O povo não é burro. Só não aprendeu a se expressar corretamente. Quando fica com raiva de tanto ser explorado, de tanto perceber que tem coisa errada, faz %!@$&@# Vota no Clodovil, desacredita das coisas, porque não sabe a linguagem do jogo.

    A grande questão é como ensinar o povo a jogar?

    Qualquer grande estadista ainda estará a mercê dos jogos. Acredito que o ponto a atacar é educação financeira. Um povo consciente de como usar e como o dinheiro é usado, ficará muito mais interessado por política, com as manobras que o BC faz, com os impostos e com os rumos do país.

    Se queremos uma nação mais conectada com seus próprios interesses, temos que fisgar o povo usando a isca mais atrativa: EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

    Até a pessoa mais ignorante se interessa em saber como gerenciar melhor seu dinheiro. Quando começar a perceber o tanto que perde por ignorar as manobras do jogo, vai ficar mais esperto, vai sentir doer no bolso. E tudo começará a fazer sentido.

    Enquanto estivermos no torpor do consumo, ninguém vai se importar se o Brasil afundar.

  4. Concordo a saída não é
    Concordo a saída não é econômica. Concordo que a saída e inicar a desenvolver o conceito de nação. PERGUNTA: Como iniciar a desenvolver o conceito de nação? O exemplo deveria de vir de cima, entretando nunca virá, pois aqueles que controlam o país não estão nem um pouco interessado em mudanças. PURA REALIDADE. Quantas reformas que se arrastam por anos, para que depois de implementadas, não tragam quase nenhum resultado. A saída é mostrar para o povo, que esse país, pode lhe dar muito mais que uma cesta básica e um bolsa família todo o mês. A saída é fazer o povo entender que não existe outro país no planeta com tantos recursos, na mão de tantas poucas pessoas. A saída é fazer o povo acreditar que é possível mudar tudo isso que está errada, através de atitudes simples. Acarbar com a corrupção no Brasil é uma tarefa muito fácil, fácil demais. Basta promover um holocausto político, e decretar a pena de morte para agentes políticos ou públicos que praticarem corrupção ou qualquer crime o interesse contra a administração pública. As soluções são simples, só não ve, quem nao quer!!!

    Juliano, Houston, TX

  5. Voltemoa à discussão aberta
    Voltemoa à discussão aberta pelo leitor Ruben,e que foi criticada e considerada fanática,por muitos leitores.Governar uma potencia como os E.U.A,que ainda detêm o domínio da tecnologia;Ainda têm entre os seus,os melhores “cérebros da química e da física;Aonde estão concentrados as maiores corporações do planeta;Para onde migram todo o dinheiro do mundo,pois gozam da confiança do sistema bancário,apesar dos baixos rendimentos que estão pagando ultimamente;De onde parte toda política de ajuda humanitária,se é que ainda pode-se chamar a cooperação norte-americana aos seus aliados,com este nome;Onde estão sediados os organismos que planejam as “ações”no mundo,é mole,e qualquer atorzinho,como foi Reagan,e agora o é Schuarzeneger,e ser considerado “estadista”pelos admiradores do 3º mundo,tambem é comum,difícil é ser estadista, vindo de uma classe social sem pêso nas decisões políticas;Num partido visto como antipático,pelas elites;Administrar uma nação que tinha uma dívida social imensa,com as minorias;Desacreditada na banca financeira internacional,por não cumprir com os contratos;Governar com a adversidade de partidos inconformados com a “pêrda” do poder,e mesmo com tantas adversidades,em apenas 5 anos,consegue colocar 1/3 da população pobre,numa escala superior,diminuindo a fome e a pobresa total existente até então;Pagar (antecipadamente)sua dívida,junto ao FMI,restabelecer o crédito,junto aos banqueiros internacionais e bancos de fomento;Aumentar consideravelmente as nossas exportações,sem diminuir as importações dos ítens necessários para o nosso desenvolvimento; Ser recebido nas mais altas côrtes e ser reconhecido como um administrador,preocupado com a desigualdade social,e suas implicancias;Vencer todo um esquema de imprensa comprometida com a oposição,e conquistar 2/3 dos votos,numa eleição,disputada contar a oligarquia nacional.Quem sabe,algum dia,alguem desta “manada”de formadores de opinião,saiba reconhecer as qualidades desta pessoa,e elogiar o que é nosso,afinal,às veses,santo de casa,faz milagre,tambem.

  6. Não haverá conceito de nação
    Não haverá conceito de nação enquanto não estabelecermos o estado de direito no Brasil.Sem um judiciário minimamente transparente e que exerça as suas funções de forma democrática e republicana dificilmente este país conseguirá andar mais rápido do que anda.

  7. Nassif,
    É isto aí,precisamos
    Nassif,
    É isto aí,precisamos pensar e agir com projetos de estado e não simplesmente de governos.O nosso olhar tem que ser endógeno.Só valorizamos o que vem de fora.Temos que parar é pensar o que deu ou está dando certo e o que devemos fazer para corrigir os erros dos projetos que eram para ser e não são.Os nossos políticos,economistas e os FHC’s da vida não têm ajudado muito.É sempre mais fácil destruir do que realizar algo em prol do país.Temos um congresso que fica preocupado com as picuinhas, com o disse-me-disse e os ganhos de salário e o povo…Falta-nos uma elite voltada para o seu país,querendo vê-lo como uma grande nação e não uma nação grande.Temos boas perspectivas para o futuro,mas precisamos agir para,mais uma vez,não perdermos o bonde da história.Nem ficarmos a ver navios,esperando o avião que não decola e nem o trem que poderia ser bala e que no momento só embola. E dele projetos que não saem do papel e enrola.E o país!Bem,isto é outra história.
    Abraços!

  8. Trocando em miúdos, temos que
    Trocando em miúdos, temos que ensinar a valorizar o que temos ao invés de ostentar. Deixar de viver apenas o agora e começar a planejar o futuro.

    Numa população onde tudo que se ganha é gasto, onde a maior parte da população vive endividada, onde ostentar é mais importante, o caminho pra algum crescimento sólido é este: desmitificar o dinheiro para os brasileiros e mostrar que manobras políticas ferem seu bolso. Mostrar que poupar faz bem, dar mais valor ao que se ganha. Criar interesse pela economia, pelos jogos políticos e financeiros. Só assim pra gerar interesse pelo planejamento futuro.

    Se não acontecer isso, qualquer “Estadista” que se candidate e solte meia dúzia de palavras doces leva o pais, como acontece hoje. E aí, vão todos na conversa, seja pro bem ou pro mal, sem consciência crítica da situação, sem pensar lá na frente.

    Segue uma matéria do InfoMoney bem interessante sobre finanças pessoais e educação:

    Educação e crédito: soluções para famílias de baixa renda
    SÃO PAULO – Os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), não são efetivos no Brasil porque aumentam a capacidade do consumo das famílias somente enquanto estas recebem os benefícios. A educação e o crédito, porém, poderiam reverter a situação.

    A conclusão faz parte de estudo realizado pelos pesquisadores Fábio Soares e Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e de Tatiana Britto, do Centro Internacional de Pobreza (IPC).

    “Evidentemente, se as transferências forem interrompidas, essa capacidade é imediatamente reduzida. Ao menos no curto prazo, as famílias que saem da pobreza graças às transferências dependem delas para manter seu nível de consumo”, descreve o estudo.

    “Portas de saída”

    O estudo confirma que programas como o Bolsa Família têm portas de entrada, mas não aponta saídas e, por isso, os beneficiários tornam-se dependentes do programa e permanecem nele por tempo indefinido. A situação ideal seria “dar o peixe, mas ensinar a pescar”, ou seja, fazer com que o beneficiário conquiste independência financeira.

    Entre os pontos que ajudariam as pessoas a conquistarem esta independência, de acordo com a pesquisa, estão a educação e o crédito, sendo a primeira uma medida de longo prazo e que proporcionaria mais oportunidades às pessoas de baixa renda, e a segunda, de curto prazo e que facilitaria o consumo.

    “Promover a emancipação das famílias beneficiadas é, sem dúvida, relevante, mas parte do debate sobre portas de saída ignora que modificar tanto a estrutura do mercado de trabalho quanto o nível educacional da força de trabalho não são tarefas simples ao alcance de um único programa social; mais do que isso, são modificações que exigem muito tempo para se concretizar”, diz o estudo.

    http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/infomoney/2007/06/07/ult4040u4894.jhtm

  9. O Brasil é o país sem futuro.
    O Brasil é o país sem futuro. Não vejo no povo brasileiro a menor vontade de mudar qualquer coisa neste País. Se o País mudar alguma coisa será por força de ações externas. De dentro nada sai, quando muito samba, futebol e sacanagem.

  10. Nassif

    estou procurando
    Nassif

    estou procurando críticas ao seu livro. Me dá uma ajuda. Quero ter uma visão imparcial. Vc deu a
    última palavra e crítica ao gerente do governo criticado, mas não li nada além daquilo. Nem o Alckmin que volta de Harvard vai defender o amigo?

  11. Os professores citados neste
    Os professores citados neste post têm toda a razão quando dizem que a elite brasileira não é voltada para o país. Só se esqueceram que isto ocorre, também, na universidade, onde a elite intelectual (ou suposta elite intelectual, já que muitos são, digamos, çábios-pençadores) importa modelos prontos das universidades estrangeiras, especialmente americanas. É inacreditável como a universidade brasileira, salvo honrosas exceções, não consegue pensar em português. Preferem os papers a textos em português; idolatram (e citam constantemente) as expressões no idioma inglês, com se isto fosse sinal de sabedoria (ou, melhor dizendo, çabedoria). O FHC, que é ádveno da elite universitário, é o grande exemplo (ainda que no tempo dele, o idioma da moda fosse o francês). Precisamos começar a mudar o país pela elite intelectual universitária; ela não tem auto-estima e sonha muito mais na Sorbonne, em Berkeley, em Chicago, em Harvard, em Yale, em Roma, que em algum terreno universitário brasileiro. A solução é, definitivamente, privatizar de vez o Brasil… De preferência, para o capital estrangeiro…

  12. na maioria dos países
    na maioria dos países modernos, a idéia da nação foi projeto dos quadros dirigentes e não uma iniciativa das massas. as elites brasileiras, todavia, pouco se identificaram com a nação. aceitaram um papel subalterno de sócias minoritárias, num país constituído como uma empresa sob controle estrangeiro para atender demandas externas.

    no Brasil, foram pessoas do povo que abraçaram uma certa idéia de nação. nossa construção nacional, ainda inacabada, sempre foi obra de um bando de Brasileiros selvagemente apaixonados pelo país. por isto, nossa identidade nacional não resulta de raízes gloriosas, tampouco de ambições imperiais. nossa cultura de síntese não se baseia em raça ou em religião. não somos xenófobos, nem guardamos ressentimentos em relação ao colonizador.

  13. O leitor de nome Justo,está
    O leitor de nome Justo,está indignado por ter lido uma notícia nos jornais(depois corrigida como “errata”)sobre o Brasil ter crescido apenas 0,8% no trimestre,e não entender os órgaõs de imprensa.Na verdade,caro amigo,o crescimento verdadeiro foi 4,3%,que surpreendeu até aos mais otimistas,visto que neste trimestre,normalmente o ritmo de produção e vendas tanto internas quanto externas,costuma ser infinitamente inferior aos seguintes.Certo Nassif ?

  14. Sempre aqchei que o Brasil
    Sempre aqchei que o Brasil era um grande país – geograficamente – e uma minpuscula Nação. Penso que estamos conseguindo mudar esta situação. Mas precisamos persisitir e acelerar a distribuição de renda.

  15. Muito bem colocado: o grande
    Muito bem colocado: o grande problema é que a (pretensa) elite brasileira vê com muitos maus olhos o pequeno empreendedor brasileiro. Vê muito valor nos trabalhadores internacionalizados das grandes empresas e despreza o sujeito que está tentando construir um negócio na base. Despreza até mesmo os relativamente grandes empresários provincianos! Está mudando… ainda que a pretensa elite não perceba.
    Um grande exemplo para mim é a Friboi. 2,3 anos atrás era uma t %!@$&@#grande empresa provinciana… hoje está nas páginas dos jornais (que continuam não entendendo bulhufas do negócio, bem como as analistas de investimentos, tanto que colocaram este preço estapafúrdio no IPO)… daqui a 2,3 anos será uma gigante multi-nacional! Genial! Absolutamente genial: a saga do Zé Mineiro!
    Ruben

  16. Sabe o que falta aos
    Sabe o que falta aos brasileiros? O que sobrou nos búfalos africanos deste filme (cf. http://www.youtube.com/watch?v=LU8DDYz68kM). Os búfalos não desistiram e, ante um desamparado de sua manada que estava em risco de morte, enfretaram os poderosos leões. Nesta fábula de búfalos e leões, não há lugar para a elite animalesca brasileira…

  17. Não temos uma teoria do
    Não temos uma teoria do Brasil contemporâneo. Estamos em vôo cego, imersos em uma crise de destino, a maior da nossa existência. A História está nos olhando nos olhos, perguntando:

    “Afinal, o que vocês são? O que querem ser? Tem sentido existir Brasil? Qual Brasil?”

    “Uma certa idéia de Brasil”
    César Benjamin

  18. Caro Nassif por certo você
    Caro Nassif por certo você leu a Obra As veias Abertas da América Latina , não há momento mais propício para refletir a respeito. Creio que enquanto não absorvermos o verdadeiro caráter de Nação em seu amplo sentido , só veremos no dia a dia , seja na Política , Economia ou Governo essas banalidades . A Passividade do cidadão Brasileiro , chega à indolência , assistimos ao espetáculo patético da Atuação de homens públicos , enlameados por sua conduta nefasta e esperamos calmamente que seus colegas de trabalho os Julguem com Justiça , ora , realmente ingênuos nós somos , enquanto não se tratar a questão de Cidadania sob o prisma da Sociologia , cultura Social e o aprender a viver em Sociedade , faremos como o cachorro que persegue o próprio rabo em círculos.
    Desperta Brasil , cai na real , o sonho acabou , a realidade está aí , nua e cria , continuamos a ser quintal dos Poderosos , enquanto o Brasil estiver deitado em berço esplêndido , não avançaremos , o gigante tem que se levantar e esquecer as fábulas.
    .’. André

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