Jornal GGN – O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas registrou queda pelo oitavo mês consecutivo, ao variar -3,1% entre julho e agosto de 2014, considerando-se dados com ajuste sazonal. Com o novo recuo, o índice atingiu 104 pontos, seu menor nível desde abril de 2009 (103,4 pontos), segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A piora do ICS no mês foi inteiramente determinada pelas expectativas dos empresários em relação aos meses seguintes: o Índice de Expectativas (IE-S), que havia avançado 4,3%, em julho, recuou 5,7%, em agosto, a maior perda mensal desde novembro de 2008 (-11,4%). Já o Índice da Situação Atual (ISA-S) subiu 0,8%, após recuar 7,2% no mês anterior.
Além de forte, a queda do IE-S foi disseminada, atingindo 10 dos 12 segmentos pesquisados e os dois quesitos que integram o IE-S. O Indicador que mede as expectativas em relação à demanda apresentou queda de 6,3%, frente ao mês anterior. A proporção de empresas projetando aumento da demanda nos três meses seguintes diminuiu de 37,4% para 31,9% entre julho e agosto, enquanto a parcela de empresas sinalizando diminuição passou de 9,7% para 12,3%, no mesmo período.
O quesito que mede o grau de otimismo em relação à tendência dos negócios recuou 5,1% em relação ao mês de julho. A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios para os próximos seis meses caiu de 37,4%, em julho, para 32,7%, em agosto; e a das que esperam uma piora passoude 9,4% para 11,2% no mesmo período.
A ligeira melhora do ISA-S na margem também foi disseminada entre os 12 segmentos, sendo que o quesito que mais influenciou positivamente o indicador agregado foi o volume de demanda atual, ao crescer 5,6% na margem, após recuar 8,6% em julho.
Segundo a FGV, a evolução do ICS de agosto dá prosseguimento à tendência de redução do nível de confiança iniciada em janeiro deste ano. Passados os efeitos negativos da Copa do Mundo sobre o nível de atividade corrente, a reação observada em agosto no Índice da Situação Atual foi bastante moderada. Pelo lado das expectativas, a elevação observada em junho e, especialmente, em julho, não se confirmou, e o índice voltou a cair.
“A queda acentuada nas expectativas, após dois meses de crescimento, combinada a uma recuperação apenas discreta na avaliação das empresas do setor sobre o momento atual, reforça os sinais de um cenário de baixo crescimento até o final do ano”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
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