Expectativa de inflação dos consumidores atinge 7,9%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O indicador de expectativa de inflação dos consumidores avançou para 7,9% em fevereiro, após registrar 7,2% em janeiro e 7,4% em dezembro passado, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com a forte alta, o indicador deixa o intervalo entre 7% e 7,5% em que se situava desde abril de 2013 e atinge o segundo maior valor da série, perdendo apenas para os 8,1% registrados em setembro de 2005, na primeira edição da pesquisa.

Entre janeiro e fevereiro, houve um aumento expressivo da frequência de previsões de inflação superiores a 7%, de 45,4% para 61,0% do total. As taxas entre 7% e 8% passaram a ser as mais citadas (24,9% do total), ultrapassando a frequência de previsões na faixa entre 6,5% e 7% (22,8% do total).

“Após dois anos em um patamar elevado (média de 7,2%), mas relativamente estável, a mediana da expectativa da inflação teve uma variação positiva significativa no mês de fevereiro, ao passar para 7,9%. Parece que os consumidores estão sentindo a presente elevação dos preços e criando expectativas pessimistas para o futuro”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Viva Celso Furtado

    É a teoria do Celso Furtado e demais economistas cepalinos, que faziam sucesso 60 anos atrás: “um pouquinho de inflação” é necessário para induzir o desenvolvimento. Os mais sinceros diziam que era um recurso válido para repassar à população o custo da industrialização do país, como se fosse um imposto invisível. Kubitchek cochichava para seu ministro Roberto Campos: sou contra emitir moeda para inchar a folha de pagamento, mas sou a favor, quando se trata de fomentar o desenvolvimento. Como se a cédula que sai da prensa tivesse consciência de servir ou não para fomentar o desenvolvimento, foi a resposta do Bobby Fields…

    A presidente Dilma também acha benéfico “um pouquinho de inflação”, pois do contrário, afirma ela, o desemprego aumentaria. Parece que o povo esqueceu dos longos anos de estagflação, aquela combinação de inflação alta e desemprego alto, que só acabou com o Plano Real. Dilma quer emitir moeda para gerar empregos. Mas emitir moeda sem lastro é o mesmo que emitir moeda falsa, de brinquedo. Ora, empregos criados com moeda de mentira são empregos de mentira, gerados à custa da perda do poder aquisitivo daqueles que já estão empregados. É como se o seu patrão chegasse para você e dissesse: vou descontar 7,9% de seu salário para criar uma vaga para aquele seu colega que está desempregado. Não deixa de ter uma certa coerência: o PT não anuncia que quer promover uma redistribuição de renda? Pois está fazendo uma redistribuição de renda… do trabalhador para o trabalhador!

    Mas entende-se porque o governo deseja tão ardentemente a volta da inflação: é a solução para todos os seus problemas. De fato, basta girar a maquininha, que os rombos das contas do governo estão magicamente cobertos, e a fatura vai para o infeliz usuário do papel-moeda, que paga-a mediante a perda de seu poder aquisitivo. Um imposto invisível que tem a vantagem de poder ser criado via mera decisão da equipe econômica, sem aquela chatice de comprar deputados no congresso. Inflação não é problema nenhum para quem emite o dinheiro, é problema para quem usa o dinheiro. Mas o PT, diferente de seus vizinhos bolivarianos, não dispõe de uma militância armada, então depende de eleições, e eleições só são ganhas com o povo podendo “tirar” uma geladeira nas Casas Bahia pagando em 15 vezes iguais. Então não dá para ter uma inflação de 60% ou 70% como a Venezuela e a Argentina, tem que se contentar com os 7,9%. O grande incremento no poder aquisitivo do povo na última década foi um produto da baixa dos juros, o que permitiu extraordinária expansão das compras a crédito. O povão, que nunca pôde pagar a vista, agora pode pagar em parcelas. Mas juros baixos só existem com inflação baixa. Se deixar a coisa disparar, aí babau: os milhões que passaram à classe C voltam à classe D, e a carruagem vira abóbora de novo. Com o povo batendo panela na rua, aí só na paulada, como na Venezuela.

    Viva Celso Furtado. E sinta-se furtado!

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