Fiesp/Ciesp estima queda de 4,4% para a indústria paulista em 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O desempenho da atividade industrial em São Paulo mensurado pelo INA (Indicador de Nível de Atividade) caiu 0,9% em maio versus abril, com ajuste sazonal, segundo levantamento divulgado pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Contudo, no acumulado de janeiro a maio de 2014, o desempenho da indústria paulista despencou 7,3% na comparação com igual período do ano anterior, o pior valor da série histórica da pesquisa com exceção de 2009, quando houve queda de 16,3%.

No levantamento de maio, a variável que mais puxou o índice para baixo foi o total de vendas reais da indústria, com uma queda de 3,8% com relação a abril.

Entre os setores apurados pelo INA, a indústria de Veículos Automotores apresentou queda de 3,4% em maio versus abril, com ajuste sazonal, abatido pela queda de 7,6% no total das vendas reais.  De acordo com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), as exportações do setor automotivo para a Argentina caíram 26,3% no acumulado do ano até maio.

Também se destacou entre as baixas performances o segmento de Máquinas e Equipamentos, com queda de 1% na leitura mensal com ajuste sazonal, também puxado pelo declínio no total de vendas reais e também nas horas trabalhadas na produção, sendo 4,6% e 3,4% respectivamente.

A baixa mais expressiva, no entanto, foi registrada pelo setor de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos ao computar queda de 6,4% em meio a perdas de 3,1% do total de vendas reais.

Segundo o diretor da Fiesp e do CIESP, Paulo Francini, o desempenho da atividade industrial de São Paulo deve cair 4,4% até o final de 2014 e não há de onde tirar um sinal de recuperação do setor, uma vez que os fundamentos que compõem o INA corroboram para o “persistente” cenário de baixa performance industrial.

“De algum lado teria de vir o sinal de recuperação e nós não o encontramos. Pelo contrário, as variáveis apontam para baixo, portanto a situação da indústria no ano é muito pior do que o cenário mais pessimista que nós poderíamos ter”, afirma Francini, ressaltando que fundamentos como a queda do emprego, a baixa demanda interna e externa pelo setor automotivo, sobretudo por parte da Argentina, e a falta de disposição em novos investimentos da indústria de máquinas e equipamentos continuam abatendo o desempenho da indústria paulista.

Quanto aos números da indústria em junho, Francini disse que eles podem apresentar “uma queda importante” graças aos feriados e paralisações ocorridas no transporte público no mês passado. “Nesse caso tivemos 12 dias úteis se contadas todas as paralisações, feriado, Copa e etc”.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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