Inadimplência tem menor patamar desde janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A inadimplência do sistema financeiro, referente a operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve a taxa estável em 3,6% do crédito total pelo terceiro mês consecutivo, menor nível desde janeiro de 2012 (quando o indicador atingiu 3,8%), acumulando retração de 0,3 ponto nos últimos doze meses – na ocasião, a variação foi de 3,9%. Os dados foram divulgados pelo Banco Central. Já a inadimplência do crédito para as pessoas físicas ficou em 7,5% no mês de abril, o menor patamar desde outubro de 2011 (7,4%).

 

Segundo informações da Agência Brasil, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, afirmou que a redução, embora moderada, abrange todas as modalidades para as pessoas físicas. Ao comentar os dados, Maciel afirmou que um dos fatores que têm levado à redução da inadimplência é a maior cautela dos bancos ao conceder crédito, com melhor avaliação do perfil do tomador. Segundo o executivo, o debate sobre educação financeira tem ganho força no país e, em 2012, os bancos públicos lançaram estratégia de anúncio de redução de juros, seguidos por concorrentes privados, o que levou a um maior debate sobre o crédito. 

 

Maciel declarou que os brasileiros estão deixando operações de crédito com taxas mais altas e procurando empréstimos mais baratos, como o empréstimo consignado em folha de pagamento. “Há busca por um crédito mais longo e mais barato. A pessoas físicas saem de um cheque especial e rotativo, crédito de curto prazo e caro, e buscam um mais barato”, afirmou.

 

Nos créditos às famílias, a taxa recuou 0,1 ponto no mês, para 5,3%. A variação também perdeu força no comparativo em 12 meses – os dados de abril de 2012 atingiram 5,9%. Segundo a autoridade monetária, o resultado foi decorrente da queda de 0,1 ponto no segmento livre e da estabilização em recursos direcionados. No financiamento corporativo, o indicador de atrasos cresceu 0,1 ponto e atingiu 2,3%, ficando estável em relação ao visto em 2012, refletindo acréscimos respectivos de 0,1 ponto e 0,2 ponto nas contratações com recursos livres e direcionados.

 

Considerando as operações com recursos livres e direcionados, a taxa média geral de juros das operações de crédito seguiu em 18,5% ao ano, uma redução acumulada de 4,1 pontos percentuais nos últimos doze meses, quando a variação foi de 22,6%.

 

Nos empréstimos às famílias, a taxa média dos juros caiu 0,1 ponto percentual e cinco pontos em 12 meses, situando-se em 24,3% ao ano. De acordo com o BC, a variação mensal foi decorrente da retração de 0,1 ponto percentual no crédito livre, que atingiu 34,4% ao ano, destacando-se os declínios em cheque especial (de 137,9% para 136,8% ao ano) e crédito pessoal (de 26,9% para 26,6% ao ano), e do aumento de 0,1 ponto nas operações envolvendo recursos direcionados, passando de 6,6% para uma taxa de 6,7% ao ano, para a qual contribuíram as elevações nas taxas médias dos créditos imobiliário (de 7,8% para 7,9%) e rural (de 4,8% para 4,9%).

 

A taxa média dos juros para o financiamento de empresas permaneceu em 14% ao ano. Embora o indicador tenha se repetido desde janeiro, houve uma redução de 3,4 pontos em relação ao registrado em abril de 2012, quando a variação foi de 17,4%. Nas operações com recursos livres, a taxa média para as pessoas físicas subiu 0,4 ponto percentual, chegando a 19,2% ao ano – segundo o BC, o dado refletiu principalmente o aumento nas contratações de capital de giro.

 

O spread (diferença entre o preço de procura e de oferta de uma transação monetária) bancário referente ao total de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados, acompanhou a trajetória das taxas ativas, registrando estabilidade no mês e recuo de 3,1 pontos nos últimos doze meses, situando-se em 11,7 pontos em abril. Os spreads relativos aos créditos livres e direcionados corresponderam a 17,9 pontos e 2,7 pontos, respectivamente.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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