Indústria passa por momento ruim, diz Iedi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O caminho da indústria tem sido marcado pelo fraco desempenho da produção, que não será suficiente para repor a queda de 2,6% registrada em 2012, e por um novo ano de redução do emprego no setor. “A indústria não vai bem porque a economia brasileira também não vai bem, porque os mercados externos estão claudicantes e, por isso mesmo, muito concorridos, porque a volatilidade do câmbio atrapalha as decisões de produção e porque isso tudo junto piorou as expectativas do empresariado com relação aos seus negócios”, afirma o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), ressaltando que o momento do setor é adverso.
 
Esse quadro ruim se deve a uma série de fatores. De acordo com a entidade, o segmento perdeu seu dinamismo – como se pode observar na produção do segmento de bens intermediários, considerada “pífia” pelo instituto -, e seus resultados só não são piores pois segmentos como bens de capital e bens duráveis estão aproveitando as políticas de incentivo do governo federal iniciadas no ano passado, como desoneração tributária e crédito a taxa de juros mais baixas para financiamento de longo prazo.
 
Contudo, os dados de emprego são os que mais evidenciam a situação problemática na indústria: no ano passado, o número de pessoas ocupadas na indústria recuou 1,4%. Nos nove primeiros meses deste ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , só ocorreu uma variação positiva do emprego industrial (de 0,2% em março). De maio a setembro, mês após mês, o número de ocupados na indústria veio caindo. Portanto, foram cinco meses consecutivos de retração. No acumulado janeiro-setembro, o emprego industrial encolheu 0,9%. 
 
“Os resultados bastante desfavoráveis do número de horas pagas na indústria projetam um último trimestre também ruim para o emprego – nos três primeiros trimestres deste ano, a variação do número de ocupados foi negativa, seja na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, ou na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior”, diz a entidade, ressaltando que a crise do emprego industrial é de caráter generalizado.
 
Entre os locais, destacaram-se as fortes quedas na Região Nordeste (–4,6%), no Rio Grande do Sul (–2,2%), em Pernambuco (–7,2%) e na Bahia (–5,6%). Setorialmente, os segmentos que mais influenciaram negativamente o resultado geral da indústria foram: calçados e couro (–5,3%), vestuário (–3,1%), outros produtos da indústria de transformação (–4%), produtos têxteis (–3,8%), máquinas e equipamentos (–1,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (–2,1%) e madeira (–5,2%).
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Estão curtindo os benficios ganhos

    Esta turma está curtindo o decrescimo do preço da energia e a queda de juros e os lucros estão só subindo. Para que investir se os lucros aumentaram, e o pig pode achar ruim. 

    Lembra como esta turma adorava o fhc, ainda gostam, mesmo com os péssimos resultados? por exemplo: o robson andrade.

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