IPCA-15 em 12 meses cai abaixo do teto da meta, mas ainda próximo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Do Jornal GGN – A prévia da inflação oficial do mês de maio caiu, mas ficou próxima do teto da meta do Banco Central. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação apurada pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) nos últimos 12 meses baixou para 6,46% – abaixo dos 6,51% registrados no período imediatamente anterior, mas ainda perto dos 6,50% tolerados como limite pelo governo.

 

A variação mensal perdeu força e passou dos 0,51% vistos em abril para 0,46%. Com o resultado, o total acumulado ao longo deste ano situou-se em 3,06% – acima da taxa de 2,39% contabilizada no mesmo período de 2012.

 

O principal impacto do período foi apurado pelo item remédios, com 0,10 ponto percentual de resultado devido ao aumento de 2,94% contabilizado em maio, ante o avanço de 0,93% em abril. Os números refletiram o reajuste vigente desde 04 de abril, que variou de 2,70% a 6,31% conforme a classificação do medicamento. O item acumula um avanço anual de 4,18%. Desta forma, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais encerrou o período com o resultado mais elevado, atingindo 1,30% contra 0,63% do mês anterior.

 

Outros grupos que avançaram no período foram Habitação (de 0,68% para 0,72%) e vestuário (de 0,44% para 0,76%), ao passo que o grupo Comunicação reduziu a intensidade de sua queda, passando de -0,09% para -0,06%.

 

Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas foi o que mais contribuiu para a redução do índice na passagem de abril para maio, ao passar de 1% em abril para 0,47% em maio – levando o impacto do grupo a se reduzir de 0,24 para 0,12 ponto percentual

 

O desempenho foi influenciado pelo comportamento de uma série de itens que ficaram mais baratos, como açúcar refinado (-6,46%) e cristal (-2,37%), óleo de soja (-2,23%), café (-1,92%), arroz (-1,78%), frango (-1,72%) e carnes (-0,75%), destacando-se o tomate, cujos preços chegaram a cair 12,42% no mês. Por outro lado, outros produtos tiveram aumentos de preços significativos, a exemplo do feijão carioca (10,13%), cebola (5,63%), batata-inglesa (5,45%), leite em pó (3,32%), leite longa vida (3,14%), frutas (2,33%) e pão francês (1,50%).

 

Outro grupo que contribuiu para a perda de força foi transportes, que caiu de –0,01% para –0,03% devido a redução nas tarifas aéreas (-3,41%), ônibus urbanos (-0,43%) e gasolina (-0,36%).

 

O grupo artigos de residência (de 0,39% em abril para 0,18% em maio) também teve influência na redução do índice no mês, além das despesas pessoais (de 0,48% para 0,46%) e educação (de 0,10% para 0,08%), que ficaram um pouco abaixo do mês anterior.

 

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Recife (0,76%), onde os preços dos alimentos subiram 1,33%, bem acima da média de 0,47%, que considera todas as regiões pesquisadas. Já o índice mais baixo ocorreu em Salvador (0,23%), sob influência das tarifas dos ônibus urbanos, cuja variação apropriada foi de –4,06% em razão da redução pela metade, desde 31 de março, do valor cobrado aos domingos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador