IPCA-15 fecha 2021 com maior percentual em seis anos

Prévia da inflação oficial, indicador apurado pelo IBGE acumulou 10,42% de alta ao longo do ano; índice subiu 0,78% em dezembro

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) encerrou o ano de 2021 em 10,42%, maior percentual acumulado no ano (em dezembro) desde 2015, quando o total ficou em 10,71%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês, a prévia da inflação oficial chegou a 0,78%, resultado 0,39 ponto percentual abaixo do contabilizado em novembro, quando a variação foi de 1,17%.

Apesar da desaceleração, sete dos nove grupos pesquisados ampliaram seus percentuais no período. Mais uma vez, tanto o maior impacto (0,50 p.p.) como a maior variação (2,31%) vieram dos Transportes, que encerraram o ano com alta acumulada de 21,35%.

Segundo o IBGE, os dados foram afetados pela alta nos preços dos combustíveis (3,40%) e, em particular, da gasolina (3,28%), que contribuiu com o maior impacto individual (0,21 p.p.) no índice do mês.

Além disso, os preços do etanol (4,54%) e do óleo diesel (2,22%) também subiram, embora as variações tenham sido menores que as do mês anterior (7,08% e 8,23%, respectivamente).

Na sequência, vieram Habitação (0,90%) e Alimentação e bebidas (0,35%), que contribuíram com 0,15 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente.

No grupo Habitação (0,90%), a maior contribuição veio da energia elétrica (0,96%), cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior (0,93%), enquanto a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,89%) é consequência dos reajustes de 9,86% no Rio de Janeiro (8,09%), em vigor desde 8 de novembro, e de 9,05% em Salvador (4,41%), vigente desde 29 de novembro.

A alta de 0,35% em Alimentação e bebidas se deve principalmente à alimentação no domicílio (0,46%), puxado por itens como café moído (9,10%), que acelerou em relação a novembro (4,91%). Além disso, os preços das frutas (4,10%) e das carnes (0,90%) subiram em dezembro, após os recuos do mês anterior (de -1,92% e -1,15%, respectivamente). Ressalta-se, ainda, a alta da cebola (19,40%), que já havia subido 7,00% em novembro.

Os demais grupos ficaram entre o 0,15% de Comunicação e o 1,19% de Artigos de residência. Apenas Saúde e cuidados pessoais (-0,73%) e Educação (0,00%) não registraram aumento no mês.

No que concerne aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em dezembro. A maior variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (1,13%), enquanto o menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belém (0,32%).

Redação

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