IPCA desacelera e encerra maio em 0,37%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perdeu força e apresentou variação de 0,37% no mês de maio, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa oficial de inflação ficou 0,18 ponto percentual abaixo da taxa de 0,55% registrada em abril, e atingiu seu menor patamar desde junho de 2012 (0,08%). 

 
Com isso, o total acumulado no ano ficou em 2,88%, enquanto havia se situado em patamar inferior em igual período de 2012, com 2,24%. Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 6,50%, muito próximo dos 6,49% relativos aos doze meses encerrados em abril. Em maio de 2012, a taxa havia ficado em 0,36%.
 
Os remédios continuaram exercendo o principal impacto sobre o índice de preços no mês, com 0,06 ponto percentual. A taxa chegou a 1,61% em maio, abaixo dos 2,99% vistos em abril, levando a um total acumulado no ano de 4,80%. Segundo a pesquisa, o resultado complementa o efeito do reajuste autorizado em 31 de março, que variou de 2,70% a 6,31%. Assim, ainda que o grupo Saúde e Cuidados Pessoais tenha reduzido sua variação de 1,28% em abril para 0,94% em maio, se manteve como o grupo de maior variação.
 
Além das despesas com saúde, outros cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram taxas mais baixas em maio do que em abril. O movimento mais significativo foi o do grupo Alimentos, que caiu de 0,96% em abril para 0,31% em maio, trazendo o impacto de 0,24 para 0,08 ponto percentual, respectivamente. Foram vários os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, em especial o tomate, cujos preços caíram 10,31%, configurando o principal impacto para baixo, com -0,04 ponto percentual. 
 
O grupo Transportes passou de -0,19% em abril para -0,25% em maio, devido ao efeito do litro do etanol, que ficou 1,97% mais barato após ter aumentado 0,16% em abril, assim como do efeito da gasolina, que se manteve em queda, com -0,52%, após ter registrado -0,41% em abril. Os preços do automóvel novo (de -0,12% para -0,16%) também merecem destaque, assim como as passagens aéreas (de -9,12% para -3,43%).
 
No grupo Despesas Pessoais, a variação foi reduzida de 0,61% para 0,41% de abril para maio por conta do item empregado doméstico, que passou de 1,25% para 0,76%. Manicure (de 1,15% para 0,38%) e cabeleireiro (de 0,43% para -0,10%) foram outros serviços que contribuíram para a redução do grupo. Os grupos Artigos de Residência (de 0,63% em abril para 0,46% em maio) e Educação (de 0,10% para 0,06%) também afetaram o IPCA do mês.
 
Os grupos que avançaram no período de análise foram Habitação (de 0,62% em abril para 0,75% em maio), Vestuário (de 0,65% para 0,84%) e Comunicação (de -0,32% para 0,08%) . Nas despesas com Habitação, destaca-se a taxa de água e esgoto, com alta de 1,19% em maio ante 0,81% no mês anterior, tendo em vista as variações registradas em Goiânia (5,29%), reflexo do reajuste de 6,02% de 01 de maio; na região metropolitana de Belo Horizonte (2,32%), refletindo parte do reajuste de 5,25% ocorrido a partir de 13 de maio; e na região metropolitana de São Paulo (1,96%), onde o reajuste vigente desde 22 de abril foi de 2,38%.
 
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (0,74%), onde os alimentos subiram 1,28%, pressionando a taxa do mês. O menor foi o de Belém (-0,16%), com os alimentos apresentando queda de 0,79%.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador