Lucro trimestral do Bradesco é considerado o maior da história do setor

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O banco Bradesco encerrou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido contábil de R$ 3,443 bilhões, um crescimento de 11,8% com relação ao resultado do quarto trimestre de 2013 e de 18% sobre o mesmo período do ano passado. Segundo informações da consultoria Economática, trata-se do maior lucro da história do banco para o primeiro trimestre.

Os dados ficaram acima das expectativas dos analistas, muito por conta da queda da inadimplência e das despesas com pessoal controladas.

Segundo avaliação de Carlos Daltozo analista do BB Investimentos, “o banco voltou a iniciar a temporada de resultados do setor bancário com um resultado positivo”, com o chamado bottom line ligeiramente acima das estimativas, com destaque para a queda de 8,5% nas despesas operacionais; retração de 3,4% na avaliação trimestral nas despesas de PDD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa); e a melhora na qualidade da carteira de crédito, com o índice de inadimplência (NPL) recuando 10 bps trimestre a trimestre, entre outros dados.

O balanço mostra que a carteira de crédito expandida do banco atingiu R$ 432,297 bilhões, uma alta de 10,4% em relação ao mesmo período de 2013 e de 1,2% em relação ao último trimestre de 2013. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 132,652 bilhões (crescimento de 11,5% em relação a março de 2013), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 299,645 bilhões (crescimento de 9,9% em relação a março de 2013).

Por outro lado, houve uma retração de 13,6% nos financiamentos para veículos e altas de 25,2% na carteira de crédito consignado e de 36,5% nos empréstimos imobiliários ante março de 2013.

O nível de calotes do banco, ou seja, dívidas não pagas por mais de 90 dias, recuou nos últimos 12 meses, e fechou março em 3,4%. Em março do ano passado, esse índice estava em 4%. Apesar disso, as reservas para despesas com devedores subiram 0,2%, de R$ 21,359 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, para R$ 21,407 bilhões neste ano.

“A atual política de controle rigoroso dos custos segue sendo fortemente adotada, resultando em queda das despesas administrativas de 7,5% trimestre a trimestre. Outro indicativo da manutenção da política do banco foi a redução, mais uma vez, dos segmentos de maiores riscos da carteira de crédito”, dizem os analistas da Ativa Corretora.

Acompanhe outros dados divulgados pelo Bradesco

As receitas com prestação de serviços apuradas pelo Bradesco durante o primeiro trimestre foram de R$ 5,28 bilhões, alta de quase 15% sobre o primeiro trimestre do ano passado. Já as despesas administrativas e com pessoal subiram num ritmo bem inferior, com alta de 3,9%, ante o primeiro trimestre de 2013. No comparativo com os três últimos meses do ano passado, apresentou queda de 7,5%.

Já as despesas efetivas com os calotes caíram na mesma comparação, de R$ 3,109 bilhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 2,861 bilhões no 1º trimestre deste ano, uma queda de 8%.

Os Ativos Totais registraram um saldo de R$ 922,229 bilhões em março, crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2013, enquanto p retorno sobre os Ativos Totais Médios foi de 1,5%. Os Recursos Captados e Administrados somaram R$ 1,278 trilhão, um crescimento de 2,8% em relação ao registrado em março de 2013.

Aos acionistas foram pagos e provisionados, a título de Juros sobre o Capital Próprio, um total de R$ 1,212 bilhão referente ao primeiro trimestre de 2014, sendo R$ 248,712 milhões a título de mensais pagos e R$ 963,489 milhões provisionados.

“O Bradesco apresentou um bom resultado, com números consistentes, beneficiados pelas acertadas estratégias de controle rigoroso de custos e redução do risco da carteira”, diz o BB Investimentos. “Em 2014 o banco passará a colher os frutos dessas estratégias e ainda será beneficiado pelo aumento da taxa básica de juros, que já estão provocando um aumento do spread em praticamente todas as linhas, segundo os dados do Banco Central e, deveremos ver um crescimento mais acelerado da carteira de crédito ao longo do ano”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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