Maquiavel e o tsunami nacional

Um bom trabalho sobre “Maquiavel” no Estadão de hoje. Em “Herança de Maquivavel”, um conjunto de pensadores analisando “O Príncipe” e seu autor.

Importante, aliás, para se discutir um pouco mais o momento brasileiro presente e a questão da ética na política e, principalmente, da falta de rumo.

Escreve Renato Janine Ribeiro em um dos artigos de apoio:

“O interessante na distinção de Weber é que ele não opõe ética e política – mas descreve duas éticas. Ou seja, a política passa a ser uma ética. É talvez a primeira vez – desde Maquiavel – que a política se constitui explicitamente como uma ética, mas preservando seus traços próprios. Porque mesmo hoje em dia, quando se fala em ‘política ética’, tende-se a renegar suas características essenciais e a convertê-la em apêndice da religião cristã. Com Weber, não. O que era negativo na política – sua relativização dos valores morais, sua preocupação com os fins que, se não chegam a justificar os meios, pelo menos pesam tanto quanto estes – passa a ser visto como sua própria natureza”.

É um fenômeno que, sem o domínio da terminologia dos cientistas sociais, chamei aqui algumas vezes como a hipocrisia da política. É impossível governar sem essa hipocrisia. Mas tem que se ter o objetivo final a ser alcançado.

A rigor, podem-se dividir os participantes do jogo brasileiro atual em alguns grupos:

Donos do poder – aí se trata do poder econômico-financeiro moderno, os donos do grande capital, os gestores de fortunas, os bancos, banqueiros de investimentos e alguns grandes grupos nacionais, algumas vezes com interesses conflitantes entre si, e a mídia.

Poder acessório – no plano político, os coronéis políticos e parlamentares de baixo clero que se contentam com a pequena fisiologia, associados a homens da máquina pública. E também o sindicalismo.

Platéia – o público eleitor que precisa ser atendido a cada quatro anos.

A obra de arte política de FHC consistiu em tecer uma aliança feroz com o primeiro grupo. O segundo grupo, de pouca visão, foi atendido e cooptado com favores menores (perto das benesses do primeiro grupo). A maneira como cooptou o PMDB, através do Ex-Ministro dos Transportes Eliseu Padilha e Geddel Vieira de Lima, ou o PFL através dos eletrocratas é clássica. A própria Petrobrás foi loteada ao PFL através de Joel Rennó. E o esquema Furnas manteve-se impávido, prosseguindo no governo Lula.

Com Lula esse quadro persistiu, de forma meio atabalhoada no início, mais profissional no segundo governo. Foi criada a figura do “mensalão”, que é mais facilmente assimilável pelo leitor comum, mas é tão irrelevante quanto as “compras de votos” de FHC – na verdade, facilidades no repasse de recursos para governadores de alguns estados que se incumbiam de cooptar seus deputados. Os articuladores mais “modernos” do PT também se aproximaram desses banqueiros. Mas as denúncias ficaram na periferia das GDKs e outros episódios menores.

Mais uma vez: não se está fazendo julgamento moral, mas analisando as características de uma estratégia até certo ponto inevitável.

O ponto relevante é que há uma diferença de escala brutal entre os golpes aplicados no ambiente do primeiro grupo (mercado, grande capital) e do segundo. O que significa uma “garfada” em milhões de acionistas minoritários, sob a visão benevolente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)? O que significa o Banco Central ter fechado os olhos e até estimulado a saída caudalosa da grande poupança nacional através de doleiros e contas CC-5, e permitido que voltassem ao país na forma de fundos off-shore? O que significaram os grandes golpes corporativos, ou a aliança ostensiva de gestores de fundos com autoridades, em ambos os governos?

O que significa a aproximação de alguns desses gestores com a mídia, passando a se valer de algumas publicações em suas disputas comerciais? É nesse ambiente que as denúncias – muitas delas necessárias — passam a ser utilizadas como ferramentas comerciais ou políticas. Obviamente não são todos os grupos que entraram nele. A parte mais séria fechou os olhos, abrindo espaço para uma parcela inescrupulosa, que acabou comprometendo o setor como um todo.

Com o tempo esse jogo ficará mais claro.

Agora, com esse maquiavelismo às avessas, em que os meios garantem uma governabilidade sem fins claros, o país está em frangalhos. Os partidos tradicionais entraram em crise, desde os partidos hegemônicos (PT e PSDB), os caudatários (PFL-DEM e PMDB) até os partidos radicais, com militância no meio universitário.

As instituições estão em crise. O modelo político brasileiro esgotou, exige reformas, mas não têm quem possa conduzi-las, muito menos o próprio parlamento. O Executivo depende exclusivamente do carisma de Lula. Não há mais controle sob re o mercado; e a mídia anulou a capacidade de se auto-regular.

Enfim, todas as ferramentas clássicas do modelo democrático entraram em curto-circuito no país. É um tsunami como não se via desde os anos 20 que, aos poucos, vai engolindo também até as lideranças tradicionais legítimas.

Não há uma única âncora institucional disponível, como houve em 1964, quando havia um poder militar como alternativa de poder (sem entrar no mérito). A única âncora que se vê no momento é o carisma pessoal de Lula e um quadro econômico favorável ao primeiro grupo.

Nos próximos anos haverá um longo caminho para reconstrução nacional.

Luis Nassif

34 Comentários

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  1. Eu já formei a minha
    Eu já formei a minha convicção. Reformar o sistema político brasileiro não vai resolver. Se os políticos fossem éticos, qualquer sistema é bom. Mas como eles já entram legislando com espírito de porco, não haverá reforma que resolva isso, a não ser que seja via ao que é dito deste Sócrates e Confúcio: o que precisa é educação (apesar que muitos enchem a boca para dizer essa palavra mas não a definem).

  2. Veja isto, LN:
    ////A vida de
    Veja isto, LN:
    ////A vida de Rose, portanto, não foi um “mar de rosas”. Pelo contrário, ela teve que enfrentar, desde cedo, sérias doenças, além de uma gravíssima deficiência visual que não a impediu a aprender a ler. Mas Rose foi muito além: tornou-se uma escritora e uma editora de sucesso. E como ela conseguiu isto? “Mirei-me no exemplo de quem vive de salário mínimo e sobrevive … E eu sobrevivi, como eles, porque não vivi dentro do possível.” Rose sempre fez apostas no impossível… “E eu aos cinco anos, embora inconsciente e infantil, fiz uma aposta no impossível e aprendi a ler, apesar do médico da minha família ter dito, à minha mãe, que eu deveria deixar de ir à escola, pois não iria
    aprender a ler, em função de ser “cegueta”.////
    (Rose Marie Muraro: Memórias de uma mulher impossível
    Data: 17/09/2000
    Por: Ruth Joffily*

    O título da biografia de Rose Marie Muraro (“Memórias de uma mulher impossível”, editora Rosa dos Tempos) é chamativo e atraente.

    Tb. a entrevista em um belo momento na TV, ELA disse:
    ” O Brasil vive um momento espetacular. Acho ótimo que tudo seja colocado em pratos limpos. Nada de bom pode ser construído sobre bases podres, arruinadas, irreais.”

    Assim, uma mulher impossível, incrível, mostra-nos por umas e outras que após o caos, completada a escatologia, coisas boas sempre acontecem, depende do querer e acreditar….eu quero e acredito que para o Brasil é o melhor momento de tda. sua trajetória.
    Saudações cordiais.

  3. Sr. Luiz
    Não estaria a
    Sr. Luiz
    Não estaria a ancora na classe assalariada e pensionistas, através do crédito irrestrito para o consumo e assim conduzido até 2010.

  4. Nassif,não acho que as
    Nassif,não acho que as instituições estão em frangalhos,como você tenta mostrar; Tambem não é verdade que o país está buscando uma reconstrução total.O maquiavelismo ao contrário,citado pelo ilustre analista,tem um certo “ranço”de saudosismo,que nem dixa de ser citado,embora nas entrelinhas,e com desculpas antecipadas pela má lembrança do período miliatar,quando(conforme suas palavras)tínhamos “um rumo”O que acontece atualmente nas nossas desacreditadas instituições,é que após os “saudosos”tempos,onde havia comando e cumpria-se as órdens,senão…é que a redemocratização ainda não está totalmente implantada,e muitos daqueles que estavam ao lado dos militares,ainda estão no Congresso,defendendo os seus pares e a elite.Somente quando extiparmos este “câncer”que ainda manda no nosso parlamento,e atravez do voto,afastarmos daquela casa parlamentar,figuras esdrúxulas como ACM,Marco Maciel,Jader Barbalho,Jeferson Peres,Sarney,Maluf,Artur Virgílio,Agripino Maia,e colocarmos na direção da Cãmara e do Senado,pessoas com nova mentalidade e compromisso com a nação,começaremos a alçar vôos mais altos.Nomes há,e o que ocorre atualmente,é que estes nomes,ainda não conhecem o “sistema”e são comandados por aquelas “raposas”tão conhecidas,que já morreram,porem esqueceram-se de deitar,ou que esquecemos de enterra-las.Acredito que promessas como o nome do deputado federal Jose Eduardo Martins Cardoso,o do senador Aluísio Mercadante,o do Gov.Aécio Neves,o do tambem gov.Cabral,do R.J,o do atual ministro Fernando Haddad,o do deputado Ciro Gomes,são expressões ainda não exploradas,mas que têm capacidade,assim como ocorreu com o Pres.LULA,de angariar as simpatias e a confiança do povo brasileiro,para conduzir esta nação,para o seu devido lugar,no contêxto mundial.Claro que nem todas as pessoas,têm o carisma e a capacidade de passar incólume pelos obstáculos,como o LULA,mas que temos pessoas capazes de continuar este bom momento,isso temos.A nova safra que está entrando agora no Congresso,tem a responsabilidade de não se deixar levar pelos desencantos pregados pela imprensa,nem pelos saudosistas.Daqui não há mais retôrno,é só confiar e esperar,que a sociedade dará o respaldo necessário,para que esta nova geração de parlamentares cumpram o que se espera deles.Afinal esses 69 milhões de votos dados na reeleiçao ao Pres.LULA,foram o recado da maioria dos brasileiros,que alí estava depositando a esperança da reconstrução do nosso país,e isso está sendo feito,apesar das dificuldades,e as futuras gerações,certamente terão um país com dignidade,e governados por pessoas comprometidas com a maioria da população.Como não podemos reeleger outra vez o atual Presidente,apesar desta ser a vontade dos entrevistados(como bem demonstra esta pesquisa feita pela CNT/Sensus)temos que confiar na sucessão que certamente será conduzida pela atual gestão,para dar continuidade aos projetos iniciados nesta.

  5. Nassif, o quadro é favorável
    Nassif, o quadro é favorável à maioria dos segmentos econômicos. Apenas alguns estão com problemas por causa do câmbio. O que você vê como problema institucional, eu vejo como solução. O Brasil está vivendo um processo de limpeza nas instituições e por isso a enorme sujeira que se apresenta diariamente. Esses escândalos todos sempre existiram e ficaram escondidos, usados como moeda de troca entre grupos corruptores. Até a grande imprensa foi desmascarada para a maioria da população. Esse tsunami é muito bem-vindo e estamos depurando as nossas instituições. A âncora institucional é o Voto.

  6. Novamente dois
    Novamente dois comentários:

    1 – O lulismo é fenômeno totalmente deslocado do seu governo? Cito o aumento da renda; do crédito; do consumo da classe C?

    2 – Colocando tudo o que vc escreveu num liquidificador, eu chego a conclusão de que a mídia deixa muito a desejar no seu papel de separar o joio do trigo, o que é relevante e o que é secundário.

    O Roriz é mais importante que Cícero Lucena? A mônica é mais importante que o Nenê?
    O apagão aéreo é mais importante que as filas nos hospitais?

    Mas por outro lado, essa mídia não foi capaz de enfraquecer o carisma de Lula, apesar de tantas tentativas. Merval Pereira afirmou que a mídia não tem culpa de não ter conseguido derrubar Lula; será que ela tem culpa de não conseguir informar corretamente?

    3 – É bom lembra que boa parte do nosso atual cenário é consequencia de uma instituição que está cumprindo seu papel (a Polícia Federal) e de outra que não (o judiciário com sua lentidão).

    Veja o caso do Leomar Quintanilha. Ele não pode assumir um cargo no Conselho de Ética por conta de um suposto esquema de 1998. Até quando ele terá que conviver com essa pecha de investigado por não ser julgado?

  7. Creio que o pais já esta
    Creio que o pais já esta reconstruído politicamente.

    O fato de ACM e agora de Renan Calheiros mesmo com ampla maioria tanto no senado como nas comissóes internas e fora de um ambiente eleitoral não conseguirem passar por cima da instituições já são demosntrações da vitalidade da política no Brasil.

    O que ocorre é que a renovação política é lenta em função das eleições serem de quatro em quatro anos e mais lenta ainda no senado onde o mandato é de 8 anos. e mais aindo no setor jurídico.

    O Brasil poderia adotar o parlamentarismo onde a renovação em tempos de crises corre mais rapidamente, ha situações em que ocorre até 3 eleições gerais por ano.

    A bandeira da reforma política foi levantada pelas elites como forma de brecar o avanço do PT ou de forças políticas que visem a derrubada do poder do Capital,.

    Com a reeleição do Presidente Lula e a confirmação de que nem o PT e nem o Presidente Lula representam um risco para o Capital, a reforma política deixou de ser prioridade.

    Creio que partir da releição do Presidente Lula cada vez mais quadros do PT e do PSDB aumentarão seus espaços dentro das intituições sem o receio por parte da elite, adaptando as instituições para essa nova realidade de não haver nenhuma força política de peso disposta a destruir o poder do Capital.

    Creio que o que esta ocorrendo são apenas contradições entre o forma de fazer política dos novos partidos PT e PSDB com a velha oligarquia do PMDB e DEM.

    Creio que com a derrota da oligarquia rural e o fortalecimento do Mercado Interno no Brasil todas instiuições acabaram convergindo para essa nova forma de fazer polítca no Brasil representada pelo PT e PSDB.

  8. É a pura verdade este
    É a pura verdade este artigo.
    Sorte do Lula que tem os movimentos sociais no “bolso”.
    Mas Nassif, pelo menos a nossa liberdade de expressão continua intacta.
    Li um artigo do Pedro Simon na Folha pedindo alguma manifestação do povo contra esta bandidagem, o que na minha opinião é culpa do Lula.
    Se o artigo fosse escrito na Venezuela o Simon poderia ter sido preso.
    Falta nós brasileiros tomarmos vergonha na cara e irmos às ruas como o próprio Simon pediu.

  9. O DESGOVERNO E A HIPÓTESE DO
    O DESGOVERNO E A HIPÓTESE DO CAOS
    Paulo E Freitas

    A falta de exercício de autoridade delegada é comum no “governo” atual. Nenhum posto tem autoridade para agir e cumprir o papel de Estado de árbitro de conflitos ou de solucionador de problemas.

    A situação é tão grave que a maior demonstração de ausência de autoridades no aparelho de Estado é a desautorização pública porque passam Ministros. São exemplos: o Waldir Pires, o Saito, o Paulo Bernardo, o Tarso Genro, e assim vai. Bastou que cada um deles se colocasse como agente de Estado na condição de autoridade de ministro para que fosse rapidamente desautorizado. É notória a involução da organização política de Estado Democrático para organização tipicamente Tribal. Nessa, quem manda é o cacique; naquela, regras legitimamente estabelecidas. Vivemos um processo de desgoverno estatal.

    É t %!@$&@#em um desgoverno a ausência de interlocutores da sociedade com o Estado. Veja que, mesmo no governo ditatorial de Getúlio Vargas, foram criadas ou fortalecidas as organizações corporativas, de estrutura nacional e urbana, compatíveis com o fortalecimento do poder da União, que o Estado Novo propugnava em relação ao poder mais federativo existente desde a República Velha. Essas corporações cumpriram, entre outros, o papel de interlocução com o Estado. Alguém poderia evidenciar uma interlocução da sociedade hoje com o “Estado”?

    Não me venha com a resposta dos partidos políticos representados na Câmara de Deputados ou no Senado Federal, dado que hoje eles são extensões do Poder Executivo, cumpridores de ordem, negociadores de conveniência pessoal, medida pelo orçamento administrado etc. As exceções, de tão poucas, não mudam o cenário.

    Não fale da CUT, e de outras organizações de classes, porque se criou a grande novidade nesse segmento: o pelego de esquerda (?). Não fale das ONG’s, porque cada vez mais cooptadas para o silêncio. As exceções, de tão poucas, não mudam o cenário.

    Os interesses da sociedade não estão presentes em qualquer lugar do aparelho do Estado. Vivemos transitoriamente, espero, uma anomalia. Tudo é transformado em conveniência da política pessoal do cacique. Tudo mesmo, como evidencia até a compra, por um prato de comida, da consciência de famintos, eufemisticamente chamada de programa social.

    Todo político ou toda organização social, que se destaca de modo concorrente, é humilhado (dê exemplo de um sobrevivente, hoje). Nada pode ter brilho próprio. No plano político, a construção da hegemonia (o que inclui a cooptação dos críticos) leva o Estado a ser anti-Polítiko. Os agentes que ocupam posição de autoridade de Estado aquietam-se.

    O efeito desse desgoverno já se faz sentir, embora tímido se olharmos a gravidade da situação do ponto de vista da democracia. É a geração do caos, ato político que constrói o único caminho para alguém ser ouvido pelo Estado.

    Mais de seis meses não foram suficientes para se dispor a resolver os problemas dos aeroportos. Foi necessária a criação do caos aéreo. Dali para frente, o problema foi efetivamente posto na agenda do País. É claro que, na lógica do desgoverno, houve golpes e traição, até posteriormente a acordos.

    Houve acordo salarial com a Polícia Federal no ano passado, com efeitos em dois anos. Este ano, o acordo não foi cumprido. Dois momentos de greve foram necessários. O início de caos, com filas de pessoas indignadas em vários lugares em busca de passaporte, e um conjunto de operações “ameaçadoras de certa ordem” poderão levar a uma solução.

    Há a volta das manifestações dos sem-terra, por falta de cumprimento de promessas. Se houver caos, alguma solução ocorrerá.

    A geração do caos é uma conseqüência da estúpida concentração do poder decisório, na lógica de que não há autoridade delegada do Estado sendo exercida, mas vontade e conveniência do governante central.

    A ausência do exercício de autoridade delegada de Estado faz com que seus agentes sejam obrigados a levar para cima todas as decisões. Disso resulta que haverá decisões na conveniência pessoal (personificação e não Estado), ou não haverá decisões por excesso de demanda no funil para cima. O caos responde às duas circunstâncias: cria a conveniência de o problema ser resolvido, em face do desgaste político do governante (daí a relevância de a opinião pública ser tratada com atenção desde sempre), e a emergência, desobstruindo o caminho.

    Há desgoverno. Sem caos não há busca de solução, seja lá para o que for.

  10. Caro Nassif

    É incrível ver
    Caro Nassif

    É incrível ver renomados cientistas sociais vomitando catástrofes políticas no Brasil. Criando um clima de terror, supervalorizando as situações e tentando nos colocar num beco sem saída. Ora senhores, desde a Independência, todos os ciclos de poder e governo neste país têm sido marcados por essas crises éticas e morais, por corrupção, abuso de poder, etc, a maioria real e muitas forjadas, sempre por interesse de algum grupo na disputa do poder ( leia-se orçamento público!), na perspectiva “bem intencionada” de um golpe e tomada do poder a fim de finalmente “moralizar o Estado e construir a felicidade do povo brasileiro”. Chega disso senhores!…Precisamos de estabilidade política, faça sol, faça chuva ou chova canivete. Não há alternativa fora do Estado de Direito e da igualdade jurídica ( duas conquistas humanas irrenunciáveis, em qualquer contexto!). A República e a radicalidade democrática precisam se consolidarem no Brasil. A depuração histórica deve ser a nossa meta, pela escolha livre de todos os cidadãos, inclusive os patifes e os que se vendem pelas vantagens imediatas. Nenhum eleito brota aonde está. É escolhido e delegado pelo povo eleitor. Os eleitos espelham o país”, nem mais nem menos. Esse é o Brasil que temos. O Congresso é a nossa cara. Tá feia?..Ora, vamos em frente, quem sabe nas próximas eleições fazemos um cara melhor! Penso que hoje, apesar de tudo, temos menos de 300 picaretas, conforme disse tempos atrás o presidente Lula. Por fim, é ridículo da parte destes senhores, tentar colocar o PT e os movimentos sociais na vala comum dos lixos políticos brasileiros e dizer – Pasmem!- que o país se sustenta pelo “carisma de Lula” (sic!).

  11. *É um fenômeno que, sem o
    *É um fenômeno que, sem o domínio da terminologia dos cientistas sociais, chamei aqui algumas vezes como a hipocrisia da política. É impossível governar sem essa hipocrisia. Mas tem que se ter o objetivo final a ser alcançado*

    Deveria, Sr. Janine, se utilizar, sim, da terminologia da sociologia. Por que não o fez? Porque não sabe bem o que fala.
    Não só é possível, como deveria ser obrigatório, governar sem qualquer tipo de hipocrisia, como todo mundo civilizado faz. O objetivo a que o Sr. se refere deveria ser exatamente este. Antes de mais nada, acabar com a hipocrisia.
    Este texto do Sr. Janine é emblemático. Ele explica o caos em que nos encontramos. Não por seus argumentos, mas pelo texto em sí, pelos valores que expõe. Essa falta de caráter, de retidão em que mergulha a sociedade, a política, a imprensa é decorrente da falta de caráter daqueles que deveriam ensinar a sociedade. Dos professores, como o Sr. Janine, que apoiam todo tipo de baderna, todo tipo de criminoso, todo tipo de cafajeste. Não interessa ao Sr. Janine o ato em sí (e aí a falta de caráter e o excesso de relativismo moral), mas contra quem se comete tal ato. Uma invasão e depredação de uma Universidade Pública, por exemplo, se justifica se for contra um governador inimigo. Espancar uma doméstica não pode, mas apedrejar milhares de mulheres até a morte pode. Basta que os apedrejadores sejam lunáticos que falem mal de Bush. Todo sanguinário covarde passa a ser herói, desde que afirme ser Bush o demônio. E são esses os valores que se ensinam nas Universidades e que irão se propagar entre aqueles que deveriam ensinar nossas crianças: Esse vale tudo, essa hipocrisia aceitável de Janine.

  12. Nassif,

    Não sei se você leu
    Nassif,

    Não sei se você leu o artigo de FHC hoje, domingo, no Estadão. Ele atribui a situação de apatia geral, se é que se pode definir assim, vigente já há algum tempo no Brasil – e que se vai aprofundando – à culpa do povo, basicamente. Não com essas palavras, evidentemente, mas no fundo é o que ele pensa. Na verdade, o povo afastou-se dos assuntos e problemas do Brasil porque não adianta nada ficar ligado, esperançoso de que algo de bom vai ser resolvido. Nada acontece. Quer mais que o caso do mensalão, esses casos todos levantados pela Polícia Federal que resultam em nada, esses escândalos políticos no Senado (a grande maioria dos senadores tem casos na Justiça, como foi revelado e que não causa mais surpresa, nenhuma emoção), a corrupção nas obras públicas e tudo o mais. O povo não exerce liderança. Isto caberia aos políticos da oposição, hoje inexistente. Achei que seria melhor terem publicado uma poesia – talvez do Bruno Tolentino – no lugar do artigo do FHC.

  13. Tem razão o leitor Sérgio
    Tem razão o leitor Sérgio Rodrigues,abaixo,sobre termos o Congresso que merecemos,e que é a nossa cara,como tambem diria Macunaíma,se vivo fosse.Apesar da falta de qualidade da maioria dos nossos parlamentares,que estão em Brasília,pra representar seus financiadores e não suas bases,é com eles que teremos que conviver até o fim desta legislatura,e aí quem sabe,escolher coisa melhor.Graças a Deus,temos um Presidente que consegue comtemporizar as adversidades,e governar com esta “salada”de constituintes,que mais atrapalham que ajudam.A continuar neste rítmo,teremos muitas dificuldades para alcamçarmos a tão sonhada alavancada para o futuro,proposta e alicerçada pelo Pres.LULA, e ainda teremos muita dificuldade,para governar o país,sem ter que recorrer sempre a medidas provisórias,como hoje ocorre,por pura falta de consenço entre os poderes Executivo e Legislativo.Como bem lembra o leitor,é com o carisma insofismável do Pres.LULA,e com a determinação de cumprir as promessas de campanha,que o PT,irá “fazer a sua parte”

  14. O que o sociólogo FHC,quiz
    O que o sociólogo FHC,quiz dizer no Estadão,é que ele não entende o porque desta complacencia com os atos irregulares cometidos pelos políticos de hoje,e chama a isso de apatia,é o desconhecimento que estes mesmos desvios,sempre foram cometidos,só que antigamente,e até este governo,era tido como irrelevante,e era jogado para “debaixo do tapête”pois não havia compromisso com a apuração da verdade.Há muito este intelectual,que tudo faz,para não sair da mídia,apela veementemente para ataques sem fundamentos a um governo,que ao contrário do seu,está dando certo,e que está voltado para outra direção,que não aquela que dominou sua gestão.O seu partido agoniza,e ele como um dos baluartes dele,precisa “ladrar”para não ter que trocar de nome,como já fez outro partido que o manteve no poder,senão irá desaparecer dentro em breve,e isso foi constatado pela pesquisa que o seu partido encomendou à CNT/Sensus,que aponta para esta direção,caso eles não mudem os seus valores,que estão um pouco superados..

  15. Caro Mouro

    Tu já ouviste
    Caro Mouro

    Tu já ouviste falar dos Senhores Paolo Borselino e Geovani Falconi.

    ” Exemplos de virtudes e principios ”

    Depois deles, aquele País mudou muito.

  16. Excetuando a supervalorização
    Excetuando a supervalorização do câmbio, mais aguda que em outros países e muito relacionada à rapinagem da política de juros, Marco Vitis foi preciso. Esse tsunami é para ser comemorado e não lastimado. Ou preferes o hipócrita faz-de-conta que aqui sempre vigorou?

  17. Dá uma lidinha em “Mirabeau e
    Dá uma lidinha em “Mirabeau e outros ensaios”, de Ortega y Gasset, onde explica bem essas inevitabilidades a que está sujeito o governante.

  18. no vácuo político brasileiro
    no vácuo político brasileiro tudo parece se desmanchar no ar. como retomar a construção nacional interrompida? ainda faz sentido existir algum Brasil?

    pode ser que tenhamos perdido definitivamente o bonde da história, fadados a um inexorável processo de favelização, com perda da unidade nacional, e mesmo territorial.

    um país a serviço do tráfico. drogas, armas, órgãos, pessoas…

    um arquipélago desordenado de minúsculos guetos de luxo protegidos por segurança privada, cercados por imensas áreas populares controladas por milícias.

    entretanto, numa ligeira mudança de perspectiva, um horizonte se abre, se estendendo ao infinito.

    na década de 80 o futuro era dominar o conhecimento do que seria conhecido posteriormente como Tecnologia da Informação.

    hoje, o futuro está em descobrir como estabelecer relação cooperativa com o meio-ambiente, para gerar desenvolvimento sustentável e includente. quem dominar este conhecimento estará na liderança mundial nas próximas décadas.

    estamos destinados a ser a primeira biocivilização da história?

  19. Que Ortega y Gasset, coisa
    Que Ortega y Gasset, coisa nenhuma. O Philosofo Paulo Betti explicou que para fazer politica no Brasil é preciso meter a mão na #@(*&¨%$.

  20. Caro Nassif … primeiro,
    Caro Nassif … primeiro, senti muito não ter podido ir ao Clube do Choro na semana passada …
    Agora, quanto ao post – Maquiavel e o tsunami nacional – queria dizer algumas coisas …
    1. Sempre fico pensando se algum político realmente sério aceitaria disputar um cargo executivo se tivesse realmente noção das dificuldades que terá em exercer o poder. Veja: na hipótese de existir algum realmente sério, e com fôlego, apoio e musculatura política para realmente governar, com um projeto, já teria que colocar na plataforma de governo, uma séria reforma política. Porque aqui temos um presidencialismo híbrido com parlamentarismo. O presidente tem o poder de caneta, mas o Congresso aprova se houver o ‘toma lá-da-cá”. Então, parece-me, é um círculo vicioso … Se um presidente (como o FHC do primeiro mandato foi, em certo sentido (não há elogio, só constatação), ele exerce o conhecido rolo compressor e aprova o que quiser. O custo (político, com o Congresso é sempre alto, mas ele negocia e aprova). Foi assim no primeiro mandato do FHC. Aprovou as chamadas reformas ‘filosóficas’, e depois não aprovou as outras, nas quais os parlamentares sentiram que perderiam votos. Então cobraram mais, então o FHC pagou, e aprovou a reeleição, a aí consumiu seu primeiro mandato, entre perfumarias de efeito e apoio para aprovar a reeleição. Enfim, parece-me insolúvel … Temos 513 deputados, e poucos do ciclo do poder, muitos nem sabem o que estão fazendo lá … Então, aonde vai parar qualquer projeto de País, se houver? Em bezerras e fofocas de alcova, como estamos presenciando hoje … A mídia consome páginas e páginas sobre bezerras, gado bandido, pensão a ex-amantes … e assim vamos vivendo … Como se os leitores adorassem novelas da Globo, com o tempero extra que os protagonistas são os políticos que eles mesmo elegeram … E some-se a isso a fome do mercado (se está ganhando, ótimo! Eles acompanham a mídia para ver se ganham mais comprando tais ações, ou vendendo outras). Agora, por exemplo, se o Renan sair (acho que já deveria ter saído, mas a questão é outra …) o que muda, na essência? Se o Roriz não conseguir provar, o que muda? Onde está o projeto sério de País, de reformas sociais do bem (porque as que são postas não são exatamente do bem?) A questão central, acho eu, é que ninguém discute o que realmente poderia ajudar a mudar o País, a Imprensa dá muito espaço para as microquestões de corrupção que envolvem os nomes conhecidos, mas pensar em projeto sério, a médio e longo prazo, nada se vê … Tudo isso me dá uma sensação de desânimo, parecida com a do príncipe de Salinas do Lampedusa … Todos entregam os anéis para não perder os dedos … E não se vislumbra nada que realmente possa fazer alguma diferença … Triste e desalentador … Pelo menos ainda respiro ar fresco aqui, no seu blog …

  21. É minha convicção pessoal de
    É minha convicção pessoal de que o tsunami é justamente decorrência da grande política dos “donos do poder”. A seqüência de humilhação do congresso (anos e anos debatendo malditas reformas constituicionais que nunca levaram a nada), humilhação dos governos estaduais pela lei de responsabilidade fiscal, obrigando os governadores a brigarem por migalhas ao mesmo tempo em que dezenas, senão centenas, de bilhões eram redistribuídas entre o grande capital, aliada à doutrinação da mídia, não poderia ter dado em outra coisa. As cenas patéticas das votações no congresso são uma ofensa tão grande a qualquer noção de poder, que era difícil crer que qualquer poder de fato resistisse aquilo. Parece que está mudando: aos poucos os governadores percebem que ainda são participantes políticos ativos e relativamente autônomos, o ritmo do congresso volta à normalidade… vejo com melhores olhos o futuro. Ademais há amplo espaço político deixado neste vácuo: propor-se-ão novos nomes, novas idéias, novas convicções ao próximo congresso? Eu, se tivesse as habilidades da política, estaria tentado. Acredito que outros, mas habilidosos, também estejam. Resta esperar.
    Ruben

  22. Sobre a * Teoria do Terço*,
    Sobre a * Teoria do Terço*, Eu que batizei assim a idéia do HJ.

    HJ – Essa é uma questão complicada. Não há solução para o país caso se prolongue essa dicotomia entre dois terços de um Brasil ignorante e um terço de um Brasil educado. Esse um terço representa 60 milhões de pessoas, uma massa crítica maior do que toda a população de Argentina, Uruguai e Paraguai somados. Mas, na hora da política, os dois terços, com seu primarismo e sua ignorância, liquidam tudo. Um projeto de neodesenvolvimentismo tem de ter como meta prioritária a incorporação desses setores em níveis educacionais aceitáveis.

  23. quem é o Brasil? o que quer o
    quem é o Brasil? o que quer o Brasil?

    o Brasil somos nós. o que nós queremos.

    como Madame Bovary estamos condenados a vida medíocre e provinciana de um Estado periférico? nossas aspirações de grandeza e desenvolvimento não passam de sonhos românticos?

    desejamos um destino para o qual nos faltam condições objetivas? o que precisamos para mudar de vida? nos bastam nossos próprios recursos? a mesma realidade que nos oprime também nos mostra o caminho de saída?

    na ânsia de viver nossos sonhos, apenas nos frustramos com o desânimo e a decadência.

    a cada vez que o processo histórico desemboca numa crise, impondo a necessidade de mudanças, se restabelece no Brasil um acordo de cúpula, pactuado pelas elites, e a mudança se reduz a um rearranjo que tudo muda para que nada fique diferente.

    desta vez não há mais âncoras institucionais disponíveis. o país vaga ao sabor dos escombros.

    países também se suicidam?

    haverá outro caminho para o Brasil? ou permaneceremos reféns do carisma e popularidade de Lula…

    é possível se captar a silenciosa movimentação social que marca o inicio de novos tempos? qual o exato início da mudança? o momento em que os velhos personagens se debatem ao serem todos tragados pela escuridão…

    talvez a época dos lobos e dos chacais esteja chegando ao fim. e nossa exasperante tradição de mudanças lentas, seguras e graduais se aproxime vertiginosamente do ponto de ruptura.

  24. Nassif, o professor Orlando
    Nassif, o professor Orlando ja dizia: “Quanto mais as coisas mudam, mas elas ficam iguais”. Quer tirar o grupo dominante do poder? Se alie a outro grupo.

  25. Felício,

    pode ser que esta
    Felício,

    pode ser que esta terra ainda cumpra seu ideal. e quando as commodities agro-energéticas entrarem prá valer no mercado, teremos a verdadeira apoteose, com o carro-chefe “Dutch Disease”.

    concordo que tem muito boi dormindo, enquanto os gênios trabalham e a caixinha prossegue titintando.

    se eu pudesse pedir alguma coisa para Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas terras de serra acima, onde se faz o açúcar; porque a cultura da cana tem sido muito prejudicial aos povos:

    – porque tem abandonado ou diminuído a cultura do milho e feijão, e estes gêneros têm encarecido.

    – porque tem introduzido muita escravatura.

    – porque tem devastado as belas matas.

    – porque diminuiria a feitura da cachaça que tão prejudicial é do moral e físico dos moradores do campo.

    abraços

  26. É por isso que 2010 será tão
    É por isso que 2010 será tão interessante.

    Nos últimos 20 anos Lula foi a única constante nas disputas presidenciais.
    As campanhas sempre eram “Alguém” versus Lula.

    Em 2010 não haverá isso, e poderemos ter dois candidatos com apoio de Lula, o que eliminaria este ‘apoio’ como fator de impacto as eleições. Aliás, mesmo com um único candidato, no Brasil ninguém transfere voto.

    Além disso, o esquema partidário com o qual estamos acabou-se.

    O PT separou-se do Lula e vai diminuir (ou virar um novo PMDB – o que dá na mesma).

    O PMDB já acabou e não sabe.

    O DEMo deixou de ser PFL e a nova marca está fadada ao fracasso. Só tem algum espaço no Distrito Federal por peculiaridades da política local (Arruda era do PSDB até pouco tempo).

    O PSDB é rejeitado fortemente, exceto pela classe média de São Paulo.

    Nos próximos anos, apenas o carisma fará política no Brasil.

    O que é triste, pois não teremos planejamento estratégico.

    O país seguirá sem metas, e o modelo do DEMo, de fazer pesquisa de opinião para saber o que o “povo quer ouvir” ditará os “projetos” (indignos desse nome) dos governos-fenômenos-de-marketing que teremos na próxima década.

    Mas, quem sabe, a Venezuela não nos invade????

  27. Nassif, o presidente Lula
    Nassif, o presidente Lula faria um grande favor a todos nos se le-se e pusesse em pratica os ensinamentos de Maquiavel.
    Especialmente dois capitulos: “Como evitar ser menosprezado” e “Como ser admirado”.
    Para que ele evite ser menosprezado, ele deveria evitar os seguintes defeitos: voluvel, leviano, efeminado, pusilanime e irresoluto. Como se ve vai ser dificil.

    Para ser admirado, ele precisa de 3 coisas: realizar grandes obras, dar de si raros exemplos e ser verdadeiramente amigo ou inimigo. Vai ser mais dificil ainda.

  28. Concordo totalmente com o
    Concordo totalmente com o Marco Vitis. É fundamental a depuração dessas práticas. Melhor que ficar escondido, como sempre esteve.
    Acrescentaria apenas que, neste processo, seria muito importante o papel de uma grande mídia mais plural. Como não temos isto (ou temos de forma muitíssimo restrita), a tendência é de que tenhamos mais percalços no caminho do que teríamos se a mídia de fato discutisse mais o país.

  29. Simplificando, o que se passa
    Simplificando, o que se passa na cabeça de um político brasileiro…em qualquer instância de poder. (raríssimas exceções)

    1) Dinheiro público não tem dono.
    2) Só é ladrão, aquele que é pego.
    3) Vergonhoso é roubar e não conseguir levar.
    4) Achado não é roubado.
    5) Faço o diabo mas não perco esta boquinha.

    E a “democracia”, como fica? E os três poderes que se auto regulam?

    O executivo legisla, o legislativo julga e o judiciario executa…E fazem muito pouco ou nada do que deveriam em realidade.

    E o povo? Ignorante, doente, desassistido e por isso facilmente enganado e iludido…principalmente na epoca das eleições…

    Quantos querem, ou pelo menos tem coragem para tentar mudar isso?

    Esse político ainda não nasceu…não aqui no Brasil.

  30. Que coisa boa a partir dai
    Que coisa boa a partir dai reconstruiremos tudo .Porque se algum dia esse pais tivesse tido responsaveis de porte em tese seriamos uma grande naçao.

  31. luis não leio grandes nomes
    luis não leio grandes nomes da economia e coisas do tipo, mas de moleque(anos 70) e gosto de economia e adorava o crítica e autocrítica-lembra-se.
    pois bem quando é que voces vão observar que um dos fatores do não crescimento do pais a níveis de no mínimo 5% esta no transporte baseado em rodovias(igual ao americano). que a ferrovia é mais barata para construir, manter e transporta mais por meno combustível. Voce deve saber que na época da construção de brasília derão um tiro nas ferrovias para favorecer as industrias automobilística que aqui se instalavam e hoje um caminhão de côco custa r$500,00, mais 4.000 de frete para chegar em são paulo, por este preço traria-se um vagão. o lucro que poderia ficar para o produtor fica no transporte e não sobra para insvestir.
    homem vocé é importante pela sua posição, analise este efeito na economia e faça sua parte na historia.

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