Média dos juros para operações de crédito atinge 21,1% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Considerando as operações com recursos livres e direcionados, a taxa média dos juros das operações de crédito do sistema financeiro chegou a 21,1% no mês de março, o que representa elevações de 0,1 ponto percentual (p.p) no mês e de 2,6 pontos em doze meses, de acordo com o Banco Central.

A taxa média nas operações com recursos livres (em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) alcançou 31,6%, após altas de 0,1 p.p. no mês e 5,6 p.p. em doze meses, enquanto, no crédito direcionado, a taxa média atingiu 8%, ao elevar-se 0,4 p.p. e 0,7 p.p. nas mesmas bases de comparação.

Nos empréstimos a pessoas físicas, o custo médio situou-se em 27,7% em março, com altas de 0,3 p.p. no mês e 3,2 p.p. em doze meses. Nas operações com recursos livres, a taxa média atingiu 41,6%, apresentando elevação de 0,2 p.p. no mês, enquanto, no segmento de recursos direcionados, a taxa média de juros subiu 0,8 p.p. no mês, ao alcançar 8%, refletindo a alta de 1 p.p. nos financiamentos imobiliários.

As taxas de juros do cheque especial e do leasing (arrendamento mercantil) para a compra de carro foram as que mais subiram para as famílias, em março. A taxa do cheque especial chegou a 159,3% ao ano, com alta de 2,7 pontos percentuais em relação a fevereiro. Em 12 meses encerrados em março, essa taxa já subiu 21,4 pontos percentuais. Já a taxa do leasing de carros subiu 3,3 pontos percentual e ficou em 18,1% ao ano, em março. Já a taxa do financiamento de veículos caiu 0,4 ponto percentual, de fevereiro para março, quando ficou em 23,5% ao ano.

No caso do crédito pessoal, houve redução de 1,2 ponto percentual, de fevereiro para março, quando ficou em 94,1% ao ano. O crédito consignado apresentou taxa de 25,3% ao ano, alta de 0,2 ponto percentual. A taxa do crédito renegociado subiu 0,6 ponto percentual e alcançou 40% ao ano.

No segmento de pessoas jurídicas, a taxa média de juros manteve-se em 16%, assinalando alta de 2 p.p. em doze meses. O custo médio nas operações com recursos livres e direcionados situou-se, respectivamente, em 23,1% e 8%, mantendo-se estável no primeiro segmento e registrando elevação mensal de 0,1 ponto no segundo.

O spread bancário referente às operações com recursos livres e direcionados permaneceu estável em 12,3 pontos percentuais, registrando alta de 0,6 p.p. em doze meses. Os spreads nos segmentos de pessoas físicas e jurídicas situaram-se em 18,2 p.p. e 7,7 p.p., nessa ordem. No âmbito das operações com recursos livres, o spread atingiu 19,8 p.p., aumento de 0,1 p.p., enquanto, nas operações com recursos direcionados, manteve-se em 2,9 p.p.

A inadimplência do sistema financeiro, que corresponde às operações com atrasos superiores a noventa dias, manteve-se, pelo quarto mês consecutivo, no patamar de 3%, menor nível da série histórica iniciada em março de 2011, refletindo os índices de 4,4% (alta de 0,1 ponto no mês) e 1,9% (estabilidade no mês) nas operações com pessoas físicas e jurídicas, respectivamente.

No segmento de recursos livres, o nível de atrasos manteve-se em 4,8%, registrando, na ordem, taxas de 6,5% e 3,3% nos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. No âmbito das operações com recursos direcionados, o indicador permaneceu em 1%, refletindo as inadimplências respectivas de 1,8% e 0,5%, nos créditos às famílias e às empresas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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