Os mitos fundadores

Atualizado

Por Helô

Vejam que beleza Saramago escreveu sobre Obama:

Donde?

por José Samarago

Donde saiu este homem? Não peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família. Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito. Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida. Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vão vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons: “Eu também, eu também.” Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razões (as razões) para que não nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados. No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível. Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito. Talvez a ocasião seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira. Para começar.

http://caderno.josesaramago.org/2009/01/20/donde/

Por Renato

Sobre “recuperar velhos valores ancestrais”… Eu acho que isso é um dos principais componentes que explica o sucesso norte-americano como nação: a existência de um mito fundador. Os “founding fathers” representam homens feitos apenas de virtudes, com valores a serem venerados e seguidos independentemente dos tempos. Sempre que a sociedade norte-americana se desvia, há alguém para invocar essa memória mítica em nome da democracia, da liberdade e da justiça.

Não creio que em qualquer lugar do mundo exista um mito fundador tão forte, capaz de agregar a nação em torno de ideais comuns. Veja a reverência com que os norte-americanos tratam os seus fundadores e a chacota que nós brasileiros fazemos de D. João VI, Carlota Joaquina, D. Pedro I, Marechal Deodoro…

De docontra

A França e a Inglaterra tem mitos fundadores à altura, ou maiores, do que os dos EUA. Apesar de ter importância pelo seu pioneirismo, a Revolução Americana não teve a abrangência nem a profundidade das Revoluções Industrial e Francesa. Em comparação com as outras, o seu grau de ruptura social e a sua influência em outros países foi bem menor.

Sobre não termos mitos fundadores, também discordo. Temos os nossos. São mais relacionados com a expansão, união do nosso território, cultura e civilização. Poucos países no mundo juntaram ou fundiram tantas raças e regiões diferentes num território tão extenso. Contam-se nos dedos de uma mão!

Somos um povo novo, diferente da civilização ocidental-européia, que os EUA fazem parte. Nós definitivamente não fazemos. Apesar de algumas semelhanças, que ficaram mais fortes com a globalização.

Uma coisa que temos que colocar na cabeça é que o fato de não termos mitos fundadores fortes como os EUA, França e Inglaterra, não nos faz menores no presente. Os EUA foram pioneiros, pois estavam conectados comercialmente e culturalmente as potencias centrais! As idéias liberais radicais da Inglaterra e políticas, também radicais, da França foram o fermento da Revolução Americana. Nós não tivemos essa chance história por uma série de fatores. Estávamos conectados a uma parte da Europa que não era central. Nem os ideais de vanguarda e nem a imigração de Portugal foram fortes o suficiente. No entanto, chegamos a ter um ensaio revolucionário quando tivemos um pouco mais de dinheiro na época do Ouro em Minas. Nosso comercio com o mundo aumento, a imigração de Portugal aumentou e as idéias circularam, mas não foi suficiente. Não havia conexão com o povo.

Finalmente, outros países, mais centrais que o Brasil, também não possuem mitos fundadores fortes, em termos democráticos, constitucionais e rebublicanos. Potências ou ex-potências centrais como Alemanha, Itália e Rússia não tem tradição democrática ou mesmo mitos fundadores comparáveis aos dos EUA. Logo, porque ter vergonha do Brasil? Que ainda estava num procesos de formação bem dolorido? Que adotou a república tardiamente e que teve breves períodos de democracia?

O fato de termos saído muito atrás (em termos de progresso econômico e ideológico) de EUA, França e Inglaterra, e até da Alemanha, não nos faz perdedores eternos. Temos muito trabalho a fazer….recuperar o tempo perdido. A história das nações é construída no presente

Por altamiro

Concordo com o renato de que essas sao virtudes norte-americanas, mas elas sao posteriores ah independencia…

Temos as mesmas virtudes, eh so busca-las na historia, nos eh que temos de construi-las com o tempo…Buscar nossos mitos em governantes que nos colonizaram nao eh o caminho…

Temos o nosso proprio jeito de ser…Pensadores como celso furtado, sergio buarque – da tese da dubia cordialidade brasileira – caio prado junior, faoro, etc…Essas virtudes podem ser dubias , como os pactos politicos da independencia e republica, mas que muda com a revoluca de 30, que comecou a apear os coroneis do poder, a elite latifundiaria dita cruel (alias bem representada ainda….)

O Saramago pergunta de onde veio obama e poderia ter respondido: das lutas dos movimentos sociais, mas saramago eh da geracao marxista pre-muro de berlin e a europa nao teve pelo que sei esses movimentos sociais tao profundos a nao ser em 68, que no braisl misturou-se com a ditadura…Nos EUA, Luther King resultou em obama…Em 78, o abc virou lula…

Na verdade a direita europeia fortaleceu-se depois da queda do muro de berlin e nao teve a opcao que tivemos…Talvez isso explique ate as transformacoes por que passam os paises da america latina e eles se afundem em crises bem mais preocupantes pelo menos por enquanto…

A expressao um novo mundo eh possivel vem dos movimentos sociais, no forum social mundial realizado em porto alegre…

Saramago bebe nas mesmas fontes, obrigado Saramago…

Deveriamos, como ele e obama, defender a ideia que comeca a ser valorizada de que podemos ser exemplos para o mundo, a tradicao da luta pela paz, os movimentos sociais… So a direita eh quem critica estas posicoes e demoniza os movimentos sociais.

O que calou fundo tambem ontem foi a saida do dick cheeney de cadeira de rodas, um simbolo do terror que se vai, tipo doutor strangelove que num bunker promovia a guerra a torto e a direito..

Luis Nassif

92 Comentários

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  1. LN,
    Outra boa do “manso”
    LN,
    Outra boa do “manso” Marcelo Coelho, na FSP de hoje.

    Um craque! E parece que leu aqui os comentários sobre a diferença entre os mansos firmes e os que tentam se mostrar “durões” para esconder a fragilidade.

  2. Realmente Obama foi muito
    Realmente Obama foi muito feliz em falar de principios, valores e indiretamente caráter. Os USA e seus agentes empresarias precisam muito disso prá não afundar ainda mais o país e o resto do planeta. Tudo o mais era secundário: economia, desemprego, saude …

  3. Nassif, quero confessar que
    Nassif, quero confessar que nunca fui e não sou fã do povo americano,por achá-los prepotentes,arrogantes,colonianistas e todos os “tentes e itas” existentes para mostrar a antipátia de um povo,mas,durante os festejos barakianos,fiquei com inveja deles.Se nós brasileiros amassemos o nosso país como eles amam o deles,o Brasil seria melhor.Enquanto eles enfrentam uma crise braba de cabeça erquida,aqui nós temos uma tropa de torce e distorce para que o mal cheque à nossa casa,só para poderem dizer:Não falei que ia acontecer?

  4. Renato:

    Vc
    Renato:

    Vc estava indo tão bem…

    Dá pra excluir o último parágrafo?Ou pelo menos parte dele?

    D. João VI, Carlota Joaquina…..

    Não comento sobre aves.

    Frango e galinha é assunto pra avicultor.

    E olha, tenho munição suficiente,pra argumentar porque ambos vieram para o Brasil.Não foi por idealismo de formar um país.

    ELES FUGIRAM MESMO.

    E exploraram nossas riquezas pra entregar pros seus devedores.

    Um tremendo atraso pro Brasil.Se nós tivéssemos sido colonizados pelos credores deles( sem intermediação), não estariamos no terceiro mundo.

    Uma tremenda falta de sorte.

    Em todo o resto que escreveu,assino embaixo.

    Abraços!

  5. Cara Waleria,
    Acredito que
    Cara Waleria,
    Acredito que vc deva dar uma olhada melhor na nossa História. Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana, Balaiada, Sabinada, Guerra do Contestado, Canudos, a guerra da Independencia na Bahia (por sinal, alguém aqui lembra qual local do Brasil tem três datas de Independência?)…
    Não temos um Simon Bolivar, um San Martí, talvez, mas D. Pedro I, em Portugal D. Pedro IV, lá foi chamado de Restaurador.
    Vc toma como “heróis” personagens da elite dominante, e esquece Frei Caneca, Maria Quitéria, Joaquim Nabuco, menos cotados talvez que Tiradentes e Zumbi, mas não menos importantes. Como disse Brecht uma vez, pobre o país que precisa de heróis…
    Lula não nasceu da lama não. Nasceu de um movimento político sério e consequente, da reorganização da sociedade civil no final da ditadura militar. Claro que temos um grande caminho ainda pra percorrer. Claro que alguns “colegas” (inclusive tucanos) se perderam no meio do caminho.
    Mas essa atitude de considerar o povo brasileiro como um povo servil é jogada de propaganda da direita, que sempre quis esmagar a resistência.

  6. “Emblemático”
    O que o
    “Emblemático”
    O que o Saramago quiz perguntar,e o que o leitor Renato tentou dizer,é que numa sociedade tão corrompida pelos valores ora colocados em ação,é importante que este novo líder tenha em mente que o seu país tem uma importancia grande demais,para deixar-se abalar pela má condução da sua economia,que afeta direta e indiretamente a toda a comunidae internacional.
    O que se viu ontem durante a cerimonia de posse do Pres.Obama,quando até a “fria e calculista”New York, dita independente economicamente de Wasington,foi uma parada para reflexão,coisa há muito esqueida em boa parte do mundo e principalmente naquela cidade,que é o coração da comunidade financeira internacional.
    Há que se acreditar que o “yes we can”que a maioria da população norte-americana repetiu exaustivamente,vai repicar nas tomadas de decisões desta nova administração,que ao que tudo indica,vai rever os valores até então praticados por quem deveria ditar a órdem mundial,e que por culpa de alguns burocratas pouco ou nada comprometidos com a maioria absoluta de contemporaneos,deixou a coisa desandar e chegar a níveis um tanto quanto preocupantes.

  7. Obama e Collor (EUA e
    Obama e Collor (EUA e Brasil)

    Confesso que desde que comecei a ouvir falar do Obama, fiquei muito receoso de que ele fosse o Collor deles, numa espécie de efeito Orloff.
    A sede de mudanças e um discurso bem colocado às vezes induzem a este tipo de aparecimento de falsos líderes.
    Após acompanhar o processo eleitoral e ver seu discurso de posse ontem, já não tenho a mesma impressão. Alguns pontos interessantes do Obama:
    – conceitos são muito importantes na formulação de políticas. Obama os tem. Antes de tratar de um assunto em particular, ele expõe o princípio que deve nortear a discussão;(Collor tinha só fins)
    – Obama compartilha suas idéias. Pela internet ou pela imprensa, ele recebe sugestões, compila as propostas e as apresenta com um discurso mais claro e coerente.
    – o discurso do presidente americano não é de ódio ou rompimento com o passado. É de consertar, não repetir os erros mas de entender também o porquê de terem sido cometidos;
    – teoricamente, escolheu bons auxiliares para ajudá-lo, sem receio de ter sombras competentes em seu governo.

    Contudo, ainda resta uma dúvida: pensar é sempre mais fácil que fazer.
    Terá ele a capacidade de executar suas idéias de forma eficiente? Conseguirá impor os princípios aos grandes lobbys?
    Sua popularidade indica que ele tem condições de fazê-lo, Collor talvez tivesse também, mas abandonou um outro conceito importante, o da credibilidade.

    Se fechar Guantánamo, abrir negociações com Cuba, sair do Iraque e do Afeganistão e reduzir a carga tributária permitindo que os consumidores americanos possam pagar suas hipotecas e voltarem a consumir terá obtido a credibilidade para negociar outras coisas com o resto do mundo.

  8. Prefiro esperar. Por que
    Prefiro esperar. Por que alguém escreveria a autobiografia com menos de cinqüenta anos? Vou acreditar quando ele desativar as centenas de bases americanas espalhadas pelo mundo. Este discurso de que “estamos prontos pra liderar novamente…”. Guatemala, Honduras, Panamá, Porto Rico, Haiti, etc, também são América. Sei não. Contudo, também é verdade que ele tem que contemplar muitos e díspares interesses. Negociar muito. Vamos ver, vamos esperar e rezar pra que seja de fato um sujeito diferente.

  9. Renato

    Acho essa a diferença
    Renato

    Acho essa a diferença fundamental entre Obama e Lula por exemplo.
    Mesmo a diferença entre Lula e Chavez e Morales.

    Obama tem UM PASSADO EM QUE SE LASTREAR.

    Um passado que formou uma nação, um passado de coragem e de lutas, de luta para desbravar a terra, de luta para se tornar independente, de lutas para fundar uma nação.

    Mesmo Chavez tem esse passado.

    De lutas de Bolivar, por uma América Espanhola unida, e um passado de povos indpigenas autonomos e poderosos no passado.

    Evo tem o passado – e o presente – da Bolívia de Bolívar e dos indios dos Andes – toda uma cultura milenar de resistencia e de luta.

    E Lula, que história tem por detrás?
    COMEMORAMOS O DIA QUE FOMOS INVADIDOS, COLONIZADOS, EXPLORADOS, EXPOLIADOS, ASSASSINADOS, DIZIMADOS… por portugueses estúpidos e vis que nos “descobriram”.

    Temos uma história indigna de vassalos, de estultos, de pusilanimes.
    Nossa independencia, foi fajuta, dada pelo opressor – não lutamos por ela.
    Nossa democracia foi fajuta, não lutamos por uma republica – ela foi fruto de um golpe militar em surdina por meia duzia de oportunistas.
    Nossa libertação da escravatura foi por decreto, por esmola de uma monarca – não foi conquistada a faca.

    Não temos heróis.
    Tiradentes – quem se lembra dele?
    Zumbi, quem comemora?

    Que heróis temos?
    Marechais e generais da banda, que massacraram o povo guarani no Paraguai, um genocídio?

    Onde estão os PAIS DA PÁTRIA?

    Obama tem essa base sólida, de lutas e de uma vontade inabalável pela dignidade.
    Chavez tem a sua, e Morales a dele.
    E Lula?

    O Brasil é um pântano de covardes – sempre foi.
    E de oportunistas canalhas – como vemos hoje.
    De mendes, dantas,…. de congressistas ineptos… vejam nosso congresso, nossas camaras de ereadores… uns pusilanimes, uns boçais… o mesmo se pode dizer de nosso “supremo”… e de nosso BC…

    Pobre Lula.
    É difícil sair da lama.

    Qual a diferença entre sua avaliação do Brasil e dos colunistas trogloditas da mídia? Nenhuma, a não ser o fato de eles considerarem Lula fruto dessa caricatura de país, e você considerá-lo uma vítima. Mas a caricatura de vocês é a mesma.

  10. De minha parte vou esperar
    De minha parte vou esperar mais um pouco para fazer tantos elogios. Discurso é pouco. Nada mais fácil para o ser humano do que falar, basta abrir a boca. Vamos ver se o secretario de defesa do Bush, que agora virou cão de guarda do Obama se emocionou com as palavras e se tornou pacifista. Vamos ver se os americanos no Afeganistão, para onde o Obama vai enviar as tropas, vão ser mais delicados. Vamos ver se os EUA irão deixar de apoiar Israel nas suas agressões aos árabes. Alias o mundo anda tão conturbado que não vai demorar muito para podermos comparar palavras com atos. E claro que torço para que o Obama faça tudo que diz. O mundo seria bem melhor.

  11. Caro Renato,

    Quem faz a
    Caro Renato,

    Quem faz a chacota é a própria classe dominante brasileira. Se você analisar com clareza o mito fundador dos EUA, verá que o pano de fundo é a emancipação como processo revolucionário conduzido pela burguesia, dentro da consigna iluminista “liberté, egalité, fraternité”. No Brasil, a Independência foi uma, entre muitas, transições pelo alto, comandadas e executadas dentro dos limites traçados pela classe dominante. A emancipação, neste processo, é um ato puramente formal, expressão de vontade do príncipe. Não nos emancipamos: o Brasil compra a sua Independência adquirindo dívida de Portugal junto às casas bancárias inglesas. Este processo não admite mitificação. Os “heróis” nacionais não podem surgir: são republicanos, encontram-se longe demais dos palácios e demasiadamente próximos das classes subalternas. O que você conhece, por exemplo, da Confederação do Equador?

  12. Luis , engraçado como os
    Luis , engraçado como os valores são elásticos,tenho certeza que aqui no Brasil certamente tem mais de “mil” Obamas, pessoas inteligentes ,centradas,conhecedoras dos problemas do Brasil,dispostas a colaborar para a diminuiçao do abismo entre as classes sociais no Brasi.A diferença é que aqui na terra pátria,os “politicos de carreira”não deixam que pessoas desse calibre se sobressaiam,matando -os no nascedouro.abraços

  13. Por certo, não saiu de
    Por certo, não saiu de Garanhuns,tampouco ,foi retirante fugido da seca,menos, ainda, operário metalúrgico. Negro, mestiço,Obama,tem suas origens na elite branca americana,educou-se em Harvard,fez carreira política a partir do congresso . Não carrega ,atávicamente,as cicatrizes do açoite,imposta pelos brancos dominadores. Preservou-se e foi preservado,das humilhações impostas à geração que lhe precedeu,pelas vilegiaturas familiares e pela década em que se desenvolveu sua adolescência. Contudo,lá , como aqui, ” A esperança venceu o medo”. “Copyright by Lula”.

  14. Renato

    Completando.

    João VI
    Renato

    Completando.

    João VI era português, opressor, um poder colonial que nos explorou. Só na Globo ele se abrasileirou.

    Carlota Joaquina, luzitana e espanhola. Opressora, que nos odiava.

    Pedro I um português oportunista que se serviu da colonia, e depois foi governar Portugal.

    Marechal Deodoro esse era brasileiro – um GENOCIDA. Ele fez do Paraguai e das crianças paraguaias uma faixa de Gaza. Um covarde.

    Seus exemplos são uma pequena amostra de nossa pusilanimidade.

    Nossos pais, são ou portugueses ou celerados. E nossos poucos heróis, não devem ser heróis para você.

    O PANTANO SOCIAL, HISTÓRICO E IDEOLÓGICO BRASILEIRO – é servil, é inepto, é vassalo – e por isso somos bananas – porque não temos uma base, temos um pântano como base.

    Lula é a flor que nasce da lama. Nós somos a lama.
    Nossa lama sufoca a flor.

    Obama tem a sorte – como Morales e Chavez de não sair da lama – mas da luta.

    Pobre Lula.
    Pobre povo brasileiro, emasculado em sua vassalidade existencial e ideológica eterna.

    NESSE SENTIDOS ESTAMOS DORMINDO ETERNAMENTE.

    Já passou da hora de acordarmos.

  15. Se invertermos a equação,ao
    Se invertermos a equação,ao invés de fazermos chacota com nossas figuras públicas,chegaremos á conclusão que eles,figuras publicas, incluindo ai os Reis de Portugal,é que não se davam ao respeito,e nutriam essa motivação para a chacota,haja vista o conceito que os proprios Portugueses faziam do Rei D.João VI, Carlota Joaquina, D.Pedro I…….

  16. Emílio GF

    tenho uma
    Emílio GF

    tenho uma visão e uma esperança diferente da sua.

    Se o HAMAS não provocar ISrael ,não haverá guerra.

    Se o HAMAS tiver um excelente articulador( não esses otários que amarram bomba na cintura,porque não vai resolver nada),poderá ter a posse aquilo que eles julgam de direito.

    O que falta pro mundo são bons articuladores.Guerra sempre vencerá o mais forte.Não necessariamente que tenha razão.

    Quando o presidente da Palestina( aquele que foi nobel da paz) foi assasinado pelo seu própio povo, o que podemos esperar desses fanáticos.

    O fanatismo não se contenta com a sacramentação vitoriosa da sua luta;Ele tbm quer exterminar os ”rivais”

    E é que eu entro.-

    Por mais razão que a Palestina tenha( E TEM MESMO) não será os meios do HAMAS que irá resolver.

    Pra deixar bem claro:

    Mesmo com razão, só temos duas alternativas :

    1/ Através da argumentação e diálogo incessante.

    2/ Na guerra: Mas o HAMAS não tem poderio pra isso.Então por que insiste?

    Falta ao HAMAS o poder de diálogo, e sobra fanatismo rancoroso.

    O HAMAS deveria convocar um MANDELA( que foi esquecido no discurso de Obama) Erro crasso.

  17. Nassif, a minha diferença do
    Nassif, a minha diferença do PIG é enorme.

    Eles desqualificam Lula e não o Brasil.
    Eu desqualifico a inepcia do Brasil, e não Lula por essa inepcia.

    A inepcia é histórica, ancestral.

    A ancestralidade politica de obama, lhe agrega valor.
    A ancestralidade política no Brasil, desagrega o valor de Lula.

    Nosos heróis, segundo Renato, são os opressores portugueses!

    Agimos como se fossemos sequestrados e adoramos os sequestradores!
    Comemoramos o dia do sequestro!
    Julgamos heróis seus líderes!

    Desse pantano, quando surge uma rosa, ela logo morre pelo mau cheiro.

    O mau cheiro não vem de Lula e das classes exploradas.
    Vem do sequestro, vem dos exploradores, das capitanias hereditárias com direito divino.

    Nossa diferença é que acho Lula fruto do Brasil. E você acha que o Brasil é apenas um elemento que prejudica Lula.

  18. A França e a Inglaterra tem
    A França e a Inglaterra tem mitos fundadores à altura, ou maiores, do que os dos EUA. Apesar de ter importância pelo pioneirismo, a Revolução Americana não teve a abrangência, nem a profundidade das Revoluções Industrial e Francesa. Em comparação com as outras, o grau de ruptura social e a influência em outros países foi bem menor.

    Sobre não termos mitos fundadores, também discordo. Temos os nossos. São mais relacionados com a expansão, união do nosso território, cultura e civilização. Poucos países no mundo juntaram/fundiram tantas raças e regiões diferentes. Contam-se nos dedos de uma mão!

    Somos um povo novo, diferente da civilização ocidental-européia. Os EUA fazem parte dela. Nós definitivamente não fazemos, apesar de algumas semelhanças, que ficaram mais fortes com a globalização.

    Uma coisa que temos que colocar na cabeça é que o fato de não termos mitos fundadores fortes como os EUA, França e Inglaterra, não nos faz menores no presente. Os EUA foram pioneiros pois estavam conectados comercialmente e culturalmente as potencias centrais! As idéias liberais radicais da Inglaterra e políticas, também radicais, da França foram o fermento da Revolução Americana. Nós não tivemos essa chance história, por uma série de fatores, pois estávamos conectados a uma parte da Europa que não era central. Os ideais de vanguarda e nem a imigração de Portugal era tão fortes! Chegamos a ter um ensaio disso quando tivemos um pouco mais de dinheiro na época do Ouro. Nosso comercio aumentou, a imigração de Portugal aumentou e as idéias circularam. Mas não foi suficiente, pois não havia conexão com o povo.

    Finalmente, outros países, mais centrais que o Brasil, também não tem mitos fundadores fortes, em termos democráticos, constitucionais e rebublicanos. Potências ou ex-potências centrais como Alemanha, Itália e Rússia não tem tradição democrática ou mesmo mitos fundadores comparáveis aos dos EUA. Logo, porque ter vergonha do Brasil? Que ainda estava em formação, que adotou a república tardiamente e que teve breves períodos de democracia?

    O fato de termos saído muito atrás (em termos de progresso econômico e ideológico) de EUA, França e Inglaterra, e até da Alemanha, não nos faz perdedores. Temos muito trabalho a fazer….recuperar o tempo perdido. A história das nações é construída no presente.

  19. O Brasil da de mil a zero na
    O Brasil da de mil a zero na democracia norte americana.Qdo Collor não correspondeu ao governo que o povo esperava, foi exonerado, enqto que nos Usa estavam vendo a derrocada do governo Bush e continuaram seu governo desastroso, suas mentiras infames,e deram mais 4 anos pra esse fascínora.Agora, que o desastre chegou com tudo, com a desmoralização, com as vaias pelo mundo afora, fazem essa catarse coletiva,essa convulsão na posse de Obama,como se ele tivesse a obrigação de salvar a pátria em pouco tempo do sismo que Bush deixou.O pior que o mundo todo vai pagar essa conta,pq nem em 4 anos esse país vai conseguir passar a limpo esse passado negro.Destruíram tudo que puderam,Palestina destroçada e cheirando a cadáver esta lá no meio ainda da fumaça e seus mortos.Iraque ainda arde em chamas por motivo nenhum apenas pq tinham um louco no poder , e o povo deixou acontecer , não fizeram nada para tirar-lo da casa branca.Agora choram se contorcem em convulsões patrióticas como se isso fosse limpar esse passado nojento.Coitado do Obama, ja disseram que o que o branco sujou o negro vai limpar.Não me convence os yanques, pela soberba e cinismo!!!!!!!

  20. WALERIA:

    Um
    WALERIA:

    Um cara que tem 80 por cento de aprovação, o que mais deseja?

    Não é o suficiente?

    Com esse percentual altamente favorável,fica enfadonho escrever sobre os discordantes…

    São tão pouquinhos( como eu) que nem merecemos atenção.

    Mas vc merece uma atenção especial( e todos que escrevem PIG)

    Jura mesmo,que seu objetivo é que Lula chegue aos 100 por cento de aprovação?

    80 por cento não basta?

    quem será que tem problemas psicológicos?

    Os que desejam 100 por cento de aprovação?

    Ou os outros 20 por cento?( que são representados por meio por cento)

    Um alerta pra te acalmar:

    Nem Jesus Cristo atingiu 80 por cento.Nem na época dele, e nem agora.

    E mesmo assim vc não está satisfeita?

    É usual uma x por semana fazer terapia( 50 minutos).No seu caso é necessário 7 x por semana( em tempo integral)

    Abraços!!

  21. Os americanos, e parte do
    Os americanos, e parte do mundo, veem em Obama o ¨salvador¨, o ¨enviado¨. Creio que a maior mudanca que Obama trouxe foi de ser o primeiro negro da historia dos USA eleito presidente. Foi dito nos textos que o povo americano e muito nacionalista, patriota, mas isso e consequencia da educacao recebida de que USA e o numero um, o melhor. Talvez seja a causa de tanta indiferanca em relacao ao resto do mundo.Os americanos so enxergam o proprio umbigo. O Obama tera que responder a essa cultura e olhar para o seu proprio pais. O povo americano assinou embaixo na conducao do governo Bush e de outros que so fizeram mal ao mundo.Vide Vietna, Camboja, Coreia, Afeganistao, Iraque e a Faixa de Gaza. O que os americanos esperam de Obama e que ele faca o pais ser de novo o centro do poder do mundo, do dinheiro, do consumismo, e principalmente volte a ser o numero um do mundo. O povo americano e por demais egoista, para que o Obama possa se tornar o presidente- por mais que queira- que nos brasileiros e os povos do terceiro mundo gostariamos que ele fosse..

  22. Não disse que SOMOS
    Não disse que SOMOS perdedores.

    Digo que temos UM PASSADO de perdedores.

    Mas desse PASSADO PERDEDOR saiu uma flor.

    Precisamos fazer, dar condições para que a FLOR NÃO MORRA.

    Para não voltarmos a ser perdedores, no pós-Lula.

  23. Poxa Renata, vc quer que
    Poxa Renata, vc quer que festejemos de Dom João, Carlota Joaquina e Dom Pedro como baluartes de bons valores?? Um rei que só reconheceu o Brasil como importante para o Império por que teve que fujir de Portugal? Nomeou nobres aqui a torto e a direito só por que roubou-lhes a casa e deu-lhes o direito de abrir cartórios.
    Poxa Renato, se tu dissese pelo menos só o Marechal rondon, ou ainda, nossos antepassados nativos ameríndios, estes sim com valores a serem cultivados como respeito ao próximo, trabalhar em pról da comunidade, viver e ser feliz e muitos outros.
    Abraços

  24. Nassif

    Pelo passado do
    Nassif

    Pelo passado do Brasil, Lula é muito melhor que o Brasil.

    É lógico que Lula é fruto do Brasil – todos nós somos – mas sendo o Brasil um pântano político, histórico, social e ideológico – do pântano saiu a flor.

    A flor é fruto TAMBÉM do pântano – mas é muito melhor e diferente que o pântano de onde saiu.

    O que não quero é que voltemos a mergulhar no PIOR QUE NOS DÁ O PÂNTANO.

    Temos um passado de perdedores.
    Temos um presente de QUASE-VITORIOSOS.
    Quero um futuro de VENCEDORES APESAR DO PASSADO – e não um retorno ao passado. No pós-Lula.

  25. Tenho desconfiança de Obama.
    Tenho desconfiança de Obama. Costumo modificar minhas opiniões e impressões, porém, sempre que se chocam com os fatos.

    A verdade é que Israel retirou suas tropas de Gaza exatamente durante a posse do novo presidente.
    Acredito que pediram autorização ao antigo e ao novo.

    Bush, como sempre, deu de ombros. É bem possível que Obama tenha negado a permissão.

  26. Mario Abramo

    Acho que não me
    Mario Abramo

    Acho que não me expressei bem, e não entendeu o que eu quis dizer.

    Lula não saiu da lama do PT ou do povo brasileiro.

    A lama, o pântano, é a história brasileira de homenagear seus opressores, lusitanos ou luzitanóides.

    Por favor, tive que escrever em 4 ou 5 partes, leia todas e ficará mais claro.

    Estamos do mesmo lado, companheiro.

    Para você, o Lula é um bebe de proveta.

  27. Concordo com o renato de que
    Concordo com o renato de que essas sao virtudes norte-americanas, mas elas sao posteriores ah independencia…

    Temos as mesmas virtudes, eh so busca-las na historia, nos eh que temos de construi-las com o tempo…Buscar nossos mitos em governantes que nos colonizaram nao eh o caminho…

    Temos o nosso proprio jeito de ser…Pensadores como celso furtado, sergio buarque – da tese da dubia cordialidade brasileira – caio prado junior, faoro, etc…Essas virtudes podem ser dubias , como os pactos politicos da independencia e republica, mas que muda com a revoluca de 30, que comecou a apear os coroneis do poder, a elite latifundiaria dita cruel (alias bem representada ainda….)

    O Saramago pergunta de onde veio obama e poderia ter respondido: das lutas dos movimentos sociais, mas saramago eh da geracao marxista pre-muro de berlin e a europa nao teve pelo que sei esses movimentos sociais tao profundos a nao ser em 68, que no braisl misturou-se com a ditadura…Nos EUA, Luther King resultou em obama…Em 78, o abc virou lula…

    Na verdade a direita europeia fortaleceu-se depois da queda do muro de berlin e nao teve a opcao que tivemos…Talvez isso explique ate as transformacoes por que passam os paises da america latina e eles se afundem em crises bem mais preocupantes pelo menos por enquanto…

    A expressao um novo mundo eh possivel vem dos movimentos sociais, no forum social mundial realizado em porto alegre…

    Saramago bebe nas mesmas fontes, obrigado Saramago…

    Deveriamos, como ele e obama, defender a ideia que comeca a ser valorizada de que podemos ser exemplos para o mundo, a tradicao da luta pela paz, os movimentos sociais… So a direita eh quem critica estas posicoes e demoniza os movimentos sociais.

    O que calou fundo tambem ontem foi a saida do dick cheeney de cadeira de rodas, um simbolo do terror que se vai, tipo doutor strangelove que num bunker promovia a guerra a torto e a direito..

  28. Nassif e Helô,

    É engraçado
    Nassif e Helô,

    É engraçado como algumas pessoas têm a mania de opinarem sobre alguma coisa sem se atentarem para o essencial. São como aquelas pessoas que numa conversa falam o tempo todo e não escutam o que você está dizendo. Às vezes até respondem outra coisa diferente do que você perguntou pois estão pensando apenas no próprio discurso e não dialogando.
    Todo esse “nariz de cera” só porque o principal da postagem foi o artigo do do Saramago, principalmente nesse trecho final:
    “O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados. No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível. Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito. Talvez a ocasião seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira. Para começar.”
    E a maior parte dos comentaristas se apegou à discussão inútil sobre o desprezo dos brasileiros pelos seus mitos históricos. Mito é mito. E o momento é de procurar o modo e a maneira de fazer o outro mundo possível.

  29. Nassif, o mito fundador pode
    Nassif, o mito fundador pode ser interessante para alguns fins, mas no caso dos EUA parece ser fato a influência, para o bem … deles e para o mal… nosso. Não nos esqueçamos que por trás de toda guerra perpetrada há um mito fundador no faroeste!

  30. Vencedor, perdedor…isso é
    Vencedor, perdedor…isso é coisa dos protestantes norteamericanos. Nossa base é outra; somos um povo mais contemplativo, católico, com tudo que isso traz de bom e de ruim. Frase como a de Obama de que “está pronto pra voltar a liderar” não cabe em nossa boca. Preferimos, nós brasileiros, congregar, abraçar. Querer seguir modelos de vencedor/perdedor é que demostra servilismo e mentalidade de colonizado. Prefiro acreditar que estamos no Rumo.

  31. À Waléria.
    Sua falta de
    À Waléria.
    Sua falta de respeito às coisas e fatos brasileiros,cheira rança autoritário,e sua pouca importancia à mobilidade que a nossa Constituição dá aos brasileiros,que assim como ocorreu com o filho de imigrante Obama,permitiu que o “nosso”migrante Luis Inácio da Silva,chegasse à Presidencia da República,e mesmo contrariando a todas as lamúrias reverteu um quadro danos socialmente falando,e colocou a palavra cidadania na mesa e no dia a dia de milhões de brasileiros,admita !
    O Lula,não é apenas um espelho da nova realidade brasileira,ele é visto pela comunidade internacional,como um Estadista que elevou o nosso país,para uma condição muitíssimo diferente do que herdou dos seus antecessores,e o Brasil hoje é analisado pelos maiores organismos mundiais,como um dos poucos países capazes de sair desta crise causada pela inanição dos sábios e sociólogos,sem causar danos maiores à sua população.
    Estamos todos acreditando numa “revolução”nos E.U.A,porem se formos coerentes,veremos que esta revolução,claro dentro da nossa realidae,já aconteceu por aqui,é só perguntar isto para aqueles que sairam do estado de isolamento social e de letargia em que viviam,e a situação em que esncontram-se hoje.

  32. Contra do contra

    Tivemos
    Contra do contra

    Tivemos personagens importantes na nossa história, mas nossa história recente tem-no-los retirado da galeria de ídolos: os portugueses, uns idiotas, porque não fomos colonizados por ingleses? os bandeirantes, uns bárbaros caćadores de índios; Duque de Caxias então, nem se fala; e por aí vai….

    Um amigo cubano uma vez me disse, que “o Brasil é um país sem heróis”, quer dizer, não que não os tenhamos, apenas não os cultuamos como heróis.

    Heróis são parte da identidade cultural de um povo. Foram homens que acertaram e erraram de acordo com seu tempo, mas sua existência transcende sua época.

  33. Conforme bem escreveu o
    Conforme bem escreveu o Rique,lá como cá,a esperança venceu o medo,e se eles tem infinitamente mais condições para sair do atoleiro,no qual a adm. Bush meteu-os,o que esperamos esta nova administração,é que o foco do novo governo seja a diminuição da ingerencia nas políticas externas dos aliados,e voltar o olhar para a maioria da sua sociedade,que hoje paga o preço da destrambelhada administração financeira da gestão anterior.
    Se aqui,a esperança de fazer 50 anos em 5,não foi plenamente realizada,estamos satisfeitos pelas conquistas até aqui obtidas com nosso Presidente,que ao contrário do norte-americano,não tinha contra sí,o escárnio da elite e da imprensa,e ainda é isto que atravanca o nosso pleno desnvolvimento,uma vez que ainda estamos à mercê destes formadores de opinião e dos que têm em mão a concentração da riqueza nacional.
    Queira Deus que o Obama consiga fazer lá o que promete em seu discurso,e que isto nos traga algo de proveitoso,nas relações,pois ao que nos diz respeito, nossa parte já está sendo feita,e com os pés no chão.

  34. O leitor docontra nos afirma
    O leitor docontra nos afirma que não devemos ter vergonha de nossa história. Concordo, temos que agir como bons brasileiros e construí-la no presente. Mas que a história é vergonhosa, ah, isto é!

    Que há de glorioso em nossa Independência? Que há de glorioso na proclamação da República? Canetadas e conveniências. Na abolição da escravatura, indenizaram os senhores e não os escravos recém libertos. Na Batalha de Guararapes, “mito fundador” de nosso Exército, o que estava por trás era o desejo de não pagar dívidas contraídas com os holandeses (vulgo, calote). Na Guerra do Paraguai, massacrou-se covardemente um país que poderia ter sido uma potência sul-americana, em nome de interesses comerciais ingleses. Os exemplos são inúmeros.

    Há sim algumas coisas de que se orgulhar em nossa história, mas para conhecê-las é preciso “correr por fora”, pesquisar por conta própria, pois os livros didáticos nos apresentam apenas versões maquiadas da história oficial. Cito como exemplo Zumbi dos Palmares, que considero um genuíno herói brasileiro, a respeito de quem li há pouco tempo (a título de exemplo, pergunto: quantos brasileiros sabem que Zumbi aprendeu a falar latim?).

    Nosso país está em construção (como qualquer outro, é bem verdade), mas com um certo atraso… Pode-se dizer que ele “nasceu” de verdade com a vinda da família real ao país – pois até então uma série de atividades básicas numa sociedade eram inexistentes e até proibidas por lei. Três séculos de atraso, se compararmos com os Estados Unidos.

    Realmente não devemos nos envergonhar – não somos os responsáveis pelas vergonhas de nossa história. Deveremos nos envergonhar, sim, se findarmos nossas vidas sem termos participado da construção do nosso país.

  35. Stanley Burburinho

    “‘O Lula
    Stanley Burburinho

    “‘O Lula não se auto-exilou no Chile com dinheiro da Ford Foundation que pagava hotel cinco estrelas e as festinhas todos os dias””

    Mas recebe um bolsa exílio até hoje.E vitalício.

    Por que ficou uns dias preso?

    O que tiraram dele pra receber pensão vitalícia?

    Ah… já sei…

    Eram seus atigos que escrevia em jornais?.

    E tbm ainda não estou satisfeito,Só mais um pouquinho:

    Tanto Serra como FHC não recebem bolsa ditadura como LULA.E tbm…agora pra matar de x , acreditam no Brasil mais do que Lula.

    Nenhum dos dois tem cidadania ITALIANA ( ”’pensando no futuro”’)

    Um presidente da Republica requerer cidadania de outro país, ”’pensando no futuro”’, é muita confiança no país que preside.

    Aliás, mais uma x somos motivos de piada.

    Vc conhece algum presidente,que no exercicio de seu mandato,requereu outra cidadania ”pensando no futuro”?

    SÓ NO BRASIL MESMO.

    É HISTÓRICO.

  36. […]Qual a diferença entre
    […]Qual a diferença entre sua avaliação do Brasil e dos colunistas trogloditas da mídia? Nenhuma, a não ser o fato de eles considerarem Lula fruto dessa caricatura de país, e você considerá-lo uma vítima. Mas a caricatura de vocês é a mesma.[…]

    Nassif
    Concordo com a Waléria,

    Os colunistas trogloditas fazem essa leitura do Brasil, para justificar e até defender esse status quo dantesco e terceiro mundista. Isso lhes dá, aos colunistas, a sensação de pertencer a uma “elite” intelectuar [intectuar mesmo] e aristocrática que, na verdade, no Brasil, é brega e chique. Essa “elite” é apenas o reverso da barbárie. O outro lado da mesma moeda da nação tupiniquim.

    Por outro lado, a Waléria se olha no espelho e vê o povo/nação brasileira sem retoques e sem ufanismos. Esse é o povo brasileiro. Essa caricatura de país, de fato, somos nós. Ao despir-se da fantasia e sair da avenida na quarta feira de cinzas a Waléria percebe que olhar nosso próprio umbigo Brasil/brasileiros é a única forma de sairmos dessa “lama” ufanista e caipira.

    Que país é esse esse? Qual a real identidade do brasileiro?

    Não temos orgulho de sermos brasileiros, nossa auto estima é baixa e, sobretudo, somos meio jeca/meio Macunaína. Na verdade, a grande inspirarão de D. Pedro para a “independência” foi uma caganeira a caminho de São Paulo.

    Continuamos a achar que somos a maior “democracia” étnica do planeta e temos um presidente, outrora de “esquerda”, atualmente, convertido ao deus mercado e ao neo liberalismo globalizante. Mias triste ainda – nossa esquerda ainda cultua Cuba/Fidel e Mao/China.

    Parabéns Waléria!!

    Orlando, você é um legítimo filho da Fundação Ford.

  37. Não há porque fazer
    Não há porque fazer comparação. Os “pais fundadores” dos americanos de fato ergueram uma nação apartir do indivíduo, concretizaram as idéias que estavam sendo gestadas no Iluminismo. Os americanos se tornaram CIDADÃOS de uma república e de uma nação livre. Se quisessemos algo como aquilo por aqui deveríamos ter decaptado o corducho Dom João e sua mãe louca quando pusseram os pés em nossas praias, afinal monarca que foge perde o trono. Mas não, o povo da colônia ficou maravilhado com a vinda da corte, uns tolos aqueles e inúteis estes.

    A nação americana nasceu de homens de espirito livre e nós somos um povo de alma serviu, nós nunca deixamos de ser escravos.

    Os americanos tinham certeza que eram algo novo e diferente, olhavam com desprezo pras monarquias européias, se consideravam melhores. Aqui nascemos com um profundo sentimento de inferioridade perante a Europa e classe letrada via no “Zé Povinho” e na negrada uma horda inútil por isso não tinham uma visão de futuro e não investiram neles e nem os educaram. Os homens que governavam essa terra se deixaram guiar pelos estrangeiros que aqui faziam negócio, os ingleses. É irônico, os americanos das Treze Colônias se libertaram do Império Britânico e nós nos jogamos nas mãos deles, dos ingleses. O brasileiro tem alma de escravo. Poderia ou pode ser de outra forma? Com certeza, é só começarmos a crer em nós mesmo e ter uma visão de futuro, nos deixarmos guiar pelo sentimento de autodeterminação, sermos donos de nosso destino.

  38. Orlando, você é um legítimo
    Orlando, você é um legítimo filho da Fundação Ford.

    Nassif

    Seu grande erro é achar que o vilão está lá nos States ou alhures. O que entrava o Brasil, na verdade, são leituras da realidade brasileira que sempre imputam ao outro – Fundação Ford, imperialismo americano e outros – os problemas e mazelas [desigualdade social, pobreza, analfabetismo, ignorância, baixa auto estima etc] criados/as por brasileiros e , sobretudo, perpetuados/as por brasileiros. Nassif, nós brasileiros não somos inocentes, santos ou isentos. Se o Brasil não dá certo os maiores responsáveis somos, nós – os brasileiros. E não a turma do contra.

    É lamentável que um intelectual como você pense assim.

    Ademais, a Waléria e o Edvaldo pensam de forma semelhante.

    Falta sustância no seu argumento. Talvez você devesse recorrer a Marx, Mao, Fidel.

    Prefiro Sérgio Buarque, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Celso Furtado e Manuel Bonfim. E os fundadores dos Estados Unidos, no original. Experimente Brasil: você vai gostar.

  39. E o que dizer então do FHC e
    E o que dizer então do FHC e do Serra, etc?

    O Lula antes de ser político foi presidente de sindicatos e em plena ditadura.

    O Lula não se auto-exilou no Chile com dinheiro da Ford Foundation que pagava hotel cinco estrelas e as festinhas todos os dias.

  40. Nassif

    Quando a elite
    Nassif

    Quando a elite intectuar do Brasil cantava loas ao FHC [estado mínimo, flexibilização da CLT, globalização, neo liberalismo, independência do mercado etc..] fui contra. Nada a ver com Fundação Ford. Era um projeto lá do irmão do Norte. Eu me lembro que à época quem se opusesse era chamado de troglodita. Você mesmo tem uma certa simpatia pela flexibilização. Pode funcionar nos States ou na Europa. Jamais no Brasil. A nossa consciência trabalhista ainda é escravagista.

    Os americanos aprendem com os próprios erros. No Brasil, nós somos reicidentes. Obama, em seu discurso fala em, de certo modo, “vigiar” o mercado. No Brasil, queremos escancarar mais ainda a porteira.

    Nassif, o Brasil/brasileiro é muito mais do que uma roda de samba, carnaval, terra da mestiçagem ou coisas do gênero. Isso é folclore.

    Que país é esse?

    Acho que seria legal a gente, nós brasileiros, tentarmos descobrir.

    Nós quem, cara pálida?

  41. “Onde estão os PAIS DA
    “Onde estão os PAIS DA PÁTRIA?”: entao eu tive uma sorte tremenda! Nasci na cidade -e no auge- de Ze Arigo, virei espirita antes dos 16. Mito fundador pra mim eh Ze Arigo, Chico, Bezerra, Divaldo.

    Nao falo religiosamente mas estruturalmente: a estrutura da teoria das narrativas absolutamente NAO justifica que “mitos fundadores” sejam somente de um tipo, nem que tenham fundado nacoes, nem que tenham sido “herois” de qualquer coisa alem de sua propria historia.

    Tou mais pra “Morfologia do Conto de Fada”. Meus “mitos fundadores” eu tiro ate do bolso, de tao liquidos. Do curso da historia escrito por “vencedores” nao quero ninguem.

    (Mais em http://en.wikipedia.org/wiki/Narratology e http://en.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Propp )

  42. Prefiro Sérgio Buarque,
    Prefiro Sérgio Buarque, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Celso Furtado e Manuel Bonfim. E os fundadores dos Estados Unidos, no original. Experimente Brasil: você vai gostar.

    Nassif

    Sou tão brasileiro quanto você. A diferença é que eu tento ver o Brasil sem maquiagem – menos Carmem Miranda. Menos intelectuar.

    Acreditarei nisso quando Buarque de Holanda, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Celso Furtado e outros, forem, efetivamente, patrimônio, isto é, lidos e conhecidos, pela maioria dos brasileiros e não por punhado de intelectuais ensimesmados.

    Seguindo esse seu raciocínio, na sua casa não entram Shakespeare, Proust, Cervantes, Freud. Ou seja, nada que não seja genuinamente nacional.

    Eu não tenho preconceitos.

    Nassif. quem são os fundadores dos Estados Unidos senão o povo americano?
    Os irlandeses, negros africanos, chineses, alemães {Von Braun, Kissinger etc..], japoneses, mexicanos, brasieliros etc… que criaram essa nação multiculturalista, multiétnica, multicultural etc…
    Ou será que existem americanos mais americanos e originais que esses acima?

  43. Sem dúvida a nossa memória
    Sem dúvida a nossa memória coletiva de maior expressão é a dos grandes escritores. E alguns deles, quando se põem a publicar crônicas nos periódicos, presenteiam os leitores captando como ninguém a alma de um momento, e não apenas isso, mas também seus mecanismos, seus dispositivos, seus impactos, em poucas palavras. São os “alto-falantes” do consciente coletivo, os articulistas de um discurso fundador vivo e permanente. Machado de Assis ainda nos escreve, e também Eça de Queiroz, e como esquecer Victor Hugo?

    O lendário professor Ciro, da Fac. de Jornalismo da Cásper Líbero em SP – quem conheceu não esquece, dizia sempre, citando alguém que não me lembra agora, falar para os condores, e não para os pardais. A banalização eletrônica massificada das últimas décadas (não começou assim o “pop”, e não tinha de ser assim) tinha como objetivo silencioso, e talvez até ignorado, a sociedade dos pardais, e a caça aos condores, na mais terrível das tiranias, a da mediocridade. Esta nunca pode governar, sob o preço da autodestruição de tudo, pela falta de grandeza, de defesa dos “valores essenciais”.

    A crise que eclodiu agora na verdade acumula diversas camadas de “erros medíocres”. Isto esteve presente no discurso do presidente Barack Obama, algo como “erro ao fazer as escolhas mais importantes”. Mas este é o aspecto falso das pessoas. O ser humano não é naturalmente medíocre, ele é grandioso. É preciso destruí-lo, para que venha a parecer medíocre.

    Acho que essa foi a base do discurso de Obama, esta foi sua convocação, para que os americanos voltem a ser líderes, grandiosos, façam as escolhas certas, aceitem as missões mais difíceis, as mais importantes. E foi isso que Saramago admirou em Obama.

    Ele também não quer um mundo de pardais.

  44. Anarquista

    Não falei de
    Anarquista

    Não falei de estatísticas.

    De onde saiu isso, que cirou em meu nome?

    Paulo e Orlando

    Obrigada, vocês entenderam exatamente o que eu disse.

    Nassif, não me decepcione.
    É você que escreve em amarelinho, presumo.

    Fundação Ford?
    Eu penso como o PIG?
    Nassif, acorda!

    Chavez, Morales, Obama, eles têm uma história de nação em que se basear.
    Nós, com Lula, não temos essa história.
    Com LULA COMEÇA NOSSA HISTÓRIA. Nossa história de povo BRASILEIRO e não uma história lamaçenta de VASSALOS PORTUGUESES ou de quem quer que seja.

    Nossa história TERIA COMEÇADO COM JANGO – mas o impediram de governar.

    Então entenda… COMO PAÍS AUTONOMO, NOSSA HISTÓRIA COMEÇA COM LULA.

    O que temo é que SE ACABE COM A SAIDA DELE…

  45. O poder d falar besteiras d
    O poder d falar besteiras d certas pessoas, q se acham “mais realistas q o rei” é infindável.
    Novamente: como já se lembrou deveras, inclusive por Israelenses d bom senso:

    a)o Hamas não provocou “ninguém”, quem rompeu a trégua foi Israel no começo d Novembro;
    b)foi tb Israel q tem se recusado sistematicamente a dialogar c/o Hamas e não o contrário e
    c)na prática e na estatística é Israel, um Estado constituído q tem se comportado como terrorista há décadas em relação à questão dos nativos Palestinos desalojados (vide depoimentos datados já dos anos 1930 d pessoas como Freud e Gandhi – http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3143 )

    Qto ao mito do “ah, se nós tivéssemos sido colonizados por Ingleses, Franceses ou Holandeses tdo seria diferente” é tão sem fundamento q basta olhar os exemplos da África do Sul, Nigéria, Índia, Haiti e Indonésia pra cair na Real e ver q o buraco é bem mais embaixo.

    E, em relação ao mito dos “pais fundadores dos EUA”, o Renato analisou mto bem.

  46. Arlindo, grande
    Arlindo, grande abraço.

    Queria comentar mais uma coisa sobre o texto do Saramago.

    “Não peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família.”

    Ontem, quem assistiu a posse pela GloboNews, pode constatar com que entusiasmo e segundas intenções a Lucia Hipólito disse que os pais de Obama haviam feito doutorado. Só faltou dizer: “Viram? Compararam com nosso presidente? Vejam bem a diferença!”

  47. compreendo a waleria, acho
    compreendo a waleria, acho que ela quis criticar os conservadores, elogiar o lula e declarar que esta experiencia nao pode morrer em 2010…

    O equivoco dela, na minha humilde opiniao, eh que ela se impregnou do pensamento conservador e de certa forma preconceituoso contra a formacao do povo brasileiro e se perdeu…por isso a necessidade de ela encaminhar tantas explicacoes…

    Lamentavelmente, somos mesmo contaminados por essa posicao conservadora ate hoje – o chamado partido da imprensa golpista e os neocons de sempre estao ahi para embaralhar a nossa visao…
    Como diria o deleuze, desembarelhos, pois, desconstruamos certas “verdades” historicas.

    Benjamin diria: a memoria, a lembranca, tem de ser usadas para captar o que ha de positivo na historia…

    Hanna Arendt criticou o estado terrorista alemao e por tabela esta criticando o estado terroristga israelense…

    Felizmente, temos agora um meio no qual podemos dialogar, colocar posicoes e oposicoes, pois errando eh que se aprende, como dizia a minha avoh….

  48. Orlando
    Sou um caipira (com
    Orlando
    Sou um caipira (com orgulho) que mora agora no,litoral paulista e me sinto um caiçara (com orgulho). Conheço Zumbi, Conselheiro, e várias revoltas populares que ocorreram no Brasil e que a história oficial opuco ou nada fala a respeito.
    Acredito sim na bravura de nosso povo, só que normamente ele quem vence a guerra é quem conta a história, e a história escrita não é necessariamente a realidade.
    Sou brasileiro, guereiro, luto por um país e tenho orgulho de ser brasileiro. Tenho orgulho de ser descendente de índio, português, italiano, espanhol e turco.
    Meu país tem garndes desigualdades e grandes supresas boas, como várias nações.
    Abraços companheiro brasileiro.

  49. Sr. Nassif, Lembro a todos
    Sr. Nassif, Lembro a todos que o Obama, apesar das insistentes afirmações em contrário, não nasceu numa Cidade chamada Bélem nem foi colocado numa manjedoura. Fora isso, pelo amor de Deus, vamos dar uma folga nesse assunto, não tem quem aguente mais, deixemos essa empolgação para os americanos, afinal ele é o governante do país deles e eles que o elegeram. Deslumbramento demais termina ofuscando.

  50. O ídolo é sempre mais
    O ídolo é sempre mais perseguido que o ideal. É sempre assim.Em algum momento isso vai mudar. Ao invés de admirar Jesus Cristo, poderíamos adotar suas atitudes, não? O duro é que temos que sair da posição de conforto, o que considero o maior desafio da humanidade. Passado esse estágio, amigo, não vai demorar muito pra vivermos a bordo da enterprise!

  51. Helô:

    Como
    Helô:

    Como síndico( quase destituido) do blog te elejo:

    A miss do blog.

    Sempre apresentando notícias culturais interessantes,músicas,poemas,escritos,cantores,autores,artistas em geral , e tudo com uma postura de classuda.

    Jamais entra em bola dividida.Porque isso é pra reles mortais como eu.

    A sua elegância acoplada com seu conhecimento e esmerado gosto pra todas as artes,declaro-a ( ainda síndico) como a melhor contribuidora do blog no que se refere as artes.

    É óbvio que essa premiação não diminui um milímitro os outros incansáveis colaboradores.Infelizmente o OSCAR nunca foi dividido.Quando muito, e falo por ela, gostaria de compartilhar esse prêmio com outros daqui.

    Well.. issso fica a cri tério dela.

    ps: Apesar de não gostar de Saramago.E mais apesar ainda de ele falar pra todos esperançosos( que é a imensa população mundial).Mas o prêmio pra Helo é pela colaboração incessante que fornece ao blog.

    Parabéns,lady.

  52. Gerinho,
    Sou brasileiro,
    Gerinho,
    Sou brasileiro, tenho antepassados italianos, dinamarqueses, portugueses, índios, semitas, levantinos, os cambaus todos.
    O operativo na sentença é “sou brasileiro”. Tenho orgulho disso.
    Conheço minha história, aprendi com Gilberto Freire, com Sérgio Buarque, com Cecília Meirelles, com João Cabral de Mello Neto, entre outros.
    Como vc, acredito na força do nosso povo. Não é um patriotismo ufanista.
    Acho q a gente tem condição de sair disso.
    Abraços brasileiros, PT Saudações.

  53. Nassif, Helô e
    Nassif, Helô e amigos,
    Saramago não se refere em seu texto a “fundadores” ou “pais da pátria”. Refere-se aqueles “que nos antecederam na vida”. Ou seja, à experiência humana e aos valores universais gerados por essa experiência, em cujo centro está e sempre esteve a possibilidade de construir um mundo melhor, mais justo e pacífico. Algumas gerações lutaram mais por estes valores, outras menos. O simbolismo das referências feitas por Obama aos “pais da pátria” e aos “valores americanos” foi para consumo interno. E ele precisava fazer isso, já que o antecessor -que o diabo o carregue- entregou-lhe um país em cadeira de rodas. Nesse sentido, a presença de Cheney, o ex-vice, foi uma curiosa alegoria na cerimônia de posse.
    O melhor desse comentário de Saramago está nas três últimas linhas. “Pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira” de construir um mundo melhor é a enorme tarefa que a nossa geração tem pela frente. Nenhum líder ou estadista pode fazer isso sozinho, por mais poderoso que seja. Obama parece ter essa consciência.
    Abraços,
    Henrique Marques Porto

  54. Nassif,

    A prova que voce
    Nassif,

    A prova que voce está certo na sua análise de que alguns de esquerda tem uma visão tão negativa do Brasil como a direta está correta. Veja que muitos dos esquerdistas, anarquistas, membros do ME (movimento estudantil) viraram os mais tacanhos direitistas ou neocons. Eles simplesmente mudaram de lado depois da queda da ditatura militar. Os tais continuam sendo irracionais. Nunca tiveram apreço real pela democracia, tolerância e humanismo.

    Matou a pau quando comentou que o Lula não nasceu de uma proveta. Ele mesmo diz isso. Até, por incrível que pareça para alguns, agradece a própria imprensa pelo cresimento dele.

    Abraço,

    Docontra, sempre.

  55. O grau d teimosia d certas
    O grau d teimosia d certas pessoas na repetição d determinadas falácias parece ser infindável.
    Novamente: como já se lembrou deveras, inclusive por Israelenses d bom senso:

    a)o Hamas não provocou “ninguém”, quem rompeu a trégua foi Israel no começo d Novembro;
    b)foi tb Israel q tem se recusado sistematicamente a dialogar c/o Hamas (desde q este foi eleito) e não o contrário e
    c)na prática e na estatística é Israel, um Estado constituído q tem se comportado como terrorista há décadas em relação à questão dos nativos Palestinos desalojados (vide depoimentos datados já dos anos 1930 d pessoas como Freud e Gandhi – http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=3143 )

    Qto ao mito do “ah, se nós tivéssemos sido colonizados por Ingleses, Franceses ou Holandeses tdo seria diferente” é tão sem fundamento q basta olhar os exemplos da África do Sul, Nigéria, Índia, Haiti e Indonésia pra cair na Real e ver q o buraco é bem mais embaixo.

    E, em relação ao mito dos “pais fundadores dos EUA”, o Renato analisou tdo mto bem.

  56. Mitos não são verdades. Podem
    Mitos não são verdades. Podem servir para agregar temporariamente um povo em torno de um objetivo, mas não servirão em vários momentos de sua história.

    Muitos dos “Founding Fathers” foram escravocratas que, hipocritamente, assinaram em baixo de textos que proclamavam que todos os homens são iguais.

    Thomas Jefferson, que, comprovadamente, escreveu cerca de 80% da Constituição Estadunidense com seu próprio punho, era dono de centenas de escravos. Quando enviuvou, tornou-se amante de uma escrava mulata e teve vários filhos com ela. Há muitos descendentes de Thomas Jefferson muito mais escuros do que Barak Obama. Thomas Jefferson manifestou diversas vezes não concordar com a escravidão, mas só alforriou no testamento os filhos que nunca reconheceu. Os outros escravos foram mantidos como garantias de suas dívidas e vendidos para pagar suas dívidas quando ele morreu.

    George Washington também era dono de mais de 100 escravos. Foi o único dos Founding Fathers que alforriou seus escravos, mas o fez no testamento, com a condição de que só seriam livres depois da morte de sua esposa. Morreu aos 67 anos de pneumonia. Dois dias antes tinha cavalgado várias horas ao relento em baixo de neve e chuva congelante. Dizem que ele inspecionava a fazenda, mas alguns dizem que ele foi visitar uma “amiga” nas senzalas. Acho esta segunda hipótese mais provável e interessante, pois seria algo pelo qual se vale a pena sair de casa em dia de clima tão ruim.

    Até os anos de 1950, a porção principal da sociedade americana pouco questionou se a igualdade proclamada pelos “Founding Fathers” devia ou não ser aplicada aos negros, apenas acreditaram no mito fundador que dizia que eles eram uma grande democracia. Barak Obama agora parece ser a redenção do mito.

  57. Caro Nassif,

    É hora dos
    Caro Nassif,

    É hora dos norte americanos revisarem o trajeto que os levaram para o poço pronfudo em que estão enfiados.
    Há muita coisa boa para resgatar de bom na sua origem. Os fundadores…
    Por mim fico feliz de ninguém ter citado o famigerado:
    DESTINO MANISFESTO!!!!

    PS.: Desculpem mas não tenho palavras para consolar estes brasileiros com complexo de inferioridade sobre a história do Brasil.
    Posso indicar João Guimarães Rosa para aliviar a angústia, mas o resto
    é ver o Brasil e os brasileiro com um pouco de generosidade e buscar o melhor neles

    Acho que é só

    Um abraço a todos!

  58. A independência do Brasil foi
    A independência do Brasil foi um grande estratagema do governo inglês para receber a dívida que Portugal já não tinha mais como pagar.
    A primeira coisa que fizemos foi nos endividarmos com a Inglaterra para pagar a dívida de Portugal. E, também, para pagar Lord Cochrane, alugado da Inglaterra para resolver o “problema” dos portugueses resistentes.

  59. Nassif,
    Estou observando toda
    Nassif,
    Estou observando toda esta festa nos Estados Unidos com muita melancolia, sob a perspectiva de como nós ainda estamos longe de deixarmos de lado aquele complexo de viralata identificado por Nelson Rodrigues!
    Veja você: em muito do que é dito hoje por Obama, o Brasil saiu na frente. Mas ninguém valorizou. Enquanto o Brasil (este pobre Brasil que luta ferozmente para encontrar um lugar ao sol) apontava a lanterna de proa para outro rumo e tentava mostrar ao mundo que outros modelos eram possíveis, os mesmos que hoje se rastejam aos pés de Barack Hussein Obama, tendo um orgasmo a cada vez que ele abre a boca, se encarregam de puxar o País para baixo. Eduardo Guimarães, blogueiro que escreve com muita sensibilidade, cunhou uma frase muito triste: “…a mídia tenta roubar dos brasileiros esse momento ímpar em nossa história, minimizando-o enquanto distorce fatos…”
    A Globo está antenada até naquela vilazinha do Kênia, onde nasceu Obama, mostrando hoje ao povo brasileiro todos os bebês que foram batizados em homenagem ao primeiro casal estadunidense! Mas com certeza deve ter achado cafona e fora de propósito mostrar a localidade no interior de Pernambuco, no coração do Nordeste do Brasil, onde nasceu o atual Presidente, que já vinha, em todas as oportunidades, junto à comunidade internacional, levando uma mensagem de maior solidariedade entre os povos, alertando sobre a fome e a pobreza e o meio ambiente.
    Para os de alma limpa, sugiro que aprofundem as comparações. É enaltecido pelos pregadores do caos a origem e o percurso de vida de Obama. De minha parte, estou certa de que um itinerário semelhante a este aqui no Brasil é merecedor de tanta ou até mais reverência. Mas não esqueçamos do complexo de viralata. A festa da posse de Obama foi detalhadamente mostrada, como se aqui no Brasil não tivesse havido uma, na história recente, quando a população foi às ruas com igual entusiasmo e cheia de esperanças. Mas o PiG não paarticipou e nem gostou daquela outra festa, então ela não prestou… Barack Obama está tungando os altos salários, limitando poderes dos lobistas, questionando o bônus dos altos escalões das empresas privadas, dizendo não ser mais possível o mercado financeiro mandar no mundo e tudo isto está sendo repercutido pela média rés-do-chão daqui, embora eu tenha ouvido algumas destas coisas aqui no Brasil, mas era encarado com o nariz torto como um absurdo, ridículo, maluco, inconseqüente…
    Será que vamos viver sempre a vida dos outros, comemorando o raloim (como diz minha querida Severina) e abrindo concursos para “sherleader”, como vi hoje na Band TV?

  60. So para completar, registro
    So para completar, registro aqui um pequeno trecho de uma entrevista sobre a nova constituição boliviana.

    “Terra Magazine – O que mais se destaca no projeto da Constituição?
    Román Loayza – O que mais se destaca é o reconhecimento dos indígenas originários da Bolívia; somos 36 povos indígenas ou nações originárias que coabitam o território; isso foi reconhecido, pela primeira vez na história, depois de 183 anos da independência e depois de mais de 500 anos da invasão espanhola.”

    DEPOIS DE MAIS DE 500 ANOS DA INVASÃO ESPANHOLA.

    Nós chamamos e comemoramos a INVASÃO COMO DESCOBRIMENTO.

    É deprimente.

  61. André Oliveira, um dos
    André Oliveira, um dos detalhes “esquecidos” na maioria dos livros em relação ao tratado d Paris d 1780 assinado entre Ingleses e Americanos pondo fim a 1ª guerra entre ambos (a 2ª se daria em 1810) foi justamente, c/a mediação d Espanhóis e principalmente Franceses, um cala-boca pago aos súditos da Rainha pelos ex-súditos Americanos, não tanto qto queriam os ex-colonos mas também não o “zero” q insistiam os ex-colonizados…

  62. Só podemos comparar os “pais
    Só podemos comparar os “pais fundadores” dos norte-americanos (pronto, esqueci dos estado-unidenses) com outros mitos da história dos Estados Unidos e ainda assim dentro de um recorte razoável. Cá, entre brasileiros a questão é diferente como o é, por exemplo, para os australianos e canadenses.
    Se não podemos nos orgulhar dos reis portugueses e também da nobreza da terra, que tal pensar que não é de orgulho o que precisamos mas de respeito por tantos milhões de índios, africanos e portugueses pobres – especialmente as meninas órfãs obrigadas a emigrar – que ajudaram a construir esse país. O fato de serem anônimos não lhes retira o valor.
    E quanto ao Obama, sinceramente, se a direita não tivesse avançado com tanta fúria nesses últimos 20 anos, Saramago não ficaria tão perplexo.

  63. Sinceramente?

    Me deu nojo
    Sinceramente?

    Me deu nojo ver este povo recriminando o nosso Brasil. Será que nao tem melhor a fazer?
    Ûm complexo enorme de colonizados!

    Pq por exemplo, nao se mudam para terra de obama que tanto admiram?

    Sim, temos herois e anti herois, macunaimas, gente que deu a vida pelo pais e gente que se fez a vida no pais.

    mas somos brasileiros e continuaremos a ser, embora alguns nao queiram ser, tenham vergonha de ser. Anarquista , por favor vai fazer anarquia na sua terra governada por obama (que ainda nao disse ao que veio). Ja gostei mais de seus posts.

    quanto ao Brasil , feio ou belo, com vicios e virtudes, é aqui que eu vivo e gosto daqui apesar de tudos os pbmas.

    viva o Brasil e vivam OS BRASILEIROS apesar de todos os senoes.

    e viva Portugal e os portugueses que bem ou mal possibilitaram que se criasse esta grande naçao, unida e coesa linguisticamente, bem diferente da america espanhola hj dividida em varios paises diferentes (ja imaginaram uma america espanhola da patagonia ate a califoria , passando pelo texas?)

    Pra quem nao gosta do Brasil , o aeroporto é bem perto (deixem a luz acesa pq ainda ficaremos).

  64. O Brasil foi um país sem
    O Brasil foi um país sem povo. Essa idéia do povo brasileiro só toma forma muito tempo depois da independência, depois da república dos marechais. Foi uma invenção.

    Como se explica que a legião de imigrantes que chegou a partir de fins do século 19 tenha sido totalmente assimilada pelo país. Se não houvesse povo, teríamos uma confederação de guetos, apenas.

  65. Só para confirmar. Nesse post
    Só para confirmar. Nesse post eu tive uma mensagem vetada ou o sistema está dando tilt e sumindo com mensagens no limbo?

    Ontem à tarde deu um tilt geral no sistema. Desapareceram inclusive posts meus.

  66. Somos produto de décadas de
    Somos produto de décadas de adestramento, onde fomos ensinados a cultuar pseudo-heróis e, na minha opinião, isso se intensificou sob a ditadura.

    Mesmo sendo um povo cordato, podemos sim nos tornar uma grande nação, do nosso jeito, sem necessariamente nos espelhar em modelos estrangeiros, as vezes carregados de mistificação (história contada pelos vencedores).

    Este ciclo vicioso está sendo quebrado na era Lula, não sem incomodar uma elite (que existe sim, não é as zelite do Ubaldo e sim a elite branca do Lembo).

    )

  67. Prefiro Sérgio Buarque,
    Prefiro Sérgio Buarque, Joaquim Nabuco, André Rebouças, Celso Furtado e Manuel Bonfim. E os fundadores dos Estados Unidos, no original. Experimente Brasil: você vai gostar.

    Uma questao?

    Irineu Evangelista de Sousa e Machado de Assis duas visoes muito especiais para mim que voce quase nunca os citas!

  68. Moro nos USA. O fenomeno
    Moro nos USA. O fenomeno OBAMA surgiu pois os coordenadores da campanha democrata conseguiram aliar um otimo orador a um discurso de esperança e ética que a populacao americana (e mundial) queria ouvir.
    Os discursos, que todos atribuem a Obama, sao escritos por uma equipe de mais de 10 redatores.
    Nasceu um mito.
    Espero que sua equipe politica esteja a altura.

  69. Saramago acerta na canela de
    Saramago acerta na canela de Obama quando sugere “pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira” de construir um mundo melhor. E a resposta de Obama vem no discurso de posse, e bem afinada com a praxe da diplomacia americana, ou seja, curta e grossa: ” – Estamos prontos para liderar novamente”. Ora, o que precisamos dos EUA Obama não nos dará. O preço do sucesso deles tem sido a submissão dos outros. Nenhum povo deseja seguir os EUA, cada um deseja escrever a própria História. E o mundo mudou o suficiente para constatarmos a inadequação do modelo hegemônico que se pretende ressuscitar. Obama, se o fôr, será bom para os EUA. Cabe a nós forjarmos nossos líderes e encontrarmos nosso próprio caminho.

  70. É mesmo muito engraçado. Os
    É mesmo muito engraçado. Os EUA quebram o mundo com as lambanças de seu mercado financeiro desregulamentado, contribuem com a maior parte do aquecimento global, fazem “guerras preventivas” mundo afora, atribuem-se o papel de xerife do Universo (Destino Manifesto é isso aí), torturam, invadem, promovem golpes de Estado, intervêm onde e quando bem entendem, mandam sua quarta frota bisbilhotar nosso litoral, assassinam lideranças progressistas (Obama, cuidado!), etc…. e ficamos aqui babando de inveja da autoridade moral daquele país, de seus mitos fundadores, de seu patriotismo. Como eles são grandiosos, como eles são bacanas, e como nós, brasileiros, somos inferiores! Que História fantástica é a deles, que História vergonhosa é a nossa!

    Nossas “zelites” conseguiram. Contagiaram o povo com seu complexo de inferioridade, com a idéia de que somos tão rastaqueras que nada nos resta esperar senão o lugarzinho subalterno de sempre. Lugarzinho, aliás, confortável para os sócios menores das lambanças internacionais, os DDs et caterva, que ganham com as negociatas globalizadas e pouco se lixam para o país. Brasil? Ah, isso não existe, país cafona, atrasado, cronicamente inviável. O negócio é se dar bem, enricar espoliando nosso povinho iletrado, e depois rachar fora para Miami. Mais do mesmo: nossos colonizadores só queriam saber de ganhar dinheiro com atividades poéticas e construtivas como tráfico de escravos, para depois curtir a vida em Lisboa, ou melhor ainda, em Paris.

    Precisamos entender que o “complexo de vira-latas” é deliberadamente fomentado pelas elites predatórias, para deslegitimar qualquer projeto de País soberano (pois isso não intere$$a àquelas elites).

    Existem empresários nacionalistas aqui. Alguém citou o Barão de Mauá. Ele também tem sucessores. Infelizmente, são a minoria, ou não têm a hegemonia ideológica dos predatórios, que, até agora, venceram a batalha, e nos fizeram acreditar que temos mais motivos para nos envergonhar de nossa cultura e de nossa História que todos os demais países (ou, pelo menos, que todos os países “importantes”).

    Um povo envergonhado de si mesmo é infinitamente mais fácil de ser dominado e espoliado. Já está vencido de antemão. Lutar pelo quê, não é mesmo?…

  71. SouBrasil

    Dizer que que o
    SouBrasil

    Dizer que que o Brasil é o país do futuro [já era há 50 anos – quando eu tinha 7 anos], é repetir o discurso compensatório/esperançoso das elites que precisavam/necessita injetar ânimo no povinho analfabeto/ignorante para que eles produzissem/produzam mais e melhor para enriquecer e fazer prosperar essa mesma elite predatória e bárbara.

    Por outro lado, criticar o Brasil é querer que esse estado de coisas primitivo e safado mude. Isso para que o Brasil – real – esteja à altura dos sonhos e aspirações de todos os Brasileiros. O Brasil é muito mais do que o eterno “país do futuro”. Ao criticar esse engôdo/esse país a patinar e sem nunca avançar [resolver suas mazelas e desigualdades] eu, Waléria e outros queremos fazer do Brasil o país do presente.

    Um abraço

  72. Thomas Jefferson tinha boas
    Thomas Jefferson tinha boas idéias – lutava contra a idéia estapafúrdia da dicotomia entre banco central e Tesouro – Mas era escravocrata.
    George Washington – escravocrata
    Hamilton – defendia a estapafúrdia dicotomia entre banco central e tesouro – e era corrupto.

    Timothy Geithner defende o dólar forte – hoje no Congresso dos EUA

    O que me leva mais uma vez a suspeitar que

    Obama – um cativo a ouvir conselhos fúteis, inúteis, inócuos…

    Daqui a dois anos, pode perder a maioria – E a idéia de estímulo pode ser tida por ineficaz, ironicamente por não ter sido efetivamente implementada –

    E “Berich” pode ficar bravo, pode perceber o quanto os conselhos que lhe foram dados, na área econômica (- pela sua sobrevivência – é a economia, estúpido !!) eram realmente – isso mesmo – fúteis, inócuos.

    Pode começar a morder os narizes dos seus “conselheiros” – Pode começar a admoestá-los, a se colocar contra eles – Pode ser derrubado…

    Ou derrubar…

  73. Krai, que papo de colônia!
    Krai, que papo de colônia! Aqui no Brasil não houve ruptura, pra afirmar a diferença e a nacionalidade é que serve o mito fundador.

  74. Nassif,

    Não atinei para sua
    Nassif,

    Não atinei para sua associação entre a idéia de um Brasil sem povo e guetos.
    As levas de imigrantes a que se refere podem ser divididas em dois momentos principais.
    A primeira leva, no século XIX, veio para substituir mão-de-obra escrava que começava a rarear e foi basicamente rural. Eles chegavam e iam direto para as fazendas. Muitos foram enganados com o conto da terra livre. Descobriam logo ao chegar que não haveria terra para eles e que teriam de pagar os custos da sua viagem até o Brasil. O marco temporal para esse processo é o ano de 1850. Nesse ano é proibido o tráfico de escravos e, coincidentemente, é criada a Lei de Terras. Antes dessa lei o acesso a terras devolutas era livre, qualquer um poderia ocupá-las sem nada pagar. Essa lei torna obrigatório o pagamento em dinheiro pelas terras, mesmo as devolutas. Isso, na prática, impede o acesso dos recém chegados ao solo, visto serem na esmagadora maioria muito pobres Restava-lhes sujeitar-se ao trabalho nas terras alheias. Com isso foi garantida à mão-de-obra barata para a lavoura cafeeira, salvando o modo de vida de nossa elite agrária e parasitária.
    Esta foi, também, uma política pensada de “branqueamento” da população do Brasil, visto pela elite agrária e escravocrata como muito mestiço. Escolheram trazer europeus brancos rejeitando os “amarelos” chineses e japoneses.

    O segundo momento da imigração se dará mais na virada do século XIX para XX e início do século XX. Este sim será mais urbano e terá mais variações no tom da pele.

    Isso posto podemos dizer que até meados do séc. XIX o “povo brasileiro” era formado pelo bloco branco português proprietário de terras e o bloco dos negros escravos.

    O mito fundador do povo brasileiro miscigenado, multicolorido, pacífico e tolerante é coisa que vai surgir já bem dentro do século XX. É uma construção moderna.

    Manuel Bonfim – que foi o primeiro a demolir as teses raciais – faz uma apologia do povo em seus livros. Mas temia que ainda não estivesse devidamente formado para absorver os imigrantes. Dizia haver o risco de se criar estados estrangeiros no país. Errou. Lembre-se que, nos anos 10 e 20 já havia uma cultura popular riquíssima, que resultou na semana de 22, na música popular urbana de Recife e Rio. Essa mescla racial permitiu, em pouco tempo, que a música italiana influenciasse as valsas brasileiras, o violão paulista. Os exemplos são muitos. O ponto importante é que essa miscigenação racial e cultural ocorreu porque a base – a mistureba de portugas, índios e negros – criou o ambiente adequado.

  75. Você está se apoiando em uma
    Você está se apoiando em uma amostra muito pequena e urbana. Manuel Bomfim é seu mito particular.
    A tese da miscigenação racial democrática também é mito. Não somos tão estanques quanto os americanos mas é só isso, e não espere muito mais.
    Você caiu no conto do povo multiracial. Isso é um constructo da modernidade. Temos apenas uma tolerância marginal às relações inter-étnicas. Miscigenação cultural não implica miscigenação racial. Eu posso muito bem adorar jazz e samba, até desfilar em escolas de samba e, ao mesmo tempo, não suportar um preto perto ao meu lado. Lembre-se que muito senhor de escravos adorava o batuque do terreiro, desde que ficasse no terreiro.

    Eita, eita, me explique então porque italianos não ficaram juntos apenas com italianos, libaneses com libaneses, alemães com alemães. Na minha casa tenho sangue italiano, português, libanês e sírio Você pensa no mundo dividido em duas raças: a branca e a negra. O mundo é muito mais vasto, assim como a diversidade racial no Brasil.

  76. Eita, eita, me explique então
    Eita, eita, me explique então porque italianos não ficaram juntos apenas com italianos, libaneses com libaneses, alemães com alemães. Na minha casa tenho sangue italiano, português, libanês e sírio Você pensa no mundo dividido em duas raças: a branca e a negra. O mundo é muito mais vasto, assim como a diversidade racial no Brasil.

    Nassif

    Ou você não quer entender ou não entende mesmo. “Italianos, libaneses com libaneses, alemães com alemães, bem como portugueses, espanhóis etc, são os chamados imigrantes. Difícil encontrá-los nas favelas e guetos desse Brasil de meu Deus. Eles estão em sua maioria no pico da pirâmide. No Brasil, fazemos de conta, isto é, aparentamos uma harmonia -econômica, étnica, social etc – que na verdade é uma falácia. Ou seja, inexistente.

    Pela milésima vez: “raças” são construções ideológicas e políticas e nesse sentido, sim, só temos duas etnias: brancos e negros. Brancos o lado bom ou alta cultura e negros algo a ser escondido ou escondido.

    Nassif, once and for all, o mundo é miscigenado desde de seus primórdios. É só olhar as diferentes etnias que formaram o povo europeu por exemplo. Miscigenação não é privilégio do Brasil/brasileiro e, sobretudo não é invenção nossa.

    Acho que você precisa andar pelos guetos, favelas, prisões e periferias para ver o percentual de libaneses, italianos, alemães, espanhóis e afins [ínfimo] em comparação com negros [maioria].

    A maior democracia étnica do planeta é os EUA. Tem uma família inteira de negros no poder/presidência. E no secretariado/ministério de Obama você vai encontrar representantes de todas as etnias [orientais/indígenas/latinos etc.] que compõe os EUA.

    Nassif não conheces o país onde vives. Esse seu país saiu da cabeça de Buarque de Holanda, Freire, Manuel Bonfim. Todos, sem exceção grandes ficcionistas brasileiros. O Brasil – real – é muito mais complexo. Cabe a nós, brasileiros, descortiná-lo.

    Que país é esse?

    O Brasil – real – está por ser descoberto/reinventado. E essa tarefa cabe aos brasileiros.
    Nassif o seu Brasil é idealizado – ‘tá mais para a fábrica de sonhos da Globo.

    MinhaSantaMarcelina! Eu só queria discutir a incorporação dos imigrantes na cultura e na sociedade brasileira… Orlando, sei que você guardou todos os argumentos e citações do mundo para uma discussão sobre cotas raciais, sobre Gilberto Freire, sobre a existência ou não de uma democracia racial no país. Então, faça o seguinte: espere o tema pintar. Você fez uma ginástica tal para poder colocar seu material de pesquisa na discussão que vai ter torcicolo: estou discutindo a incorporação das diversas culturas (italiana, árabe, judia, libanesa, alemã) no Brasil. E entenda: apesar de sua importância, a cultura negra não é a única formadora das características brasileiras.

  77. Lembre-se que, nos anos 10 e
    Lembre-se que, nos anos 10 e 20 já havia uma cultura popular riquíssima, que resultou na semana de 22, na música popular urbana de Recife e Rio

    Nassif

    A semana de 22 é uma criação dos filhos da elite rural. Ademais, a estética deles [Tarsila e outros] é apropriação da estética européia. De brasileiro sobrou muito pouco. Além disso, em 22, na europa, o expressionismo já era passado. O pessoal – Picasso e outros já flertava com o dadaísmo, abstracionismo e cubismo.
    E Duchamp já enlouquecia/assustava com seu urinol e ready made.

    Talvez a arte mais “brasileira” tenha começado com os “italianos” do grupo Santa Helena – Volpi, Graziano etc… Ou com Oiticica.

    Que cultura popular “riquíssima” com um povo, em sua maioria, eu chutaria 70%, sendo de analfabetos? 22 foi sim um evento das elites para as elites.
    E as elites eram todas brancas. Não houve participação de negros ou indígenas. 22 foi alva e caucasiana.

    O grande barato [que sai caro], é que – ainda – em 2009 muito pouca coisa mudou. O pico da pirâmide [elites] continua branco.

    Orlando, vamos combinar uma coisa? Quando se discutir exclusão social, você pega esses argumentos e copia. Mesmo se quiser discutir exclusão racial, faça o mesmo. Quando se discutir a integração dos imigrantes ao país, vá na gôndola do seu cérebro e procure os argumentos pertinentes. Depois, se dê conta de que cultura popular, por definição, não é feita por eruditos, é por analfabetos ou semi-analfabetos mesmo. Ou você acha que João Pernambuco, Levino Conceição, os congos e sambistas do início do século não fizeram cultura popular… por não serem eruditos. Ou você acha que havia PhDs no início do jazz? FInalmente, quando analisar a Semana de 22 e o Movimento Modernista, preste um pouco de atenção em dois bicões que passaram por lã, Villa Lobos e Mário de Andrade e tente levantar qual a base da sua contribuição estética ao movimento e ao país. Eu sei que eles não tiveram nenhuma importância, por terem cometido a suprema ousadia de atrapalhar seus argumentos. Mas não custa uma menção de leve.

  78. Essa mescla racial permitiu,
    Essa mescla racial permitiu, em pouco tempo, que a música italiana influenciasse as valsas brasileiras, o violão paulista. Os exemplos são muitos.

    Nassif

    O que você diz acima se aplicaria à, outrora [embora ainda seja por demais racista], nação mais racista do planeta – os EUA. Agora, não acho que senhores de escravos, no Brasil colônia, dormindo/estuprando negras e indígenas e, depois, renegando os filhos/prole seja um bom exemplo de miscigenação. Na verdade, essa é a origem da “harmônica ‘miscigenação’ à brasileira”. A partir do início do século XX, negros casando com negros passou a ser a tônica e, de acordo com pesquisas, os casamentos inter étnicos, no Brasil, no final do século passado [XX], diminuíram em número. E, irônico, nos EUA, eles [casamentos interétnicos] aumentam. O irmão da Michelle Obama, é casado com uma branca e o meio irmão de Obama – negro como ele – mora na China, fala mandarim e é casado com uma chinesa.

    Essa mesma “mescla”, o correto é étnica, posto que não existem “raças” e, sobretudo, usando o seu raciocínio, [essa mesma “mescla”] permitiu que, nos EUA, nós tivemos o casamento da tradição musical européia com a africana e , por conta disso, nós, mundão/planeta temos – hoje em dia: o Jazz [não haveria a Bossa Nova sem o Jazz], R and Blues, Gospell Music, Rock and Roll. Ritmos que influenciaram toda a música pop em todos os rincôes do planeta.

    Detalhe: isso ocorreu, nos Estados Unidos, mesmo face a todo o racismo e segregação racial. Logo seu argumento é furado. Primeiro veio a música e depois a integração das várias etnias. O músico americano branco não tinha preconceito/racismo contra o jazz/blues e isso aproximou opostos. Que o digam Chet Baker, Dave Brubeck, Paul Desmond, Guerry Mulligan e tantos outros.

    Mesmo a integração/misicgenação no cinema se ocorreu – antes – lá, nos EUA, que no Brasil. Grande Otelo sempre foi esnobado no Brasil e na década de 1970, no Brasil, pintaram o Sérgio Cardoso de negro para viver Pai Tomás na TV Tupi. Enquanto isso, Sydnei Poitier [negão], lá nos EUA, já era um astro na década de 1960 e abriu espaço para astros e estrelas como Denzell Washgton, Ophra, Will Smith [maior bilheteria do cinema americano atual].

    Nassif, seu Brasil , ancorado em Freire, Buarque de Holanda, Manuel Bonfim etc,. é irreal, capenga, medroso, com baixa auto estima, sem identidade, hipócrita e desigual – social e econômicamente. “O Brasil não conhece o Brasil” de Maurício Tapajós e Aldir Blanc ..

    […]Título: O BRASIL NÃO CONHECE O BRASIL? Permanência e criação na vida cotidiana.
    Linha temática: Estado-nação, esse obscuro objeto do desejo: desventuras e possibilidades para os Estados nacionais na virada do século.
    Apresentação: O Brasil não conhece o Brasil? Permanência e criação na atualidade O Brasil não conhece o Brasil. Somos, ainda hoje, desterrados em nossa própria terra. Minha pátria é minha língua. Quem não gosta de samba bom sujeito não é; é ruim da cabeça ou doente do pé. Aqui é o país do futebol, da mulata, da cachaça e da música. Felicidade: passei no vestibular, mas a faculdade é particular. Este não é um país sério. Porque eu me ufano ou me enojo do meu país. Vejam esta maravilha de cenário onde de perto ninguém é normal . Todas as frases transformam-se em motes, tentativas de capturar uma imagem do Brasil. Uma síntese de nossa identidade como Nação. Como neste caso a síntese é impossível, as frases na maioria das vezes apontam estereótipos que podem transitar do maravilhoso, passando pelo exótico e chegando ao racismo. No melhor dos casos, conseguimos alguns achados poético/musicais, artísticos e intelectuais. Chegamos a inventar um gênero literário: a crônica de futebol. Não há jornal de outro lugar que abrigue um (ou mais) cronista esportivo diário em suas páginas.] Em se tratando de Brasil é a multiplicidade que dá o tom, fornece o rumo e os campos de referência para uma interpretação. Uma leitura que se considere séria vai ser obrigada a enfrentar esta condição: lidar com a multiplicidade, com o cintilamento das diferentes fontes de referência sem cair no ecletismo, ou numa tentativa de fazer com os traços uma totalidade. Totalitarismo tem o mesmo radical e, nestes primeiros anos do séc. XXI ainda estamos as voltas com os fundamentalismos dos mais diversos matizes, do científico ao religioso, do econômico ao político. Desde Freud sabemos que o discurso social articula-se com o sujeito psíquico. O engendramento do Eu inicia-se a partir de sua relação ao Outro, sustentada no campo cultural. Nosso Imaginário precisa da antecipação de uma unidade, nossa imagem pessoal forma-se assim; dependente do espelho, do olhar e da palavra do outro que nos sustenta. Porém, nem só de Imaginário vive o homem, ele precisa das dimensões do Real e do Simbólico para se estruturar. Com isto , os psicanalistas aprenderam a respeitar os limites que se impõem quando tentamos abordar um tema, um sujeito. A verdade última, não está mais ao nosso alcance, pelo menos de forma laica. Temos que reconhecer que certas interrogações fundamentais perpassam os mais diversos campos da cultura, fazendo com que a verdade tenha estrutura de ficção, seja fruto do trato linguageiro e da diversidade de abordagens. Estes Seminários presenciais, ao longo de sete momentos em cada uma das cidades-sede, são conseqüência de um trabalho na interlocução entre a psicanálise e os diferentes campos com que ela dialoga enquanto parte integrante e interessada em abordar a cultura e o pensamento brasileiros. Dessa trajetória precipita-se a iniciativa de ir mais adiante na reflexão sobre o Estado –nação, esse obscuro objeto do desejo tendo a oportunidade de diálogo com convidados cuja produção tem-se evidenciado significativa e reconhecida neste desejo de contribuir para uma reinvenção produtiva de nossa história. Este é mais um passo de uma longa jornada ; pois implica conhecer e analisar “nossas raízes” psíquicas e culturais, para tentar transformá-las, reconhecendo as impossibilidades na qual se sustentam. Com sorte, talvez possamos repetir os versos da canção como um ensejo que se transmite as novas gerações: “Vai ter que amar a liberdade, só vai cantar em tom maior. [..]

    Um abraço

    Suspiro…. Ok, Orlando, você venceu. Levanta todos os argumentos mostrando que houve a mescla nos Estados Unidos para provar que não houve no Brasil. Eu falando da absorção dos imigrantes no século 20 e você mencionando senhores de escravos abusando das escravas. Ai entra casamento de branco e negra nos EUA (que nem o seu, aliás), entra a miscigenação no jazz e eu não consigo pegar nem a metade do fio do seu raciocínio. Desisto!

  79. Hahahaha,
    Você é um caso
    Hahahaha,
    Você é um caso perdido, nasceu no século errado.
    Italiano, português, libanês e sírio são todos brancos. E eu bem falei que por aqui temos uma certa tolerância, mas isso não serve como argumento a favor da tese da democracia racial.
    Quanto a semana de 22 eram todos brancos europeus e bem nascidos. Que miscigenação tem ai? Eles apenas se apropriaram de elementos culturais externos. Isso aconteceu nos EUA também. Ninguém fez isso melhor que Gershwin, até compôs uma belíssima ópera negra. Mas você não encontra uma foto dele ao lado de um negro. Os negros lhe forneceram bom material musical apenas.

    Só uma dica, a cultura nacional é uma mescla de cultura índia, negra, italiana, espanhola, libanesa, judia, alemã, norte-americana… O mundo não está dividido entre negros e brancos europeus, prezado. Não pretenda o monopólio da raça e da cultura.

  80. Nassif

    Nunca disse que no
    Nassif

    Nunca disse que no brasil não existiu a mescla. Todavia, em menor ou maior grau ela existiu no mundo inteiro – desde sempre. Inclusive nos Estados Unidos. No entanto, essa mescla no Brasil, é menos visível [social e economicamente falando] do que em outras partes do planeta. Isto é aqui, desde Rui Barbosa, se tentou apagar a história do negro e , sobretudo, colocar o negro e sua história como adendo de uma civilização miscigenada. O que não nego. Se você falar em sexo/genética tudo bem, Porém essa tão propalada miscigenação não se traduz em visibilidade do negro na economia e nas oportunidades. Isso em função do racismo. mesmo que sua experiência do Nassif] como negro diga o contrário. Ou seja, o negro ‘tá e, sempre esteve, na base da pirâmide. Diferentemente da situação da situação do negro na América racista e racialista.

    Nassif, tens lido ficção demais. Criaste um país [Brasil idealizado] e não abres mão da sua fantasia. Seus argumentos são fracos, posto que não têm respaldo na realidade do Brasil recente ou passado.

    Quanto ao fato da minha ser branca. Não sou contra casamentos inter étnicos. Sou contra o uso político, ideológico e sociológico da miscigenação para justificar uma harmonia/democracia étnica que, no Brasil, inexiste. Coisa que os setores mais retrógrados, atrasados, elitistas e preconceituosos desse país defendem como patrimônio.

    Desde quando uma mentira é tratada como tesouro nacional? Nassif, perdemos o bonde da história étnica para os racistas americanos e seguimos na nossa sina que – ainda – prefere um bom enredo de escola de samba à dura realidade de uma quarta feira de cinzas. Ou prefere as bananas da cabeça da Carmem Miranda….

    Não faço apologia ao racismo. Ao contrário sofre com ele. Não odeio brancos ou qualquer outra etnia. Apenas como negro não quero ser levado a reboque numa trama [história/cultura/país] com uma leitura da realidade/discurso [passado/presente] hegemônicamente branca/o. Quero que o negro tenha destaque na história do Brasil não como adereço de escola de samba. Mas como constituinte e construtor da história desse país. Junto com brancos, indígenas, orientais e outros.

    Inteligente você é. Só não vê/entende por que não quer. Talvez seja mais conveniente.

    Da série Blogueiro sofre muuuuuuito….

  81. Orlando, vamos combinar uma
    Orlando, vamos combinar uma coisa? Quando se discutir exclusão social, você pega esses argumentos e copia. Mesmo se quiser discutir exclusão racial, faça o mesmo. Quando se discutir a integração dos imigrantes ao país, vá na gôndola do seu cérebro e procure os argumentos pertinentes. Depois, se dê conta de que cultura popular, por definição, não é feita por eruditos, é por analfabetos ou semi-analfabetos mesmo. Ou você acha que João Pernambuco, Levino Conceição, os congos e sambistas do início do século não fizeram cultura popular… por não serem eruditos. Ou você acha que havia PhDs no início do jazz? FInalmente, quando analisar a Semana de 22 e o Movimento Modernista, preste um pouco de atenção em dois bicões que passaram por lã, Villa Lobos e Mário de Andrade e tente levantar qual a base da sua contribuição estética ao movimento e ao país. Eu sei que eles não tiveram nenhuma importância, por terem cometido a suprema ousadia de atrapalhar seus argumentos. Mas não custa uma menção de leve.

    Nassif

    Às vezes, acho que não falo português.

    O que eu digo é que a semana de 22, e várias teóricos concordam comigo, foi um auê da classe rural paulista e setores da classe média paulistana que fizeram o seu manifesto. Atrasado. O mundo já estava correndo por outras vias. Da mesma época é o desbunde arquitetônico eclético/caipira que tomou de assalto os casarões da avenida paulista e todo o interior de São Paulo. E para isso colocamos abaixo toda a nossa arquitetura/passado colonial. Vocês lá nas Minas Gerais tiveram mais juízo. Ademais, Volpi [ meio Naif ] e suas bandeirinhas era muito mais “moderno” e brasileiro.

    Ademais, não digo que o movimento de jazz, no início, fosse erudito. Reafirmo. O racismo dos americanos não impediu que duas tradições musicais diversas. européia e africana, se unissem para criar o gênero musical que sintetiza um país. Negros e brancos têm orgulho de sua música. E, sobretudo, o jazz contribuiu para que eruditos como Aaron Copland fossem ofuscados pela música de Duke Ellington ou dos irmão Gerswin. Prenunciando uma América que, muito antes de King/Obama já se “miscigenava” e flertava por meio da música.

    Tenho respeito e admiração por Lobos e Andrade. Todavia, Monteiro Lobato também pegou o movimento meio de carona. Entretanto, o movimento, em si, foi, na verdade, o ponto de vista de uma elite inteclectual, em sua maioria, que queria descontruir a Europa [antropofagia] para “construir” o Brasil.

    Na verdade, ainda estamos tentando construir essa identidade nacional. Holanda, Freire, Darci e outros tentaram. No entanto, o Brasil continua sendo, em muitos aspectos [em especial no étnico] um mistério até para os brasileiros.

    Que país é esse?

  82. Nassif

    Eu e o André temos
    Nassif

    Eu e o André temos posicionamentos semelhantes. Por outro lado, suas [Nassif] respostas, a ele a mim, são de alguém [você] que tem o monopólio da verdade. Mesmo que suas [Nassif] respostas sejam fracas, inconsistentes e, sobretudo em desacordo com a realidade e senso comum , você, teimosamente, insiste em sua criação/idealização/caricatura de um Brasil [o seu] que, pelo menos na parte étnica, está a léguas da realidade.

    Você gosta do folclore e enredos que impressionem no desfile da Sapucaí. Eu prefiro me ater a fatos.

    O Brasil não conhece o Brasil…

    E eu é que tenho o monopólio da verdade. Sou um mero sofredor, Orlando.

  83. Nassif

    O mundo não está
    Nassif

    O mundo não está dividido entre negros e brancos europeus, prezado.

    Caia na real !

    O mundo está e sempre esteve divido entre negros e brancos europeus, americanos, palestinos e judeus etc… O muro que separa Gaza de Israel, o “muro” burocrático [vistos/quantia em dinheiro e outros entraves] que separa a Comunidade Européia do restante do resto do mundo. E por aí vai. Na verdade, grosso modo, [fora etnias] o mundo está dividido entre ricos e pobres. Ou será que brasileiros não são barrados em aeroportos na Europa e deportados como ladrões e delinqüentes?

    Delírio agora?

  84. Nassif

    Sofredores somos
    Nassif

    Sofredores somos todos nós. ‘

    Tá na hora de olharmos [brasileiros/Brasil] para nossa cara “feia” no espelho e lidarmos com nosso umbigo. Cara, estamos a patinar por 500 anos e sempre elegemos culpados por nossas mazelas [colonização portuguesa, imperialismo americano/Fundação Ford/ globalização]. Efetivamente, nós, brasileiros é que não cuidamos do Brasil/brasileiros. Se esse país, em muitos aspectos é uma m. a culpa é só dos brasileiros. O mundo anda para frente e nós andarmos em círculos. Por vezes conseguimos até andar para trás. Somos [Brasil/brasileiros] muito maiores do que bolsas famílias ou paliativos do tipo. Negros, brancos, orientais e indígenas, no Brasil, podemos e merecemos mais do que a esperança de um país/Brasil melhor no futuro. Em todas as áreas.

    Um abraço

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