O BC e a queda da produção

O IEDI (Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial) traz um bom diagnóstico sobre a crise da indústria (clique aqui).

Critica a atuação do Banco Central especialmente em dois pontos: a política de injetar liquidez na economia, sem criar mecanismos para que o dinheiro chegue às empresas; e sua incapacidade de trabalhar a alta volatilidade do câmbio.

Luis Nassif

5 Comentários

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  1. A política monetária
    A política monetária desenvolvida pelo BC,em consonância com a política ecônomica,permitiu ao país crescer em torno de 5% em 2008 mantendo-se a inflação próxima a banda superior.
    O BC continua atento a todos os movimentos da economia e todos os ajustes que necessitarem ser feitos acontecerão no seu devido tempo.O BC,ainda que atue muito próximo a independência,faz parte do governo e a este se reporta,não havendo nenhuma dissonância entre ambos.
    O país não gastará todas a sua munição de uma só vez,mesmo porquê,quem assim o fez,já viu que os resultados foram pífios.

    Prezado, estamos falando do mesmo país?

  2. Creio que o Brasil tinha
    Creio que o Brasil tinha todas as condições de evitar uma forte desaceleração da economia, mas o conservadorismo demonstrado pelo COPOM, está levando os agentes econômicos a perceberem que o COPOM cometerá os mesmos erros do FED durante a crise de 1929.
    É preciso corrigir rapidamente a Polítca Monetária, mas o COPOM dá claras demonstrações de irá realizar uma mudança gradual da Política Monetária.

    A perda da confiança dos consumidores americanos se alastrou como nunca se viu antes para todo o planeta.
    Não ocorreu nehuma queda na renda e empego que justifiquem as fortes quedas nas vendas de bens duráveis, demonstrando que a crise é ainda essencialmente uma crise de confiança, também no Brasil.

    O que está correndo com a perda brusca da confiança dos cconsumidores é que os diversos agentes da economia estão se antecipando a uma postura extremamente conservadora do COPOM de reduzir gradualmente os juros da Selic.

    A primeira indicação do COPOM foi um corte de 0,25% a cada reunião, o que está se revelando totalmente insuficiente para reverter as expectativas de forte queda nas vendas, o que tornou a situação assustadora.

    Todos os elementos racionais já exigem uma forte queda dos juros da Selic, o que além de demonstrar os erros da avaliação do COPOM, que tanto na ata como no relatório de inflação, apontava para um risco maiior da pressão da demanda interna sobre os preços., indica que eles estão totalmente malucos.

    Quando se ignora tantos elementos racionais, a única coisa que se pode dizer é que eles estão malucos. pois se a depressão se instalar, com ela virá o aumento inadimplência, a deflação dos ativos o que colocará em risco a sobrevivência do sistema financeiro do Brasil.

    Hoje a maior defesa dos lucros e da própria sobrevivência do sistema financeiro é justamente uma forte redução dos juros da Selic

    como já foi dito “O caso do setor imobiliário residencial, onde começou a crise, ilustra bem os problemas criados pela deflação. Mesmo que as taxas cobradas nos empréstimos hipotecários fossem reduzidas para zero, com a queda sistemática dos preços das casas, a partir de certo ponto o valor do imóvel passa a ser inferior à dívida. A deflação generaliza esse fenômeno: aumenta o valor das dívidas em relação à riqueza. Não é bem o que um mundo atolado em dívidas precisa.”

  3. Creio que ainda precisamos
    Creio que ainda precisamos considerar que havia uma expectativa de crescimentos nas vendas de automóveis de 15% a 20%, com a ruputura das relações econômicas ocorrida em setembro de 2008, além não se concretizar os aumentos nas vendas ocorre um uma forte queda nas vendas em relação a 2007.

    Em relação as expectativas iniciais de vendas ocorreu uma queda de mais de 30%, o que é até mais grave do que está ocorrendo em outros países, onde já havia uma expectativa de queda nas vendas, que se concretizaram.

    Isto criou um desajuste nos estoques em toda cadeia de produção e comercilização muito grande.

    E lembrando que os altos juros dos financiamento de capital de juros, são atrelados a Selic e estão muito altos.
    O custo de carregamento de estoques é extremamente elevado.

  4. Da Agência EFE divulgado pelo
    Da Agência EFE divulgado pelo Último Segundo do IG
    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/12/bce+reduzira+a+taxa+de+juros+na+quinta+feira+segundo+analistas+3302949.html

    BCE reduzirá a taxa de juros na quinta-feira, segundo analistas
    12/01 – 15:39 – EFE

    O analista do Commerzbank Christoph Balz previu que a entidade monetária européia reduzirá a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 2%, o nível mais baixo desde 2003 e o mínimo na história do BCE.

    “Os indicadores econômicos da zona do euro apontam uma baixa aguda”, segundo Balz, que, ao mesmo tempo, considera que os riscos em alta para a estabilidade de preços não são mais um assunto preocupante………….

    …………………Os membros do Conselho do BCE e seu presidente, Jean-Claude Trichet, deram poucas pistas nas últimas semanas de qual será o próximo movimento da taxa de juros.
    No entanto, os números econômicos publicados desde a última reunião no início de dezembro mostram uma piora da situação econômica do zona do euro.

    Desde o começo de outubro do ano passado, o banco europeu reduziu a taxa básica de juros em 1,75 ponto percentual, para 2,5%.

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