Operações de crédito atingem R$ 2,777 tri em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As operações de crédito apuradas no sistema financeiro brasileiro chegaram a R$ 2,777 trilhões durante o mês de abril, com crescimento de 0,6% no mês e de 13,4% ao longo de doze meses, em relação a variações respectivas de 1% e 13,7% verificadas no mês anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

A evolução mensal refletiu as elevações de 0,9% e 0,4% nos saldos destinados a famílias e empresas, que somaram R$ 1,294 trilhão e R$ 1,483 trilhão, nessa ordem. A relação crédito/PIB manteve o patamar de 55,9%, enquanto, em abril do ano anterior, situava-se em 54,1%.

De acordo com a autoridade monetária, “o comportamento do crédito em abril foi influenciado pelos movimentos sazonais do primeiro quadrimestre do ano que atuam na demanda de crédito, sobretudo do segmento livre, e pelo crescimento sustentado das carteiras de crédito imobiliário e rural, em contexto de taxas de juros e de inadimplência estáveis”.

Os desembolsos a pessoas físicas voltaram a subir no período, apresentando um crescimento de 3,9% no período de pesquisa, com destaque para as contratações de crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito rural. No segmento de pessoas jurídicas, registrou-se decréscimo de 1,8% nas concessões, diante da maior base de comparação em março, com menor utilização de modalidades vinculadas a aquisição de recebíveis e a investimentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O estoque de crédito com recursos livres, correspondente a 54,1% do total da carteira do sistema financeiro, atingiu R$ 1,504 trilhão, após variações de 0,1% no mês e 6,2% em doze meses. O saldo destinado às pessoas físicas alcançou R$ 752 bilhões, uma expansão mensal de 0,2%, com ênfase no aumento da carteira de crédito pessoal. O saldo de crédito livre das empresas totalizou R$ 752 bilhões, após declínio mensal de 0,1%, condicionado pela queda dos saldos classificados em outros créditos, sobretudo operações referentes à aquisição de recebíveis, que contrabalançou a expansão observada em capital de giro.

Já o saldo dos financiamentos com recursos direcionados situou-se em R$ 1,274 trilhão, traduzindo avanços de 1,3% no mês e 23,2% em doze meses. Nas operações com pessoas físicas, o saldo apurado foi de R$ 542 bilhões e aumento de 1,9% no mês, com destaque para a manutenção do ritmo de alta dos financiamentos imobiliário e rural, com aumento da participação dessas modalidades no portfólio das famílias, representando 38% do saldo total do segmento em abril, ante 37% em março e 33% em abril do ano anterior. No segmento empresarial, o saldo totalizou R$ 731 bilhões, após variação mensal de 0,9%, refletindo o crescimento de 0,8% na carteira de financiamento para investimentos com recursos do BNDES.

Consideradas as operações com recursos livres e direcionados, o saldo relativo ao setor privado alcançou R$ 2,610 trilhões, acréscimo de 0,5% no mês. Além dos financiamentos concedidos ao setor imobiliário e rural, que registraram expansões respectivas de 2% e 1,5% no mês, destacou-se o segmento de outros serviços, com acréscimo de 0,8%, impulsionado pelas contratações referentes ao setor de energia. Os créditos com o setor público somaram R$ 167 bilhões, aumento de 2,2% no mês, resultante das variações respectivas de 0,9% e 3,3% nas carteiras relativas ao governo federal e a estados e municípios.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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