Painel internacional

Economia alemã estagnou no quarto trimestre e encolheu 5% em 2009

A economia da Alemanha provavelmente estagnou no quarto trimestre, afirmou o Escritório Federal de Estatísticas do país, cobrindo o pior ano para a maior economia da Europa desde a II Guerra Mundial. “O produto interno bruto no quarto trimestre, em termos ajustados sazonalmente, permaneceu no nível do trimestre anterior”, disse hoje em Wiesbaden Norbert Raeth, economista do Escritório Federal de Estatísticas. Ainda assim, os números do último trimestre de 2009 são “rodeados de incerteza”, disse. O PIB caiu 5% para o ano inteiro, uma acentuada queda que os economistas tinham previsto, após uma expansão de 1,3% em 2008. Depois de encolher por quatro trimestres consecutivos, a economia mostrou expansão nos três meses até junho. O governo da chanceler Angela Merkel está gastando 85 bilhões de euros (US$ 123 bilhões) para impulsionar o crescimento. O Bundesbank (banco central) disse no mês passado que a perspectiva tem se “iluminado perceptivelmente”.O número do quarto trimestre é “mais fraco do que o esperado; a maioria das pessoas viu uma desaceleração no quarto trimestre, mas não nessa medida”, disse Nick Kounis, economista-chefe do banco europeu Fortis Bank Nederland, em Amesterdã. Isso “acrescenta a prova de que a recuperação está perdendo força“.

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Política econômica da China pode atrasar recuperação mundial

Google ameaça sair da China depois de ataques cibernéticos

Terremoto no Haiti pode ter matado milhares de pessoas

China quer financiar hidrelétrica no Equador

Política econômica da China pode atrasar recuperação mundial

A fim de estimular sua economia, Pequim atrelou novamente a sua moeda ao dólar. Foi há pouco mais de um ano que Fajing Huang, 55 anos, estava lutando para manter sua empresa à tona. Presidente da fabricante de isqueiros Wenzhou Rifeng, Huang foi forçado a enviar seus cerca de 500 trabalhadores para casa mais cedo, como resultado da crise econômica mundial. Agora, um ano depois, o negócio está de volta em pleno vapor nas fábricas de Wenzhou, que abastecem o mundo com produtos baratos, de botões para cabos elétricos e, é claro, isqueiros. Na Rifeng, trabalhadores vestindo uniformes cinza prensam minúsculas peças de metal em conchas leves, que são depois vendidos aos fumantes na Europa, nos Estados Unidos e Japão. O fato de ter sobrevivido à crise é absolutamente em grande parte graças ao seu governo – e a decisão, no verão de 2008, de mais uma vez atrelar a taxa de câmbio do yuan ao dólar dos EUA. Pequim usa essa política para garantir que as fábricas do país possam continuar a exportar seus produtos a preços cada vez mais baratos. Como o valor do dólar se desvalorizou fortemente, o yuan caiu junto com ele, perdendo até 17% do seu valor contra o euro em 2009. Ao mesmo tempo, esta taxa de câmbio artificialmente baixa serve como muleta que permite que o governo chinês proteja muitos dos seus negócios de exportação contra o fracasso. É a única razão pela qual as exportações diminuíram apenas 1,2% em novembro de 2009 em relação ao mesmo mês do ano anterior, permitindo que a China substitua a Alemanha como a principal economia de exportação do mundo.

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Google ameaça sair da China depois de ataques cibernéticos

O Google anunciou na terça-feira que pode se retirar da China por causa dos sofisticados ataques às redes de computadores que lá se originaram, e que estão atingindo os serviços de e-mail e infra-estrutura corporativa, uma ameaça que poderia chacoalhar as relações EUA-China, bem como a comunidade empresarial chinesa. A empresa disse que tem provas que sugerem que “o objetivo principal dos atacantes é acessar as contas de Gmail dos ativistas chineses de direitos humanos”, mas disse que pelo menos outras 20 grandes empresas, (de setores) que incluem finanças, mídia e empresas de produtos químicos, têm sido alvos de ataques similares. O Google afirmou que o ataque foi descoberto em dezembro. “É claro que este ataque foi tão penetrante e essencial para o núcleo de propriedade intelectual do Google, que somente em tal situação eles contemplariam puxar o plugue de todo o modelo de negócios na China”, disse James Mulvenon, um especialista cibernético da consultoria Defense Group Inc. para a China. Fontes da indústria disseram que os ataques foram ainda mais amplos, afetando cerca de 34 empresas.

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Terremoto no Haiti pode ter matado milhares de pessoas

Um grande terremoto atingiu fortemente a costa do Haiti na tarde de terça-feira, causando extensos danos na capital Port-au-Prince, e um funcionário disse que “deve haver milhares de mortos”. O terremoto teve magnitude de 7,0, de acordo com a Pesquisa Geológica dos EUA, e o epicentro foi localizado a apenas 10 quilômetros de Port-au-Prince. O centro também foi relativamente raso, a menos de 10 milhas abaixo do solo, aumentando o risco de danos. Karel Zelenka, representante da Catholic Relief Services em Port-au-Prince, disse aos colegas dos EUA antes de o serviço de telefone falhar, que “deve haver milhares de mortos”.

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China quer financiar hidrelétrica no Equador

O Equador e a China assinaram um memorando de entendimentos sobre um empréstimo de Pequim a Quito, para financiar uma barragem hidrelétrica de US$ 2 bilhões no país sul-americano, disse a agência oficial de notícias Andes. Assinado em Pequim pela ministra das Finanças do Equador, Maria Elsa Viteri, e diretores do banco de exportação e importação da China, o memorando marca o fim de uma difícil fase de negociações. “Concluímos a rodada de negociações e as declarações de entendimento foram assinadas, o que dá conhecimento aos avanços que foram alcançados”, disse Viteri à Andes na terça-feira, (falando) da China. Ela caracteriza esses avanços como “importantes”. “A negociação não está concluída, mas há progressos”, disse a ministra das Finanças, sugerindo que o acordo para o empréstimo poderia ser concluído em um futuro próximo. A visita de Viteri à China aconteceu em meio a expectativas mais elevadas, após o presidente equatoriano Rafael Correa reclamar publicamente que Quito se sentiu “maltratado” nas negociações com Pequim. Assumindo o sucesso nas negociações, o empréstimo chinês vai subscrever 85% da usina hidrelétrica de Coca-Codo-Sinclaire, na região amazônica, o que será a maior instalação do gênero no Equador. A usina terá capacidade para gerar 1.500 MW (megawatts) de eletricidade, permitindo reunir cerca de 70% da demanda nacional de energia no país andino. Quito designou a empresa chinesa Sinohydro como contratante principal do projeto.