Painel internacional

Como evitar a próxima crise financeira da América

Timothy Geithner
A América está perto de virar a página desta crise econômica. Embora ainda haja americanos demais fora do mercado de trabalho e enfrentando profundas dificuldades econômicas, temos agora registrado três trimestres de crescimento positivo e os primórdios da criação de empregos. À medida que a economia melhora, estamos desacelerando o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP, na sigla em inglês), e o Congresso está se movendo na aprovação da mais forte reforma financeira que se seguiu à Grande Depressão. Na verdade, estamos consertando nosso sistema financeiro a um custo muito mais baixo do que qualquer um antecipou, e esperamos receber centenas de bilhões de dólares em recursos disponíveis, mas não utilizados do TARP, para o povo americano. Essa é uma conquista rara em Washington. Nossa última estimativa conservadora coloca o custo do TARP em US$ 117 bilhões, e se o Congresso Nacional aprovar a Taxa de Responsabilidade pela Crise Financeira – que o presidente propôs em janeiro –, o custo para os contribuintes americanos será zero. Mais amplamente, estimamos que o custo global desta crise seja uma fração do que foi inicialmente temido e muito menos do que era necessário para resolver a crise de poupança e empréstimos dos anos 1980. O verdadeiro custo desta crise, no entanto, será sempre medido pelos milhões de empregos perdidos, os trilhões em economias perdidas e milhares de empresas falidas. As futuras gerações não devem ter que pagar esse preço.
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Oposição brasileira desperta da letargia – Juan Arias
O Chávez do Equador – Mary Anastasia O’Grady
Grandes lucros, grandes expectativas nos EUA
Hu diz a Obama que China seguirá política própria para o yuan

Oposição brasileira desperta da letargia

Juan Arias
A oposição ao governo brasileiro, presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, despertou depois de sete anos de dormência. Nesse período, o presidente carismático engoliu (a oposição) com a força de sua popularidade. Mas agora ela ressurgiu com o lançamento da candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo José Serra, pelo Partido da Social Democracia do Brasil (PSDB). Para o lançamento de sua candidatura em Brasília, coração político do governo, 2.000 pessoas foram convidadas. Vieram 6.000. Eles perderam o medo. O candidato social-democrata inflamou os militantes. Foi um duelo à distância com o presidente brasileiro e sua candidata Dilma Rousseff, cujos nomes não foram pronunciados uma única vez. A palavra mais repetida era “Brasil”. Ele fez isso 40 vezes, quase todas para dizer a aqueles que procuram identificar o país como de Lula, que “o Brasil não tem dono”. A Rousseff, que está concentrando sua campanha no passado – as realizações do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), em comparação com o Executivo de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso –, Serra respondeu que vai ter os olhos no futuro, sob o lema de que o Brasil pode ser muito mais. Ele adverte que o seu governo não será uma oposição a Lula – “Não cuspo no prato onde comemos”, lembrou, “mas será um governo” pós-Lula “.
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O Chávez do Equador

Mary Anastasia O’Grady
A administração Obama continuou sua charmosa ofensiva aos governos autoritários da América Latina na semana passada, enviando ao Equador o Secretário Assistente do Departamento de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, para se reunir com o presidente Rafael Correa. Por que dar atenção a uma visita diplomática de nível médio a uma república de bananas? Porque se você quer saber o que Honduras evitou se recusando a reverenciar os EUA no ano passado, ai está o Equador. Além disso, a visita de Valenzuela demonstra quão pouco os EUA estão dispostos ou capazes de fazer pelas pessoas que caíram vítimas da tirania de esquerda. Depois de tomar posse em 2007, Correa decidiu que sua popularidade o colocava acima do Congresso e da lei. Uma sólida maioria dos equatorianos queria uma nova Constituição. Mas ele decretou que a assembléia constituinte, que iria escrever o novo documento, também deveria ter amplos poderes, inclusive o de dissolver o Congresso. Isso desencadeou uma crise constitucional resolvida em favor de Correa, quando ele usou o poder do Estado e seus partidários a violência da máfia. Tivessem os militares equatorianos respondido com a coragem e o patriotismo apresentado pelos seus colegas de Honduras, o país ainda poderia ter uma chance de lutar pela democracia. Agora que Correa consolidou seu poder, está empregando intimidação de Estado para destruir seus oponentes. A imprensa está sob ameaça constante, os críticos são conduzidos ao exílio, a economia está em frangalhos, e os rebeldes da Colômbia, FARC, declaram o governo de Correa um aliado. O Irã é um bom amigo.
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Grandes lucros, grandes expectativas

Um período de balanços reforçados no primeiro trimestre está em curso, iniciando o que pode ser um grande ano para o aumento dos lucros corporativos. Enquanto o demonstrativo da mineradora Alcoa na segunda-feira veio confuso, a expectativa é que os resultados em geral venham fortes. Redução de custos, ganhos de produtividade e as fáceis comparações com o ano anterior ajudarão a elevar os resultados do primeiro trimestre, disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da Standard & Poor’s. Olhando mais adiante os lucros do segundo, terceiro e quarto trimestres também estão preparados para o crescimento. “Estas previsões são, em parte, uma aposta na recuperação da economia, mas também refletem um esperado retorno no período de melhora das vendas”, disse John Butters, analista sênior da Thomson Reuters.O primeiro trimestre de 2009 abrangeu o auge da crise de crédito. Os lucros mergulharam mais de 40%, as ações afundaram para o menor nível em mais de uma década e as preocupações com uma segunda Grande Depressão abundaram. A maioria dos economistas acha que a recessão agora ficou para trás, apesar dos persistentes e altos índices de desemprego e um mercado imobiliário ainda mais atingido. “Estamos provavelmente há nove meses nessa recuperação, e o crescimento combinado com baixas taxas de juros deve contribuir para os ganhos do ponto de vista macroeconômico”, disse Stovall.
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Hu diz a Obama que China seguirá política própria para o yuan

O presidente dos EUA, Barack Obama, instou a China a se mover em direção a uma taxa de câmbio “mais orientada para o mercado”, e o presidente chinês Hu Jintao lhe disse que o país não cederia à “pressão externa” para decidir quando ajustar o yuan. Qualquer reavaliação da moeda da China deve ser “com base nas suas necessidades de desenvolvimento econômico e social próprias”, disse Hu à Obama na reunião de segunda-feira em Washington, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. O yuan caiu no maior nível em mais de três semanas, enquanto o noticiário aumenta a especulação de que a moeda, não vai retomar os ganhos no curto prazo. Obama também expressou “sua preocupação” sobre algumas “barreiras de acesso ao mercado na China”, disse Jeff Bader, diretor sênior para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional, a repórteres após a reunião com líderes mundiais que se reuniram para discutir a segurança nuclear. Os legisladores dizem que o yuan atrelado ao dólar, fixado em cerca de 6,83 por dólar desde julho de 2008, dá aos exportadores chineses uma injusta vantagem e isso têm incitado a administração Obama a colocar mais pressão sobre a China para mudar essa política.
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Luis Nassif

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