
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços deu início nesta quarta-feira (03/04) a um grupo de trabalho responsável pela formulação de um plano para adaptar a indústria brasileira aos efeitos das mudanças climáticas.
Segundo o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, o objetivo do grupo é “fazer um plano que permita a utilização de todos os instrumentos de financiamento, como o Fundo Clima e o Fundo Amazônia, pois todos os setores da indústria serão impactados pelas mudanças climáticas”.
Rollemberg destacou que o plano terá um olhar diferenciado para os vários segmentos industriais e para as diversas realidades climáticas do país, analisando os cenários e indicando ações para adaptação em todas as cadeias de produção, ressaltando que “o desafio da adaptação é conjunto e envolve as empresas e o governo”.
O GT do Plano Clima Adaptação – setorial Indústria terá seis meses para mapear riscos, identificar as cadeias produtivas mais vulneráveis, analisar os cenários climáticos apresentar soluções, meios de financiamento e metas de adaptação para serem atingidas até 2030. Além disso, o grupo irá indicar diretrizes para a adaptação da indústria para 2035 e 2050.
A composição do grupo de trabalho conta com convidados permanentes do setor produtivo e da sociedade civil, além de representantes de todas as secretarias do MDIC e dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O Plano Clima Adaptação terá a vigência de 12 anos e deverá ser revisto a cada quatro anos. A expectativa é que os planos setoriais sejam finalizados ainda em 2024 e a estratégia geral entregue em 2025, durante a COP 30.
O GT iniciará os trabalhos com a realização de oficinas periódicas. As primeiras acontecem nesta quinta-feira (4), ao longo de todo o dia, na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Além do Plano Clima Adaptação, o governo federal está trabalhando no Plano Clima Mitigação, documento composto por oito planos setoriais e que será o principal orientador para que o Brasil consiga realizar a transição para uma economia de baixo carbono rumo à neutralidade climática.
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