Saldo comercial atinge US$ 2,394 bi em junho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A balança comercial brasileira encerrou o mês de junho com um superávit de US$ 2,394 bilhões, valor 199,3% superior ao registrado em junho de 2012, quando apresentou saldo de US$ 800 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No período, a corrente de comércio alcançou a cifra de US$ 40,06 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, a expansão da corrente de comércio foi de 5,7%, pela média diária.

De acordo com dados oficiais, trata-se do pior resultado para os primeiros seis meses de um ano desde 1995, quando foi registrado um déficit comercial de US$ 4,22 bilhões.

O volume de exportação contabilizado durante 20 dias úteis alcançou US$ 21,227 bilhões e média diária de US$ 1,061 bilhão (considerada a melhor do ano). Sobre junho de 2012, as vendas ao mercado externo registraram aumento de 9,7%, e de 2,1% em relação a maio de 2013, pela média diária. As vendas por fator agregado destacam as vendas de itens básicos, que somaram US$ 10,005 bilhões (alta de 6,8%, pela média diária, sobre o registrado no ano anterior), seguido pelos US$ 8,365 bilhões registrados pelos itens manufaturados (alta de 18% sobre o ano passado). Já as vendas de semimanufaturados caíram 2,3%, chegando a US$ 2,385 bilhões.

As importações totalizaram US$ 18,833 bilhões e média diária recorde para meses de junho, de US$ 941,7 milhões. Sobre igual período anterior, as importações avançaram 1,5%, e sobre maio de 2012, retrocederam 6,1%, pela média diária. No mês, cresceram as importações de bens de consumo (+19,3%), bens de capital (+18,4%) e matérias-primas e intermediários (+6,2%), enquanto decresceram as compras de combustíveis e lubrificantes (-38,9%).

Contudo, o saldo comercial acumulou déficit de US$ 3 bilhões durante o primeiro semestre do ano, revertendo o superávit de US$ 7,061 bilhões registrados no mesmo período de 2012. A corrente de comércio alcançou US$ 232,032 bilhões, representando aumento de 3,7% sobre o mesmo período anterior, quando totalizou US$ 227,367 bilhões, pela média diária.

No acumulado janeiro-junho de 2013, as exportações apresentaram valor de US$ 114,516 bilhões. Sobre igual período de 2012, as exportações registraram retração de 0,7%, pela média diária. Houve redução na venda de itens semimanufaturados (-2,2%, para US$ 14,662 bilhões) e básicos (-0,9%, para US$ 54,458 bilhões), mas cresceram as vendas de manufaturados (+0,4%, para US$ 42,766 bilhões).

As importações somaram US$ 117,516 bilhões, com aumento de 8,4% sobre o mesmo período anterior, pela média diária. Quando comparado com igual período anterior, houve aumento das compras de combustíveis e lubrificantes (+12,5%), matérias-primas e intermediários (+8,5%), bens de capital (+8,4%) e bens de consumo (+4,3%) durante os primeiros seis meses do ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Números frios dizem pouco ou nada.

    Importante: as exportações registraram retração de 0,7%, em média, comparado com 2012.

    Mais importante: houve aumento de importações (o que pode ser moderado) talvez em funçao de expectativas de desvalorização do real.

    Superimportante: os maiores aumentos de impportação foram em mate´rias primas, intermediários e bens de capital, o que pode estar antecipando uma desvalorização do real, mas são itens que gerarão bens exportáveis e com valor agregado.

    Não dá para olhar para os números da balança comercial friamente, sem ponderar os itens de entrada e saída.

    Outra relação importante a ser considerada é o rume de outras nações e como estamos em relação a elas.

    Ainda quero crer que estamos muito menos piores do que os outros, e talvez tão menos piores que podemos estar sendo foco de uma campanha global para restringir e aprisionar nossa economia (uma guerra cuja arma é a mídia e as balas são os $). 

    Não sou economista, sou psicólogo e leitor de economia. Alguém bem informado pode esclarecer melhor isto?

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