Saldo de crédito chega a R$ 2,598 tri em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Considerando os recursos livres e direcionados, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro brasileiro chegou a R$ 2,598 trilhões durante o mês de setembro, alta de 0,8% no comparativo mensal e de 15,7% em doze meses, segundo dados do BC (Banco Central). Com o resultado, a chamada relação crédito/PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 55,5%, acima dos 51,9% registrados em setembro de 2012.
 
De acordo com a autoridade monetária, o resultado foi afetado pela retomada gradual da atividade econômica, e a moderação dos dados foi parcialmente afetada pela greve bancária iniciada na segunda quinzena de setembro, com impacto mais significativo sobre as concessões de financiamentos para pessoas físicas. Ao contrário do observado na comparação interanual, a expansão mensal foi mais acentuada no crédito livre, voltado para pessoa física (alta de 0,9%, somando R$ 1,2 trilhão ) do que nas operações com recursos direcionados, voltados para as empresas, que cresceram 0,6%, para R$ 1,398 trilhão.
 
As concessões de crédito com recursos livres e direcionados foram 0,8% menores no mês, chegando a R$ 298 bilhões. De acordo com o BC, a restrição parcial do acesso aos serviços bancários contribuiu para a queda de 3% nos empréstimos às famílias, com ênfase nas reduções das modalidades de crédito pessoal consignado, em 16%; aquisição de veículos, em 8,1%; financiamentos imobiliários, em 9,5%; e crédito rural, com 7%. O fluxo de contratações das pessoas jurídicas, por sua vez, cresceu 1,5% no mês, ao atingir R$ 151 bilhões, com destaque para as elevações de 1,6% em capital de giro, desconto de duplicatas, com 8,7%, e crédito rural, com 12,5%.
 
Com participação de 56,4% do total de crédito do sistema financeiro, o saldo das operações com recursos livres alcançou R$ 1,465 trilhão, após expansões de 0,9% no mês e 8,7% em doze meses. A variação mensal foi impulsionada pelo incremento de 1,6% nas carteiras de pessoas jurídicas, que registrou um saldo de R$ 735 bilhões, assinalando-se os crescimentos em capital de giro, descontos de duplicatas e repasses externos. Os saldos referentes a pessoas físicas aumentaram 0,3% no mês, com destaque para as modalidades cheque especial, crédito consignado e cartão de crédito.
 
O crédito direcionado atingiu saldo de R$ 1,133 trilhão em setembro, após avanços de 0,6% no mês e 26,3% em doze meses por conta da  expansão de 1,9% nos financiamentos a pessoas físicas e retração de 0,3% nos relativos a pessoas jurídicas. Nos empréstimos às famílias ocorreram incrementos mensais respectivos de 2,9% e de 1,4% nos saldos de crédito rural e imobiliário.
 
No segmento corporativo, o destaque foi o recuo de 1,1% nos financiamentos para investimento com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), influenciado pela apreciação cambial de 6% no período. As concessões do BNDES ao setor produtivo recuaram 3,5% em setembro, chegando a R$ 12,7 bilhões. Apesar dessa retração, as contratações realizadas nos nove primeiros meses do ano alcançaram R$ 118 bilhões, superando em 41,7% o volume registrado em igual período de 2012.
 
Os empréstimos efetuados ao setor privado somaram R$ 2,461 trilhões em setembro, após avançarem 1% no mês, com destaque para o aumento de 2,9% no saldo do crédito rural, que alcançou R$ 198 bilhões, impulsionado pela demanda por custeio e comercialização agrícolas. O saldo dos financiamentos imobiliários, cujos desembolsos foram afetados pela greve, cresceu 1,6% em setembro, comparativamente a 2,9% no mês anterior, situando-se em R$ 371 bilhões, valor equivalente a 7,9% do PIB.
 
Os créditos destinados à indústria e ao comércio elevaram-se 1,3% (R$ 493 bilhões) e 1% (R$ 233 bilhões), respectivamente. Os financiamentos do sistema financeiro ao setor público, cujo saldo totalizou R$137 bilhões, foram 2,7% menores no mês, como resultado da redução de 9,6% nos créditos ao governo federal e do acréscimo de 4,6% nos relativos a estados e municípios.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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