Seminários irão debater estratégias para a competitividade brasileira

Sugerido por Leandro_O

Comentário ao post “Para corrigir os rumos da política industrial

Do Movimento Brasil Competitivo

Entidades traçam estratégias para competitividade Brasileira

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Observatório da Inovação e da Competitividade da Universidade de São Paulo (USP), formalizaram na noite de quinta-feira, 13, a parceria para o projeto “Circuito de Debates sobre Competitividade e Produtividade”. A iniciativa consiste em um conjunto de seminários, a serem realizados entre abril e maio deste ano, com o intuito de aprofundar a discussão sobre os fatores condicionantes da competitividade dos países e mais especificamente do Brasil. O documento foi assinado durante a reunião do Conselho Superior do MBC.

Serão realizados quatro seminários que tratarão do desempenho geral e complexidade da economia (24/04); infraestrutura e capital (29/04); talento e inovação (06/05); e qualidade de vida e crescimento futuro (08/05). A ideia é que os seminários, oportunidade para articulação entre agentes da sociedade brasileira, gerem recomendações de estratégias nacionais de ganhos de competitividade para toda economia, bem como relatórios com indicações de políticas capazes de superar eventuais gargalos constatados.

Esse esforço está conectado ao projeto desenvolvido pela ABDI, em parceria com a USP, de constituição das métricas de competitividade no âmbito da Global Federation of Competitiveness Councils (GFCC). A GFCC é uma iniciativa internacional, lançada em 2010, que reúne líderes de instituições ligadas ao tema da competitividade em países em diversos estágios de desenvolvimento, entre eles Estados Unidos, Brasil, Egito, Rússia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Pelo lado brasileiro, as instituições fundadoras da Federação são a ABDI e o MBC.

Competitividade

O presidente da ABDI, que a partir desta sexta, 14, assume interinamente o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges Lemos, explicou que a ferramenta desenvolvida em parceria pela ABDI, a USP e o Conselho de Competitividade dos Estados Unidos – Decodificador de Competitividade – vai além de um índice. “Não é um número singular que vai representar a competitividade. É mais do que isso. O importante é que ele é um instrumento poderoso de estruturação de políticas públicas e de benchmarking para o meio empresarial”, avaliou.

O ministro aproveitou a presença de empresários que participavam da reunião do MBC para esclarecer que a ferramenta não é um produto de governo e ressaltou a necessidade da participação da indústria na iniciativa. “Esse instrumento só irá adquirir vida com a participação dos empresários. Esse não é, e não pode ser um produto de governo. É fruto de uma parceria público-privada. A nossa sugestão é que o MBC participe efetivamente na melhoria do instrumento e que colabore com essa parceria”, afirmou Mauro Borges.

O Decodificador de Competitividade foi elogiado pelo presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau. “O projeto é extremamente interessante. É profundo, técnico e vai levar o tema da competitividade e do desenvolvimento para uma construção estruturalmente muito importante para o desenvolvimento da indústria no país”, disse Gerdau.

O projeto das métricas de competitividade foi lançado no final de 2013 na Coreia do Sul pelo gerente de Análises e Projetos Estratégicos da ABDI, Roberto Alvarez. A ferramenta que está disponível na internet, em fase piloto, foca dados estatísticos de 65 países nos últimos 12 anos com 164 métricas de diferentes indicadores. Para Alvarez, a ferramenta continua em desenvolvimento. “Fizemos uma série de discussões e iremos incorporar 8 ou 9 funcionalidades nos próximos meses. Por exemplo: quem são os países que mais avançam para cada uma das métricas? Estamos modelando uma funcionalidade para cobrir isso”, adiantou.

Demonstrando ao vivo para os empresários do MBC como o Decodificador vai funcionar, Roberto Alvarez explicou que o instrumento utiliza modelos matemáticos, ferramentas e dados contemporâneos para entender mais sobre competitividade. E permite, por exemplo, identificar quais são os países mais competitivos do mundo. Ou com quais países o Brasil pode se comparar. 

A ferramenta será utilizada durante o Ciclo de Debates sobre Competitividade e Produtividade. Em cada um dos encontros será realizado um diálogo de competitividade abordando dois temas. Para cada um dos temas serão elaborados textos de fundo demonstrando a posição em que o Brasil se encontra em relação aos diferentes países e como o país tem avançado. “A ideia é que nós possamos ter elementos qualitativos. Por isso é importante a participação e opinião dos empresários, para que ao final dessa iniciativa possamos elaborar uma série de ideias, propostas e insights que vão nos ajudar, coletivamente, a pensar uma agenda de competitividade”, afirmou Alvarez.

Decodificador de competitividade

As métricas desenvolvidas pela ABDI permitem a identificação e a avaliação da posição de competitividade dos países de uma forma nova e ampla. Elas reúnem mais de 160 indicadores de competitividade em torno de em oito dimensões e, em oposição a um ranking, permite aos países realizar extrações e análises de acordo com as suas prioridades e interesses definidos por suas estratégias de desenvolvimento. Para tornar as análises visualmente simples e atraentes foi criada uma ferramenta Web intitulada “The GFCC Competitiveness Decoder”, lançado oficialmente na reunião anual do GFCC realizado em Seoul, Coréia do Sul, em novembro de 2013. A versão piloto do Decoder pode ser acessada livremente emhttp://decoder.thegfcc.org/.

Redação

4 Comentários

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  1. Segue minha nada modesta sugestão

    Todas as nações fazem jus a natureza referencial em um novo mundo filosófico (consciência reflexiva), de onde sobressai a ciência do engendramento da economia. 

    Esta proposição pode exercer-se contemporânea à medida que forma as causas essenciais de fatores comuns (de espaço tempo) do movimento interno da produção e em grandeza de domínio contínuo de ambientes: Dimensão Real. 

    O nosso mundo concreto gira, então, toda pesquisa gemea da designação originária. Ou seja: Os países readquirem o significado de conceito sobre a passividade da riqueza da “Sociedade Industrial” que em referência mundial suscita a imagem do valor externo.

    Face atitude deste valor não entrar em hipótese oportunista, cuja incapacidade era a de subtrair o desenvolvimento econômico proveniente de fenômenos monetários que endividam o Estado, os próprios profissionais que constituem o seu mister nos investimentos, tem por objeto a opção universal de, a cada dia, reconhecer um instrumento orgânico que promove o progresso da ciência e constitui a fundamentação metodológica do dinheiro.

  2. transmissão ao vivo

    Seria uma boa se os debates fossem transmitidos ao vivo pela internet.

    Assim, todas as cidades poderiam organizar salas de projeção, que transmitiriam o evento e prosseguriam com debates.

    Entra nessa, Nassif! 

  3. Isto da ponto

    Seminariuos.. para professores, acadêmicos e assim vamos.

    A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Observatório da Inovação e da Competitividade da Universidade de São Paulo (USP)

    Este é o rumo e dinheiro jogado fora. Teorias e debates.

     

    Quem faz, trabalha e tem um projeto só ira para a distribuição de dinheiro e o estudante mauricinho da alta para pegar, aplicar e saber como ganha uma bolsa no exterior.

  4. perda de tempo e dinheiro e paciência…

    perda de tempo e dinheiro e paciência…

    que vão todos os potenciais participantes – dessas estratégicas, inovadouras, alentadouras reuniões de seminaristas calvinistas – para suas casas no aconchego de suas famílias e filhos que todos ganham muito mais do que participar desses seminários convescotes ação entre amigos vendedores de manuais para náufragos das ilusões perdidas no mar de rosas….

    Silvio Meira, autor de Novos Negócios Inovadores de Crescimento Empreendedor no Brasil fiado na Casa da Palavra Dada em Garantia no Fio do Bigode foi taxativo, conclusivo, reflexivo em recente entrevista numa revista do Sistema S:

    “E as dificuldades de empreender (e competir) no Brasil são conhecidas: somos um dos países mais confusos, complicados e arriscados do planeta, para qualquer tipo de negócio, novo ou velho. O Brasil está em 116º lugar no índice global (do Banco Mundial) de facilidade de fazer negócios, 40 posições atrás da Mongólia, e atrás do Paquistão e da Guiana.

    […]

    O que atrapalha, mesmo, no Brasil, é o que se poderia chamar da “grande complicação brasileira”. Não só nossos impostos estão entre os mais altos do mundo, mas a burocracia para estar em dia com eles é a mais complicada do planeta. É quase impossível andar na linha com a carga tributária brasileira, tamanha a dificuldade de fazê-lo. Quer ver? Na África Subsaariana, uma empresa gasta 314 horas/ano para pagar impostos; na América Latina, são 369 horas/ano (incluindo o Brasil na média). No Brasil? Pasme: nada menos que 2600 horas/ano! (Os dados são do Banco Mundial). Se a gente simplificasse os processos, mantendo a mesma – e quase impossível – carga tributária, já seria uma grande mudança para melhor.

    […]

    Empreendedorismo como escola, ao invés de escola de empreendedorismo, pode ser o meio pelo qual um país, região ou empresa capacitará, de maneira bem mais eficaz, seus futuros empreendedores.”

    http://www.sescsp.org.br/online/artigo/7337_SILVIO+MEIRA#/tagcloud=lista

     

     

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