Sobre os carros híbridos e elétricos nos EUA

Comentário ao post “Estudo: No Brasil, produção de carro elétrico seria inviável”

Comentários sobre os carros híbridos e elétricos enviados por um vendedor de carros em Washington, DC, USA

“A Toyota, detentora de inquestionável qualidade e credibilidade no mercado automobilístico mundial, saiu na frente no seguimento de vendas de carros com a tecnologia híbrida e, assim, dominou o mercado americano.

O Prius apesar de ter sido, e talvez ainda seja, o carro híbrido mais vendido nos USA pode ter o seu custo beneficio questionado.

Eu trabalhava para a (uma revendedora Toyota em Washington, DC) em 2005 e se o cliente quisesse comprar um híbrido tinha que ficar na lista de espera por 6 meses, aproximadamente, e pagar $ 5.000 a mais.

O Prius era vendido por $ 33.000 o mais barato e o mais equipado por $ 40.000.

Um Corolla básico valia $ 14.000 e o mais equipado $ 18.000.

O Prius rodava, na média, umas 40 milhas por galão de gasolina e o Corolla 28 milhas.

Os seguros e os impostos sobre o carro, adicionados às garantias mecânicas extras para o Prius, tornavam estes veículos muito mais caros.

Os híbridos, em 2005, quando apresentavam qualquer problema, se transformavam em uma enorme dor de cabeça ao exigirem a assistência de técnicos especializados da montadora para orientarem os mecânicos que ainda não estavam preparados para repará-los.

As baterias custavam $ 5.000 em caso de troca por uma nova.

Havia uma garantia da fabrica de 5 anos ou 100.000 milhas para as mesmas.

Tudo bem?

Não!

Quando o carro atingia cerca de 100.000 milhas rodadas, a desvalorização era brutal, porque as pessoas tinham e ainda têm medo de comprar esta tecnologia que ainda parece ser muito complicada para os mecânicos do chão de fábrica.

Para piorar a vida dos compradores dos carros híbridos, foram cortados todos os incentivos fiscais e as outras facilidades que foram dadas no período inicial das vendas.

Os proprietários de carros híbridos podiam, por exemplo, dirigir nas pistas destinadas somente a carros com dois passageiros ou mais.

Hoje não podem mais.

Os incentivos federais e estaduais, para atenuar a queda nas vendas, estão agora voltando para os híbridos.”

(…)

“Voltando aos carros elétricos, todo mundo está com medo dos blackouts que com certeza irão acontecer. As revendedoras terão locais específicos para recarregar os carros e as pessoas vão poder fazer o mesmo em casa. Como isto será feito a noite, depois do trabalho, não seria surpresa alguma que teremos problemas com um sobrecarregamento das redes e estacões elétricas.

(…)

Estes carros são tão pequenos, que não haveria necessidade premente de serem elétricos com a ressalva que a sociedade americana, apesar de todos os percalços econômicos, ainda é viciada em carros grandes!”

Luis Nassif

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