Transportes puxou inflação oficial em julho, diz IBGE

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Inflação oficial avança 0,12% no mês, por conta da alta da gasolina; acumulado no ano sobe 2,99%, e variação em 12 meses atinge 3,99%

Foto de Eduardo Soares na Unsplash

Cinco dos nove grupos que compõem a base de cálculo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentaram alta no mês de julho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No mês, a variação oficial ficou em 0,12%, o que levou a alta acumulada no ano para 2,99%, e a variação nos últimos 12 meses totalizou 3,99%. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

O destaque do mês ficou com o grupo Transportes, que apresentou o maior impacto (0,31 p.p – ponto percentual) e a maior variação (1,50%).

A gasolina foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 p.p. Em junho, ela havia apresentado queda de 1,14% – segundo o IBGE, a alta do mês reflete a volta da cobrança da alíquota cheia do PIS/Cofins.

Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação (-1,01% e -0,16 p.p.) e Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.).

Energia elétrica e alimentação em domicílio em queda

No caso do grupo Habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês (-0,16 p.p.) devido a incorporação do Bônus de Itaipu, integralmente creditado nas faturas emitidas em julho.

Pelo grupo Alimentação e Bebidas, a queda foi puxada pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%). Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).

O item alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%) em virtude das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de Vestuário; 0,00% de Comunicação; 0,04% de Artigos de residência; 0,13% de Educação; 0,26% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de Despesas pessoais.

Regionalmente, treze das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram alta em julho. A maior variação foi em Porto Alegre (0,53%), em função da alta do preço da gasolina (6,98%). Já a menor variação foi em Belo Horizonte (-0,16%), influenciada pelas quedas de 17,50% em ônibus urbano e de 4,30% na energia elétrica residencial.

INPC tem queda de -0,09% em julho

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve queda de 0,09% em julho, variação próxima à registrada no mês anterior (-0,10%). No ano, o INPC acumula alta de 2,59% e, nos últimos 12 meses, de 3,53%, acima dos 3,00% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a taxa foi de -0,60%.

Os produtos alimentícios caíram 0,59% em julho, após queda de 0,66% em junho e os não alimentícios ficaram em 0,07%, próximo ao resultado de 0,08% observado em junho.

Regionalmente, oito áreas registraram queda em julho, com o menor resultado em Belo Horizonte (-0,48%), e o maior, em Belém (0,39%).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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