Usiminas reduz prejuízo no trimestre

Jornal GGN – A siderúrgica Usiminas apresentou um prejuízo de R$ 22 milhões durante o segundo trimestre. Apesar da perda, o resultado apurado foi 74,7% menor do que o resultado negativo visto no mesmo período do ano passado, quando a perda apurada chegou a R$ 87 milhões, e inferior ao prejuízo de R$ 133 milhões apurado no primeiro trimestre.

Este é o sexto prejuízo trimestral consecutivo apresentado pela companhia. Contudo, a empresa afirma que a melhora de R$ 100,6 milhões em três meses foi decorrente, principalmente, do aumento do lucro operacional por conta do melhor desempenho do segmento de siderurgia, embora tenha sido afetado pelo aumento das despesas financeiras, em função da desvalorização do real.

Segundo balanço financeiro, a receita líquida apurada durante o segundo trimestre totalizou R$ 3,244 bilhões, 1,6% acima do total apurado nos primeiros três meses do ano (R$ 3,194 bilhões) e também superior ao visto em 2012, quando o montante foi de R$ 3,231 bilhões. Os números foram influenciados pelo aumento de vendas de aço para o mercado interno em 16,5% e maior valor agregado de produtos na Unidade de Siderurgia, além do aumento de 15,8% no volume de vendas de aço em uma das unidades da companhia. Esses resultados ajudaram a compensar a menor receita gerada pela unidade de mineração decorrente da queda de preço de minério de ferro no mercado internacional.

A geração de caixa medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 441,3 milhões, um crescimento de 90,1% na comparação com o trimestre do ano passado, e de 40,8% sobre os primeiros três meses de 2013. A margem no período passou de 7,2% para 13,6%, em função do melhor desempenho da Siderurgia, com destaque para o aumento das vendas no mercado doméstico, que levaram o lucro bruto a aumentar 81,6%.

Segundo dados do balanço, a Usiminas conseguiu melhorar sua eficiência ao elevar o Ebitda por tonelada de aço produzida de R$ 126 no segundo trimestre de 2012 para R$ 252 no segundo trimestre. No primeiro trimestre, a relação foi de R$ 189.

O CPV (Custo dos Produtos Vendidos) totalizou R$ 2,9 bilhões, uma queda de 4% em relação aos primeiros três meses do ano. A margem bruta de 11,6% foi 5,1 pontos percentuais acima da apresentada no primeiro trimestre, que foi de 6,5%. A empresa concentrou 90,9% de suas vendas no mercado interno durante o segundo trimestre ante 70% no mesmo período de 2012 e 77% no primeiro trimestre deste ano.

As despesas financeiras líquidas da companhia foram de R$ 276,3 milhões, contra R$ 236,2 milhões no primeiro trimestre. Segundo o balanço da empresa, o resultado pode ser atribuído aos efeitos decorrentes da desvalorização do real em 10% na comparação com o começo deste ano.